quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Nova camisa do Real Madrid


Assim como o Barcelona, o Real Madrid já tem um provável uniforme para a temporada 2013/14. A informação é do blog todosobrecamisetas.com. 



Os detalhes em laranja apresentam-se como a grande novidade do novo uniforme do clube desenvolvido pela Adidas, tonalizando o tradicional branco e azul marinho. O blog não apresentou o uniforme alternativo. 

Pontos cegos na Arena do Grêmio


A Arena gremista é sensacional, tanto que escrevi um posto no blog a respeito do empreendimento, porém é de domínio publico que a nova casa do Grêmio ainda não está 100% pronta. 

Além de problemas com acabamento, pude constatar pelas fotos postadas nas redes sociais que o estádio apresenta pontos cegos, pois a FIFA exige 100% de visibilidade do campo de jogo para os espectadores, senão considera ponto cego. Aqui vão duas fotos retiradas da internet por torcedores presentes do estádio no Jogo contra a Pobreza, que ilustram o problema. 

Foto: Pedro Leite Alves
Foto: João Gabriel F. Salzano

Espera-se que Grêmio/OAS consigam resolver o problema para garantir comodidade ao torcedor.  

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Provável nova camisa do Barcelona

De acordo com o periódico espanhol Mundo Desportivo, estes serão os novos uniformes do Barcelona para a temporada 2013/14. 


A grande mudança em relação a esta temporada é a volta das tradicionais listas azul e grená no uniforme principal, com um trabalho na manga. Já a camisa alternativa foi concebida com as cores da Catalunha, comunidade autônoma da Espanha que tenta a independência do país ibérico.

Organizado e com dinheiro: Ninguém segurará o Corinthians

Para a grande maioria dos clubes brasileiros, chegar ao Mundial de Clubes é sinônimo de fim de ciclo de manutenção de time e elenco, em virtude do endividamento com a construção/manutenção de times fortes. Porém o Corinthians mostrará algo novo, buscando acrescentar ao invés de se desfazer de seus jogadores, o que poderá significar um início de um grande império no futebol brasileiro.

O Timão tem a segunda ou até a maior torcida do país empatado com o Flamengo (segundo dados do Datafolha), e por ser o clube mais popular de São Paulo, centro econômico do país, tem a capacidade de atrair vultosos investimentos em publicidade, o que lhe dá os melhores contratos do país, como o da renovação com a Nike por R$ 300 milhões por 10 anos de contrato. Soma-se a isso o privilégio dado pela Rede Globo nas transmissões da equipe pelo país afora, que lhe rendeu (juntamente com o Flamengo) um contrato de direitos de transmissão diferenciado, cujo valor chega perto de três vezes mais que clubes fora do eixo recebem, como Cruzeiro, Atlético-MG, Grêmio e Internacional. 

Quando o clube precisou, teve uma mão amiga do ex-presidente Lula, que ajudou a costurar acordos de patrocínio como o da Caixa Econômica Federal, além de aproveitar da indisposição com o estádio Morumbi para a Copa de 2014 e idealizar o Itaquerão, estádio que abrigará a abertura da Copa e que depois será todo da equipe paulista, que poderá realizar as mesmas ações de clubes que tem estádio próprio. 

Para completar, o clube organiza-se internamente, e já utiliza cases de sucesso como o programa sócio torcedor, que gera uma grande receita e é responsável por Internacional e Grêmio ainda tornarem-se competitivos no cenário nacional. O clube já passou a barreira dos 100mil sócios e rivaliza com o Colorado o primeiro lugar em termos quantitativos de torcedores fidelizados, que pagam um determinado valor por mês para terem benefícios junto ao clube.

Dinheiro não é problema para o Corinthians, tanto que o clube já contratou o meia Renato Augusto para a próxima temporada e fez uma proposta de mais de R$ 40 milhões para ter Alexandre Pato.  O faturamento deverá passar com tranquilidade a barreira dos R$ 300 milhões em 2013, e que deverá se acentuar quando o time puder jogar na casa nova e faturar por um espaço que tende a gerar ainda mais receita. 

O blog mostrava-se preocupado desde o início do ano passado com o desnivelamento do futebol nacional, quando os clubes, encabeçados pelos mandatários de Corinthians e Flamengo, saíram do clube dos treze e passaram a negociar individualmente os contratos de TV com a Rede Globo. Flamengo e Corinthians queriam e conseguiram um contrato diferenciado, que culminou no processo de “espanhonalização” do futebol Brasileiro, onde no país ibérico, Real Madrid e Barcelona recebem a metade de toda a quantia da televisão e são imbatíveis no país, além de terem os elencos mais fortes da Europa. 

