sexta-feira, 30 de abril de 2010

Cruzeiro tem partida quase perfeita e consegue vantagem nas oitavas

Último brasileiro a entrar em campo pelas oitavas de finais da Libertadores, o Cruzeiro não decepcionou a sua torcida, abrindo vantagem contra o Nacional do Uruguai após uma partida quase perfeita.

Com uma jornada super inspirada de Thiago Ribeiro, responsável por todos os gols da Raposa na partida com seu “hat-trick”, o Cruzeiro mostrou a sua força e poder de reação, depois de ser eliminado prematuramente do Campeonato Mineiro. A torcida incentivou do início ao fim, colaborando com o bom começo cruzeirense na partida.

O Cruzeiro agrediu desde o início o Nacional, conseguindo abrir o placar logo aos 7 minutos, com o oportunismo do goleador da noite, recebendo de presente após falha da zaga e tendo o trabalho de desviar do goleiro. Thiago Ribeiro também fez o segundo, completando ótimo cruzamento de Fabrício, e o terceiro, ganhando da zaga na velocidade, dominando com categoria e chutando sem defesa para o goleiro.

Seria uma partida perfeita caso a equipe não vacilasse na volta do intervalo, levasse uma pressão desnecessária dos uruguaios e o gol marcado por Regueiro. O gol sofrido pelo menos acordou o Cruzeiro na partida, voltando a se impor diante do Nacional, e tendo as melhores chances para ampliar o escore e aumentar ainda mais a vantagem para o jogo da volta.

No fim os 3x1 são de grande valia para a Raposa, que pode perder por um gol de diferença no Uruguai que fica com a vaga. Dos brasileiros, foi de longe a melhor atuação nesta fase, o que credencia o Cruzeiro como um adversário a ser batido. Adilson Baptista tem continuidade e um bom time nas mãos, com a base sendo mantida ano a ano, e isso é determinante para o sucesso de uma equipe. Pelo que foi visto até agora na competição, não é de se estranhar uma final com o Cruzeiro presente novamente, como aconteceu em 2009.

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Fator arbitragem e relaxamento após 2006 maquiam fraca campanha 2010 colorada

O Inter em 2010 parece andar em círculos. Quando parece que vai deslanchar, tendo vitórias emblemáticas com boas atuações e um esboço de esquema, vem outro adversário, que causa uma mudança do jeito da equipe jogar, com maus resultados e preocupações. Porém o relaxamento após 2006 consegue elencar vários culpados pelos fracassos, menos o principal, que é propriamente o time e quem o dirige.

Quem tem um mínimo de conhecimento de futebol, podia prever isto, devido ao fato de após quatro meses de trabalho, Fossati ainda não ter um esquema tático ideal definido, além de carecer de peças com maior qualidade em vários setores. Somado a isso, o preparo físico deixa a desejar, com a equipe “andando” em campo durante vários jogos. Ainda há o problema disciplinar, com jogadores exagerando no extracampo, o que faz com que o seu rendimento físico-atlético diminua consideravelmente, influenciando em campo e consequentemente no time. Diante de tudo isso, há a impressão que os jogadores só jogam quando querem, isto é, quando lhes convém um resultado positivo. Porém o problema não está só efetivamente na equipe, parece ser bem maior, o que acaba sendo decisivo para o fato de o Inter chegar quase lá, mas não ganhar.

Em outros posts, já expliquei o fracasso do projeto 2010, que está se tornando visível para todos. Jogadores, Direção, Comissão Técnica (Treinador e Preparador Físico) e a própria Torcida são culpados pela fase de ostracismo que o clube parece ter entrado. Ainda está presente o relaxamento pós 2006, aonde tudo que vier depois é lucro. E o pior, é que isso não está somente em parte da torcida, mas está também localizado dentro do Beira-Rio, onde há esse sentimento de “Campeão Mundial FIFA eterno”, que tem deixando o Inter sem ambição e com o sentimento de dever cumprido. Outro motivo que acaba corroborando isso é o fato do maior rival praticamente se apagar nesta década, não ganhando nada relevante e não sendo capaz de competir com o Internacional.

Diante disso, o Internacional ainda consegue disputar as competições, devido ao fato de ter um embasamento financeiro suficiente para pagar salários altíssimos, de forma que jogadores de qualidade possam vir jogar no Beira-Rio. Porém esse sentimento referido no parágrafo acima acaba chegando ao vestiário, deixando os jogadores de sangue doce e sem “garra”. Parte da torcida já acordou, e tenta ensaiar reclamações, porém a outra parte, e em maior número, não aceita questionamentos contra a Direção que deu o maior título que uma equipe poderia ter há quase 4 anos atrás. Quatro anos no futebol é uma eternidade, afinal são quatro temporadas e é um ciclo de Copa do Mundo. Há de ter gana para que todo o ano esse título possa ser conquistado, não o deixando apenas como relíquia de museu, e empurrando o clube junto.

Mesmo com o relaxamento e descaso nas contratações, o Internacional poderia ter conquistado vários títulos importantes nesse ciclo. Faltou o algo a mais, a cobrança da torcida, e da direção para com o vestiário. Em virt
ude disso, mais uma temporada está sendo jogada fora, pois grande parte da torcida ainda dorme em berços esplendidos, deixando a direção livre para fazer o que lhe convêm e deixando o clube longe dos títulos importantes.

Sem cobrança, os fracassos tornam-se rotineiros, e as desculpas, por mais estapafúrdias que são, acabam sendo aceitas pela massa colorada. Se fossem levadas ao pé da letra, haveria uma conspiração política para prejudicar o Colorado diante de qualquer adversário que pudesse enfrentar. Em todos os jogos, o juiz estaria condicionado contra o Internacional. Há também o endeusamento dos outros times, que complicam e vencem o Internacional. Se isso também fosse levado ao pé da letra, todos os adversários que bateram o Colorado seriam potências futebolísticas da maior grandeza.

O Inter está em um fim de ciclo, que não é apenas de jogadores, porém diretivo. Falta ambição, e isso influi diretamente nos jogadores em campo, nas contratações e nos resultados. A política Colorada precisa de novos nomes, dispostos a ter vontade de ganhar, trazendo uma carga anímica ao torcedor e ao clube para vencer títulos. Jogadores qualificados seriam contratados, haveria cobrança dentro e fora do Beira-Rio, com o extracampo não trazendo grande influencia, e o Inter conseguiria ganhar vários títulos relevantes.

Quanto à situação atual, há quem acredite, mas com 2x0 contra e jogando fora de casa sem o principal jogador (Guiñazu), não há mais o que fazer no Gaúchão. Na Libertadores, o clube respira através de aparelhos, não mostrando uma única partida capaz de fazer a torcida acreditar que possa reverter o resultado. Haverá empolgação da torcida, porém se o pior acontecer, haverá uma pequena manifestação contra, porem isso acaba logo, já que a equipe é a Campeã Mundial Fifa 2006....

No confronto dos mais populares, Adriano coloca Fla em Vantagem

No jogo que faltou eu comentar, pelo fato de estar com atenções voltadas ao confronto entre Banfield e Inter, que fora no mesmo horário, e que me fez recorrer ao VT mais próximo risos. No jogo das maiores torcidas do Brasil, o Flamengo, mesmo com 10 jogadores conseguiu vencer o Corinthians em um Maracanã lotado e empoçado pela chuva.

O esperado grande confronto entre Adriano e Ronaldo acabou sendo prejudicado pela chuva que caiu no Rio de Janeiro. O gramado inviável para a prática do futebol na primeira etapa, prejudicando o andamento da partida. Jogar futebol foi uma tarefa complicada, com as equipes errando muitos passes e abusando nos chutões.

O Flamengo até tentou jogar, tentando cruzamentos na linha de fundo, porém não houve nenhum pé disposto a abrir o placar. Sem chutes a gol, e com poucos lances de perigo, a primeira etapa foi marcada pela expulsão de Michael, que cometeu duas faltas passíveis de cartão amarelo e acabou sendo expulso pelo árbitro Amarilla.

Já no segundo tempo, com a trégua da chuva, o gramado teve uma melhora considerável em suas condições, permitindo a prática do futebol. O Corinthians poderia ter aberto o placar logo no início, com Moacir recebendo de Dentinho e ganhando da zaga e do goleiro Bruno, porém tocando à direita do gol. O Flamengo acordou, colocou uma bola no travessão com Juan após cobrança de falta, e teve um pênalti a seu favor aos 20 minutos, com Moacir derrubando Juan. O Imperador cobrou com categoria e abriu o placar, podendo ter feito o seu segundo gol e deixado o Flamengo em uma situação mais cômoda aos 33, quando recebeu livre na área e de cabeça exigiu grande defesa do goleiro Julio Cesar, que ainda contou com o travessão amigo.

