domingo, 31 de julho de 2011

Muitos gols e emparelhamento na ponta

A 13ª rodada do Brasileirão apresentou 32 gols, mantendo a média acima de 3 (3,2) gols por partida. Apenas um 0x0 protagonizado por Internacional e Atlético-GO, que curiosamente foi o único empate da rodada.



Foram cinco vencedores mandantes contra quatro visitantes, em uma rodada vencedora para os mandantes Palmeiras e Flamengo, que devolveu ao rubro-negro carioca o segundo posto e o deixou a apenas um ponto do Corinthians, devido ao tropeço do líder em Florianópolis, e do então vice-líder São Paulo em pleno Morumbi, contra o algoz Vasco. Diante de tanto perde e ganha, apenas quatro pontos separam os cinco primeiros, formado pelo trio de ferro paulista com Flamengo e Vasco.

A bateria do Corinthians parece estar acabando, com o clube deixando os mais de 90% de aproveitamento para aceitáveis 77%, que ainda lhe dá a liderança, porém não com a mesma tranquilidade de antes. A equipe perdeu os últimos dois jogos, sendo que neste final de semana foi contra o Avaí, que até então tinha apenas uma vitória e de virada, depois de sair da primeira etapa com a vitória parcial.

O tempo de vida de Adilson Batista promete ser curto no São Paulo, pois desde a sua chegada, a equipe empatou, perdeu e ganhou uma vez. Para piorar, foram dois jogos em casa e nenhuma vitória, com a única conquista um 4x3 contra o Coritiba, depois da equipe abrir 4x0. Nesta tarde, o tricolor paulista fez um bom primeiro tempo, porém desandou no segundo, sendo surpreendido pela organizada equipe vascaína, que marcou dois gols em contra-ataques. O Vasco chega perto do G4 e pode sonhar com o titulo, pois tem grupo e futebol para isso.

O Flamengo vem mantendo a regularidade no campeonato, continuando como a única equipe invicta depois de 13 rodadas. A equipe venceu o Grêmio ao natural por 2x0, retomando o segundo lugar, e prometendo acirrar a briga pela liderança. Tem time para isso, já que a considero a melhor equipe do campeonato ao lado do Santos, porém com a vantagem de estar focada apenas nesta competição. O Palmeiras vem conseguindo vitória atrás de vitória, mesmo com o placar mínimo. O futebol não empolga, porém é eficaz, com Felipão tendo todos os méritos por montar um time competitivo com um elenco de poucas peças de renome.

A briga contra a ameaça de rebaixamento também está acirrada, com clubes ensaiando uma reação que poderá tirá-los em algumas rodadas do temido Z4. São os casos de Avaí e Atlético-PR. Ambos venceram paulistas (Corinthians e Santos respectivamente) na rodada, jogando como mandantes e pelo mesmo placar (3x2). A diferença para sair do inferno, que antes parecia irreversível, tornou-se alcançável, caso as equipes continuem mantendo o bom retrospecto das últimas rodadas.

Já outros times passam a arrepiar os cabelos com a proximidade da zona, como os casos de Atlético-GO e Grêmio, que estão em 15º e 16º lugares. O maior temor é que o atual 17º, e primeiro dos rebaixáveis, é o Santos, time que não deverá ficar lá embaixo, além da recuperação de Avaí e Atlético-PR. O temor é tão grande, que neste domingo o Grêmio anunciou a saída do então vice-presidente Antônio Vicente Martins, e ainda contou com a ajudinha do Atlético-PR de Renato Gaúcho para não entrar na zona do rebaixamento nesta rodada.


O Campeonato segue neste meio de semana com a 14ª rodada, que poderá apresentar um novo líder e um novo clube no Z4.

Vasco dobra São Paulo no Morumbi

Jogando em casa e bem prestigiado pelos pouco mais de 22mil pagantes, o São Paulo começou em cima do Vasco, e ficava a ideia que a vitória seria em questão de tempo e por um bom escore.

