domingo, 31 de janeiro de 2010

Grenal esboçará as reais condições da dupla em 2010

O Grenal deste domingo em Erechim, válido pela 5ª Rodada do Gauchão, não servirá como análise definitiva, porém esboçará a atual situação de Grêmio e Inter para a temporada 2010. O confronto de Domingo às 19h30min será o primeiro grande teste de cada equipe na temporada, mostrando as fragilidades e deficiências de cada equipe para que possa ser corrigido a tempo da estreia nas principais competições do semestre: Libertadores para o Internacional e Copa do Brasil para o Grêmio.

O Internacional praticamente manteve a mesma equipe do final da temporada 2009, acrescentando os jogadores Wilson Mathias, Nei, Bruno Silva, Thiago Humberto, Eltinho e Kléber Pereira. O colorado terá como desfalque certo o meia D’Alessandro, que acabou sofrendo uma fissura em osso facial, ficando fora por aproximadamente 45 dias. A equipe que deve entrar em campo será formada no esquema 3-5-2 por: Lauro; Bolívar, Índio e Fabiano Eller; Nei, Sandro, Guiñazu, Giuliano e Kléber; Taison e Alecsandro. Caso Fossati queira introduzir o esquema 3-6-1 que vinha treinando no início da pré-temporada, o treinador escalará Andrezinho no lugar de Taison. Acredito que o Inter comece mesmo no 3-5-2, esquema que lhe trouxe maior estabilidade e que fora utilizado na vitória de 5x0 diante do Juventude.

Já o Grêmio, que trouxe William, Borges, Hugo, Maurício, Leandro, Ferdinando e Douglas, está passando por um processo de reformulação, encontrando grandes dificuldades nos primeiros testes da temporada. Silas, que perdeu nesta ultima semana o zagueiro Réver, lesionado e após negociado do o Wolfsburg da Alemanha, deverá escalar a equipe no 4-4-2, com Victor; Mario Fernandes, Rafael Marques, Maurício e Fábio Santos; Ferdinando, Adilson, Souza e Hugo; Jonas e Borges. A equipe possui jogadores lesionados, que ainda não estrearam, caso do meia Douglas, e de um lateral direito que está sendo buscado no mercado. A equipe é boa, e se Silas conseguir o entrosamento que obteve no comando do Avaí, a equipe tem tudo para criar formas e lutar pelo título da Copa do Brasil.

Neste Grenal, o Grêmio tem a seu favor um maior ritmo de jogo dos jogadores, porém ainda não totalmente entrosados e com a defesa apresentando muitas falhas. Já o Internacional tem resquícios do entrosamento de 2009, porém já com a filosofia de Fossati. Será o segundo jogo oficial do grupo principal, e isso pode pesar contra o colorado, pois poderá faltar o ritmo de jogo que o Grêmio possui. Porém o Inter possui uma equipe mais consistente que o Grêmio atualmente, e isso lhe trará vantagens no confronto de amanhã, podendo ser apontado como favorito para o clássico.

O resultado e as atuações de ambos os times só saberemos amanhã por volta das 21h30min, porém o Inter sai na frente com o favoritismo.

sábado, 30 de janeiro de 2010

Chelsea Vence e Continua Líder; Liverpool Também Vence e vê G4

O Chelsea foi até Burnley e teve grandes dificuldades contra o 17º colocado da Premier League. Os azuis venceram a partida por 2x1 e continuam lideres da Premier League, independente do clássico de amanhã entre Arsenal e Manchester United. Já o Liverpool continuou com o seu futebol burocrático, mas conseguiu vitória importante contra o Bolton por 2x0.

A equipe de Ancelotti, bastante castigada pelos desfalques, começou tendo dificuldades para se articular ofensivamente. Já o Burnley marcava bastante e buscava avançar rapidamente ao ataque, complicando a vida do Chelsea. Com um meio-campo formado com Zhirkov, Ballack, Lampard e Joe Cole e com Malouda no ataque, o Chelsea não conseguia exercer pressão e só conseguiu abrir o placar graças há um rápido contra-ataque iniciado por Cech, que lançou Joe Cole, que avançou até próximo à área para cruzar para Malouda com um toque sutil achar Anelka para ter apenas o trabalho de desviar ao gol. O Gol deu ânimo ao Chelsea que passou a dominar a partida, criando chances de gol. O Burnley tentava conter o ímpeto do Chelsea, porém só atacava através de lances de bola parada e lançamentos para a área. A falta de inspiração dos “blues” acabou definindo o placar de 1x0 no primeiro tempo.

Já no segundo tempo, logo aos 4 minutos, o Burnley aprontou, empatando a partida. O atacante Fletcher recebeu um bom lançamento, deu um toque em Alex, que se atrapalhou na jogada, e a bola sobrou para o atacante tirar de Cech empatar a partida. O gol acordou o Chelsea, que voltou a pressionar a equipe da casa, criando um bombardeio ao gol de Jensen e tendo inclusive um gol anulado de Joe Cole por impedimento. O Chelsea seguia atacando, porém oferecia espaços para o Burnley contra-atacar, deixando o jogo com um duelo interessante pela vitória. Mas aos 37 minutos, finalmente saiu o gol que devolveu a vitória ao Chelsea, com Terry aproveitando escanteio bem cobrado por Lampard e de cabeça marcando o segundo gol dos azuis. O Burnley até tentou exercer uma pressão em busca do empate, porém insuficiente para ameaçar o gol de Cech e a vitória azul. Vitória apertada, sem grande esforço e que mantém o Chelsea líder independente do clássico de amanhã, entre Arsenal e Manchester United.

Liverpool joga para o gasto e vence Bolton

No outro jogo envolvendo os grandes, o Liverpool jogou o suficiente para vencer o Bolton por 2x0 em Alfield, gols de Kuyt e Kevin Davies contra. Os “reds” começaram o jogo errando bastante, e abusando do jogo feio com bicões e explorando as jogadas aéreas. O Bolton jogava fechado, e explorava os contra-ataques, tendo aos 23 minutos a melhor chance do jogo até então com Lee, que passou pela defesa vermelha, pelo goleiro Reina e chutando . Aos poucos o Liverpool começava a colocar a bola no chão, e em uma de suas poucas jogadas trabalhadas na primeira etapa conseguiu abrir o placar com Kuyt, depois de cruzamento de Insua que Aquilani desviou no segundo pau para o holandês apenas completar para gol. O gol deu uma tranquilidade maior aos “reds”, que passou a criar mais chances de gol na segunda etapa. O Bolton mostrava-se inofensivo, pouco chegando ao ataque, enquanto o Liverpool de tanto insistir chegou ao seu segundo gol aos 24 minutos, após escanteio mal afastado pela zaga visitante e que Insua pegar o rebote e chutar para o gol. A bola ainda bateu em Davies enganando o goleiro Jääskeläinen.

Vitória importante dos “reds”, que aos trancos e barrancos estão buscando um lugar no G4, agora em quinto lugar com 41 pontos. Rafa Benítez desta vez colocou Lucas no banco, mantendo Aquilani no time. A equipe continuou apresentando inoperância ofensiva, sobretudo na articulação, abusando em ligações diretas e cruzamentos para a área adversária.


sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Venda de Kléber é um Balde de Água Fria para a Torcida Celeste

Estava já há alguns dias pensando em fazer um post sobre o Cruzeiro, por considerá-lo uma boa equipe e um forte concorrente ao titulo da Libertadores. Por preguiça e falta de tempo, acabei não escrevendo antes de sua estreia na fase preliminar da competição, deixando uma análise melhor da Raposa junto às outras equipes brasileiras, no momento de estreia na fase de grupos da competição.

