quinta-feira, 26 de abril de 2012

Tudo igual e decisão no RJ


No primeiro jogo das oitavas-de-final entre Inter x Fluminense, a rede não balançou, deixando o confronto em aberto para o duelo do Rio de Janeiro daqui a 15 dias, onde quem vencer se classifica, com o Inter tendo a vantagem do empate com gols e um novo 0x0 levaria aos pênaltis.

Pode-se dizer que foram dois jogos dentro de um, visto que o primeiro tempo contrastou com o segundo. Na primeira etapa, não houve jogo, visto que o Inter tinha seus crônicos problemas de articulação e não conseguia evoluir da intermediária ofensiva, perdendo facilmente a jogada. O Fluminense de Abel parecia postado para segurar o 0x0 até o fim do jogo, pois o time não agrediu o adversário e não se esforçou para tentar marcar gols fora de casa, apesar de ter tido algumas chances importantes, principalmente na primeira etapa.

O Inter, que já estava desfalcado, veio a perder Kléber ainda no primeiro tempo com uma lesão muscular, e Dagoberto no intervalo, também por problemas físicos. Entraram Fabrício e Jajá, que trouxeram uma nova dinâmica ao segundo tempo, quando  o Inter agrediu o Fluminense no início da etapa final, tendo os seus melhores momentos na partida. Damião teve uma chance de ouro para marcar cara-a-cara com Cavallieri, porém não conseguiu desviar do goleiro, e logo após, o centroavante foi  derrubado por Edinho, em uma penalidade que Dátolo desperdiçou, ao bater no canto adivinhado pelo goleiro fluminense. 

Depois de cerca de 15 minutos de pressão do Inter, o jogo caiu, voltando ao patamar da primeira etapa, onde o Fluminense controlava com certa tranquilidade o jogo no meio-campo. Dorival promoveu a ultima cartada com a entrada de Jô, fazendo com que o Inter utilizasse o modo abafa nos últimos minutos. O atacante até teve a melhor chance do fim do jogo, porém acertou a trave esquerda de Cavalieri, não impedindo o empate em 0x0.

Para o jogo da volta, resta ao Inter tentar recuperar D’Alessandro, apesar desta hipótese ser praticamente descartada. Sem o argentino e Oscar, o Inter fica muito previsível no meio-campo, o que acabará dificultando ainda mais as coisas para o jogo da volta , onde uma rápida jogada de contra-ataque poderia ser decisiva contra o Fluminense, que deverá se arriscar mais em busca de gols.

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Bayern confirma final alternativa


Se na primeira semifinal o Chelsea surpreendeu o Barcelona e se transformou na zebra desta edição da Champions League ao eliminar o time espanhol e se classificar para a final, a mesma coisa não pode ser dita no outro confronto, onde o Bayern eliminou o favorito Real Madrid, porém sem zebras, afinal o time alemão mostrou a sua qualidade e jogou de igual para igual com os merengues em pleno Bernabéu.

O jogo da volta marcou um regresso do Bayern a um passado não tão distante, quando perdeu para a Internazionale de Mourinho a final da Champions League 2009/10 que fora disputada no Bernabéu, e teve a chance de se redimir no palco contra o treinador que evitou o pentacampeonato, mas para isso teria que manter a vantagem contra uma equipe superior, que é capaz de fazer frente ao Barcelona. 

E o time bávaro não conseguiu manter a vantagem por muito tempo, pois passou por um período inicial turbulento, e quando efetivamente se acordou para a partida, já estava perdendo por 2x0 em gols de Cristiano Ronaldo aos 5 de pênalti e aos 14 em uma falha defensiva alemã. O Bayern perdera duas grandes chances, porém na sua terceira chegada forte, viria a ser beneficiado por um pênalti cometido por Pepe em Mario Gómez, que Robben tratou de cobrar no canto direito de Casillas para descontar.

O Bayern tomou conta do jogo, mostrando soluções ofensivas contra o insosso Real, que parecia ter jogado tudo que prometia para a partida nos primeiros 15 minutos, levando pouca vantagem no sistema defensivo alemão, que ainda vazava no primeiro tempo e oferecia espaço para o time espanhol, enquanto que na frente o Bayern assustava o Real Madrid, exigindo boas defesas de Casillas.