Vitória do Flamengo, que foi melhor com 10 no segundo tempo do que fora com 11 na primeira etapa, além de ser melhor que os 11 corinthianos da segunda etapa. Ronaldo só entrou em campo, não produzindo nada na partida, além de receber uma sonora vaia quando fora substituído por Mano Menezes. Vantagem mínima, que poderá ser revertida pela qualidade do Corinthians, porém também dará tranquilidade ao Flamengo, que se fizer um gol, poderá sofrer até dois que saíra com a vaga semana que vem no Pacaembu.

Com atuação desastrosa de Larrionda, Internacional leva 3 e se complica

No primeiro jogo das oitavas de finais da Libertadores, o Internacional foi até a Argentina enfrentar o Banfield, jogou bem na primeira etapa, deu muita chance ao azar, e com um péssimo segundo tempo somada com a atuação desastrosa de Larrionda, agora respira através de aparelhos precisando vencer por 2x0 no jogo da volta, quinta feira que vem no Beira-Rio. O árbitro uruguaio errou em quatro situações graves, sendo que três prejudicaram o Internacional e uma o Banfield.

O jogo começou muito corrido e concentrado no meio-campo. Fossati conseguiu através do esquema 3-6-1 compactar a equipe, deixando o Internacional mais seguro defensivamente e com uma maior chegada ao ataque. O Banfield pouco conseguia chegar, tendo sua primeira chance a gol apenas aos 7 minutos, com Quinteros aproveitando uma falha de Eller, e pela direita chutando fraco ao gol. O Colorado respondeu no mesmo minuto, com Alecsandro acertando um chute da intermediária ao lado do gol.

O jogo estava sob controle ao Inter até os 19 minutos, quando Abbondanzieri cometeu uma grande falha, e na dividida perdeu a bola para Fernández, que tocou para Ramírez tocar para o gol. O árbitro marcou impedimento, porém o atacante argentino estava na mesma linha, caracterizando na primeira grande falha de Larrionda na partida. Aos 21, foi Alecsandro que chegou a marcar, porém estava impedido em lance que fora assinalado corretamente pelo árbitro.

A primeira etapa ainda reservou chances para ambos os lados, em maior número para o Banfield. Aos 24, Abbondanzieri defendeu uma cabeçada a queima-roupa de López, porém aos 31 Andrezinho também teve chance em cruzamento de Kléber, porém errou na cabeçada e a bola foi por cima. O goleiro colorado ainda defendeu um chute de Ramírez aos 34, enquanto Nei participaria de dois lances a favor do Inter. Aos 34, o lateral recebeu na entrada da área, deu um chapéu no zagueiro e chutou ao lado esquerdo do gol. Porém aos 37, Nei foi derrubado por um zagueiro do Banfield dentro da área, em um pênalti não assinalado por Larrionda.

Na segunda etapa, o Banfield voltou com mais ação e aos 2 minutos, Barraza avançou livre de marcação livre cruzou, Fernández desviou e Rodríguez livre chutou cruzado para abrir o placar. A torcida argentina nem pode comemorar o gol direito, pois dois minutos o Inter conseguiria empatar, depois de cruzamento de Nei afastado pela defesa argentina, e Kléber pegou de primeira o rebote e colocou na forquilha direita do goleiro.

O gol animou o Inter, que acabou se abrindo mais e permitindo ao Banfield encaixar contra-ataques. Aos 7, Erviti teve a chance quando livre chutou para grande defesa de Abbondanzieri. Já aos 9, foi a vez de Rodríguez em chute cruzado. O Colorado conseguia segurar a pressão argentina, quando aos 11, Kléber dividiu com Erviti, na queda pisando no jogador argentino. O árbitro Larrionda foi chamado pelo assistente, e com rigor, expulsou o lateral Colorado. Na infração, a bola foi alçada na área e Ramírez em posição irregular chutou para a defesa de Abbondanzieri e no rebote o jogador serviu Battión, que em posição irregular, tocou para o gol. Logo após o gol, Fossati foi acertado por um objeto da arquibancada, paralisando o jogo e ajudando a esfriar a pressão argentina.

O Inter estava nervoso, cometendo muitas faltas fortes e levando alguns amarelos com Alecsandro e Guiñazu. Aos poucos, o Colorado conseguia colocar a bola no chão e trocar passes, evitando um pouco a pressão argentina. A equipe teve uma boa oportunidade aos 27 em falta sofrida por Andrezinho, que D’Alessandro cobrou forte para a defesa do goleiro Lucchetti. Quando tudo estava sobcontrole, em escanteio cobrado aos 35, a zaga Colorada vacilou, deixando Fernández livre para marcar o terceiro gol do Banfield.

A sorte colorada foi que logo depois o lateral direito Barraza pegou Guiñazu e foi expulso, deixando as equipes numericamente iguais em campo. Fossati tirou Andrezinho e D’Alessandro para as entradas de Everton e Taison. A equipe Colorada conseguiu evitar uma pressão final maior do Banfield, que naquela altura já estava satisfeito com o resultado. Já o Inter só teve uma falta na cabeça da área já nos descontos, que fora mal aproveitado pelo ataque colorado, decretando o 3x1 para o Banfield, que deixa os argentinos em vantagem para o jogo da volta em Porto Alegre, onde poderão perder por um gol de diferença para se classificarem para a segunda fase. Para o Inter, resta vencer por 2x0 e torcer para o Banfield não marcar nenhum gol, senão a equipe teria que marcar 3 para ir para os pênaltis e 4 para se classificar.

Resumo da ópera: O sistema 3-6-1 de Fossati cumpriu seu objetivo na primeira etapa, com uma equipe compactada e que não sofreu grandes perigos defensivos, além de chegar com perigo nas poucas vezes em que se arriscou ao ataque. O problema deste sistema é que caso a equipe sofra gols, ele se desestrutura por ser um sistema voltado à defesa. O Inter teve sorte de achar o empate, porém o árbitro acabou dando uma super força para o Banfield, expulsando injustamente Kléber, além de validar um gol impedido de Ramírez. Enquanto o Internacional tentava se recuperar e esfriar a cabeça, o Banfield acabou marcando o terceiro após um escanteio em que houve vacilos defensivos colorados.

Acredito que houve uma precipitação de Fossati no esquema 3-6-1. Ele acaba desestruturando o sistema ofensivo, deixando-o refém do defensivo, que não poderia levar gols para não desestruturar o Inter no jogo. Não considerei o Banfield um grande adversário, porém é uma equipe organizada e que fez seus gols. Vi um inter muito pragmático, onde poderia ter tido um maior resultado. A equipe teve chances na primeira etapa para marcar gols e complicar o adversário, porém perdeu a chance e a sorte, já que fora prejudicado pela arbitragem e com a fuga de seu futebol para levar 3x1 e se complicar na competição.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

São Paulo faz o mesmo jogo de sempre e traz empate do Peru

Em mais um jogo pragmático, o São Paulo pouco se esforçou e trouxe na bagagem de Lima um empate em 0x0 contra o Universitário. A equipe paulista teve as melhores chances da partida, porém acabou perdendo Richarlyson expulso na segunda etapa, e tratou-se apenas de administrar o resultado.

O São Paulo começou a partida arriscando de fora da área, com Cicinho acertando a trave direita do goleiro Llontop. Porém o São Paulo não forçava a equipe peruana, que era fraca, e deixava o tempo passar. O Universitário passou a maior parte do tempo com a bola e no campo do São Paulo, porém não tinha nenhuma jogada ou individualidade que pudesse possibilitar algum perigo ao gol Rogério Ceni.

A equipe paulista ainda teve outra grande chance na primeira etapa com Marlos, que foi lançado, driblou o goleiro e tentou o passe para Washington. Só que no meio do caminho, o goleiro Llontop conseguiu desviar para trás, quase marcando gol contra que foi evitado em cima da linha pela zaga.

O segundo tempo continuava ao clima de arroz com feijão, tendo a expulsão de Richarlyson o primeiro fato relevante da etapa. Ricardo Gomes recompôs a equipe com Júnior César em lugar de Marlos, que se movimentava bem no ataque, e depois acabou retrancando ainda mais o time com a entrada do zagueiro Renato Marques em lugar de Washington. Tais modificações fizaram o Universitário tomar conta do campo tricolor, porém não conseguia finalizar. O São Paulo ainda conseguiu dar uma pressionada no fim, perdendo duas chances, uma com Miranda quando a zaga conseguiu tirar em cima da linha e outra com Rodrigo Souto, com o gol evitado por grande defesa do goleiro. Espinoza conseguiu um chute de fora da área que passou perto, sendo a única grande chance do Universitário, já nos descontos.

E assim vai o São Paulo em 2010, muitos jogos pragmáticos, não enchendo de lágrimas os olhos do torcedor paulista, porém conseguindo bons resultados. Se isto será suficiente para o título, não se sabe, porém no papel o São Paulo teria condições de jogar bem melhor do que está jogando, e mesmo jogando mal é capaz de manter-se favorito pelo belo grupo que tem.