Levando em conta que a janela para a Europa ainda está aberta, tal ideia não foi das piores, visto que uma simples venda pode mudar toda uma análise de uma equipe, e isto ocorreu hoje com o Cruzeiro. A Raposa vendeu o gladiador Kléber para o Porto por cerca de 5,5 mi de euros mais o 75% do passe do centroavante Farias (ex River Plate).

Tal venda acaba com o diferencial do Cruzeiro, deixando-o refém da coletividade e da inspiração de Gilberto, que foi infantilmente expulso no confronto diante do Potosí. Kleber é um atacante diferenciado, que tem estrela e que marca gols em momentos importantes. Sua ausência significará um grande decréscimo de qualidade ofensiva para a Raposa, visto que Thiago Ribeiro, Guerrón e Wellington Paulista não possuem a mesma capacidade técnica do gladiador. Farías é um centro-avante que fez muitos gols na época de River Plate, porém não conseguiu se firmar no Porto, perdendo espaço para o brasileiro Hulk. Não é nada exuberante, e não acrescentará nada a mais que Wellington Paulista, Guerrón e Thiago Ribeiro possam fazer.

Kléber significa mais uma perda do futebol brasileiro, que a cada ano vende seus bons e grandes jogadores para o exterior. E não há muito em que se discutir a respeito da janela, pois estamos em inicio de temporada, época recomendada para transações. Talvez fosse melhor para o Cruzeiro que a negociação tivesse ocorrido nos primeiros dias de Janeiro, junto à pré-temporada, para que a equipe não tivesse problemas na sua formatação. Porém é melhor sair agora, que no meio do ano, com o Campeonato Brasileiro em andamento.

Já dentro de campo, a surpresa que previa na competição, com o Cruzeiro comendo pelas beiradas e chegando forte rumo ao título, está encaminhando-se mais para uma zebra. Porém ainda há tempo para Adilson reajeitar a equipe e deixá-la forte, mesmo sem Kléber.

PS: Perrela anunciou via twitter a contratação do meia Roger (ex Grêmio), além do argentino Ernesto Farías.

Início da Libertadores da América é marcado pelo equilíbrio e baixa qualidade técnica

Esta semana começou a Taça Libertadores da América, edição 2010. Doze equipes estão disputando a fase preliminar, que colocará seis equipes na fase de grupos.

As atenções estão voltadas aos confrontos entre Junior Barranquilla (Col) e Racing (Uru), cujo vencedor entra no Grupo 1, que tem o Corinthians; Newell’s Old Boys (Arg) e Emelec (Equ), do Grupo 5, que tem o Internacional; Colón (Arg) e Univ. Católica (Chi), que coloca um time no Grupo 8, onde está o Flamengo; e o confronto entre Real Potosi (Bol) e Cruzeiro, que dá vaga ao Grupo 7, que tem o Vélez Sársfield (Arg).

Dos seis jogos, acabei vendo quatro, me impressionando a baixa qualidade técnica das equipes que estão disputando esta fase. Tirando o Cruzeiro, há muita expiração e pouca inspiração por parte das demais equipes. Deve-se a isso o fato de ter havido três empates, além de duas vitórias apertadas por parte dos mandantes. O jogo que me chamou a atenção foi Colón 3 x 2 no Univ. Católica, um jogo cheio de gols e bom para assistir.

Vejo apenas o confronto do Cruzeiro como já definido, onde a equipe mineira deverá golear sem piedade o fraco Potosí no Mineirão. Isto só não aconteceu lá na Bolívia pelo fato do maior adversário da Raposa ser a altitude de cerca de 4mil metros em uma das cidades mais altas do mundo.

Já o confronto de maior vantagem entre Juan Aurich (Per) e Estudiantes Tecos (Mex), que teve como resultado 2x0 para os peruanos pode ser revertido, pois a equipe mexicana tem totais condições de devolver a vantagem jogando em casa. Outra equipe na mesma situação é o Libertad, por toda a história recente que construiu na competição.

Nos outros confrontos não arrisco um vencedor, pois são equipes parelhas e tudo pode acontecer neste caso. Na próxima semana serão decididas as últimas vagas para a fase de grupos, e então a Libertadores começa efetivamente.


quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Inter A estreia bem em goleada contra o Juventude no Gauchão

A equipe principal do Inter finalmente estreou nesta quarta-feira diante do Juventude, e as primeiras impressões foram muito boas. A equipe teve uma boa atuação e aplicou goleada de 5x0 sobre a papada, no Beira-Rio.

Jogando no 3-5-2, com Taison e Alecsandro no ataque, o Colorado mostrou-se equilibrado desde o inicio da partida e logo aos 10 minutos, fiz um com Kleber que fora anulado pelo árbitro Márcio Coruja. Um minuto depois, o mesmo Kleber pegou um rebote na entrada da grande área e abriu o placar para o Inter. Aos 22 minutos, Bolívar de cabeça após cobrança de escanteio fez o segundo. O jogo estava fácil para o Inter, que acabou perdendo D’Alessandro aos 17 minutos da segunda etapa, após jogada com o zagueiro Ferreira que acertou a cabeça do argentino com o joelho o tirando de combate, tendo inclusive que ir ao hospital devido às fortes dores.

Fossati colocou Giuliano, que entrou bem, mantendo a harmonia do time e servindo Taison e Alecsandro. Aos 26 minutos, Alecsandro em jogada individual foi derrubado dentro da área, e ele mesmo cobrou para fazer o terceiro gol do Inter. Taison e Giuliano mostraram o entrosamento de 2009, com um servindo o outro no quarto e quinto gol do Inter, onde no primeiro Giuliano serviu Taison, e no segundo aconteceu o contrário. Fossati finalmente encontra um esboço de time e esquema ideal. O 3-5-2 mostra-se mais eficiente que o 3-6-1, pois além de dar a proteção necessária na defesa, dá uma maior movimentação ao ataque. Creio que este esquema seja mantido no Grenal, pois pareceu o mais equilibrado até então.

Há de se destacar que o Juventude não é nem sombra da equipe que fora há dois ou três anos atrás, quando ainda fazia parte da Serie A do Campeonato Brasileiro. Após as sucessivas quedas de divisões, a equipe caxiense sofreu um incrível apequenamento, não conseguindo mais fazer frente à dupla Grenal. Porém o fato não menospreza o bom início de Time A, visto que as principais equipes brasileiras estão enfrentando dificuldades neste início de temporada, virando motivo de um post sobre os estaduais.

No próximo domingo tem o Grenal em Erechim. Só aí saberemos as reais condições de Grêmio e Inter. Considero o Inter favorito ao Grenal por ter mantido praticamente a mesma equipe de 2009, além de ter um maior tempo de preparação física e técnica. Porém o Grêmio está com mais ritmo de jogo, e apesar das grandes dificuldades encontradas nestas primeiras rodadas, este fator pode pesar para contrariar um favoritismo colorado e fazê-lo vencedor do Grenal.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Arsenal empata em Birmingham; Chelsea vence o Birmingham e reassume a liderança

Nos jogos que encerraram a 23ª Rodada da Premier League, Arsenal e Chelsea enfrentaram as equipes de Birmingham. Enquanto os "gunners" empataram em 0x0 diante do Aston Villa, o Chelsea fez o dever de casa e com os 3x0 aplicados diante do Birmingham reassumiu a liderança da liga inglesa.