O panorama do jogo ao longo do primeiro tempo, segundo e boa parte da prorrogação foi com o domínio de posse de bola do Bayern de Munique, enfrentado um Real Madrid cada vez mais cansado em decorrência do esforço que foi a batalha do último final de semana contra o Barcelona no Camp Nou, e que parecia querer que o tempo passasse para que a disputa de pênaltis chegasse, o que acabou ocorrendo, apesar de todas as chances que o time bávaro teve ao longo da segunda etapa, e que pela incompetência de seus atacantes poderiam ter custado a tão sonhada classificação. 

O Real Madrid notou a satisfação do Bayern pelo resultado que levava a uma disputa de pênaltis e apertou na prorrogação, porém a falta de perna evitou que o time tivesse alguma possibilidade de liquidar o confronto, pois um gol alemão seria letal em virtude do incompreensível critério de gol qualificado fora de casa. Como ambos pareciam satisfeitos e resignados com os pênaltis, o desempate foi necessário.

Nas cobranças, muitos erros de ambos os lados. Foram cinco cobranças desperdiçadas em nove cobradas, onde o herói Cristiano Ronaldo virou vilão, ao telegrafar uma cobrança que Neuer buscou no canto direito. O brasileiro Kaká, que entrara na segunda etapa, também cobrou no mesmo canto do português, e Neuer defendeu sem nenhum problema. O Bayern parecia querer colocar tudo a perder com duas cobranças displicentes de Kross e Lahm que Casillas defendeu, porém quando o time merengue esteve na eminencia de empatar o confronto, Sérgio Ramos bateu como Elano, isolando a grande chance e a classificação, que foi formalizada por Schweinsteiger 

Bayern e Chelsea. Se algum apostador tivesse montado esta final, provavelmente estaria fazendo festa com os dividendos obtidos pelo seu jogo de azar, que hoje foi de sorte. Na final, não há como negar o favoritismo do Bayern, que tem um time mais equilibrado e qualificado que o Chelsea, além de jogar em casa, visto que a decisão de 2012 será na Allianz Arena, casa do Bayern em Munique. Para a dupla da Espanha, além de estancar o choro pelas doloridas eliminações, fica a reflexão por esta dupla derrocada, que transformou um grande sonho em um terrível pesadelo.

terça-feira, 24 de abril de 2012

Classificação do Chelsea em dia “Não” do Barcelona


E a tão sonhada final europeia entre Real Madrid x Barcelona não irá ocorrer. O time merengue ainda poderá chegar à final se reverter o 2x1 a favor dos bávaros no jogo desta quarta-feira no Santiago Bernabéu, porém o Barcelona não conseguiu reverter a desvantagem de 1x0 para o Chelsea, sendo eliminado com um heroico (visão inglesa) 2x2.

O confronto da volta tinha um script mesmo antes de efetivamente começar, pois sabia-se que o jogo seria de um Barcelona todo ataque, contra um Chelsea que se defenderia à todo custo, pois tinha a vantagem do jogo de ida. 

Guardiola escalou um Barcelona extremamente ofensivo, com três zagueiros (Mascherano, Piqué e Puyol), quatro meio-campistas (Busquets, Xavi, Fábregas e Messi)  e três atacantes (Iniesta, Sánchez e Cuenca), dando a liberdade para Messi buscar o jogo e as triangulações com Fábregas sem perder a referência no comando. Não deu certo, pois Messi jogou longe do gol e não teve espaços na intermediária inglesa, composta por 10 jogadores embolados na entrada da área durante grande parte do jogo. A saída prematura de Piqué, após um choque contra seu companheiro Valdés, promoveu a entrada de Daniel Alves, trazendo uma nova dinâmica ao Barcelona.

Foi o lateral brasileiro que iniciou a jogada para Cuenca na esquerda, que cruzou para Busquets abrir o placar aos 35, que culminaria em dez minutos de vantagem catalã na partida, pois logo depois Terry deu um tostão em Sánchez, sendo exageradamente (minha visão) expulso pelo arbitro, e Messi serviria Iniesta aos 43 para marcar o 2x0, que naquela altura parecia o início de mais uma goleada catalã, já que o adversário estava inferiorizado numericamente e no placar, e o Barcelona não costuma ter compaixão alguma com times fragilizados.