Eram 16 minutos da primeira etapa, e o São Paulo tinha chegado quatro vezes, onde em duas o goleiro vascaíno Fernando Prass interceptou com grandes defesas. O São Paulo prosseguia com a sua blitz, obrigando ainda mais uma grande defesa do goleiro, além de lamentar um pênalti claro cometido por Anderson Martins em Dagoberto não assinalado pelo árbitro Paulo Bezerra.

Apesar da insistência do São Paulo, o 0x0 prosseguiria até aos sete minutos da segunda etapa, quando Diego Souza acha Éder Luis em um rápido contra-ataque, com o atacante abrindo o placar em um chute forte da entrada da área, por onde Rogério Ceni não conseguiu nem ver a bola batendo na trave antes de entrar totalmente em seu gol.

O que era tranquilidade e blitz por parte do São Paulo virou desorganização e nervosismo. O Vasco se fechou, procurando evitar os espaços por onde Dagoberto e Lucas buscavam para emplacar suas jogadas rápidas. Porém era um festival de erros, com a bola batendo na defesa vascaína e voltando para a intermediaria são-paulina, e nem a opção de Marlos em lugar do discreto Piris mudou o panorama da partida.

Rivaldo, outro apagado, também daria lugar a Fernandinho, porém seria o Vasco que daria um “boa noite Cinderela” já nos acréscimos, quando Felipe, que entrara na segunda etapa no lugar de Juninho Pernambucano, tabelou com Jumar, recebendo de volta para finalizar e sacramentar a vitória vascaína, que de coadjuvante no Brasileirão por já estar na próxima edição da Libertadores pode se tornar protagonista, pois está a apenas 4 pontos da liderança.

Furacão assola “faceirice” santista

Jogando em um castigado gramado da Arena da Baixada oriundo da forte chuva que caíra em Curitiba, o Santos foi literalmente destroçado nos primeiros minutos de jogo.

Aos 9 minutos, já estava 2x0 para o Atlético-PR, fruto de um golaço em jogada individual de Cléber Santana e de uma escorada de cabeça de Manoel após cobrança de escanteio. A formação de meio-campo leve e técnica de Muricy Ramalho estava sob cheque, visto que os cinco gols sofridos em casa contra o Flamengo somado aos então dois do Atlético mostrava a fragilidade do sistema defensivo santista, não vista quando Danilo era o primeiro volante.

Menos mal que Neymar em jogada individual descontaria logo após os gols do Furacão, motivando os santistas, que até então, não tinham visto a cor da bola. Também serviu para intimidar os paranaenses, que passaram a se retrair, evitando assim espaços por onde uma das seis peças de meio-campo/ataque poderia ter uma fonte de inspiração para reverter o escore.

Porém o campo era o vilão para Arouca, Elano, Ganso, Ibson e Neymar, que jogavam bem menos do que eram capazes. Não foi para Borges, que receberia de Pará e com um lindo giro empataria a partida já na segunda etapa. O 2x2 parcial animou o Santos em busca da vitória, chegando a acertar a trave com Neymar, em rebote de um grande chute de Ganso, defendido competentemente pelo goleiro Renan Rocha.

O gramado pesou as pernas dos santistas, que passaram a se contentar com o empate, enquanto o desesperado Atlético-PR foi pra cima, e conseguiu já nos descontos o gol da vitória, após um cruzamento de Wagner Diniz, que fora desviado por Edigar Junio e que encontrou Marcinho livre para marcar o gol da vitória, já aos 46 minutos e impedindo uma reação santista.

Final feliz para o Furacão, que deixa a lanterna para o América-MG, enquanto o Santos acumula duas derrotas e oito gols sofridos com seu esquema “faceiro” proposto por Muricy, além de ficar atolado na zona do rebaixamento, o que nunca é tranquilo, apesar de ter três gols a menos que os demais.

Desligado e Zerado

Depois de uma excursão pela Europa, o Inter voltou a jogar neste domingo pela 13ª Rodada do Campeonato Brasileiro contra o Atlético-GO em uma fria tarde em Porto Alegre. O frio do ambiente contagiou o time dentro de campo, com o Colorado não fazendo uma boa partida, e não saindo do empate contra os goianos.