No Villa Park, o primeiro tempo teve um maior domínio do Aston Villa, que possuindo um meio-campo mais consistente, formado por Ashley Young, Milner, Petrov e Downing, dominava o setor, trazendo grandes dificuldades para os “gunners”. A equipe da casa acabou criando algumas chances de gols, enquanto o Arsenal errava muitos passes e não conseguia oferecer perigo ao Aston Villa. Para complicar os “gunners” perderam Vermaelen lesionado, dando lugar a Campbell. O Aston Villa não conseguia resultar em gols a vantagem técnica na primeira etapa, e quase levou o revés do Arsenal, que em uma de suas raras oportunidades já nos descontos, Fábregas em uma grande jogada individual, passou por vários marcadores e chutou rasteiro na trave direita de Friedel, e no rebote Rosicky se atrapalhou com Ramsey, e chutou alto para fora.

O segundo tempo começou com as equipes em uma postura mais ofensiva, deixando o jogo mais corrido e disputado. As equipes alternavam momentos em que ofereciam perigo ao adversário. O Arsenal tinha um maior controle sobre a bola, e com o seu toque de bola característico buscava envolver a defesa do Aston Villa, enquanto a equipe da casa apostava nas jogadas rápidas iniciadas por Ashley Young e Downing. Aos 15 minutos, o Arsenal colocou mais uma bola na trave com Rosicky, que pegou o rebote após grande jogada de Arshavin, chutando forte no travessão do goleiro Friedel. Os “gunners” continuavam com apetite ofensivo, enquanto o Aston Villa buscava os contra-ataques pelos flancos. Nos últimos minutos as equipes criaram um ótimo duelo em busca da vitória, porém o placar acabou 0x0, tirando a chance de o Arsenal retomar a liderança.

Já no outro jogo, no Stamford Bridge, o Chelsea venceu o Birmingham por 3x0, gols de Malouda aos 4 minutos de jogo, e de Lampard aos 31 minutos da primeira etapa, e aos 44 minutos do segundo tempo. O resultado devolveu a liderança aos “blues”, que ainda possuem um jogo a menos que Manchester e Arsenal.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Ano após Ano, os Famigerados Estaduais Continuam Trazendo Crise aos Grandes Clubes

Estamos na última semana de Janeiro, e a temporada 2010 do futebol brasileiro começou já há pelo menos duas semanas nas grandes praças. Os estaduais, primeira competição da temporada, estão indo para a quarta rodada, tendo atuações fracas da maioria dos grandes times, e trazendo como consequência as primeiras cabeças consideradas culpadas pelo mau início. Só neste fim de semana, dois treinadores foram demitidos.

Um é Hélio dos Anjos, ex-treinador do Goiás. O treinador permaneceu para a temporada 2010 na equipe goiana, onde teve um grande primeiro turno no Brasileirão 2009, porém caiu de rendimento e não conseguiu nem a vaga para a Taça Libertadores 2010. Para esta temporada, a equipe perdeu grandes jogadores como Iarley, Léo Lima e Júlio César, porém não trouxe reposição à altura, e somado ao início desastroso com três derrotas nas três primeiras rodadas, sendo que uma foi o clássico contra o Atlético-GO acarretou na demissão do treinador. A equipe já acertou com Jorginho, que foi treinador interino do Palmeiras em alguns jogos do último Brasileirão, enquanto a direção alviverde esperava pela resposta de Muricy Ramalho.

Outro clube que sofreu um processo de mudança na comissão técnicalogo na terceira rodada foi o Botafogo. Uma derrota humilhante por 6x0 em um clássico contra o Vasco, que vem da segunda divisão do Brasileirão, custou o emprego de Estevam Soares. A equipe perdeu uma de suas referências técnica, o zagueiro Juninho, e trouxe jogadores modestos e outros conhecidos como Herrera (ex Grêmio) e Sebastián Abreu (ex River Plate). O clube já anunciou Joel Santana como novo treinador.

O grande problema desses fracassos não se restringe somente ao treinador e a direção dos clubes, e sim ao calendário brasileiro. Sou totalmente contra ao calendário atual, que encerra na primeira semana de dezembro e começa aproximadamente no dia 15 de Janeiro. Levando em conta que os jogadores têm 30 dias de férias pelo regime da CLT, sobram aproximadamente 10 dias para que a equipe possa fazer o trabalho de pré-temporada e iniciar os primeiros jogos dos campeonatos estaduais.

Os estaduais, que são atrativos apenas para os clubes pequenos e as Federações, que tem peso importante no momento de eleger o presidente da CBF, possuem em média 23 datas, comprimindo o calendário brasileiro e fazendo com que os clubes grandes tenham maratonas de jogos. Creio que 10 datas seria o suficiente para os estaduais, que poderiam ser divididos em fases preliminares, com os grandes clubes entrando já em fases subsequentes. Outra alternativa é a ressurreição dos regionais, trazendo de volta a Copa Nordeste, Sul-Minas, Rio-São Paulo, com embates mais fortes e com um número maior de datas disponíveis para que as equipes possam se preparar adequadamente para a temporada. Muitos clubes pequenos iriam fechar as portas, porém eles basicamente funcionam em função dos estaduais, não se importando com o restante da temporada. Ainda há uma terceira alternativa, que consiste em um aumento no número de divisões, onde a última é a regional, acarretando no fim dos famigerados estaduais.

Só se sabe que assim como está não pode ficar. Que a CBF diminua, extinga, ou crie inteligentemente outra medida que atenda os interesses dos grandes clubes em relação aos estaduais. Assim, haveriam mais datas para as outras competições, com os brasileiros da Libertadores disputando a Copa do Brasil, além das equipes grandes poderem organizar torneios de verão preparatórios entre os principais clubes brasileiros, e excursões para a Europa.


Enquanto isso, vemos equipes nanicas com dois ou mais meses de preparação dando trabalho às grandes equipes, tendo seus minutos de fama, e fazendo outras cabeças rolarem.

Liverpol e Wolverhampton maltratam a bola e ficam no 0x0

No principal jogo desta terça-feira pela 23ª Rodada da Premier League, Wolverhampton e Liverpool maltrataram a bola e não saíram do 0x0. Sem aplicação técnica e tática, contra uma das piores equipes da liga, dona do pior ataque da competição e inofensiva contra os adversários, o placar sem gols resume o que foi o jogo.

Para o jogo, Rafael Benítez contou com a volta de Gerrard, que voltara de lesão. O treinador manteve seu esquema 4-5-1, com Maxi Rodriguez no meio e Kuyt como atacante, enfrentando fora de casa uma das equipes mais fracas da Premier League. O primeiro tempo foi de uma qualidade(?) técnica sofrível. Os “reds” não conseguiram se impuser perante o adversário, que pouco ameaçava o gol de Reina. Porém a chance mais perigosa da primeira etapa foi do Wolverhampton, que conseguiu um cruzamento rasteiro de Jarvis, e Doyle se antecipando a defesa do Liverpool e tocando sutilmente perto do gol. O Liverpool não criou praticamente nada na primeira etapa, restringindo-se a tocar a bola na meia cancha, porém sem poder de finalização.

Já o segundo tempo começou corrido, com Liverpool e Wolverhampton alterando rápidas jogadas, porém sem eficiência ofensiva. O Liverpool teve logo aos 3 minutos sua grande chance até então, com Riera recebendo na meia-lua e tocando alto, tentando sem sucesso encobrir o goleiro Hahnemann. O jogo então caiu de produção, com as equipes transpirando bastante, porém nada de inspiração, irritando os cerca de 28 mil presentes no estádio Molineeux Stadium. Rafa Benítez buscou deixar a equipe mais ofensiva com a entrada de N’Gog no lugar do apagado Riera. O Liverpool tentava atacar aos trancos e barrancos, porém sua ineficiência técnica e tática não permitiu jogadas de perigo, enquanto o Wolverhampton não teve a mínima condição técnica para almejar um resultado melhor que o empate de 0x0. Enfim jogo ruim de assistir, digno de lamentação por perder duas horas assistindo o jogo. O Resultado deixou o Liverpool provisoriamente na quinta posição, há três pontos do G4, porém com jogos a mais que os concorrentes.