Porém na dificuldade o Chelsea reapareceu no último lance da primeira etapa, com Lampard lançando Ramires em velocidade para encobrir Valdés e reviver o time inglês no jogo e no confronto, já que o 2x1 serviria ao time inglês. Di Matteo teve a chance de reorganizar o Chelsea no intervalo, mantendo os 10 jogadores embolados dentro da sua grande área defensiva, com Drogba agora se juntando a esta linha e não deixando nenhuma peça para puxar o contra-ataque.

O Barcelona poderia ter retomado a vantagem no confronto logo no inicio da segunda etapa, quando Drogba imprudentemente calçou Fábregas dentro da área. Messi mostrou que não estava em um dia de extraterrestre e acertou o travessão, perdendo uma de suas duas grandes chances no jogo, já que viria a acertar a trave quando este já estava no final. O tempo passava e o Barcelona tocava, tocava, tocava e pouco produzia. O time até tinha as pontas para jogar, porém sequer poderia esboçar o jogo aéreo, devido a não ter material humano para este tipo de jogada, enquanto os tradicionais tabelamentos com infiltrações no meio eram inviáveis, tamanha a concentração de jogadores do Chelsea.

O time inglês aos poucos começava a sair do casulo, chegando algumas vezes ao ataque, e nos descontos, quando Fernando Torres já havia entrado no lugar do experiente Drogba, o El niño recebeu em seu campo um bicão para frente de Bosigwa após uma tentativa frustrada do Barcelona, tendo todo o espaço do mundo para driblar Valdés e marcar o gol que selou definitivamente a classificação.

Depois de uma vitória e um empate para o Chelsea e uma derrota para o Real Madrid, o Barcelona deu adeus à UCL e praticamente inviabilizou as chances de titulo no Campeonato Espanhol, tornando amarga a sua temporada, após ter ganhado tudo em 2011. O Chelsea fez heroicos 180 minutos, que certamente ficarão na história do clube. O time, que até poucos meses estava entregue nas mãos de Villas-Boas, virtualmente eliminado da Champions League e fora do G4 na Premier League, reviveu com Di Matteo, mostrando que a criticada velha guarda ainda dá caldo. 

Esta partida, que colocou o defensivismo estratégico do Chelsea em evidência, ao bater o futebol-arte do Barcelona, poderá estipular uma nova tendência de times competitivos, que sempre é respaldada por resultados emblemáticos, e que hora e outra sempre ocorrem no mundo do futebol. 

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Proibido para Menores


Nesta quinta-feira, o Internacional confirmou a sua classificação para as oitavas-de-finais da Libertadores. O que era pra ser um momento de descontração e curiosidade para se desvendar o adversário das oitavas, virou um filme de terror, pois o time esteve perto de chegar a uma tragédia completa em forma de desclassificação, sendo salvo pelo Santos.

O Inter teve no Peru uma atuação digna de um canal Sexy Hot, totalmente prostituída e pornográfica, este um termo do finado comentarista Claudio Cabral, que deixará saudades no meio esportivo gaúcho. Simplesmente nada funcionou em Chiclayo, com o Inter protagonizando um verdadeiro vexame, já que o time peruano é um dos piores desta edição da Libertadores.

Sem Moledo, suspenso, e enrolado Oscar, Dorival Jr. teve Guiñazu e D’Alessandro para escalar desde o principio. Preferiu apenas colocar o camisa 10, deixando Guiñazu no banco, mas sem lhe colocar ao longo do jogo. Sandro Silva entrou em seu lugar, com Bolívar fazendo companhia a Índio. O zagueiro substituto foi derrubado na área adversária em um pênalti não assinalado pelo árbitro, porém falhou constrangedoramente no tempo da bola, permitindo que o atacante Tejada pudesse cabecear livre para marcar o gol da vitória.

O time Colorado colecionava tempo de posse de bola, porém na maior parte do tempo no setor de meio-campo ou intermediário, onde não se construía nada e por isso é chamado de improdutivo. Até arriscou algumas conclusões, a maioria fraca nas mãos do goleiro Penny, enquanto que o Juan Aurich conseguia encaixar alguns contra-ataques, contando com o desastre que foi a atuação de Bolívar para levar vantagem na zaga colorada e criar chances de perigo.