Inter segura Bacelona e decide UCL com Bayern Munich

Em um jogo que poderia ter sido bem melhor do que efetivamente foi, a Internazionale conseguiu se segurar defensivamente mesmo perdendo um jogador aos 27 minutos de jogo, levou um gol que poderia levar e é o adversário do Bayern Munich na grande final do dia 22 de maio em Madrid. Mourinho mais uma vez surpreendeu, dando um nó tático em Guardiola, conseguindo a proeza de parar a máquina de jogar futebol chamada Barcelona.

O jogo começou com surpresa na escalação de ambos os lados. Guardiola preteriu um lateral esquerdo de oficio, utilizando Yaya Toure no meio junto com Busquets, Keita e Xavi, e exigindo um maior comprometimento tático da equipe para não deixar o setor livre. Já Mourinho, resolveu colocar Chivu no meio, fazendo uma espécie de sombra de Zanetti no setor esquerdo defensivo, bem onde estava Messi.

O Barcelona começou atacando logo aos 2 minutos, com Pedro fazendo grande jogada na esquerda passando por Maicon, e chutou cruzado perto do gol, e mostrando que o Barcelona viria com força. Porém esse lance foi isolado, já que o esquema defensivo em forma de “árvore de natal” (que pretendo ilustrar no Analisador Tático) idealizado por Mourinho, trouxe dificuldades para o Barcelona, que aproximadamente 80% de posse de bola, trocava passes, porém pouco conseguia criar no setor ofensivo. A equipe só conseguiria chegar novamente com perigo aos 21, quando Dani Alves cruzou e Pedro apareceu no meio da zaga Nerazurri, e de primeira chutou ao lado do gol.

Aos 27 minutos, aconteceria um lance que mudaria a história da partida. Thiago Motta, que já havia levado o cartão amarelo anteriormente, se estranhou com Busquets, colocando a mão no rosto do jogador catalão, sendo punido com cartão vermelho direto pelo árbitro. A expulsão obrigou Mourinho a abdicar do ataque, colocando Milito para fechar a direita, Eto´o sendo deslocado para a esquerda e Chuvu fazendo a função que era de Thiago Motta, num esquema que poderia ser considerado um 4-5-0. O Barcelona ainda teria a sua melhor chance no jogo até então, com Messi recebendo e em velocidade passando pelos marcadores na entrada da área e chutando no canto rasteiro para uma excepcional defesa de Júlio César. Já ao fim do tempo, Ibrahimovic teria a última chance catalã para sair na frente no placar em uma cobrança de falta na intermediária, cobrando forte por cima do gol.

Para a segunda etapa, Guardiola tirou o zagueiro Gabriel Milito e colocou Maxwell para compor o trio defensivo com Dani Alves e Piqué, com Toure recuando e fazendo vias de zagueiro. A equipe catalã foi toda para o ataque, porém girava o jogo e não conseguia criar chances. Tal inoperância ofensiva fez Guardiola fazer uma modificação dupla aos 17 minutos, com as entradas de Bojan e Jeffren nos lugares de Ibrahimovic e Busquets.

Naquela altura, já não havia mais esquema em jogo, sendo basicamente a defesa da Inter contra o ataque catalão. O Barcelona detinha posse absoluta da bola, ciscava de um lado, de outro, alçava bolas na área da Inter, porém não conseguia criar nada. Mourinho deixou a Internazionale ainda mais defensiva, com as entradas de Muntari e depois de Córdoba e Mariga nos lugares Sneijder, Diego Milito e Eto´o respectivamente.

O Barcelona continuava tentando, porém nada efetivo. Guardiola queimou sua última ficha, colocando Piqué, seu único zagueiro, como centroavante. O Barcelona ainda perdeu uma grande chance com Bojan, que recebeu um cruzamento de Messi na cabeça, desviando para o lado do gol, porém aos 38, Xavi deu um passe açucarado para Piqué, que recebeu livre e com categoria limpou Córdoba e Júlio César no mesmo lance, marcando o gol catalão.

O Barcelona tinha então 10 minutos para fazer o seu segundo gol, que lhe daria a classificação. A equipe foi com tudo para o ataque, obrigou duas defesas de Júlio César em chutes de Xavi e Messi aos 41. A equipe ainda teria um gol anulado de Bojan aos 46, que recebeu livre após pequena confusão na meia lua, onde o árbitro Frank de Bleeckere assinalou toque de mão de Toure na jogada. Na minha visão, o apito do juiz foi precipitado, pois a bola nem tocou na mão do jogador, e mesmo que tocasse seria uma bola na mão, não caracterizando a infração. A equipe catalã ainda pressionou, porém não conseguiu criar nenhuma grande chance até o apito final do árbitro belga.

Vitória da marcação, superação e do anti-futebol de Mourinho. O treinador português da Inter foi predisposto para apenas se defender, fato que ficou ainda mais acentuado após a expulsão de Thiago Motta. Como feitos, anulou quase que completamente o jogo do Barcelona, que só conseguia tocar a bola, porém não conseguia praticamente nada de objetividade. A equipe catalã teve poucas chances de marcar gols em todo o jogo, fato que determinou sua derrocada. O treinador se credencia ao titulo de melhor técnico do mundo, sendo capaz de criar sistemas super ofensivos ou super defensivos para anular o adversário, e assim se sobressair. Mourinho é o grande craque da Internazionale, uma equipe aplicada taticamente e com soluções técnicas que possibilitaram seu avanço na competição e deixariam o título europeu em muito boas mãos. É capaz de fazer dois atacantes virarem meio-campistas defensivos, e colaborarem integralmente para o bom resultado de seu time.



Em relação ao Barcelona, é com pena que trato a sua eliminação da competição. Sou um admirador do futebol bonito, da técnica, dos dribles e do espetáculo. Porém sei que o futebol não se restringe a apenas isso, tendo a tática fundamentação importante na construção de um grande time. Cada técnico monta seu esquema conforme as peças que tem a disposição. E nesse jogo de xadrez, Mourinho levou a melhor sobre Guardiola, mesmo possuindo uma equipe inferior tecnicamente, porém muito aplicada taticamente. Meu receio é que vitórias como essa contribuam para o fim da técnica em detrimento da tática e de jogadores “robôs” de esquema. O Barcelona conseguiu desmitificar isso, assim como o Santos tem feito no Brasil, porém com esta derrocada, há a preocupação para que novamente na Copa do Mundo, uma seleção pratique o anti-futebol e se sobressaia em relação às outras.

Fiz minhas anotações das táticas utilizadas por ambos os times enquanto teve tática efetivamente. Vou tentar ainda hoje colocar o Analisador Tático em ação, porém não garando, já que há noite haverá a Libertadores, e concentrarei minhas atenções nos jogos.

Sobre o retorno da Rede Globo à Liga dos Campeões

Além de saber quem passará para as finais, o confronto de hoje terá outra grande novidade: o retorno da Globo na transmissão da Champions League. A emissora transmitiu algumas finais na década de 90, porém com o tempo perdeu o interesse na competição e no futebol europeu em geral.

Na época não havia grande apreço pelo futebol do outro lado do continente no Brasil, porém com a intensificação da globalização, e a internacionalização dos grandes clubes virando verdadeiras seleções somada ao fato dos melhores jogadores deixarem o país, aumentou o apreço do publico brasileiro ao futebol europeu, fato que vem sendo medido na audiência que os grandes confrontos tem atingido.

Os bons índices, principalmente da Record, incomodavam a Globo, porém esta sempre demonstrou num passado recente restrições ao futebol europeu, devido ao ideal de valorizar o futebol nacional, onde tem supremacia e exclusividade em transmissões. Porém em uma grande negociação com a UEFA que, diga-se de passagem, também tinha interesse que a rede transmitisse a competição, fechou um grande contrato que acabará sendo excelente para ambos, já que a Rede Globo ainda detém o poder midiático do Brasil e a UEFA corresponde com os melhores times e grandes jogadores, sendo que a base da Seleção Brasileira e a maioria dos jogadores que disputarão a copa jogam por estes times.

O grupo Globosat não tem grande jeito para transmissões do futebol europeu, o que pode ser visto nas transmissões do futebol italiano e francês no Sportv. Já houve uma tentativa bem sucedida de transmissão do Mundial Interclubes FIFA na própria Globo com o confronto entre Milan e Boca Juniors em 2007, sendo talvez o embrião deste projeto de internacionalização do futebol na Globo. Porém a volta da maior competição interclubes do mundo é o marco para este projeto, que já coloca pulga atrás das orelhas de muitos cartolas brasileiros.