Nesta quarta-feira, Arsenal e Chelsea jogam pelo complemento da rodada, podendo retornar à Liderança da liga.


domingo, 24 de janeiro de 2010

Internazionale vence Clássico de Milão e já enxerga o Pentacampeonato

No clássico italiano válido pela 21ª Rodada do Calcio, a Internazionale confirmou sua superioridade com uma vitória por 2x0 diante do seu rival Milan. Com aplicação tática, a equipe de Mourinho segurou a pressão de ter um jogador a menos desde os 25 minutos da primeira etapa, e tendo a competência para matar o jogo no segundo tempo, quando o Milan dominava a partida. Ronaldinho Gaúcho teve atuação discreta, não fazendo jus ao lobby instaurado atualmente para sua volta à seleção brasileira.

O jogo começou com a Inter perigosa, chegando ao ataque e criando chances de gol. Logo aos 2 minutos, Sneijder já arriscou o primeiro chute a gol dos Nerazurri, com a bola passando rente a trave de Dida. O meia holandês ainda teria grande chance aos 8 minutos, quando pegou um rebote de Pandev, chutando à queima roupa de Dida, que operou um milagre. Com um Milan nada criativo, a Inter aproveitava os espaços e na terceira oportunidade abriu o placar com Diego Milito após grande lançamento de Pandev, com o atacante argentino chutando livre na saída do goleiro Dida. O gol só serviu para confirmar a superioridade da Inter na partida, enquanto o Milan não conseguia tocar a bola no ataque, pouco ameaçando Júlio César. Aos 25 minutos, após lance confuso envolvendo o zagueiro Lúcio, Sneijder acabou sendo expulso por reclamação de uma possível falta a favor da Internazionale, onde o árbitro acabou invertendo. Mesmo com um jogador a mais, o Milan não conseguia impor-se na partida, caindo na arma Nerazurri, que chamava os Rossoneri para o seu campo e saia rápido ao ataque.

Já na segunda etapa, Leonardo colocou Seedorf no Milan. O holandês exigiu um milagre de Júlio César logo aos 2 minutos após escanteio cobrado. O Milan voltara melhor, e Ronaldinho Gaúcho também teve a chance de empatar com um chute que passou perto do gol. A Internazionale sentiu a pressão Rossonera, e não conseguia armar suas jogadas de contra-ataque, praticamente se restringindo a defender-se na medida do possível. Só aos 16 minutos que a Inter conseguiria contra-atacar, com Milito tocando para Pandev acertar a trave direita de Dida. O lance trouxe maior tranquilidade à Inter, que conseguiu chegar mais ao ataque, conseguindo ampliar o placar aos 19 minutos, quando Pandev cobrou com perfeição falta da intermediária. O segundo gol Nerazurri destruiu com o Milan, deixando a partida controlada a favor dos azuis. Enquanto Mourinho colocava Thiago Motta no lugar de Pandev, Leonardo tirou Ambrosini para colocar Huntelaar em busca de uma reação. Com Ronaldinho Gaúcho completamente apagado, os Rossoneros cercavam, mas não conseguiam criar chances claras de gol. Quando criavam, esbarravam em uma barreira humana chamada Júlio César. O goleiro além de fazer defesas difíceis, ainda defendeu um pênalti cobrado por Ronaldinho Gaúcho já nos acréscimos, em lance que culminou na expulsão do zagueiro brasileiro Lúcio.

O clássico praticamente encerrou a disputa pelo título. Já são 9 pontos de diferença, levando-se em conta que o Milan ainda tem um jogo a disputar. Além disso, há uma superioridade técnica e coletiva para a Inter, que deverá confirmar seu pentacampeonato com algumas rodadas de antecedência. Já para o Milan, o segundo lugar será honroso, visto que a posição é bem maior do que eu esperava, pelo menos. A temporada está servindo para mostrar a reabilitação de Ronaldinho Gaúcho, porém o meia brasileiro precisa arrebentar em um grande jogo para que sua convocação para o grupo de jogadores que disputará a Copa da África seja indiscutível. Gaúcho ainda terá a oportunidade de despontar nos confrontos contra o Manchester United, em fevereiro, pela Champions League.


sábado, 23 de janeiro de 2010

Rooney dá show e coloca o Manchester United na Liderança

No jogo antecipado da 23ª Rodada da Premier League, o Manchester venceu o Hull City e se colocou provisoriamente como o líder do campeonato, dois ponto na frente de Arsenal e Chelsea. O nome do jogo foi Rooney, carinhosamente apelidado como Shrek.

Jogando em casa contra uma das mais fracas equipes da liga, a equipe de Fergusson entrou com várias alterações comparada a que jogou o clássico de Manchester pela Copa da Inglaterra. Ferdinand voltou à equipe após vários meses lesionado, enquanto Fergusson escalou Nani, Park e Owen, deixando a equipe no esquema 4-4-2. Como era esperado, o Manchester foi para cima, e logo aos 7 minutos abriu o placar com Rooney, depois do rebote do goleiro Myhill após chute forte de Scholes. Os “reds” continuavam pressionando, porém timidamente, criando poucas chances de gol. O Hull, que conseguia conter os avanços ofensivos do Manchester, começou a se arriscar mais ao ataque, criando complicações para a defesa vermelha. As principais chances dos “reds” continuavam sendo com Rooney, participando em praticamente todas as jogadas de perigo da equipe.

O jogo continuava equilibrado no segundo tempo, com o Manchester errando muito e facilitando a retomada defensiva do Hull City. As principais chances vermelhas eram através de bolas paradas, e aos poucos, os visitantes começavam a cercar o Manchester em busca do empate. Vendo as dificuldades e prevendo complicações, Fergusson colocou Scholes e Berbatov nos lugares de Gibson e Owen. O Manchester deu uma crescida na partida e conseguiu ampliar aos 38, quando Nani cobrou falta na intermediária, o goleiro Myhill se atrapalhou feio, e após a jogada feita após o rebote, a bola sobrou para Rooney chutar forte para o gol. O Hull City que estava bem na partida e buscava o empate, desistiu do jogo após o segundo gol vermelho e virou presa fácil para a equipe de Rooney e Cia ltda. Dois minutos depois do segundo, Rooney marcaria seu hat-trick após cruzamento na medida de Nani, que o “Shrek” teve apenas o trabalho de desviar de cabeça para as redes. Tudo parecia estar definido, porém Rooney queria mais, e fez o quarto aos 48 minutos após passe de Berbatov, tendo o trabalho de se livrar da zaga e chutar no canto esquerdo do goleiro do Hull City.

A vitória serviu para finalmente colocar o Manchester United na liderança, mesmo que esta seja de forma provisória. Chelsea e Arsenal entram pressionados em seus confrontos de quarta feira contra Aston Villa e Birminghan respectivamente. Aposto em vitória tranquila do Chelsea, porém o Arsenal terá que suar sangue no Villa Park, contra o osso duro de roer Aston Villa, que em minha opinião é o favorito para o confronto. Há de se destacar que Chelsea e Arsenal estão dois pontos atrás do Manchester (50 a 48), enquanto o Arsenal tem o jogo da rodada a disputar, enquanto o Chelsea tem ainda um confronto a menos que os “gunners” e é o líder por pontos perdidos.


quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

River Plate leva a melhor no derbi argentino

A pré-temporada argentina se aproxima do final, e nesta quarta-feira tivemos o clímax dos jogos dos torneios de verão: o clássico entre Boca e River em Mar del Plata. O River acabou carimbando o novo uniforme do Boca, vencendo o derbi por 3x1.