No Brasil, só não teremos uma reedição de Real Madrid e Barcelona em função do Flamengo mostrar-se cada vez mais desorganizado, abrigando-se em um poço sem fundo que nem os recursos oriundos da Globo e agora da Adidas conseguem reerguê-lo. Até isso ocorrer, o Corinthians tende a ser o imperador do futebol brasileiro, pois talvez só os demais paulistas e cariocas consigam montar times de exceção, como este Fluminense patrocinado pela Unimed, com capacidade de bater de frente com o Timão, que deverá ser a base da Seleção Brasileira.  Imaginava um prazo maior, talvez de cinco anos para que isso pudesse ser sentido, porém o fator Copa e Mundial está intensificando o processo.

Teremos nos próximos anos um clube muito superior aos demais, como o Real Madrid está para a Espanha. O Barcelona somente chegou a este status ao cultivar a sua categoria de base, além de trazer reforços pontuais como foram Ronaldinho Gaúcho e Deco em 2003 e 2004 respectivamente, que montaram uma base que possibilitou o reerguimento do clube catalão. Hoje, mesmo com uma disputa entre os dois clubes, que levaram os últimos 8 campeonatos espanhóis, há uma ferrenha discussão a respeito da falta de competitividade no certame.

No Brasil, talvez se discuta isso nos próximos cinco ou sete anos, com um possível desinteresse do brasileiro pelos campeonatos nacionais, que faria os índices de audiência cair e por consequência obrigaria uma reação por parte dos dirigentes e autoridades responsáveis. 

Até lá, muito ouviremos: “Salve o Corinthians, O campeão dos campeões...”.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

O céu parece não estar tão azul

No último domingo, o jornal Zero Hora publicou uma entrevista com o novo presidente do Grêmio, Fábio Koff, que tratou do futuro do clube dentro e fora de campo. 

Dentro de campo, um déficit que sinaliza caixa vazio e dificuldades para contratar, enquanto que a parte mais polêmica da entrevista é a frase “A Arena não é nossa. Vamos demorar 20 anos pagando”, que caiu como uma bomba para os gremistas, cuja maioria se voltou contra o futuro mandatário e maior presidente da história do clube, criticando-o pelas declarações e pela lerdeza para contratar jogadores.

Para quem estava acostumado com o otimismo político de Odone, a declaração de Koff foi uma água no chope, pois em um momento onde a televisão reajusta de forma milionária os contratos com os clubes, o Grêmio convive com um alto déficit de R$ 5mi/mês, que deverá ser logo contornado, sob pena de entrar no ciclo vicioso de atrasos de pagamentos que não levam o clube a lugar algum. 

Fábio Koff (ClicRBS)
Prova destas dificuldades foi a perda de jogadores como Gilberto Silva e Naldo, sendo este uma grata surpresa neste final de temporada e cuja saída não era desejada pela maioria dos torcedores gremistas.  O período de recesso está chegando ao fim e o Grêmio contratou apenas Alex Telles e William José, pela qual o último tem alguma notoriedade no futebol nacional por ser a primeira opção de ataque do São Paulo.  Em 40 dias, o time já tem um duelo importante pelo playoff da primeira fase da Libertadores, onde uma precoce eliminação já prejudicaria o ano do clube.

Porém o que mais está gerando discussão em rodas de gremistas é a declaração sobre a Arena, onde Koff mostrou-se preocupado com o futuro de curto e médio prazo do clube, pois o contrato com a OAS parece não ser o mar de rosas que era badalado a quatro-cantos por Odone.

Koff foi franco ao relatar que a Arena não é do Grêmio, pois há um contrato de parceria com a construtora OAS, que precisará retornar o seu investimento efetuado. Na prática, é como se o clube jogasse de aluguel no novo estádio, pois precisa pagar até o ingresso do sócio modalidade especial (R$ 20mi pelo quarto anel), que tinha entrada livro no antigo estádio. Além disso, o clube abriu mão de seu maior patrimônio, o Estádio Olímpico, para entrar nesta sociedade e ter uma casa nova em um formato arena, tendência mundial no esporte e que coloca o campo de futebol em meio a um shopping center, com um emaranhado de opções de comércio, e entretenimento, onde o ambiente tende a ser utilizado ao longo do ano e não somente em dias de jogos. 

Pelo contrato com a OAS, cabe ao Grêmio 65% do lucro liquido pelos próximos 20 anos, algo temerário, já que não há parâmetro no país que possa respaldar números quantitativos, já que os estudos utilizaram a Europa e EUA como cases, onde há uma propensão maior de consumo, embora estejam em meio a crise econômica mundial. Não tenho detalhes dos demais valores e termos acertados, porém imagina-se que após este período a Arena seja totalmente do Grêmio. 