Com desfalques por lesão e suspensão, Osmar Loss promoveu a entrada de Wilson Mathias e Elton no meio campo, além de Rodrigo Moledo na zaga e do jovem Dellatorre no comando do ataque. Time montado no esquema 4-2-3-1, idealizado por Celso Roth, e que voltou à tona no time após a saída de Falcão, numa tentativa de recuperar as convicções diretivas de escalação e formação.

O primeiro minuto seria o mais intenso do jogo, com o Colorado desperdiçando duas chances de gols, uma em chute de Andrezinho e outra com Índio de cabeça. O jogo passou a ficar centrado no meio-campo, com o Colorado tendo uma maior posse de bola, porém esta direcionada à intermediária, sem agredir os goianos, que se defendiam bem, e que pouco chegavam ao ataque. O Colorado ainda teria uma grande chance com Dellatorre que receberia livre dentro da área, porém a conclusão seria fraca e nas mãos do goleiro Marcio.

Chegou o intervalo, e Loss alterou o esquema e a formação com a entrada de Jô para a saída de Elton. Inter ficou mais ofensivo, porém com um meio mais aberto, por onde o Atlético começava a trocar passes e a se infiltrar na defesa Colorada. Por outro lado, a sobreposição de Jô e Delattorre no comando do ataque, que deixavam as ações ofensivas previsíveis e facilmente desarmadas pelos goianos.

Quando o Inter conseguia arrematar, errava feio nas conclusões, e assim foi até o fim do jogo, quando já nos descontos Rodrigo Moledo receberia de João Paulo a chance do jogo ao entrar livre na altura da linha do pênalti e concluir pra fora. O Colorado ainda teria aos 48 minutos a chance de vencer em uma cobrança de falta perto da entrada da área, porém Kléber demorou tanto para cobrar, que o árbitro Jailson Freitas acabou o jogo para a ira dos jogadores, que tiveram uma grande presteza para reclamar instantaneamente.

E foi só isso o jogo, muitos passes, inversões de jogadas na linha defensiva e pouco futebol ofensivo. Muriel fez apenas uma boa defesa em cobrança de falta e também interceptou uma finalização de Victor Júnior. No mais, apenas assistiu o jogo, assim como o goleiro Marcio. Loss foi muito conservador e foi deixar a equipe Colorada mais ofensiva apenas depois dos 40 minutos.

Em relação ao lance polêmico da arbitragem, houve apenas uma falta de bom senso do arbitro, pois a regra diz que o jogo não pode ser terminado apenas em cobranças de pênalti, e neste caso, o arbitro havia terminado antes que Kléber se preparasse a cobrar, e mesmo assim o lateral esquerdo acabou acertando a trave.

A Estratégia que fez a diferença

Bastou uma chuva intensa, momentos antes do GP para dar um ar de imprevisibilidade ao circuito de Hungaroring, eternamente conhecido pelas dificuldades de ultrapassagens. A corrida, que poderia ser monótona mesmo a proximidade entre Red Bull, McLaren e Ferrari, tornou-se intensa enquanto a pista esteve molhada.

Na largada, Vettel se posicionou a frente, enquanto Massa largou mal e sem a preferencia na curva caiu para sétimo. Schumacher se aproveitou e saiu de nono para quinto, porém ainda na primeira volta perderia a posição para Alonso, que logo ficaria em quarto ao ultrapassar Rosberg, enquanto Massa se recuperaria e logo estaria atrás de Alonso, com quem chegou a ultrapassa-lo após um erro cometido pelo espanhol, que ainda teve a chance de recuperar a posição.

As McLarens apresentaram um ritmo de prova consistente com os pneus intermediários, com Hamilton ganhando a ponta na quinta volta, após uma saída de pista de Vettel, e chegando a abrir uma vantagem confortável, em virtude de girar em média 1s mais rápido que o alemão da RBR enquanto seus pneus ainda estavam inteiros. Massa, que estava em sexto, passaria por cima da linha branca de delimitação do traçado, escorregando e rodando, porém conseguindo retomar a prova, mesmo com parte de sua asa traseira avariada.