Há a preocupação que a Rede possa aos poucos largar o futebol nacional, que vem tendo uma queda de audiência considerável nos últimos anos. Eu já levo a opinião que o futebol nacional é muito endeusado no país, com valores acima do que ele realmente vale, e sem falar da paparicação sem fundamento dos ditos “grandes”, que ocupam horas e horas no noticiário nacional. A entrada do futebol europeu seria mais uma opção, e não uma substituição, até porque os horários não coincidem, sendo perfeitamente absorvidos pela televisão.

A curiosidade é saber como será em números o sucesso da volta da Champions League à Globo. Como admirador do futebol europeu eu espero que a audiência seja muito boa, para que o futebol consiga definitivamente internacionalizar-se no Brasil e que os telespectadores possam ter mais e melhores opções, podendo ver o verdadeiro melhor futebol. Acredito que isso a médio prazo possa influenciar no futebol nacional, com a busca pela excelência e o fim dos temidos estaduais, proporcionando confrontos com maior qualidade e enriquecendo nosso futebol.

Champions League conhecerá segundo finalista nesta quarta-feira

Hoje, o Bayern Munich conhecerá seu adversário para a grande final do dia 22 de maio, em Madrid. Barcelona e Internazionale fazem o jogo da volta no Camp Nou às 15h45min, com os catalães precisando vencer por 2x0 ou três gols de diferença para se classificar. Um placar de 3x1 levaria a decisão aos pênaltis.

Para o confronto da volta, a expectativa catalã é o seu ataque, que tanto marca gols em todas as competições onde participa. Porém a defesa da Internazionale é forte, tendo se mostrado a melhor do futebol europeu e sendo a base da Seleção Brasileira, com Júlio César, Maicon e Lúcio.

O Barcelona ainda não poderá contar com Iniesta, peça importante no meio-campo, porém terá Xavi, peça essencial no esquema catalão junto com Messi. Já a Internazionale terá o desfalque de Stankovic, suspenso, porém o meia sérvio seria apenas uma opção neste confronto, já que Mourinho manteria o sistema com Pandev em campo, procurando acompanhar os avanços de Dani Alves.

Com a vantagem dos 3x1, o favoritismo é italiano, porém um gol logo no início da partida poderá mudar a história do confronto. Ao contrário de Chelsea e Inter, quando coloquei Mourinho e o grupo do Chelsea como equivalentes, e o treinador português levou a melhor sobre Ancelotti e seu Chelsea, passando de fase. Já desta vez, Barcelona tem mais time que a Internazionale e Guardiola é tão treinador quanto Mourinho.

O que fará a diferença será esta vantagem, contraída devido a uma grande exibição tática e técnica, além do cansaço catalão de ter que viajar de ônibus até a Itália em função do caos aéreo na Europa.

Será um grande confronto, capaz de entrar para a história dos grandes confrontos da história. De um lado o futebol arte e encantador, enquanto de outro a tática, a marcação e entrega, além de uma quantidade de qualidade técnica, essencial em um grande time como a Internazionale.

Vélez volta do México virtualmente eliminado

Se o Estudiantes enviou reservas para o México, conseguindo a vitória por 1x0, o Vélez não gozou da mesma sorte, ao contrário, apanhou para o desfalcado Chivas em Guadalajara e praticamente deu adeus à competição.

Sem cinco jogadores titulares em virtude de estarem treinando na seleção Mexicana, o Chivas entrou em campo para disputar a competição, já que os mexicanos entram basicamente disputar e levar sua grana de direitos de transmissão, já que não podem gozar das vantagens de campeões. Após um inicio de jogo equilibrado, o Vélez começou a se sobressair e criou a primeira grande chance da partida, com o lateral esquerdo Papa recebendo na esquerda e chutando cruzado para a defesa do goleiro Sánchez. Não demorou muito e o Chivas conseguiu equilibrar a partida, também chegando ao ataque e criando sua primeira grande chance com chute cruzado de Solís que Montoya defendeu.

Os ataques do Chivas continuaram e logo saiu o primeiro gol, com Omar Bravo se antecipando de carrinho um cruzamento e abrindo o placar. O Vélez teve a chance de empatar logo depois, quando a zaga do Chivas falhou e deixou López livre para avançar área adentro e chutar por cima, perdendo o gol. Porém foi o Chivas que teve outras chances para marcar ainda na primeira etapa, sendo uma com Bravo e outra com Arellano.
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O segundo tempo começou com o Vélez modificado com a entrada de Torsiglieri no lugar de Papa, que estava vacilando na marcação e permitindo os avanços dos mexicanos no setor. A mudança conseguiu neutralizar temporariamente os mexicanos, porém os argentinos continuavam com dificuldades para atacar. Mesmo com dificuldades, o Vélez conseguiu criar algumas chances, com Zappata, Moralez e Díaz. O troco do Chivas foi da pior forma possível, com Omar Bravo recebendo cruzamento, e aproveitando a saída errada da defesa do Vélez para deixar o ataque mexicano em impedimento, cabeceou livre para o gol, marcando o segundo do Chivas.

O gol desestruturou completamente o Vélez, que tentou desesperadamente marcar um gol para diminuir a sua desvantagem para o jogo da volta. Porém em um rápido contra-ataque já na beira dos 45 minutos, Omar Bravo foi lançado, e já dentro da área foi derrubado pelo goleiro Montoya, que acabou sendo expulso pelo árbitro Óscar Ruiz. Como já havia feito as três substituições, o meia Zapata assumiu o gol e não conseguiu evitar a cobrança com categoria de Reynoso, marcando o terceiro gol que selou a classificação virtual do Chivas para as quartas de finais.

terça-feira, 27 de abril de 2010

Estudiantes não precisa de time titular nem esforço para se classificar virtualmente

Iniciando as oitavas de finais da Libertadores, o Estudiantes nem precisou mandar time titular e nem se esforçar para vencer o fraco San Luis no México por 1x0, gol de González. Com o desinteresse e a falta de qualidade mexicana, me atrevo a dizer que o jogo na Argentina será só para cumprir regulamento.

Em campo, foram poucas oportunidades de gols, sendo que a maioria foi do Estudiantes, que poderia ter definido o confronto com um placar maior. A equipe utilizou apenas o goleiro Orión, Clemente Rodrígues e Cellay como titulares, além de Pérez e Nuñes que entraram na segunda etapa.

O Estudiantes começou o jogo de uma forma tímida, crescendo aos poucos e atingindo seu auge aos 20 minutos, quando começou a achar espaços para conclusões. Após grande chance criada por Sánchez aos 23, os argentinos abriram o placar no minuto seguinte com González, que recebeu um passe açucarado em profundidade de Sánchez e na entrada da área chutou forte sem defesa para Trejo. A equipe ainda teve um pênalti no primeiro tempo a seu favor, quando Carrusca foi derrubado e Gastón Fernández cobrou para a defesa do goleiro.

No segundo tempo, a equipe mesmo tendo possibilidades de ampliar se apertasse o ritmo, preferiu cadenciar o jogo e deixar o tempo passar. Ainda colocou uma bola no travessão de Trejo com um chute forte a meia distancia de Carrusca, porém quase se complicou quando Clemente Rodríguez foi expulso por reincidência de cartão amarelo aos 23. Alejandro Sabella acabou retrancando a equipe perigosamente, chamando o San Luis para o campo do Estudiantes. Porém a equipe mexicana não teve ânimo nem qualidade para reagir, restringindo-se a apenas uma pressão final na qual não teve sequer nem uma grande finalização.

Caso não haja mudanças nas quartas de finais para que os brasileiros se confrontem de forma que evite uma final brasileira na competição, pode-se dizer que quem passar entre Inter e Banfield pegará o Estudiantes.

Olic liquida Lyon e coloca Bayen na grande final

No primeiro jogo decisivo das semifinais da Champions League, o Bayen Munich foi até Lyon com vantagem, soube usar o regulamento embaixo do braço, e aproveitou as oportunidades para ampliar e passar com certa tranquilidade sobre os franceses por sonoros 3x0 em Gerland.

Desfalcado de Ribery, um dos grandes jogadores dos bávaros além de Robben, o Bayern saberia logo na entrada de campo que enfrentaria uma guerra protagonizada pela torcida francesa, que lotou o Stade Gerland e fez uma gritaria digna de futebol sul-americano para receber o Lyon. Em campo, viu-se um Lyon pressionado por fazer o resultado e muito nervoso, errando vários passes e ocasionando em vários contra-ataques para os bávaros.

Logo aos 2 minutos, o Bayern Munich protagonizou o primeiro lance de perigo do jogo, com Olic aproveitando uma falha de Cris e tocando para Muller livre desperdiçar a chance de abrir o placar e matar o confronto. O Lyon trocava passes, tentava pressionar, porém não conseguia passar pelo bem postado sistema defensivo do Bayern, que com a velocidade de Robben, conseguia puxar os contra-ataques, porém sem conseguir finalizações. Na segunda grande chance que teve para marcar, o Bayern não deu colher para o azar, com Olic recebendo passe açucarado de Muller e abrindo o placar aos 26 minutos.