O faturamento (e por consequência o lucro) depende de uma série de fatores incertos, como uma razoável taxa de ocupação do estádio em todos os jogos (levando em conta até o Gauchão), preço dos ingressos, venda de todos os espaços comerciais (que ainda nem estão prontos), patrocínios, venda de Naming Rights (direito a exploração do nome) e a aceitação da população em consumir produtos no complexo em dias sem jogos, onde não há o hábito e o local sem infraestrutura não anima. Na prática, o sucesso do empreendimento dependerá do que o clube em campo poderá oferecer.



Além disso, há o problema do financiamento contraído junto ao BNDES, que gerará um valor mensal razoável para amortização, pois a construção custou cerca de R$ 600 milhões, o que consta como uma grande obrigação para a Sociedade de Propósito Específico (SPE), e travará a possibilidade de lucro, já que ainda levará um tempo razoável para que o empreendimento opere em sua plenitude. É um empreendimento de risco e Koff sabe disso, pois o clube tem a perder com o seu insucesso, ao contrário do rival Internacional com a sua reforma do Beira-Rio.

Pode ser que Koff tenha sido extremamente pessimista na entrevista, porém mostrou que o otimismo que Odone passou ao seu torcedor não passava de uma miragem.

domingo, 16 de dezembro de 2012

Enquanto isso na Inglaterra...

... a repercussão do jornal sensacionalista britânico The Sun a respeito da derrota do Chelsea para o Corinthians, que custou o título do Mundial de Clubes da FIFA.


 É o fim do mundo?

Corinthians recoloca o Brasil no topo


Depois de cinco anos de hegemonia europeia no Mundial de Clubes, o Corinthians finalmente foi capaz de quebrar a tendência europeia de titulo após titulo em Mundiais de Clubes com direito a uma invasão impressionante da sua torcida no Japão.

E não foi qualquer vitória, pois além de se defender impecavelmente, o time jogou de igual para igual contra o Chelsea, mostrando muita organização tática, além da tradicional vontade que todo time sul-americano tem em ganhar a competição, e que compensa a discrepância técnica, quando o time tem um esquema de jogo bem definido e trabalhado.   

Desde o primeiro tempo, o Corinthians mostrou para o Chelsea que não iria apenas se defender. O time criou mais jogadas ofensivas, porém pecou nas finalizações, em grande parte afobadas e sem direção a gol, tanto que apenas uma contou efetivamente como chance de gol. O Chelsea teve maior posse bola, porém chegou pouco, mas de forma perigosa nas raras chances. 

O goleiro corinthiano Cássio já sairia como o melhor da partida na primeira etapa, pois fez pelo menos três grandes defesas, sendo uma um milagre em uma dupla tentativa de Cahill, que mesmo caído conseguiu salvar em cima da linha.  No segundo tempo, Cássio seguiu se destacando, conseguindo interceptar um lance mano-a-mano com Fernando Torres, que estava livre para marcar, além de estar sempre presente quando foi necessário. Não fosse o goleiro, o Chelsea provavelmente seria campeão. 

Na frente, o Corinthians tinha um Émerson apático e sem explosão, pois estava vindo de lesão, enquanto seu companheiro Guerrero compensava no ataque a ausência futebolística do Sheik. Coube ao questionado peruano o gol da vitória e do título do Corinthians, respaldando a escolha do treinador Tite, apesar das criticas e da desconfiança da crítica brasileira e da própria torcida. Guerrero foi um guerreiro, e junto com Cássio foram os melhores jogadores do Timão na decisão.

O Chelsea mostrou um pouco da sua má fase, que foi responsável pela primeira eliminação de um time campeão do ano anterior na fase de grupos da UEFA Champions League, além de estar em ladeira abaixo na Premier League. O contestado treinador Rafa Benítez deixou Oscar no banco para promover a entrada de Moses, que nada fez na partida. Além disso, Rafa também desguarneceu seu setor defensivo ao colocar o veterano Lampard como primeiro volante e obrigando Ramires a ficar mais na contenção, o que fez o sistema ofensivo inglês perder bastante. Mesmo assim, chegou e poderia ter vencido, não fosse a jornada iluminada de Cássio.

O titulo corinthiano, na forma como aconteceu, significará uma nova era ao futebol brasileiro, pois desde 2005, quando o Mundial FIFA emplacou efetivamente, é a primeira vez que um time sul-americano joga de igual para igual com um time europeu. Em 2007 o Boca Juniors tentou, porém levou 4x2 do Milan, e em 2009 o Estudiantes começou bem, porém acabou o gás e teve que recorrer a retranca, não conseguindo evitar a virada do Barcelona. 

Tirando Real Madrid e Barcelona, que são times de outro planeta futebolístico, as demais equipes europeias podem ser dueladas pelos times brasileiros, desde que estes apresentem um esquema tático definido e bem estruturado. O brasileiro tem fama de cachorro vira-lata, porém a diferença do futebol Europeu para o Brasileiro não é os 4x0 do Barcelona para o Santos. O time catalão geralmente aplica este escore em outros grandes times europeus. 