O jogo mal começou e logo aos 3 minutos o River Plate abriu o placar. Rojas ganhou da marcação do Boca na intermediária e avançou até a entrada da área, quando chutou rasteiro sem chances para Abbondanzieri. O gol freou o ímpeto do Boca, que só foi levar perigo aos 8 minutos, quando Palermo cabeceou para fora. Enquanto o Boca jogava mais cadenciado, com Gaitán sendo a peça mais perigosa, o River apostava em jogadas rápidas, quase ampliando com Rojas. O Boca não conseguia atacar, e conseguiu o empate aos 30 minutos apenas em um lance de bola parada, quando Riquelme cobrou na intermediária na cabeça de Palermo, que desviou para as redes. O jogo ficou mais equilibrado, porém não houve grandes chances de perigo na primeira etapa.

O segundo tempo começou e logo no inicio o River Plate achou seu segundo gol, marcado por Funes Mori após cobrança de falta, e contando com a ajuda de Abbondanzieri que falhou feio no lance. O River passou a dominar as ações do jogo e aos 19 minutos fez o terceiro, com Villalba após tabelamento, e recebendo no ponto futuro para desviar do goleiro do Boca. Dominado na partida, o Boca ainda teve Gaitán expulso por jogar uma garrafa plástica na torcida do River. O River continuava atacando, e quase marcou com Ahumada que acertou um grande chute, exigindo grande defesa de Abbondanzieri.

Aos trancos e barrancos o futebol argentino se organiza para o início do Clausura 2010, datado para o próximo dia 31. As equipes estão em um nível técnico medíocre, com exceção de Estudiantes e Velez, que ainda possuem boas equipes. O River Plate está em processo de formação, com uma equipe totalmente renovada, enquanto o Boca trouxe alguns reforços, porém continua com a sua espinha dorsal veterana. Boca e River não apresentaram nada de brilhante em seus jogos, e deverão passar por dificuldades no Clausura. Talvez pelo fato de terem grandes torcidas, as equipes consigam voltar para a Libertadores, na edição 2011. Velez e Estudiantes largam na frente.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Arsenal assume a liderança e Liverpool ganha fôlego em busca do G4

Hoje pela Premier League, recuperando jogos atrasados, entraram em campo Liverpool e Arsenal. Enquanto os “gunners” recuperam o jogo correspondente à segunda rodada contra o Bolton no Emirates Stadium, os “reds” tiveram uma partida de seis pontos no Alfield contra o Tottenham, correspondente à 21ª rodada da liga, onde sete jogos foram adiados em função da nevasca que assolou a Inglaterra naquele fim de semana.

O Liverpool entrou em campo pressionado contra o Tottenham. Depois de deixar escapar o empate nos minutos finais contra o Stoke City no último sábado, só a vitória interessava contra um concorrente direto à quarta vaga para a próxima edição da Champions League. A equipe de Rafa Benitez ainda não contava com Gerrard e Fernando Torres machucados, e começou com Kuyt exercendo a função de atacante agudo, enquanto Aquilani foi escalado mais a frente, procurando fazer respectivamente as funções do “El Nino” Torres e de Gerrard. O jogo começou levemente equilibrado, com o Tottenham procurando impor as ações ofensivas. Porém logo aos 5 minutos, a equipe da casa abriria o placar com Kuyt, que tabelou com Aquilani, recebendo e chutando no canto direito de Gomes.

O gol logo no início deu uma nova dinâmica ao jogo, deixando o Tottenham nervoso, enquanto o Liverpool com a sua forte marcação, conseguia conter os avanços ofensivos da equipe londrina. A equipe visitante errava vários passes, enquanto o Liverpool pouco atacava, priorizando a marcação, deixando o primeiro tempo com poucas jogadas ofensivas e por consequência, poucas chances de gol. Só nos acréscimos que cada equipe teria grande chance para marcar, sendo que o Liverpool perdeu com Skertel, enquanto o Totthenham perdeu com Modrić, com Reina fazendo grande defesa.

O Segundo tempo começou com o Tottenham tendo um gol de Defoe anulado logo no início por falta no goleiro Reina. A equipe visitante ficou mais tempo com a bola e começou a dominar as ações da partida. O Liverpool explorava os contra-ataques, e em um lance rápido, Riera acertou o travessão. O Tottenham seguia atacando, e esbarrava na defesa vermelha e no goleiro Reina, que salvou o Liverpool. Redknapp colocou Robbie Keane, formando um trio de atacantes com Defoe e Peter Crouch. A tática não surtiu efeito, e o Liverpool passou a equilibrar a partida e a chegar com perigo nos contra-ataques, perdendo chances de matar a partida com Degen e N´Gog, que entrara na segunda etapa no lugar de Aquilani. O Tottenham não conseguia mais criar chances de gol, enquanto o Liverpool teve um pênalti aos 45 minutos, sofrido por N´Gog, e que Kuyt precisou bater duas vezes (na primeira houve invasão) para definir a vitória do Liverpol, que o deixa ainda sonhando com uma vaga no G4.

Já o Arsenal enfrentou pela segunda vez em quatro dias pela Premier League o Bolton, desta vez no Emirates Stadium. A equipe da casa acabou sendo surpreendida no inicio da partida e aos 28 minutos estava perdendo por 2x0, gols de Cahill e Taylor. Porém os gunners mostraram porque estavam a caminho da liderança. Logo na primeira etapa, Rosicky descontou para o Arsenal, e na segunda etapa com gols de Fabregas, Vermaelen e Arshavin, os gunners viraram e conseguiram fazer os dois gols de saldo necessários para deixar a equipe na Liderança provisória da Premier League.

O Arsenal está com os mesmos 48 pontos do Chelsea, que ainda tem um jogo a menos que seu adversário, porém os "gunners" levam a vantagem por ter um melhor saldo de gols.

sábado, 16 de janeiro de 2010

Real Madrid perde; Barcelona goleira e abre 5 pontos na Liderança

Pela 18ª Rodada do Campeonato Espanhol foi dia de surpresas! Pela primeira vez depois de várias rodadas houve tropeço em um dos times que disputa o título e quem se deu melhor foi o Barcelona, que abriu cinco pontos e se tornou campeão simbólico de inverno.

No jogo que passou na ESPN e que foi o que eu assisti, o Barcelona fez uma grande partida, e com direito a dois gols de Messi goleou o Sevilla, chegando aos 46 pontos na “Liga das Estrelas”. O jogo tinha dois momentos que o tornavam especial para os catalães: o primeiro era a recuperação diante da equipe que conseguiu eliminar o Barcelona de uma competição após a equipe ter faturado todos os títulos possíveis em 2009; o segundo era Messi, com 99 gols em jogos oficiais com a camisa do Barcelona e louco para chegar aos 100 gols.

Em campo, o primeiro tempo foi de domínio total do Barcelona, que conseguia impor-se com o seu toque de bola envolvente contra a desfalcada equipe visitante, porém não conseguiu abrir o placar. A equipe catalã teve duas grandes chances, uma com Ibrahimovic nos primeiros minutos da partida, e outra com Messi que acertou um chute no ângulo, obrigando Palop a fazer uma grande defesa. Nos demais lances, a equipe catalã conseguia finalizar, porém parava nas boas defesas do goleiro do Sevilla, que conseguiu passar o primeiro tempo em branco.