Tirando um ou outro lance isolado Colorado, foi o Juan Aurich que teve as melhores chances de ampliar, mesmo com toda a sua limitação técnica que lhe proporcionou poucas chances. Já Dorival Jr tentou com Jajá Coelho e depois com Jô alguma força ofensiva, porém de nada adiantou. O time estava fadado para perder o jogo e terminar como a pior campanha dentre os classificados para a fase de mata-mata.

Agora o Inter enfrentará o Fluminense, melhor colocado. A seu favor terá a coincidência de eliminações  antecipadas do melhor time da fase de grupos, que nunca chegou a um titulo da competição, além de toda a mística da torcida, que acredita no crescimento do time ao enfrentar os adversários mais fortes. Porém se for colocar no meio a atuações do time nos últimos jogos, e conclui-se que o time ganhou uma sobrevida de apenas mais dois jogos na competição. 

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Dupla espanhola terá que correr atrás


Em dois jogos, o que era para ser um encaminhamento de classificação de Real Madrid e Barcelona para a grande esperada final, ganhou um ponto de interrogação, visto que ambos foram surpreendidos no jogo de ida, perdendo suas invencibilidades, e terão que correr atrás pela primeira vez nesta competição.

Em Munique, o Real Madrid apresentou uma partida irregular, jogando bem apenas nos quinze primeiros minutos de cada tempo. Na primeira etapa, acabou levando um gol de Ribery, e teve sorte de não ter ido para o intervalo com um placar mais dilatado contra, visto que pouco fez para melhorar a sua situação, enquanto que o Bayern perdeu algumas chances, porém não chegou com tanta intensidade.

O time até melhorou na segunda etapa, chegando ao empate com um gol de Özil, porém Mourinho tratou de tentar preservar o empate retrancando o time, ao colocar jogadores com maior potencial de marcação. O Bayern tentou, até que conseguiu chegar ao gol da vitória com Mário Gomez no finalzinho, dando justiça ao placar. Ao Real, além da péssima escolha do seu treinador por Coentrão na esquerda no lugar de Marcelo, que entrara na segunda etapa, o time saiu com a sorte do arbitro Webb não ter expulsado o lateral brasileiro, que entrou deslealmente em Müller.

Já no outro jogo, o Barcelona jogou bem, talvez uma de suas melhores partidas fora de casa nesta edição da Liga. Ironicamente o time foi derrotado e perdeu a sua invencibilidade no torneio. O gol de Drogba, fruto de um lançamento de Lampard para Ramires na esquerda cruzar para o artilheiro apenas escorar para o gol, foi o único chute do time inglês a gol em todo o jogo, enquanto que o Barcelona teve 24 arremates, onde pelo menos 5 foram grandes, exigindo grandes defesas de Cech, recuperação de Cole em cima da linha, além de duas bolas na trave e 72% de posse de bola. 

Faltou sorte ao Barcelona, enquanto sobrou eficácia ao Chelsea, que fez uma exuberante partida tática. No outro jogo, faltou competência ao Real Madrid, que poderia ter jogado melhor se Mourinho tivesse optado por escolhas mais sensatas na escalação. Os 2x1 e 1x0 contra são tranquilamente reversíveis por tudo que Real e Barça já apresentaram, porém o fato de ter feito um gol qualificado deixa a missão do Real Madrid menos complicada que a do rival espanhol. 

Aos que estão vendo poucos posts, informo que estou em um projeto pessoal que me impede de estar assistindo intensamente as competições e postando seguidamente. Isso será normal ao longo deste ano.  

domingo, 15 de abril de 2012

Rosberg debuta e Mercedes desencanta na China


Na China, onde o sol hesita em não aparecer devido à grande névoa de poluição, o GP marcou a primeira vitória da carreira de Nico Rosberg na categoria, tirando um jejum de 57 anos de sua equipe Mercedes, que não comemorava uma vitória desde a época do multicampeão Fangio, em 1955. 

O GP teve 2/3 da duração marcados pelo alto desgaste de pneus, que fez com que a maioria dos pilotos utilizasse a estratégia de três paradas. Alguns pilotos, como o brasileiro Felipe Massa e Bruno Senna, largaram com pneus médios, que lhes proporcionaram um primeiro stint mais longo e uma parada a menos, ganhando várias posições nas primeiras voltas, pois alguns pilotos já haviam feito duas paradas em pouco mais de vinte voltas, pois largaram com os pneus macios e mantiveram a estratégia na primeira parada, permitindo que Felipe Massa pudesse liderar por algumas voltas, e proporcionando poucas disputas na pista e muitas paradas de box.