 O jogo também deixará lições para os demais treinadores brasileiros. Tite mostrou com seu time bem montado, esquema estruturado e funções bem definidas, que é possível jogar no ataque e buscando o duelo contra os europeus. Se tivesse tomado uma postura covarde, provavelmente teria perdido este titulo e estaria na vala comum dos treinadores brasileiros.

E o futebol brasileiro termina 2012 com um saldo positivo. Faturou todas as competições sul-americanas de clubes e o campeonato mundial. O futebol paulista mostrou força, com todos os times faturando competições nacionais ou internacionais. O único título nacional que acabou com um “intruso” foi o Brasileirão com o Fluminense, mostrando uma hegemonia paulista depois dos novos acordos com a Televisão (cotas), que privilegiaram financeiramente os times do estado. 

O único calo no sapato foi a Seleção Brasileira, que agora terá chance de evoluir nas mãos de Felipão.  Os próximos anos tendem a ser ainda melhores para o futebol do país, que mostra evolução e tende a criar uma hegemonia sul-americana, podendo ser campeão mundial de clubes mais algumas vezes. 


quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Anuncio de Dunga às vésperas de eleição do conselho

Nesta quarta-feira, Dunga foi oficialmente apresentado como novo treinador do Internacional, além do anuncio de todo o corpo diretivo do clube para a próxima temporada. 

Além do treinador, também foi anunciado o retorno de Newton Drummond, o Chumbinho, para o cargo de Diretor executivo, Luís César Souto de Moura e Marcelo Feijó de Medeiros para os cargos de vice-presidente de futebol, além de preservar a figura de Luciano Davi, que ficará com um cargo de CEO não remunerado e se afastará momentaneamente do futebol, por onde ficou desgastado com a má campanha do Internacional em 2012.

Curiosamente, a definição do futebol que era esperada com a recondução de Luigi no dia 08/11 e que mais tarde fora postergada para o final do Brasileirão em 02/12, só ocorreu de fato no dia 12 de dezembro, mais de um mês após a definição da sua permanência como comandante máximo do clube e há quatro dias das eleições para o Conselho Deliberativo, por onde a sua chapa está desgastada por ter lhe reeleito sem a vontade do torcedor, que queria a eleição no pátio e que provavelmente escolheria  Luiz Antonio Lopes ou Sandro Farias para o cargo de presidente.

Tento não acreditar que tamanha demora não se ocasionou por este motivo político, porém é fato que muitos sócios que detém condição a voto estão revendo a sua visão negativa contra o presidente e estão propondo lhe dar um voto de confiança para o próximo biênio, o que na pratica poderá significar em vantagem ao seu grupo político. Cabe a cada um julgar o grupo político pelo todo e não somente por esta semana, pois é evidente que ao longo deste biênio o grupo diretivo apresentou virtudes e deficiências.

Porém o que mais me interessa e também ao nobre leitor é o futebol jogado no campo, e nele o primeiro discurso de Dunga foi sem delongas e animador, pois o treinador promete impor o seu estilo durão e proporcionar mudanças drásticas no vestiário, principalmente na atitude dos jogadores, além de prometer uma equipe competitiva e comprometida. O treinador também tratou de exaltar a sua identificação com o clube, que deverá tentará fazer valer no vestiário como diferencial. 

Dunga ganhará a companhia de Paulo Paixão na preparação física, que estava no Grêmio e que volta para o clube onde foi campeão mundial em 2006. Paixão também tem espirito de liderança, confirmando que a direção se ressentiu desta característica no vestiário ao longo desta temporada, quando as lideranças do grupo sentiram-se donos do ambiente rejeitando treinadores. 

O novo comandante necessitará do respaldo da diretoria para aplicar as sanções disciplinares, sob pena de ocorrer o mesmo processo de fritura que tiveram Tite, Dorival Jr., Fernandão, Falcão e Roth.  Seria conveniente a reciclagem do grupo de jogadores, pois muitos já deram o que tinham que dar para o Internacional e precisam de um novo rumo e de uma nova vida. A lerdeza por iniciar este processo me espanta, pois muitos clubes já estão organizando-se para a próxima temporada,  enquanto que o Inter, com muita dificuldade, recém conseguiu definir treinador e direção.

O tempo corre e o Inter continua atrás de seus concorrentes. Sem estádio e com muita inercia da diretoria, o próximo ano promete ser difícil para o clube. 

E se fosse com o seu time?


Mais uma vez na história, uma competição da América do Sul acabou em confusão, ou melhor, teve que ser declarada finalizada por W.O., pois efetivamente não terminou no campo. 