O segundo tempo caminhava-se equilibrado, até sair o primeiro gol catalão. Rafa Marquez cruzou, Pique desviou e Escude fez contra o primeiro gol dos catalães. O Sevilla tentou equilibrar a partida em busca do empate, porém a superioridade técnica do Barcelona era evidente, e o segundo gol saiu aos 25 minutos, quando Pedro, que acabara de entrar no lugar de Henry, recebeu um lançamento primoroso de Xavi e só teve o trabalho de desviar de Palop. O jogo seguia com domínio catalão, mas ainda faltava uma coisa: o gol de Messi. O argentino tentou várias vezes, exigindo ótimas defesas de Palop, porém de tanto insistir, o argentino não conseguiu um, mas sim dois gols. Aos 39, Messi aproveitou cruzamento de Daniel Alves para marcar seu 100º gol com a camisa do Barcelona, e aos 46 o argentino recebeu grande lançamento e desviou de Palop para fechar a goleada catalã.

Já o Real Madrid foi até Bilbao e saiu sem os três pontos, ao sofrer um gol relâmpago. LLorente de cabeça, após cobrança de escanteio marcou o gol que deu a vitória aos bascos, complicando a vida do Real Madrid, que contou com Kaká e Cristiano Ronaldo na partida. Agora, além de vencer o clássico, a equipe merengue terá que torcer por um tropeço do Barcelona para sonhar com o título espanhol.

Chelsea dá show; Manchester faz a sua parte e Liverpool decepciona

Hoje tivemos a abertura da 22ª Rodada da Premier League. O maior e talvez único destaque ficou por conta do Chelsea, que simplesmente humilhou o Sunderland com atuação de gala. Manchester venceu e manteve a distância para o líder Chelsea, enquanto o Liverpool tropeçou mais uma vez.

No Stanford Bridge, o Chelsea não tomou conhecimento do Sunderland. Cheio de desfalques em função de lesões e da Copa Africana das Nações, Anchelotti colocou Beletti como volante, compondo o setor com Ballack e Lampard. O Jogo começou bastante corrido, com o Sunderland tentando conter as investidas dos “blues” e ameaçando a defesa mandante com os laterais lançamentos cobrado pelo lateral Delap, que trazia perigo a Peter Cech. Porém a tática deu certo até aos 7 minutos, quando Belleti achou Ballack, que com um toque sutil deixou Anelka na cara do gol. O francês ainda teve o trabalho de driblar o goleiro Fulop e abrir o placar. O gol logo no início era o que faltava para que o Chelsea tivesse uma vitória tranquila. A equipe londrina dominou inteiramente as ações da partida e logo aos 17 minutos ampliou o placar com Malouda em grande jogada individual. O Sunderland mal se recuperou do segundo gol e cinco minutos depois Ashley Cole aproveitou um lançamento e passou como quis pelo zagueiro e tocou na saída do goleiro. Aos 33 minutos, Lampard completaria o primeiro tempo de luxo do Chelsea ao marcar de carrinho o quarto gol, após cruzamento de Ashley Cole.

No segundo tempo, o Chelsea não diminuiu o ritmo, e com seu toque envolvente e agressivo ampliou o placar com Ballack aos 7 minutos, aproveitando cruzamento de Joe Cole. Logo depois, o Sunderland fez fama ao seu ataque ao descontar com o veterano Zendem ao aproveitar desvio de Jones após lançamento na área. O Chelsea não sentiu o gol, e aos 19 minutos fez o seu sexto gol com Anelka, aproveitando uma saída atrapalhada do goleiro Fulop. O jogo seguia fácil para o Chelsea, que fazia o que queria com o Sunderland, colocando duas bolas na trave com Anelka e Joe Cole. Aos 44 minutos saiu o sétimo gol azul, com Lampard, se aventurando em colocar a cabeça em um chute cruzado forte de Anelka. Já nos acréscimos o Sunderland teve a chance de fazer o segundo gol com Bent, aproveitando o rebote de uma cobrança de escanteio.

O jogo foi digno de gravar em DVD para mostrar na prática como é realizar uma partida que beira a perfeição técnica e taticamente. O Chelsea deu show, humilhou o Sunderland, e só não fez mais gols devido à trave e a aplicação do goleiro Fulop que fez grandes defesas. O Chelsea de Ancelotti joga por música, porém ainda estou desconfiado quanto ao confronto contra a Internazionale de Mourinho pela Champions League. Chelsea é mais time, porém considero Mourinho mais técnico que Ancelotti.

Liverpool Entrega Vitória no Fim

No outro jogo que assisti da rodada, Liverpool visitou o Stoke City e quase venceu a partida. Essa é a temática do Liverpool nos últimos tempos: quase e fracassos. Com muitos desfalques, dentre eles Gerrard e Fernando Torres, a equipe treinada por Rafa Benitez teve enormes dificuldades para impor o seu jogo contra o modesto Stoke, candidatíssimo ao rebaixamento. Os reds praticamente não ameaçaram na primeira etapa, enquanto a equipe da casa chegou de forma esporádica. O segundo tempo continuava burocrático, sem nenhuma equipe merecer um resultado melhor, até que aos 9 minutos após falta cobrada por Fábio Aurélio, o goleiro afastou mal e a bola bateu no grego Kyrgiakos que abriu o placar para os reds.

A partida estava sob controle para o Liverpool até Rafa Benitez retrancar a equipe visando preservar o resultado. Como consequência trouxe o Stoke ao seu campo, que insistiu até conseguir o gol de empate aos 43 minutos, quando em rebote após cobrança de escanteio mal afastada pela zaga vermelha, Huth desviou para as redes. O resultado complica ainda mais a equipe de Rafa Benitez, que já fora eliminada das duas copas inglesas, Champions League, e agora está atrás na Premier League, ostentando a modesta sétima posição, além de não poder contar com Fernando Torres pelas próximas seis semanas e Gerrard pelas próximas duas.


Equilíbrio do futebol brasileiro sob-risco

Neste último mês, as duas equipes de maior torcida no Brasil anunciaram volumosos patrocínios que lhe trarão milhões de reais para ter o direito de estampar suas propagandas nas camisas de Flamengo e Corinthians.

Primeiro foi o Flamengo, que anunciou um patrocínio na casa dos R$ 28 mi anuais com a Batavo como quota máster de publicidade, e nesta semana foi a vez do Corinthians anunciar o maior patrocínio da história de um clube brasileiro: R$ 37 milhões por todos os seus espaços na camiseta durante o ano de 2010. Para se ter uma ideia, o clube mais vitorioso do país atualmente possuía no ano de 2009 um patrocínio na casa dos R$ 18 milhões anuais com a LG. Recentemente, o São Paulo anunciou que não continuará com a parceria com a empresa de eletrodomésticos, pois visa uma quota de R$ 30 milhões, contra os R$ 24 oferecidos pela companhia.

Chegando ao Rio Grande do Sul, a dupla Grenal renovou em 2009 o patrocínio com o Banrisul, subindo dos cerca 3,6 milhões anuais para em torno de 7 milhões por ano cada um. Além de ser um valor baixo para os padrões nacionais, o contrato ainda tem uma fidelidade de cerca de três anos, que deixará no final deste período o valor ainda mais defasado em relação ao dos outros clubes. É sabido que o estado, por estar um pouco deslocado do grande eixo econômico brasileiro, sendo considerado regional, além de questões culturais, tem uma desvalorização de exposição comparada a São Paulo, coração da economia brasileira. Porém falta aos dirigentes gaúchos projetarem um sistema que atraia investidores a estampar a sua marca, sem ter necessariamente que patrocinar os dois clubes ao mesmo tempo, e por consequência, dividindo os recursos auferidos.

Porém o motivo do post mostrar o que a tamanha diferença entre clubes do eixo Rio/São Paulo contra equipes de outros eixos em nível de captação de recursos pode representar em médio prazo para o nosso futebol.

Conhecidos pela forma desorganizada em administrar, os clubes ditos “grandes” acabam tropeçando financeiramente e mesmo com maiores recursos, conseguem a proeza de aumentar as dívidas. Com uma administração sólida, eles abrirão uma lacuna a nível econômico jamais vista no país, sendo comparada a dos países europeus, que se caracterizam por duas, três ou no máximo quatro equipes disputarem todo o ano o título do campeonato de sua nação.