Na largada, Rosberg se manteve na ponta, sendo seguido por Schumacher até a primeira parada, onde a equipe Mercedes errou ao encaixar um de seus pneus no pitstop, que lhe obrigou a abandonar a prova. Nico optou pela estratégia de duas paradas, que o fez ter a vitória ameaçada na parte final da prova, quando Button tinha margem para efetuar o seu terceiro pitstop e voltar na frente. Porém a equipe McLaren acabou vacilando no pitstop do inglês, e acabou lhe tirando a possibilidade da vitória. 

As RBRs fizeram uma corrida consistente e discreta, que lhes proporcionaram terminar em quarto com Webber e quinto com Vettel. O atual bicampeão chegou a beliscar o terceiro lugar, porém já não tinha mais pneus nas últimas voltas, e foi facilmente ultrapassado por Hamilton, que acabou abocanhando o seu terceiro pódio sempre em terceiro lugar, que o deixou na liderança do campeonato com 45 pontos, dois a mais que o companheiro Button.

Na Ferrari, Alonso poderia ter tido uma melhor sorte, e chegou a sonhar com o pódio, porém sempre precisou andar mais que o carro, acabou errando e terminando a corrida em nono, enquanto que Massa não conseguiu negociar as ultrapassagens após a sua parada, e ficou encaixado no pelotão intermediário, e terminando em 13º e longe da zona de pontuação. O piloto vem transformando esta sua temporada em uma vergonha alheia, pois tirando as três equipes mais fracas, é o único piloto que ainda não marcou pontos no mundial, já que não terminou entre os dez primeiros em nenhuma das três provas.

Em contrapartida, a Williams fez uma grande corrida, terminando em sétimo com Bruno Senna e em oitavo com Maldonado. O brasileiro fez uma grande corrida, tendo uma sequencia de ultrapassagens na parte final da prova, e só não teve uma maior sorte, pois seus pneus se desgastaram e teve que administrar os pontos conquistados. Já a Renault teve problemas com Raikonnen na parte final da prova, enquanto que Grosjean fez os seus primeiros seis pontos na temporada com o sexto lugar.

No próximo fim de semana teremos o incerto GP do Bahrein, já que a pressão no país é forte em protesto à realização do GP e aos problemas políticos, o que deixa um ponto de interrogação no que poderá acontecer e se haverá a devida segurança aos pilotos e membros do circo. 

domingo, 8 de abril de 2012

Domingo que decidiu virtualmente a Premier League


Neste domingo, os times de Manchester estiveram envolvidos na 32ª Rodada da Premier League. 

Em Manchester, o United venceu o Queens Park Rangers por 2x0 na base da polêmica, algo que não é raro em relação ao clube, já que muitos o acusam de ser constantemente beneficiado com erros de arbitragem. Contra o QPR, a ocorrência ocorreu logo aos 14 minutos, quando Ashley Young recebeu um lançamento de Rooney em posição de impedimento, e ainda se atirou na disputa com o Derry. O árbitro L. Manson, além de não ter sido auxiliado pelo existente impedimento, marcou o pênalti e expulsou o meio-campista adversário, além de assinalar o gol de Rooney. 

Diante da inferioridade técnica e numérica, restou ao QPR se retrancar, permitindo ao United alugar meio-campo, e ter o domínio total da partida. O ex-aposentado Scholes marcaria o segundo aos 22 da segunda etapa, em uma partida que poderia  ter se encerrado com uma grande goleada dos “Red Devils” já que o time de Fergusson teve inúmeras chances para ampliar, chegando a acertar a trave duas vezes. 

A diferença que era de 5 pontos ao início da rodada, estendeu-se para 8,  visto que o rival City foi até o Emirates Stadium enfrentar o Arsenal, e mesmo com toda a insistência e gols perdidos por parte dos anfitriões, perdeu a partida com um gol de Arteta aos 41 do segundo tempo, quando o meia se aproveitou de uma saída de bola pateticamente errada de Pizarro, tendo toda a liberdade para avançar pela intermediária e chutar no canto direito de Hart. 