O São Paulo sagrou-se Campeão da Copa Sul-Americana de 2012, um titulo justo por sinal, pois o clube levou a sério a competição e mostrou ser o melhor time, eliminando competentemente todos os times que cruzaram na sua frente e batendo parcialmente o Tigre por 2x0, quando ocorreu a fatídica confusão que mudou inclusive o titulo deste post no intervalo do jogo, que fez com que o time argentino não voltasse para o segundo tempo e o árbitro desse o jogo como terminado, o que rendeu o título ao time brasileiro. Mas:

O que efetivamente ocorreu no vestiário durante o intervalo da partida?

Confesso que me atentei tanto a imprensa argentina quanto a brasileira. A latina afirma que os jogadores argentinos foram agredidos pelos PMs que estavam cuidando da ordem da partida. A FoxSports Argentina, na qual a coirmã brasileira pegou carona, mostrou várias marcas de sangue no vestiário do Tigre e vários jogadores com escoriações pelo corpo, enquanto que a as demais emissoras brasileiras se limitavam a mostrar a sem graça festa são-paulina, totalmente sem clima após um título declarado nestas condições, além de condicionar a desistência do Tigre ao famoso migué. No meio deste fogo cruzado, a Conmebol mostrava a sua tradicional inércia, conhecida de situações passadas e que corroboram para que estes fatos lamentáveis continuem ocorrendo. 

O time argentino não é santo, e entrou no jogo para brigar e criar confusão, já que no futebol perderia ao natural para o São Paulo.  Ao longo da primeira etapa, os ânimos do time argentino ficavam cada vez mais exaltados, e já quando o jogo estava 2x0 a favor do São Paulo, a cotovelada de Orban em Lucas foi a gota d’agua para que as provocações fossem a um caminho sem volta, e assim que o arbitro apitou o fim do primeiro tempo, o meia-atacante são-paulino mostrou um algodão sujo de sangue que usava para tampar o nariz, tendo inicio uma briga generalizada que teria ocasionado no fatídico incidente do vestiário. 

A Conmebol promete investigar o caso, porém já proclamou de forma definitiva o São Paulo como campeão da Sul-Americana. As declarações vindas da imprensa argentina são graves e precisam ser esclarecidas, tendo em vista que estaríamos lidando com um Desvio de Poder da polícia brasileira, que daqui a pouco mais de 18 meses terá que trabalhar na Copa do Mundo, por ter supostamente ultrapassado os limites da razoabilidade e proporcionalidade e desta forma ferido o interesse público que, neste caso, é a segurança.  

Se estas acusações não se confirmarem na prática, teremos outro fato grave de falso testemunho do Tigres e da imprensa argentina, o que requereria uma grande punição ao clube argentino, promotor de um dos fatos mais lamentáveis em finais de competições Sul-Americanas. Para evitar isso, é necessário que o time argentino tenha uma prova substancial, como uma gravação em vídeo ou o áudio das ameaças e agressões que podem ter ocorrido no incidente.

Está na hora que a entidade Sul-americana saia da inercia e dê uma maior credibilidade para as suas competições, coibindo a violência e apresentando maior organização. A entidade costuma passar a mão por cima dos clubes, estimulando-os a agir de maneira cada vez mais antidesportiva.  Tal fato deixa o futebol sul-americano há anos-luz de distância do europeu. 

Porém fica a pergunta: e se esse fato tivesse ocorrido com o seu time?

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Arena: Marco do modernismo do futebol brasileiro


Neste sábado, o Grêmio mostrou para o resto do país o novo conceito de espetáculo futebolístico que o país protagonizará com os novos estádios da geração Copa do Mundo de 2014.

A nova casa gremista não será vista mundialmente na maior competição futebolística do mundo, porém teve o prazer de ser a pioneira na inauguração do conceito Arena no Brasil, onde o jogo de futebol é apenas um detalhe, comparado ao emaranhado de opções de consumo e entretenimento, que tornam o estádio lucrativo tanto em dias de jogos, no chamado matchday, quanto em dias sem futebol, onde serão os demais atrativos do empreendimento que atrairão os consumidores. 

O modelo de negócio, que é case de sucesso importado da Europa, chega para mudar a relação entre clubes e torcedores no Brasil, onde ainda resplandece o romantismo do torcedor para com o seu clube, por onde o apaixonado tem um beneficio muito inferior ao valor do ingresso pago, o que diminui uma capacidade potencial de maior público e de arrecadação. Com mais opções de lazer e de conforto, há a capacidade de fidelizar o público já existente além de atrair um nicho diferente de espectadores, dispostos a consumir e de atrair dividendos ao clube. 

Tenho alguns amigos gremistas, que não tinham o costume de ir ao estádio e que agora com o advento da Arena pretendem conhecer a nova casa e levar a família como forma de lazer, o que corrobora com a minha tese. Porém caberá a Sociedade de Propósito Específico (SPE) manter formas de fidelizar o consumidor para congelar e até poder aumentar seus índices de média de espectadores desejado, já que neste início será natural um grande público em virtude da curiosidade, que atrairá torcedores de todas as partes do Brasil.