Atualmente, os clubes do Norte desapareceram a nível nacional, enquanto os nordestinos estão sendo dizimados da divisão principal. Apenas os clubes de Minas Gerais (neste caso o Cruzeiro) e a dupla Grenal ainda consegue um bom nível de competitividade contra aos clubes do eixo, que são queridinhos pela mídia nacional. A dupla Grenal possui os recursos contraídos pelo programa Sócio Torcedor, onde os torcedores pagam uma mensalidade em troca de preferência na aquisição de ingressos, direito de voto nas eleições presidenciais e descontos em lojas conveniadas, além de negociarem atletas para compor o orçamento. O Cruzeiro possui uma ótima administração, e com constantes vendas de atletas consegue ter uma razoável competitividade.

Os clubes do eixo começaram seus programas Sócios Torcedor, e logo arrecadarão um valor igual ou superior ao da dupla Grenal,e somado ao valor infinitamente maior de patrocínio, terão um orçamento incomparável às equipes gaúchas, já que esta era a grande vantagem da dupla Grenal para competir razoavelmente com as equipes do eixo Rio/São Paulo.

Aos poucos o torcedor brasileiro começa a sentir os efeitos da Globalização no futebol, somado ao fato da emissora que transmite os torneios nacionais ter uma covarde preferência pelas equipes do grande eixo, criando um vício pelo fato delas serem mercadologicamente mais atrativas e por questões de audiência, aumentando cada vez mais as suas torcidas e menosprezando as equipes que não pertencem ao grande eixo. Cada vez mais os mesmos times vão ganhar os campeonatos importantes, sobrando para o torcedor "ribeirinho" comemorar os famigerados estaduais, que será motivo de um post futuramente.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

3-6-1: Esquema ideal para o Internacional?

Depois do primeiro post, onde foram colocadas as principais dificuldades em nível de material humano no Inter, este debaterá em relação ao primeiro esboço tático usado pelo treinador uruguaio Jorge Fossati.

O treinador uruguaio optou por começar os trabalhos de pré-temporada com o esquema 3-6-1, utilizado na LDU. A equipe base é formada por: Lauro; Índio, Bolívar e Eller; Bruno Silva, Sandro, Guiñazu, Giuliano, D’Alessandro e Kleber; Alecsandro.

Vejo o esquema como um grande erro no início do trabalho de Fossati. Demorei vários anos para achar uma concepção ideal para o 3-5-2, porém o 3-6-1 não consigo engolir. O esquema é muito defensivo, pouco utilizado, e quando é acionado, sempre traz dificuldades para a equipe que o utiliza. No Inter, o esquema precisará de uma doação integral de Giuliano e D’Alessandro e grande contribuição dos alas e volantes para que o jogo colorado flua.

Contra equipes fracas e em alguns jogos contra medias e grandes, o esquema deverá funcionar, porém bastará marcar os meias que o ataque do Inter virará inofensivo, com 7 jogadores atrás da linha da bola. Além disso, bastará o colorado tomar um gol para desmoronar na partida, visto que esta tática joga no erro do adversário, um anti-futebol.

Vejo o Inter mais eficaz em um esquema 4-4-2, com dois volantes e dois meias. A escalação base seria essa: Lauro; Bruno Silva, Bolivar, F. Eller e Kleber; Sandro, Guiñazu, Giuliano e D’Alessandro; Edu e Alecsandro. Seria uma equipe mais equilibrada, e com um goleiro e atacante contratados teria um melhor desempenho tanto dentro quanto fora de casa. Foi basicamente neste esquema (salvo a grande final por circunstância de suspensão) que o Inter jogou a Libertadores 2006, sob comando de Abel Braga.


Nesta quarta-feira às 20h, o colorado realizará um amistoso contra o Esportivo, com dois tempos de 50 minutos, onde um time atuará em cada tempo. É aguardar os próximos desdobramentos e a evolução do esquema de Fossati.

(Atualizado 22:30h)
No amistoso contra o Esportivo, o Internacional ganhou por 5x0, gols de Alecsandro, Taison, Giuliano, Glaydson e Thiago Humberto. O jogo foi dividido em dois tempos de 50 minutos, onde em cada tempo foi um time escalado.

Primeiro Tempo:
Lauro; Índio, Sorondo e Danny (D’Alessandro); Nei, Guiñazu, Sandro, Andrezinho e Kleber; Taison e Alecsandro.

Segundo Tempo:
Muriel; Danilo Silva, Bolívar e Arilton (Thiago Humberto); Bruno Silva, Glaydson (Maycon), Wilson Mathias, Giuliano (Talles Cunha), D’Alessandro (Marinho) e Fabiano Eller; Edu.

Não vi o jogo, mas pelo que pude ler no noticiario, o jogo foi importante porque Fossati alternou 3 esquemas diferentes durante a partida. Começou o jogo no 3-5-2 e mudou para o 4-4-2 com a entrada de D'Alessandro no lugar de Danny Morais. Já no segundo tempo, a equipe entrou no 3-6-1 que havia sendo treinado na pré-temporada. Dá para constatar que Fossati não é refém de um único esquema de jogo, e que dependendo do rendimento da equipe poderá alterar o esquema. Sobre isso falarei mais adiante, principalmente depois que tiver a oportunidade de ver o Inter entrar em campo.

Grêmio faz uma revolução e tem nova cara para 2010

O tricolor gaúcho, que terá a Copa do Brasil como principal competição no primeiro semestre, mudou drasticamente a sua foto para 2010.

Jogadores que não deram resposta positiva em 2009 foram liberados, como são os casos de Herrera, Renato Cajá e Jadilson. Outros deverão ficar encostados e até mesmo deixar o clube em transações que viabilizem a vinda de novos reforços. A equipe ainda perdeu o zagueiro Léo, negociado em troca da amortização de uma divida antiga com o Palmeiras e Douglas Costa, ainda considerado uma promessa por não ter tido grandes chances da equipe principal, negociado com o Shakhtar Donestsk para arrecadar fundos. O tricolor ainda contou com a saída repentina de Maxi López, seduzido por propostas europeias, e ignorando um contrato de gaveta que o Grêmio possuía com o argentino, na qual depositava £$ 1,5mi, e o contrato com Maxi seria renovado. O desfecho deste caso foi cômico para os lados tricolores, devendo ter seus próximos capítulos na justiça.

Além do técnico Silas, vieram do Avaí William e Ferdinando, além de Leandro (ex São Paulo) que estava no Japão, e dos ex são paulinos Hugo e Borges. Ainda há a possibilidade da chegada de novos reforços, como o lateral direito Vitor (Goiás), do meio-campista Douglas (ex Corinthians e que está nos Emirados Árabes) e do atacante Marcelo Moreno (ex Cruzeiro, que está atualmente no Werder Bremen).


Silas ainda terá a colaboração do preparador físico multicampeão Paulo Paixão, que depois de alguns anos na Rússia voltou para Porto Alegre. O técnico gremista esta trabalhando com um esquema 4-4-2, com dois volantes e dois meias de articulação (4-2-2-2).

A equipe base que esta treinando na pré-temporada é formada por: Vitor; Mário Fernandes, Maurício, Réver e Fábio Santos; Ferdinando, Adílson, Souza e Hugo, Leandro e Borges. Silas ainda teria como opções o zagueiro Rafael Marques, o lateral Lúcio, os volantes Túlio e Fábio Rochemback e o atacante Jonas. Com os reforços pretendidos, a equipe tricolor virá ainda mais forte e vira uma grande favorita para a Copa do Brasil 2010.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Manchester City faz o dever de casa e entra no G4

A neve deu trégua e nesta segunda-feira o Manchester City pode receber o Blackburn em sua casa e com uma vitória de 4x1 ingressar no G4 inglês. Mais uma vez outro argentino decidiu a partida. Tevez se inspirou em seu compatriota Messi e com um “hat-trick” definiu a goleada azul celeste.