Na partida, os gunners tiveram as melhores chances, chegando a acertar quatro vezes a trave, sendo duas no mesmo lance, quando o jogo ainda estava 0x0 e Walcott acertou a trave direita do goleiro Citzen, com Varmaelen e depois Benayoun se atrapalhando ao pegar o rebote e perderem dois incríveis gols que fariam inveja até o centroavante flamenguista Deivid. O City, além de perder a chance de reagir com a expulsão infantil de Balotelli, também ouviu um “Nasri whats the score?" por parte do torcedor gunner, inconformado com a ida do jogador francês para o time de Manchester por 25 milhões de euros. 

No lado Citzen, o sentimento é que a casa era de palha e caiu na primeira grande ventania. O time que chegou a ter cinco pontos de vantagem para o rival United ao longo de várias rodadas do primeiro turno, sucumbiu-se na segunda metade do campeonato, perdendo a liderança a permitindo que o adversário abrisse uma vantagem que é virtualmente irreversível, já que o City teria que descontar 8 pontos em 18 possíveis, haja em vista que a tabela ainda reserva um confronto direto entre ambos os times.

Na minha visão, o campeonato decidiu-se nesta rodada, aguardando apenas a formalização, que poderá ser justamente no clássico entre os dois clubes, que poderia terminar o que seria um sonho de titulo Citzen em um dramático pesadelo, obrigando o bilionário xeque a gastar com novos jogadores e um novo treinador, além de pagar rescisões. 

terça-feira, 3 de abril de 2012

E deu Barcelona, com reforço extra


O Barcelona levou a melhor sobre o Milan, e garantiu a classificação para as semifinais da UEFA Champions League. O jogo ficará marcado pela aparição do árbitro Björn Kuipers, que acabou envolvido em dois lances polêmicos de penalidade, cujo segundo foi o mais discutível, e que acabou definindo o confronto. 

Mesmo podendo contar com Adriano, Guardiola preteriu o lateral esquerdo, deixando um trio defensivo com Puyol, Mascherano e Piqué, e adiantando Dani Alves como um ponta direita para se juntar à Messi e a Cuenca, que foi a surpresa na ponta esquerda. No meio, um losango com Busquets, Xavi, Iniesta e Fábregas, este no vértice mais adiantado, auxiliando Messi no comando do ataque. 

A formação foi interessante para se analisar a partida, visto que houve um encaixe com o 4-3-1-2 do Milan, que jogava recuado e explorava os contra-ataques rápidos, repetindo a mesma tática do San Siro. Mesmo assim, o Barcelona teve a iniciativa, e conseguia trabalhar a bola na intermediária ofensiva e abria posição para o arremate. Antes dos 10 primeiros minutos, o time já havia chegado duas vezes, ambas com Messi, uma em uma de suas tradicionais arrancadas, e cujo arremate foi bem defendido por Abbiati, e no segundo, uma linda jogada envolvendo Dani Alves e Fábregas, que “pifou” o argentino com liberdade na cara do gol para errar o alvo.

Eis que exatamente aos 10 minutos, ocorre um dos lances de discórdia na partida. Mexès erra a saída de bola e deixa de graça para Messi, que tem toda a liberdade para avançar. O argentino tenta passar para Xavi, que não conseguiu dominar e no rebote oferecido pela zaga do Milan, Messi acabou derrubado por Antonini, em um lance discutível, mas que eu marcaria. Messi cobrou no canto direito de Abbiati e marcou 1x0.

O Milan sentiu o gol, e custou a entrar na partida, que até então era dominada pelo Barcelona. Aos poucos, o time de Alegri começava a diminuir a porcentagem de posse de bola, e no primeiro chute que deu em todo o jogo, marcou com Nocerino, em uma jogada iniciada por Robinho, que serviu Ibrahimovic para acionar sob medida o volante italiano que chutou cruzado para empatar. 

O Barcelona seguiu com maior volume de jogo, e poderia ter retomado a liderança no placar em conclusões de Xavi e Messi, porém foi em um escanteio da discórdia que seria gerado o pênalti que originou o segundo gol catalão. Em uma cobrança de Xavi, Nesta e Busquets se agarraram e puxaram camisa como ocorrem normalmente várias vezes em todos os jogos, porém o árbitro Björn Kuipers resolveu aparecer e marcar o pênalti, que eu sinceramente não marcaria. Messi cobrou no canto esquerdo de Abbiati e marcou o 2x1.