Voltando ao espetáculo de ontem, a inauguração foi precipitada, pois o estádio ainda não estava totalmente pronto e apresentou problemas, que não aconteceriam ou seriam melhor contornados se o acabamento estivesse 100%. A destacar, os banheiros, bares e principalmente o gramado, que não tinha condições de jogo. Coube ao twitter oficial do adversário (Hamburger SV) apresentar imagens de “bastidores” que prejudicaram a reputação do estádio internacionalmente.  

Outro grande problema foi a Geral, que apresentou confusão de torcedores que obrigaram o BOE da Brigada Militar entrar em ação. O mais prudente é colocar 100% de cadeiras neste estádio bem como em todos construídos ou reformados para a Copa de 2014. São nestes setores formatados para os populares que acontecem o maior numero de confusões durante os jogos, o que inviabiliza um tratamento diferenciado dos clubes para com os torcedores que querem ficar em pé, e que hoje se mostra prejudicial para este modelo de negócio, pois pode afastar as famílias que estão pretendendo voltar ao convívio do futebol. 

O futebol brasileiro passará por graduais mudanças até 2015, quando deveremos ter o Brasileirão mais europeu da história, com cerca de doze a treze casas novas que serão utilizadas efetivamente nas primeiras divisões.  Caberá ao torcedor acompanhar a mudança estrutural e de gestão dos clubes com um melhor comportamento, sem violência e sem dilapidar o patrimônio do clube, para que assim o futebol brasileiro possa crescer de fora para dentro. 

O futebol brasileiro entra em uma fase de modernismo, que terá como marco a inauguração da Arena. 

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Vídeo #estadiocampeaodetudo

Novo vídeo institucional da BRio sobre a reforma do Beira-rio exaltando a alma do estádio erguido sobre as águas. Constam alguns detalhes de como ficará o estádio para 2014. 


De arrepiar...

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Balanço Brasileirão: Muita desigualdade, pouca emoção


Neste último domingo, tivemos o fim da edição 2012 do Campeonato Brasileiro. Um desfecho formal, pois há várias rodadas o certame estava decidido, e a 38ª rodada reservou apenas a briga pelo vice-campeonato, que dá vaga direta para a Libertadores, e do último time com passaporte carimbado para a Série B.

Fluminense, Atlético-MG, Grêmio e São Paulo são os representantes do país na próxima edição do maior torneio de clubes das Américas, enquanto que Sport, Palmeiras, Atlético-GO e Figueirense terão que refazer todo o planejamento na Série B em 2013. Ainda houve uma virada de mesa, que classificou Vasco, Botafogo, Santos, Cruzeiro, Internacional, Náutico e Coritiba para a Copa Sul-Americana, isso se estes não se classificarem para as quartas-de-final da Copa do Brasil 2013, senão darão lugar aos próximos colocados deste Brasileirão que estiverem nesta situação. Confusão né? 

O que mais chamou a atenção neste campeonato foi a pontuação dos primeiros colocados. Desde 2006, quando o Brasileirão passou a ser disputado com 20 clubes, jamais três times ultrapassaram a barreira dos 70 pontos. Somente em 2008, com a disputa entre São Paulo (75) e Grêmio (72) que dois times ultrapassaram esta barreira, o que mostra o campeonato mais desigual da história. Em 2012, Fluminense, Atlético-MG e Grêmio fizeram campanhas de campeão, porém o tricolor carioca teve um certame excepcional ao chegar aos 77 pontos, igualando a campanha do São Paulo em 2007 (a maior da história), porém perdendo no critério de desempate de vitórias (23 a 22).

No Z4, jamais três times fizeram uma pontuação tão baixa como nesta edição, e somente o Sport chegou vivo na última rodada, porém à espera de um milagre que não ocorreu. Vários times estiveram na “rabeira” durante a maior parte da competição, principalmente aqueles que recebem “trocados” nos direitos de TV. 

Na ponta, ocorreu uma fuga de Fluminense, Atlético-MG, Grêmio e Vasco, sendo que este perdeu jogadores em meio à competição e com uma grande sequencia negativa acabou cedendo lugar ao São Paulo, que teve a melhor campanha do segundo turno e acabou com a última vaga do Brasileirão (o clube também disputa a final da Copa Sul-Americana contra o Tigre da Argentina).

Em relação à arbitragem, não houve mocinhos nem bandidos. Todos os times ao longo do campeonato foram beneficiados e prejudicados com o desastre da arbitragem em 2012. A cada ano os homens do apito mostram estar menos preparados, e se nada for feito para a próxima temporada, esta deverá ser ainda pior.