O Lyon acusou o golpe, pois teria que fazer 3 gols para se classificar. O brasileiro Michel Bastos teve a grande chance dos franceses aos 30 minutos, quando recebeu um grande cruzamento de Reveillere e de primeira tocou à direita do gol. E esse lance basicamente resumiu todo o poderio ofensivo do Lyon, que pouco conseguia agredir os bávaros. Tal ineficiência ofensiva fez o treinador Claude Puel ir para o tudo ou nada na segunda etapa, com a entrada de Gomis em lugar de Cissokho. O Lyon se jogou para o ataque, porém permitiu muitos espaços para o Bayernm que passou a contra-atacar com ainda mais perigo.



Em um destes contra-ataques, o zagueiro brasileiro Cris do Lyon acabou perdendo a cabeça após falta no atacante Olic, sendo expulso pelo árbitro suíço Mssimo Bussaca por reclamação. Todo aberto e com inferioridade numérica, o Lyon não foi páreo para o Bayern, que poderia ter ampliado aos 11 com Robben, obrigando grande defesa de Lloris, porém aos 21, Altintop em boa jogada pela esquerda achou Olic em velocidade, e o atacante livre de marcação só tirou do goleiro Lloris para aumentar o placar.

O jogo estava totalmente no controle do Bayern, que ditava o ritmo da partida. Aos 25, Robben perdeu a chance de ampliar, porém aos 32, Olic completou cruzamento de Lahm e marcou seu “hat-trick”. Com o confronto já definido, os bávaros trataram de deixar o tempo passar e quase marcaram o quarto com Altintop aos 45, limpando a marcação dentro da grande área e chutando raspando o travessão.

Classificação com méritos. O Bayern é e foi melhor que o Lyon. Tem mais time e mais tradição, indo para a sua oitava final de Champions League, na qual ganhou quatro títulos. Os alemães tem menos time que Internazionale e Barcelona, porém poderá complicar e vender caro o título para o seu rival de final que será conhecido amanhã.

Hoje conheceremos o primeiro finalista da Champions League

Na tarde desta terça-feira, às 15h45min, a Champions League conhecerá seu primeiro finalista para a grande final do dia 22 de Maio em Madrid, no estádio Santiago Bernabéu. Lyon e Bayern Munich fazem o confronto decisivo no Stade de Gerland.

No primeiro confronto, os bávaros venceram os franceses por 1x0, gol de Robben. Só a vitória por 2 gols de diferencia interessa ao Lyon, que vencendo por 1x0 leva a decisão aos pênaltis. Além do empate, o Bayern tem a vantagem de perder por um gol de diferença, desde que marque pelo menos um.

Tecnicamente considero o Bayern mais time, sem falar de toda a sua tradição de quatro Champions League conquistadas. Porém os dois times são os verdadeiros azarões desta edição da liga, pois os alemães eliminaram o Manchester enquanto os franceses eliminaram o poderoso Real Madrid.

Amanhã será a outra semifinal, com o jogo da volta entre Barcelona e Internazionale no Camp Nou. Analisando tecnicamente e taticamente os times, é fácil colocar Inter ou Barcelona como favoritos diante de Bayern e Lyon. Porém consideraria uma final entre Bayern e Inter equilibrada, com um pequeno favoritismo para o lado dos italianos.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Braga não deixa Benfica comemorar título Português nesta rodada

Pelo campeonato Português, o Benfica não conseguiu confirmar seu já virtual título neste fim de semana, pois além de vencer, precisava torcer por um tropeço do Braga, que acabou não ocorrendo. Agora os encarnados precisam apenas de um ponto nos seus dois últimos jogos para levar a taça da Liga Sagres, temporada 2009/10.

Jogando em uma Luz lotada, os encarnados enfrentaram o Olhanense para confirmar a vitória, porém sem poder comemorar ainda o título português em virtude do Braga jogar apenas no dia seguinte. E o Benfica não decepcionou, abrindo o placar logo aos 9 minutos com Cardozo cobrando pênalti e marcando o segundo com Di Maria aos 18. A equipe aproveitou a vantagem numérica (Delson do Olhanense foi expulso ainda na primeira etapa) para ver Cardozo marcando mais dois gols para completar seu “hat-trick” e Aimar fechar o placar, para a festa do torcedor encarnado.

A festa dos benfiquistas só não foi maior em função da vitória do Braga, que foi até o acanhado estádio José Bento Pessoa e venceu o Naval por 4x0, gols marcados pelo uruguaio Luís Aguiar e pelos brasileiros Paulão e Matheus. A vitória ainda evitou o titulo matemático do Benfica, porém encaminhou a classificação para a Champions League por parte do Braga, que agora precisa de uma vitória em seus dois jogos para garantir o vice-campeonato.

Já o Porto, que ainda briga com o Braga pelo vice que dá a vaga à Champions League, enfrentou o Vitória de Setúbal fora de casa, goleando por 5x2, com gols de Falcao Garcia (2 Vezes), Guarín, Maicon e Bellushi. Henrique marcou os dois gols do Vitória de Setúbal. O Porto chega aos 62 pontos, contra 67 do Braga. Precisará torcer por tropeços do adversário para continuar disputando a Champions League. Uma temporada fora da principal competição europeia seria danosa às finanças da equipe.


domingo, 25 de abril de 2010

Roma devolve "gentileza" e confirma Inter como lider do Calcio

Pelo Calcio, a Internazionale venceu a Atalanta de virada por 3x1, chegando aos 73 pontos, enquanto a Roma acabou sendo derrotada de virada para a Sampdoria. Já o Milan, só não ficou matematicamente fora da luta pelo Calcio em virtude da inesperada derrota da Roma, podendo em uma combinação improvável de resultados alcançar as equipes que lutam efetivamente pelo titulo.

Jogando no Giuseppe Meazza, a Internazionale levou um mega susto ao sair perdendo para a Atalanta logo aos 5 minutos, em gol de Tiribocchi aproveitando vacilo da defesa Nerazurri. Mourinho resolveu preservar titulares, com Lúcio, Samuel, Thiago Motta, Cambiasso e Maicon não jogando, sendo que o ultimo fez cirurgia para a correção dos dentes quebrados no confronto contra o Barcelona pela Champions League. A equipe Nerazurri se encontrou aos 24, com Diego Milito fazendo um lindo gol, e virou com Mariga aos 35 ainda da primeira etapa. Na segunda, a Atalanta tentou buscar o empate, porém foi a Internazionale que confirmou a vitória aos 32, em chute forte de Chivu de fora da área.

Já a Roma enfrentou a quarta colocada Sampdoria em casa, precisando da vitória para retomar a ponta. Tudo encaminhava-se para mais uma vitória da Roma, pois aos 14 minutos Totti abriu o placar, completando um cruzamento de Vucinic. A equipe teve chances para marcar e matar a partida, porém acabou levando o empate aos 7 minutos da segunda etapa, com Pazzini. A Roma teve chances de voltar a frente, porém já ao fim da partida veio o revés, novamente com Pazzini, que decretou a derrocada da Roma após 24 jogos invicta, além de confirmar a sua Sampdoria na quarta vaga, que dá direito à classificação para a Champions League 2010/11.

E o Milan se enterrou definitivamente na luta pelo Calcio, perdendo para o Palermo por 3x1 fora de casa. Jogando contra um adversário que luta contra a Sampdoria pelo G4 italiano, o Milan voltou a apresentar seus sucessivos problemas defensivos e sem inspiração ofensiva, acabou sucumbindo e levando 2x0 logo de início, com gols de Bovo aos 9 e Hernandez aos 18. O Milan tentou reagir na segunda etapa, com Seedorf descontando aos 9, e pressionando em busca do empate. Porém o Palermo acabou marcando o seu terceiro gol aos 23 com Miccoli, confirmando a vitória importante para as pretensões da equipe da ilha da Sicília.

Faltando três rodadas para o fim, a Inter, que parecia que iria entregar o campeonato de bandeja, o recebeu de volta como uma cortesia. Agora a Roma agora terá que depender da sua rival para voltar a sonhar com o título. Isso porque na próxima rodada, os Nerazzurris vão até Roma enfrentar a Lazio, enquanto a Roma joga fora de casa contra o Parma. Essa rodada será praticamente a definitiva, já que ambas as equipes não terão confrontos complicados pela frente, devendo fazer os 6 pontos. Pela briga pelo G4, o Milan ainda está com uma vantagem confortável, com a briga ficando basicamente entre Sampdoria e Palermo, que deverão lutar até a última rodada pelo quarto lugar e a classificação para a Champions League.