O Manchester City tinha logo de inicio todos os motivos para ter uma tranquila vitória nesta noite, que logo começou a se realizar com um gol de Tevez, que aproveitou um escanteio cobrado e mal afastado pela defesa visitante para colocar o Manchester City na frente no placar. O jogo estava fácil, e o Manchester chegava, enquanto o Blackburn não conseguia chutar ao gol de Given. Com muita movimentação ofensiva, os mandantes chegaram ao seu segundo gol aos 39 minutos, quando Richards avançou da sua intermediária até próximo a área, quando tocou para Mwaruwari concluir na trave, e no rebote o próprio Richards completou para o gol. O segundo tempo mal começou, e logo aos 3 minutos após boa jogada de Tevez com Mwaruwari, o zimbabwense tocou para o argentino dar um sutil toque sem chances para o goleiro. O jogo parecia tão fácil, que os defensores do City toda hora atrasavam a bola para o goleiro Given, e em uma destas atrasadas, tudo deu errado e Petersen roubou a bola de Kompany e com um lindo chute colocado descontou para o Blackburn. A equipe visitante cresceu após o gol, ameaçando o City, que explorava os contra-ataques. Mancini colocou Robinho em campo, que chegou a marcar um gol impedido, porém já nos acréscimos o atacante brasileiro achou Carlitos Tevez para o argentino completar seu “hat-trick” e sacramentar a vitória do Manchester City por 4x1.

O Manchester City prova que tem bala na agulha para se classificar para a próxima edição da Champions League. Os azuis vão disputar com o Liverpool e com o Tottenham ponto a ponto, e caso os “reds” vendam Fernando Torres, o Manchester vira principal favorito para ficar com a quarta vaga. Os torcedores do City devem estar pensando: “Ah se Mancini tivesse assumido antes!”.

Nem Benfica nem Porto, Portugal curva-se ao Braga

Em um campeonato periférico na Europa, sendo apenas atrativo no Brasil por questões culturais e pelo grande número de brasileiros disputando, a Liga Sagres, vulgo campeonato Português, terminou o seu primeiro turno com o emergente Braga como campeão simbólico, ganhando nos critérios de desempate do Benfica, que também terminou com os mesmos 36 pontos.

Esta façanha bracarense não foi pequena, visto que o Campeonato Português é tomado pela hegemonia de Porto, Benfica e Sporting. Apenas em duas oportunidades, em 1945/46 e 2000/01 o titulo do campeonato não ficou com um dos três times, quando Belenenses e Boavista foram campeões respectivamente.

A equipe conta atualmente com 12 brasileiros no elenco, sendo que o mais conhecido é Márcio Mossoró, campeão da Copa do Brasil 2004 pelo Paulista de Jundiaí, e que depois defendeu as cores do Internacional. A equipe também conta com o brasileiro naturalizado italiano Rodrigo Possebon, que saiu direto da base do Internacional para o Manchester United, sendo emprestado ao Braga nesta temporada para ganhar experiência. Os torcedores colorados ainda reconhecerão Renteria, que foi campeão da Libertadores 2006 no elenco do Internacional, não disputando o Mundial de Clubes da FIFA por ter sofrido uma grave lesão dias antes do mundial. Como destaques portugueses, a equipe conta com o goleiro Eduardo, que está no grupo de Portugal que vai a copa e também com Hugo Viana, que é o cérebro da equipe. É um bom time, mas nada de espetacular para os padrões portugueses.

A equipe manda seus jogos no estádio Axa, que é um dos mais bonitos do país e talvez da Europa. Dono de vários prêmios arquitetônicos, o estádio AXA foi construído para a Eurocopa 2004 realizada no país, tendo capacidade para pouco mais de 30.000 pessoas devidamente sentadas. O estádio está localizado na encosta de um monte, e possui duas bancadas laterais, e atrás dos gols fica a imagem das rochas de uma antiga pedreira, marcando a originalidade e a beleza do local.

Resta saber como a equipe vai se comportar na reta final da competição, pois já perdeu um dos seus melhores defensores (João Pereira) para o Sporting. O Benfica que está encostado na liderança anunciou as contratações dos brasileiros Alan Kardec (ex Vasco e Inter), Airton (Flamengo) e Éder Luis (Atlético-MG). Já era um grande elenco, e agora ficou ainda mais forte. Já o Porto, dono dos últimos quatro títulos portugueses, está quatro pontos atrás e com um elenco mais fraco em compensação aos anos anteriores, mas nem por isso menos competitivo, também está na luta pelo caneco.

Dificilmente o título será de um time diferente desses três, mesmo que o Sporting tenha uma ascensão meteórica. Ainda coloco o favoritismo no Benfica, que tem uma melhor equipe e maior elenco, porém tudo pode acontecer.

Barcelona e Real Madrid seguem suas rotinas de vitórias no Espanhol

Pela 17ª Rodada do Campeonato Espanhol nenhuma novidade. Real Madrid e Barcelona confirmaram vitórias, continuando com o seu campeonato a parte de quem chegará à frente na tabela. Já as outras 18 equipes disputam um outro campeonato, onde aparece o Valência como grande destaque.

Jogando em um Santiago Bernabeu debaixo de neve, o Real Madrid mostrou um bom futebol e não teve grandes dificuldades para confirmar a vitória sobre o Mallorca por 2x0, gols de Higuaín e Granero. Os merengues contaram com a volta de Kaká, que depois de algum jogo afastado por lesão, voltou a formar dupla com Cristiano Ronaldo. A equipe jogou um futebol bonito, criou várias chances e mostrou que completa tem condições de fazer frente ao predomínio do rival Barcelona tanto em nível nacional quanto a nível europeu.

Já o Barcelona foi até Tenerife enfrentar a equipe da casa. Depois de um início de jogo complicado, com domínio dos mandantes, a equipe de Guardiola teve a serenidade de marcar quando teve a oportunidade, onde mais uma vez Messi foi decisivo para transformar um jogo difícil em mais uma goleada catalã. Jogando de uma forma destemida, o Tenerife partiu pra cima do Barcelona, chegando a colocar uma bola no travessão no inicio da partida. O domínio técnico continuou durante praticamente toda a primeira etapa, porém não transformando a vantagem em gols. O Barcelona foi se achar em campo apenas nos minutos finais da primeira etapa, e na primeira grande oportunidade, Messi abriu o placar para os catalães. Antes de acabar a primeira etapa, o argentino ainda cruzaria para Puyol marcar o segundo, e ainda faria o terceiro gol após cruzamento de Bojan. Com a vantagem de três gols, os catalães tiveram um segundo tempo tranquilo, onde podiam efetuar seu jogo característico de toque de bola envolvente, e chegando ao ataque com certa facilidade. A equipe ainda conseguiu mais dois gols, um aos 30, quando Messi recebeu na entrada da área e com um toque sutil tirou com categoria do goleiro Aragoneses, marcando um golaço e o seu “hat-trick”. O quinto gol foi marcado por Luna contra, após jogada de Pedro.

As equipes sobram na competição, mostrando ser uma covardia o enfrentamento contra os outros adversários. Na próxima rodada, as equipes terão jogos duros, onde há a possibilidade de perderem pontos. O Barcelona recebe o Sevilla, enquanto o Real Madrid joga contra o Atlhetic em Bilbao.