Com a europeização do futebol brasileiro nos direitos de TV, utilizando a mesma prática do futebol espanhol que polarizou a disputa entre Real Madrid e Barcelona, o Brasileirão tende a ser mais desigual a cada ano, com apenas três ou quatro clubes com chances de título. Pela divisão desigual do montante, a briga teria que ser teoricamente entre Corinthians e Flamengo, porém as más administrações e a preferência pela Libertadores no início do Brasileirão contam contra e possibilitam a chegada de outros times financeiramente menos favorecidos. 

Na TV, o Brasileirão foi um fracasso de audiência, com Globo e Band marcando seus piores índices dos últimos anos. Tal resultado mostra o descontentamento da principal emissora do país com a formula da competição, e a vontade de retorno do mata-mata. Eu particularmente prefiro os pontos corridos, pois privilegia que o mais regular ao longo das 38 rodadas possa ser declarado o vencedor. 

Os mesmos que reclamam da formula e indiretamente da audiência são os mesmos que negociam contratos de forma tão desiguais entre os clubes, que faz com que um Corinthians ganhe 100 milhões enquanto Náutico e Figueirense recebem pouco mais de 10 milhões pelo mesmo contrato. Qual é a expectativa de um time que ganha praticamente dez vezes menos?

Corinthians e São Paulo ainda terão seus duelos pelo Mundial de Clubes e Copa Sul-Americana. Os demais times, com exceção do Grêmio que fará um amistoso contra o Hamburgo na inauguração da Arena, estão de férias. Esperamos que 2013 tenhamos um campeonato mais emocionante, porém os números me faz pensar o contrário.

domingo, 2 de dezembro de 2012

Pouco futebol, muita confusão e sem festa de despedida


A grande expectativa do Gre-Nal 394 ficou só na promessa, pois a grande maioria das emoções da partida foram negativas, com confusões, expulsões e pouco futebol, resultando em um 0x0 que terminou de forma melancólica a última partida do Grêmio no Olímpico, com a perda do vice-campeonato brasileiro diante de dois jogadores a menos do rival ao longo de praticamente todo o segundo tempo.
  
A maior responsabilidade pelo placar zerado foi dos treinadores, que povoaram o meio-campo de seus times, resultando em poucas finalizações quando o jogo estava numericamente igual, o que o deixou insosso e sonolento. Sem Moreno e Kléber, Luxemburgo escalou Léo Gago e deixou apenas André Lima no ataque, enquanto que Osmar Loss preteriu Forlán e escalou Josimar, deslocando Guiñazu para a linha dos meio-campistas, por onde o jogador pouco produziu ofensivamente, mas que acabou como peça fundamental na manutenção do resultado.

A rigor, somente uma cabeçada de Damião que lhe custou um grande ferimento no supercílio ofereceu perigo na primeira etapa, enquanto que na segunda, com as expulsões de Muriel e do próprio centroavante, o time colorado acabou massacrado em chances de gols, porém teve a competência para manter o placar. Luxemburgo somente foi colocar o segundo atacante aos 18 minutos da segunda etapa, quando o time já possuía superioridade numérica de dois jogadores.  

Se alguém pode ser colocado como responsável pela perda do vice-campeonato, este deve ser Luxemburgo.  O treinador conseguiu o seu objetivo que era classificar o time para a Libertadores, porém nas demais competições o time chegou mas não faturou nenhum torneio, sucumbindo nas horas derradeiras. Pela pouca quantidade de técnicos qualificados, Luxa continuará em 2013 e quiçá em 2014, pois assinou um contrato por duas temporadas  e dependerá de resultados, isto é, títulos, para marcar uma era. 

Tanto Muriel quanto Damião foram corretamente expulsos, pois o goleiro evitou um lance de perigo gremista interceptando a bola com as mãos fora da área, enquanto que o centroavante deu uma cotovelada em Saimon, e se continuar para a próxima temporada, deverá pegar gancho. Na reclamação da expulsão de Muriel, Luxemburgo invadiu o campo para segurar os jogadores e também foi corretamente expulso pelo árbitro Heber Roberto Lopes. 

Nos descontos, quando o Grêmio era mais nervos do que pressão para marcar o gol, o treinador colorado Osmar Loss envolveu-se em confusão com Saimon, ocasionando em uma confusão generalizada por onde ambos foram expulsos, e a torcida perdeu a cabeça e começou a atirar rojões no campo, sendo que um acertou um dos membros da comissão técnica do Internacional, no que poderá ocasionar em sanções para o futuro estádio na próxima temporada.

Este 0x0 combinado com a vitória do Atlético Mineiro sobre o Cruzeiro por 3x2 resultou na perda do vice-campeonato do Brasileirão pelo Grêmio para o Galo, o que deixou o time sem ter o que comemorar na despedida do Olímpico, tendo em vista que além de empatar precisando da vitória, o time não teve a competência para marcar um gol contra dois jogadores a menos do Inter, e ficou sem a tradicional avalanche, que foi dada somente de forma simbólica, por grande parte dos torcedores da inferior do estádio, em uma nostálgica despedida do Olímpico.