Giro pelas decisões dos campeonatos estaduais

Pelos principais campeonatos estaduais, Atlético-MG e Santos confirmaram as suas superioridades sobre Ipatinga e Santo André, levando vantagem para o confronto decisivo da semana que vem, onde ambas as equipes deverão confirmar a superioridade e levar o título de seus campeonatos estaduais.

Pelo Paulista, o Santos enfrentou dificuldades em uma final que todos davam como favas contadas antes do jogo iniciar. Não foi o que se viu, principalmente no primeiro tempo, onde o peixe errou bastante, criando poucas chances de gol e ainda levou um marcado por Bruno César em cobrança de falta. Para complicar ainda perdeu Neymar, que ao se chocar com um zagueiro caiu e no impacto colocou a mão nos olhos, com um dos dedos atingindo em cheio sua vista direita. Seu substituto, André, acabou empatando aos 13 da segunda etapa, iniciando a reação santista, que culminou no segundo gol marcado por Wesley e o terceiro também marcado pelo volante santista. Seu oponente, além de perder Toninho expulso aos 29, conseguiu descontar com Rodriguinho, pegando rebote de chute de Gil que fora na trave, trazendo algum tipo de emoção para o jogo da volta, onde um empate em casa dá o titulo ao Santos.

Já na decisão mineira, o surpreendente Ipatinga começou dando as cartas logo aos 11 minutos, após cobrança de escanteio que gerou uma confusão dentro da área e a bola entrou no gol. O placar adverso acordou o Galo, que foi pra cima e conseguiu empatar aos 29 em pênalti cobrado por Diego Tardelli. O Atlético seguiu pressionando, conseguindo a virada aos 4 minutos através de Muriqui. O Ipatinga teve forças para empatar aos 29 minutos com Luizinho cobrando falta, porém o Galo foi conseguir o gol da vitória aos 39 minutos, novamente com Muriqui que desviou chute cruzado de Júnior, sacramentando a vitória e a vantagem atleticana para o duelo decisivo da semana que vem no Mineirão.

Nos demais campeonatos, o Avaí praticamente garantiu o título catarinense ao vencer o Joinville por 3x1 fora de casa. A equipe poderá perder por 2x0 o duelo decisivo que será a campeã catarinense. Já no Baiano, o Vitória ganhou em Pituaçu do Bahia por 1x0, e como tem a vantagem dos resultados iguais, poderá até perder por um gol de diferença no Barradão para ser campeão baiano.

Grêmio aproveita superioridade da segunda etapa e leva o Grenal 380

No Grenal 380, o Grêmio aproveitou sua superioridade na segunda etapa, convertendo em gols a vantagem para a decisão do Gauchão, na próxima semana no estádio Olímpico. A equipe gremista abriu 2x0 em pleno Beira-Rio, transformando o título gaúcho em uma tendência para a decisão da próxima semana. Já o Inter, que também teve chances para abrir vantagem, deverá se dedicar completamente a Libertadores, onde terá duelo eliminatório diante do Banfield na próxima quarta-feira.

Jogando quase completo, apenas tendo Kléber como desfalque, a tendência indicava uma vantagem inicial ao Colorado, que enfrentaria um Grêmio com jogadores como Edílson, Neuton e Ferdinando. O primeiro tempo começou com muita velocidade e alternativas de ataque de ambas as equipes. Tanto Fossati quanto Silas optaram por escalações mais ofensivas, deixando o jogo aberto e bonito. Apesar de um maior tempo de posse de bola Colorado, a primeira parte do jogo foi equilibrada, com ambas as equipes alternando jogadas de ataque e desperdiçando chances de gols.

A primeira efetiva (Walter havia finalizado na trave em impedimento aos 7) foi com Borges aos 15 minutos, que recebeu livre (tive impressão de impedimento também) e tocou para fora ao tentar desviar de Abbondanzieri. Aos 16, foi a vez de Hugo cabecear muito próximo ao gol. A resposta do Inter veio aos 18, quando Walter ganhou de Mário Fernandes no corpo e chutou para grande defesa de Victor. O Grêmio respondia, com Jonas fazendo um carnaval na zaga colorada e chutando fraco para a defesa de Pato.

Apesar de um maior número de chances claras gremistas no início da partida, o Inter também chegava com perigo. A equipe colorada passou a tomar o controle do jogo a partir da segunda metade do primeiro tempo, quando passou a dominar o meio-campo e a pressionar o Grêmio, porém não conseguia finalizações perigosas. A equipe trocava passes, buscava jogadas de aproximação e lançamentos principalmente nas laterais, o que gerava muitos lançamentos e faltas próximas a área, onde Sandro teve grande chance aos 28, quando o volante recebeu passe de D’Alessandro e chutou raspando o travessão. A primeira etapa ainda reservou uma típica confusão entre Alecsandro e o zagueiro gremista Rodrigo, após o atacante ao tentar pegar um cruzamento acertou o jogador gremista que revidou, gerando uma pequena confusão entre os jogadores de ambos os times. Gaciba tentou contemporizar dando amarelo aos dois jogadores.

Já no segundo tempo, as coisas se inverteram. O Grêmio, que voltou modificado com a entrada de Adilson no lugar de Ferdinando, voltou melhor, passando a pressionar o Inter. A equipe gremista perdeu uma grande chance aos 4 minutos com Leandro, que após receber cruzamento de Neuton e tentar desviar de Abbondanzieri, acabou perdendo a chance. Aos 9, outra grande chance gremista com Jonas, que entortou duas vezes Nei e chutou na trave esquerda de Pato.

O Inter chegava pouco ao ataque, tendo em Walter as melhores chances de marcar em seus giros característicos aos 14 e 19 minutos, quando Victor fez duas boas defesas. Fossati tentou mudar a equipe com a entrada de Giuliano no lugar de Andrezinho. A modificação ajudou a desmontar de vez o meio-campo colorado, com o Grêmio dominando o setor. A equipe tricolor trocava passes e era perigoso principalmente nos lances de bola parada, quando aos 18, Jonas acertou novamente a trave ao desviar cobrança de Edilson. Aos 23, em escanteio cobrado pelo lateral direito gremista, Rodrigo apareceu livre e cabeceou para abrir o placar.

Fossati tentou animar o Inter empilhando atacantes, com as entradas de Edu e Kleber Pereira nos lugares de Sandro e D’Alessandro. Silas fez o caminho reverso, buscando preservar a grande vantagem com as entradas de Fábio Rochemback e Ozeia em lugares de Leandro e Hugo. O Inter, de forma desorganizada, tentava abafar e pressionar o Grêmio, que estava todo fechado e tentava explorar os contra-ataques. Mesmo ficando praticamente a maior parte do tempo com a bola, o setor ofensivo colorado pouco produzia, não criando grandes dificuldades ao sistema defensivo gremista. O Grêmio, ao contrário, conseguia encaixar os contra-ataques, sendo que em um deles, Juan derrubou Adílson na entrada da área aos 41. Rochemback cobrou na cabeça de Borges, com a bola batendo no travessão e entrando no gol de Pato para sacramentar a vitória gremista e deixar como uma tendência o titulo ao lado tricolor do estado.

Com os 2x0 em pleno Beira-Rio, o Grêmio só perde o título se perder por 2 gols de diferença desde que o Inter faça 3 gols pelo menos. Um 2x0 para o Inter levaria a decisão aos pênaltis. Em condições normais, não vejo futebol no Internacional para devolver esse resultado contra o arrumado Grêmio, que mesmo sem grandes jogadores, conseguiu montar um bom time nesta temporada. Méritos ao técnico Silas, que também possui um ataque eficiente, ao contrário do Internacional de Fossati.

Quando precisou do ataque, o Colorado mostrou-se nulo, confirmando a tendência que o blog apresenta desde o início da temporada, que há muita ilusão em vitórias contra equipes fracas, por mais que estejam disputando a Taça Libertadores. Já o treinador não pode também escapar das críticas, pois acabou novamente piorando o Internacional com as suas rotineiras modificações desastrosas, acabando com o meio-campo e deixando o jogo de bandeija para o adversário.

Chelsea dá chocolate no Stoke City e retoma a ponta

Neste domingo pela Premier League, o Chelsea entrou pressionado para fazer o resultado diante do Stoke no Stamford Bridge e não decepcionou, e ao contrario, acabou empolgando seu torcedor na humilhante vitória sobre o Stoke por 7x0, em um show dos marfinenses e de Lampard.

Os “blues” começaram timidamente o jogo, enfrentando um equipe bastante retrancada, que viria a perder o seu capitão Faye logo aos 8 minutos, em virtude de lesão. A primeira oportunidade do Chelsea saiu somente aos 11 minutos, em chute de Lampard defendido pelo goleiro Sorensen e que no rebote, Ashley Cole acabou sendo brecado pela zaga. A equipe passaria a apertar o Stoke em busca de seu gol, que após algumas chances desperdiçadas, acabou finalmente acontecendo aos 23 minutos, depois de um mega lançamento de Malouda para Drogba, que dominou de chaleira e serviu Kalou para abrir o placar.