O Milan iniciou a segunda etapa mais adiantado, e procurou pressionar o time espanhol, que já tinha uma nova formação, desta vez no 4-3-3, com Daniel recuado e Iniesta adiantado como ponta esquerda e Cuenca na direita. Iniesta seria responsável pelo terceiro gol aos 8 minutos, quando Messi puxou um rápido contra-ataque e, com uma conclusão bloqueada, acabou servindo o meia para marcar o terceiro gol catalão, que acabou liquidando a partida. 

Depois desse lance, o jogo minguou, e se resumiu a tentativas de ataque do Milan, enquanto o Barcelona era mais efetivo e perdeu a chance de ampliar com Thiago Alcântara e Adriano. Pelo lado do Milan, ficou apenas na tentativa, visto que o time teve apenas três arremates em todo o jogo, sendo um deles o gol da primeira etapa, e pouco assustou o Barça, estando mais preocupado com o fator arbitragem. O time contou com a entrada relâmpago de Pato, que entrou no lugar de Boateng e ficou apenas 13 minutos em campo, sentindo novamente uma lesão e dando lugar à Maxi López.  

No fim das contas, com ou sem ajuda da arbitragem, o Barcelona foi superior em campo, terminando com 60% de posse de bola e 21 arremates, contra apenas 3 do Milan. A retranca italiana conseguiu neutralizar em partes a periculosidade do ataque catalão, que mesmo assim fez a diferença e construiu o escore. O Barça pegará o vencedor de Chelsea x Benfica, cujo primeiro gol foi 1x0 para os ingleses no Estádio da Luz.

segunda-feira, 2 de abril de 2012

United vence e amplia vantagem na ponta



E o Manchester United confirmou, mais uma vez, a sua sina de vitórias apertadas, que acaba lhe rotulando como o “time do além”. Desta vez a vitima foi o Blackburn no Ewood Park, em uma vitória por 2x0 construída nos 10 minutos finais, quando o time não fazia uma boa partida e chegava a ser pressionado pelos anfitriões.

O time comandado por Alex Fergusson não fez uma boa partida, principalmente em função das opções de onze iniciais do treinador, que montou o meio-campo com Carrick, Scholes e Phil Jones, que se alternavam na movimentação do meio-campo juntamente com Valência pela direita e Rooney pela esquerda, este jogando mais recuado e tendendo a fechar pelo meio. Na prática, o limitado defensor Jones virou um ponta direita, enquanto Rooney ficou demasiadamente deslocado na esquerda, o que comprometeu a evolução ofensiva do time.

Com o meio povoado, o Manchester United conseguiu dominar tecnicamente o jogo a partir de seu setor principal, dominando a posse de bola e mostrando um maior volume ofensivo. Porém parou por aí, visto que foram poucas as chances reais, principalmente na primeira etapa. As principais jogadas eram com Valência pela direita, que conseguiu deixar Chicharito na cara do gol para quase marcar ao desviar na trave e a bola batendo nas costas do goleiro Robinson e com o goleiro conseguindo se recuperar quando a bola estava em cima da linha. 

Mas foi o Blackburn que teve as principais chances da primeira etapa em suas rápidas saídas em contra-ataques, exigindo duas boas defesas de De Gea em finalizações de Hoillet e Olsson. O panorama ficou mantido em boa parte da segunda etapa, visto que Fergusson demorou para alterar o time, e como os anfitriões se deram conta que uma vitória era possível, passou a ameaçar o Manchester com mais força.

Fergusson modificou o time com as entradas de Welbeck e Giggs nos lugares de Chicharito e Jones, e mais tarde colocou Ashley Young no lugar de Scholes, aumentando o potencial ofensivo dos “red devils”. E a entrada de Young deu certo, pois no minuto seguinte ao da sua entrada (36), Valência levaria vantagem pela direita com a má marcação de Olsson e chutaria cruzado para abrir o placar. Quatro minutos depois, o meia equatoriano acharia Young na meia lua, que, de costas, girou com categoria e chutou no canto direito do goleiro, confirmando a vitória que deixou o time com cinco pontos de vantagem sobre o rival City.