No final das contas, quem comemorou no Gre-Nal foram os Colorados, pois o empate diante das circunstâncias formadas ao longo do campeonato e principalmente do jogo que fizeram com que o sentimento pelo 0x0 fosse de um título, pois o Inter aplicou um grande prejuízo no Grêmio, que terá que disputar uma fase preliminar da Libertadores, bagunçando todo o planejamento do rival e lhe deixando em condições de eliminação logo de início. 

Já para o Inter, que o esforço e o objetivo de atrapalhar os planos do Grêmio não sirvam para encobrir a péssima temporada que o time teve, onde ganhou o Gauchão, mas não conseguiu chegar a nenhuma competição, além de terminar pessimamente o Brasileirão, sem vencer os últimos cinco jogos e com a 16ª melhor campanha do returno. 

E a bola parou de rolar oficialmente no RS. O momento passa a ser de analisar a temporada e projetar a próxima. 

sábado, 1 de dezembro de 2012

Nem o sorteio para a Copa das Confederações escapou


Neste sábado, em uma glamorosa festa em São Paulo, foi realizado o sorteio dos grupos para a Copa das Confederações, tida como grande ensaio para a Copa do Mundo, e que será realizada em 2013 em seis sedes: Minas Gerais, Ceará, Pernambuco, Bahia, Brasília e Rio de Janeiro.

O que seria uma simples cerimonia para mostrar um pouco da cultura brasileira terminou com um grande mico, pois um Chef Brasileiro conhecido internacionalmente e que fora convidado para o sorteio, pegou a bola do Grupo A para localizar o Uruguai no grupo B, e que acabou tornando o sorteio desorganizado até o fim para o desespero do secretário-geral da FIFA Jérome Valcke, quando foi, por exclusão, conhecido o destino do Taiti, cujo nome ficou boa parte do sorteio suspenso por estar sobrando. Porém o sorteio acabou mudando a ordem dos grupos e da sede dos jogos, e não sei se não seria menos vergonhoso começar tudo novamente. 

Soma-se esta gafe aos constantes atrasos de planejamento e obras nos estádios, além da certeza de não conclusão de muitas obras de mobilidade urbana, que nota-se uma organização de Copa próxima ao fiasco, e que só poderá se salvar com partidas dignas da magnitude da competição. Há ainda o nome do mascote da copa chamado Fuleco, algo que não tem nada a ver com a cultura brasileira, enquanto que o nome das bolas para a Copa das Confederações e do Mundo são respectivamente Cafusa e Brazuca,  esta última o único nome que me agradou, porém escrito em grafia errada. 

Para a Copa das Confederações, praticamente 98% do público será brasileiro, contrariando a expectativa de muitos projetos e gastos para receber turistas de todas as partes do mundo, que virão, mas em bem menos quantidade. Provavelmente a grande maioria do público também será local, o que deverá reduzir os problemas com aeroportos e movimentação pelo país. 

Porém para a Copa creio que estes números de estrangeiros deverão ser maiores, senão a Copa de 2014 será um fiasco, tendo em vista que o povo brasileiro pagaria duas vezes para ver a competição, sendo uma através dos impostos que geraram obras faraônicas, enquanto a outra será no preço dos ingressos. Tenho opinião sobre isso, porém irei esperar os números da Copa para emiti-la.

No campo em 2013, o Brasil pegará respectivamente Japão, México e Itália no Grupo A, um sorteio pouco generoso com o país, tendo em vista que México e Itália têm grandes chances de complicara a nossa seleção, não descartando uma vexatória eliminação na primeira fase.  Os jogos da seleção na primeira fase serão em Brasilia, Fortaleza e em Salvador. 


Já no grupo B, Espanha, Uruguai, Taiti e um representante africano, que será conhecido somente no início do próximo ano com a Copa das Nações Africanas. Com a má fase do Uruguai, prevejo uma classificação espanhola sem grandes problemas.  

Mais uma vez quem fez o calendário teve um brilhantismo absurdo, pois assim como na Copa do Mundo, o Brasil só jogará no Maracaná se chegar à final da competição.  No Mineirão, a Seleção só jogará se passar em primeiro do Grupo A, enquanto que a Arena de Pernambuco será a única que não receberá jogos da Seleção na Copa das Confederações.

Espero que dentro de campo a Copa possa empolgar, pois fora dele só ouço reclamação por todas as partes, de gastos excessivos com obras desnecessárias por toda a parte, enquanto que a maioria do povo convive com graves problemas sociais, como falta de segurança, escolas e uma saúde sucateada e insuficiente.