Após abrir o placar, o Chelsea passou a fazer o seu jogo e achar mais espaços, principalmente no setor ofensivo direito. Aos 31, saiu o segundo gol dos “blues”, começando com um chute a média distância de Lampard, que fora defendido por Sorensen e no rebote Kalou acabou dividindo com o goleiro e de carrinho marcou o segundo gol. No lance, Sorensen acabou se lesionando com certa gravidade, sendo retirado de maca e substituído por Begovic. A parada de cerca de 5 minutos para o atendimento de Sorensen acabou esfriando o jogo, porém o Chelsea ainda faria seu terceiro gol aos 43, com Lampard cobrando com categoria um pênalti sofrido por Kalou.

Na segunda etapa, já com o placar praticamente definido, o Chelsea tratou de esfriar o jogo e procurando manter a posse de bola. A equipe continuava chegando esporadicamente, e perdendo grande chance com Anelka aos 17 minutos. Mas aos 22 minutos, saiu o quarto gol do Chlesa novamente com Kalou, que recebeu um grande lançamento de Lampard, invadiu a área e chutou para a defesa do goleiro, pegando o rebote para marcar seu “hat-trick”.

Ancelotti passou a preservar titulares, colocando gás novo na equipe com as entradas de Joe Cole, Sturridge e também do novato Hutchinson. Os reservas não deixaram o ritmo da equipe cair, e o Chelsea continuava empilhando oportunidades e perdendo também gols incríveis com Malouda, sendo que em um deles ele recebeu um passe de Anelka livre dentro da pequena área, furando e não conseguindo fazer o gol. Porém aos 36, Lampard arrematou de primeira um cruzamento, tirando do goleiro e marcando o quinto. Aos 42 foi a vez de Sturridge marcar, após grande assistência de Drogba, e para encerrar, Malouda se redimiu das chances incríveis perdidas e marcou o seu aos 44, fechando o chocolate protagonizado pelo Chelsea.

Com esta humilhante vitória, o Chelsea retoma a liderança da Premier League com 80 pontos, contra 79 do Manchester United. Na próxima rodada, enquanto os “red devils” pegarão o Sunderland fora de casa, enquanto o Chelsea terá a dura tarefa de enfrentar um Liverpool que ainda ambiciona a vaga a Champions League em Anfield. Provavelmente este confronto decidirá o campeonato, visto que na última rodada ambos os times deverão vencer seus jogos.

A briga pela quarta vaga à Champions League também está emocionante, com Tottenham (64), Aston Villa (64), Manchester City (63) e Liverpool (62) disputando ponto a ponto. Os “spurs” e os “blue skies” estão em vantagem pelo fato de terem um jogo a menos que os concorrentes, além ainda de terem um confronto direto em Manchester que poderá decidir o quarto classificado.


sábado, 24 de abril de 2010

Misto do Barcelona vence Xerez e segue na ponta

Neste sábado pela 34ª Rodada da La Liga, o Barcelona poupou jogadores, chegou a passar alguns sustos diante do lanterna Xerez no Camp Nou, porém acabou vencendo por 3x1 o adversário e deixando o Real Madrid novamente sob pressão para não deixar os catalães dispararem na reta final do Campeonato Espanhol.

Guardiola decidiu poupar jogadores importantes para o confronto da volta pela Champions League contra a Internazionale, como os casos de Messi, Piqué, Busquets além de não contar com Daniel Alves suspenso. A equipe catalã começou timidamente, tendo sua primeira grande finalização somente aos 10 minutos com Henry chutando fraco para a defesa de Renan. Aos 14 aconteceu o primeiro gol catalão marcado por Jeffren, após boa jogada individual do promissor atacante catalão.

O Barça, mesmo sem grande esforço, começou a atacar mais e com um grande domínio de posse de bola, que chegou a casa dos 80%, passou a encurralar o fraco Xerez, que mal conseguia passar do meio campo. Não demorou muito e aos 24 minutos, Ibrahimovic recebe lançamento em profundidade de Keita e toca para Henry apenas empurrar para o gol vazio, para marcar o segundo gol. O que era pra ser uma vitória tranquila com mais uma goleada ao natural, mudou completamente quando no minuto seguinte após uma saída errada de Chygrynskiy, a bola foi lançada para Bermejo que na entrada da área chutou forte no ângulo para descontar e dar novo ânimo para a partida. O Barcelona continuava com a posse de bola, trocando passes, porém não agredia o adversário e teve em Xavi apenas uma grande oportunidade de marcar até o fim do primeiro tempo.

O início da segunda etapa foi protagonizado por um festival de vacilos defensivos dos catalães, que protagonizaram algumas chances desperdiçadas pelo Xerez. Logo aos 2 minutos, Valdés saiu mal e a bola sobrou para Bermejo livre chutar forte para a defesa de Valdés. O goleiro catalão também impediria uma cabeçada do atacante do Xerez depois de jogada originada de mais um vacilo defensivo. Tais instabilidades defensivas e o crescimento do Xerez fez o Guardiola colocar Messi e Piqué em campo, nos lugares de Jeffren e Márquez.

O Xerez continuava tentando atacar o Barcelona, porém aos 10 minutos a equipe catalã conseguiu o terceiro gol, que lhe devolveria a tranquilidade na partida. O gol foi marcado por Ibrahimovic, após jogada de Yaya Toure que cruzou para o sueco apenas tocar para o gol. A partir do terceiro gol, o Barcelona passou a ter total controle da partida, procurando trocar passes, deixando o tempo passar, e também de finalizar, quando aparecia espaço.

Manchester consegue vitória importante

Pelo início da antepenúltima rodada da Premier League, o Manchester United mostrou a força da sua camisa para vencer o Tottenham por 3x1 em Old Trafford. Com a vitória, a equipe vermelha assume a liderança provisória da Premier League, coloca pressão no Chelsea, e complica a vida do Tottenham na luta pela vaga à Champions League 2010/11.

O primeiro tempo não teve um grande primor técnico, com as equipes correndo bastante, buscando tramar jogadas, mas com poucas conclusões. O Tottenham começou melhor o jogo, com maior posse de bola e trocando passes, porém o Manchester equilibrou o jogo, mas ambas equipes custavam a finalizar. A primeira finalização da partida foi só aos 28 minutos, com Pavlyuchenko girando na entrada da área e chutando fraco para a defesa de Van der Sar. O Manchester respondeu, chegando duas vezes pelas pontas com Valência e Evra, além de perder grande chance com Berbatov, quando o atacante foi travado por King em chute de dentro da grande área. O atacante búlgaro ainda teria outra oportunidade aos 40, recebendo com liberdade e chutando por cima do gol, encerrando o fraco primeiro trempo.

A segunda etapa começou com os “red devils” pressionando, e perdendo grande chance com Fletcher, que após lançamento e desvio de Berbatov, não conseguiu desviar de Gomes. As chegadas do Manchester eram mais constantes e a equipe teve um pênalti a seu favor aos 17 minutos, quando Evra recebeu em velocidade e foi derrubado por Ekoto. Giggs cobrou no canto esquerdo com categoria e abriu o placar. O jogo estava encaminhado para o Manchester, com a equipe tomando o controle da partida e criando oportunidades para ampliar.

O técnico visitante Harry Redknapp, resolveu mudar a sua equipe com as entradas de Gudjohnsen e Leennon, mudando um pouco taticamente e trazendo novo ânimo ao Tottenham. A equipe conseguiu chegar ao empate aos 25, quando Bale cobrou escanteio e King ganhou de Vidic, acertando o canto de Van der Sar. O Tottenham então passou a tomar o controle da partida, encurralando o Manchester, que para piorar, ainda perdeu Evra e Valência lesionados. Fergusson promoveu as entradas de Carrick, Oshea e ainda de Macheda no lugar de Rafael. O promissor atacante italiano do Manchester de 18 anos entrou com o pé quente, e logo na sua primeira participação, tocou para Nani em velocidade encobrir Gomes para fazer o segundo gol do Manchester aos 35 minutos. Cinco minutos depois, o Manchester fez o seu terceiro gol, com Giggs novamente cobrando pênalti, confirmando a vitória vermelha na partida.

A vitória serviu para deixar o Manchester provisoriamente na liderança com 79 pontos, contra 77 do Chelsea que joga neste domingo contra o Stoke City. A equipe terá dois jogos relativamente tranquilos contra Sunderland fora e Stoke City em casa. Já o Chelsea terá um duelo dificílimo contra o Liverpool em Anfield na próxima rodada, terminando em casa contra o Wigan. O final de Premier League vai mexer com rivalidade dos torcedores dos reds, que não gostariam de ver o Manchester ultrapassar o Liverpool em número de títulos ingleses. Mas para isso, o Chelsea precisa vencer amanhã e retomar a liderança, senão me atrevo a dizer que o título já é do Manchester.


sexta-feira, 23 de abril de 2010

Chaveamento da Libertadores

Com todos os jogos da primeira fase já jogados, ficaram definidos os confrontos das oitavas de final da Libertadores, com todos os brasileiros conseguindo a classificação para a próxima fase.

Com o chaveamento no formato 1ºx16º 2ºx15º e assim por diante, haverá o confronto brasileiro entre Corinthians e Flamengo, além dos outros confrontos envolvendo brasileiros de São Paulo enfrentando o Universitário (Per), Cruzeiro pegando o Nacional (Uru) e o Internacional pegando o argentino Banfield.

Tirando o São Paulo, que pegou um adversário fraco, as outras equipes terão que jogar bola para passar de fase. É evidente que Cruzeiro, Inter, São Paulo e Corinthians são os favoritos para passarem para as quartas de finais, porém o Flamengo tem um bom time, tendo totais condições de eliminar o Corinthians neste confronto brazuca. O Nacional poderá se aproveitar da má fase do Cruzeiro, e o Banfield poderá explorar os constantes erros defensivos Colorados no jogo de ida e fazer um resultado favorável.


quinta-feira, 22 de abril de 2010

Futebol do Inter reaparece em goleada contra o Deportivo Quito

Em um jogo de alto risco, que valia a classificação para a próxima fase da Libertadores às vésperas de um Grenal de decisão do Gauchão, o Internacional mostrou o futebol escondido na maioria das partidas desta temporada e goleou o Deportivo Quito por 3x0 no Beira-Rio. Com o resultado, o Inter termina como sexto melhor primeiro colocado, enfrentando o Banfield na fase de oitavas de finais, além de ganhar ânimo para o confronto diante de seu arquirrival pelo Campeonato Gaúcho.

Ao contrário do especulado 3-5-2, Fossati resolveu colocar a equipe em um 4-4-2, com a entrada de Andrezinho no meio-campo, compondo o setor com Sandro, Guiñazu e D’Alessandro. O Inter apresentava outra mentalidade, partindo desde o início para cima do Quito, tomando atitude para fazer logo o placar positivo, que lhe garantiria o primeiro lugar no Grupo 5. Logo aos 3 minutos, a superioridade na partida seria posta no placar, com Andrezinho acertando um lindo chute na cabeça da área, após rápida cobrança de escanteio. A bola acabou indo no ângulo do goleiro equatoriano, que nada pode fazer para evitar.

O gol trouxe tranquilidade ao Inter, que detinha o controle da posse de bola, além de ter um volume constante de jogo, porém pecava ao finalizar pouco. Andrezinho teve outra grande chance aos 7 minutos, em chute similar ao que fez o gol, porém desta vez a bola passou por cima do gol. Nei e Alecsandro tiveram outras chances de marcar, porém faltou pontaria. Já o Quito, chegava esporadicamente ao ataque, só ameaçando em jogadas de bola parada ou através de vacilos defensivos colorados.

Para a segunda etapa, o treinador equatoriano buscou deixar o Quito mais ofensivo com as entradas de Castro e Donoso. A equipe tentou ensaiar uma pressão contra o Inter, porém abriu espaços na sua defesa para que o Inter jogasse rapidamente e criasse chances para ampliar. Aos 8 minutos, Kléber teve a chance de fazer o segundo, chutando forte na entrada da área para excepcional defesa de Ibarra. Porém aos 15 minutos, o próprio Kléber cruzou na medida para Bolívar marcar de cabeça o segundo gol colorado.

O Inter continuava detendo o controle da partida, e procurava pressionar o Quito em busca de mais gols, que lhe garantiriam uma melhora vantagem na segunda fase. D’Alessandro teve duas oportunidades para marcar em chutes de meia distancia, porém o autor do terceiro e último gol colorado na partida viria do banco. Giuliano, que com as atuações apagadas acabou perdendo posição como titular, entrou no lugar de Andrezinho aos 40, presenciando antes a exagerada expulsão de Edu, que também entrara na segunda etapa e trombara com o goleiro, recebendo o cartão vermelho do árbitro Amarilla. O jovem meia colorado recebeu na entrada da área já nos acréscimos, se livrou do zagueiro e chutou forte no ângulo do goleiro, marcando o gol que definiu o futuro colorado na próxima fase.

Doze pontos, com três vitórias e três empates. Este é o saldo do Internacional na primeira fase da Libertadores. A equipe acabou como sexta melhor campanha da primeira fase, tendo o Banfield da Argentina como adversário. É uma equipe emergente no cenário argentino, que tem um bom time e está coletivamente bem montado. Está atrás de Estudiantes e Vélez, porém poderá complicar o Internacional. O Colorado tem tudo para passar este adversário, assim como entrará com ânimo reforçado diante do Grêmio na decisão do Gaúchão.

Porém há de se destacar que apesar de ter feito uma grande partida, estar invicto na primeira fase e terminar em primeiro no Grupo 5, o Internacional enfrentou basicamente equipes fracas, tanto que foi em seu grupo um dos dois na qual o segundo colocado não se classificou para a segunda fase. Até agora, só o confronto contra o Grêmio pode ser tomado como parâmetro, com o reenfrentamento dos rivais na decisão do Gaúchão. Não se pode ainda prever até onde a equipe colorada pode chegar e o quão forte está, porém a equipe está apresentando esboços de organização tática, que somada com as individualidades, podem levar a equipe a lutar pelo título sulamericano.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Ribery é expulso, mas Robben coloca Bayern em vantagem

No outro jogo pelas semifinais da Champions League, o Bayern Munich aproveitou o fator local para vencer o Lyon pelo placar mínimo, adquirindo a vantagem do empate para o jogo da volta.

Descontado pela longa viagem feita de ônibus de Lyon à Munique, a equipe francesa foi visivelmente para segurar o empate, tentando quebrar o jogo do Bayern. A equipe alemã tinha dificuldades no início da partida, e mesmo com a maior posse de bola, não conseguia se desvencilhar da forte marcação do Lyon, conseguindo a sua primeira chance com perigo aos 12 minutos, quando após cobrança de escanteio o goleiro Lloris saiu mal, e a bola sobrou para Schweinsteiger livre cabecear para fora. A equipe bávara passou a chegar mais, principalmente em ataques puxados pelas pontas, tanto com Ribery pela esquerda quanto com Robben pela direita.

O Lyon, que ainda não havia entrado no jogo, passou a conter o ímpeto bávaro e a arriscar subidas ao ataque, equilibrando a partida. A equipe foi beneficiada com a expulsão de Ribery aos 38 minutos, quando o meia-atacante francês dividiu com Lisandro López, solando o atacante argentino no tornozelo, com o árbitro italiano Roberto Rossetti mostrando o cartão vermelho. Ao contrário de muitos que chiaram, eu considerei a expulsão justa, pois o atacante francês foi imprudente ao entrar solando no tornozelo do atacante argentino, que poderia ter se lesionado com gravidade. A expulsão acabou desconcentrando o Bayern, que quase saiu perdendo após chute de Kallstrom defendido por Butt aos 43.



O técnico da equipe alemã Louis van Gaal, acabou alterando taticamente a equipe para a segunda etapa com a entrada de Tymoschuk no lugar de Olic, aumentando a contenção defensiva e buscando sair nos contra-ataques. Mesmo com um a menos, o Bayern tomava a iniciativa, com as ações sendo facilitadas após a expulsão de Toulalan aos 8 minutos após levar dois cartões amarelos num intervalo de três minutos.

O Bayern passou então a pressionar mais, principalmente em jogadas com Robben. Van Gaal colocou Mario Gómez em lugar de Pranjic, aumentando o poderio ofensivo. O próprio Gómez teve grande chance aos 22, quando recebeu livre um cruzamento na sua cabeça e não conseguiu dar a força necessária para oferecer perigo. Porém na jogada seguinte, em rápido contra-ataque, Robben recebeu na intermediária, avançou em diagonal em direção à entrada da área e chutou, com a bola desviando sutilmente em Muller e enganando Lloris, abrindo o placar para os bávaros. A pressão do Bayern continuou até perto do fim do jogo, com a equipe perdendo duas grandes chances de ampliar a vantagem, uma com Muller e outra com Robben. O Lyon, que havia mudado com as entradas de Makoun, Govou e Michel Bastos no meio-campo, tentou ensaiar uma pressão ao fim da partida, porém não teve forças suficientes para oferecer perigo à Butt.

Com a vitória por 1x0, o Bayern jogará na próxima terça-feira em Lyon com a vantagem do empate, podendo até perder por um gol de diferença caso marque gols, restando à equipe francesa a tarefa de vencer por dois gols de diferença para não precisar depender de pênaltis.