A partir da 11ª volta, os pilotos começaram a parar para colocar pneus de pista seca, tendo em Webber o pioneiro, com Massa indo logo depois, assim como Button, Hamilton, Vettel, Alonso e Rosberg. Button acabaria ultrapassando Vettel na pista logo após as paradas, mostrando a superioridade da McLaren, que via Hamilton disparar na ponta, enquanto Webber passaria Alonso. Massa passaria a se recuperar na prova, ultrapassando pilotos como Schumacher, Kobayashi e Rosberg, este com quem teria três disputas ao longo do GP.

Com pista seca, a prova cairia em emoção, com os pilotos efetuando a segunda janela de pistops a partir da volta 25, enquanto na volta 37 Alonso abriria a terceira janela. Button começava a girar mais rápido que Hamilton, devido ao companheiro não conseguir economizar pneus e optar pelo composto mais mole na terceira parada, enquanto Button estava com o mais duro. A chuva volta, desta vez de forma tímida, com Hamilton rodando e voltando em posição perigosa, o que lhe daria uma punição, além de arriscar nos pneus intermediários, assim como Webber.

Porém a chuva era breve e sem intensidade, o que fez o inglês e o australiano terem que voltar aos boxes, confirmando a vitória de Button e dando um lugar ao pódio para Alonso. Vettel fez um fim de corrida discreto, pensando no campeonato e acabou em segundo. Webber ainda ultrapassaria Massa, enquanto Hamilton ultrapassaria os dois, terminando em quarto, contra o quinto lugar do australiano e o sexto do brasileiro. Barrichello ficou apenas com o 13º tempo.

Já são três provas sem vitória de Vettel e da Red Bull, que não detém mais a supremacia, e ficando praticamente todo o fim de semana abaixo da McLaren em Hungaroring. Porém mesmo sem vencer, a diferença de Vettel para o segundo colocado no Campeonato só aumenta, com o alemão chegando aos 234 pontos, contra 149 de seu companheiro Mark Webber e 146 de Hamilton. Nos construtores a vantagem da Red Bull sobre McLaren e Ferrari são de respectivos 383 pontos contra 280 e 215.

O circo entra nas férias de verão, voltando apenas no fim de agosto com o GP da Bélgica.

sábado, 30 de julho de 2011

Desafeto indigesto

Diante de um público pagante de 24.467 no Engenhão, o Grêmio finalmente necessitava desencantar no Campeonato Brasileiro, justamente contra o Flamengo, uma das melhores equipes do campeonato e cujo protagonista é Ronaldinho Gaucho, de ídolo a desafeto dos tricolores gaúchos.

Julinho Camargo previu a enorme dificuldade, mudando a formação gremista com a entrada de Adilson, juntando-se à Gilberto Silva e Fábio Rochembach no setor defensivo do meio-campo, e deixando Escudero e Leandro mais avançados para buscar encostar-se a André Lima. Tal precaução explica-se pelo esquema ofensivo rubro-negro com Thiago Neves e Ronaldinho, truncando os avanços cariocas, enquanto que o tricolor gaúcho era superior, conseguindo timidamente atacar, porém sem concluir com perigo.

A tática gremista daria certo até os 27 minutos, quando Ronaldinho Gaúcho levou vantagem pela esquerda, cruzando na cabeça de Thiago Neves para abrir o placar. O Flamengo saiu de uma postura incomodada com a marcação gremista para uma condição tranquila, que o deixou com o controle da partida, sem ser ameaçado pelo Grêmio. Do lado gremista, apenas a lamentação por um pênalti claro de Junior Cesar em Leandro não dado pelo árbitro Sálvio Spínola.

O jogo continuou equilibrado, com o Flamengo não conseguindo exercer um domínio absoluto, porém detendo o controle do jogo, recuando para oferecer a bola ao Grêmio, que ineficaz, não produzia, devolvendo de graça a bola ao rubro-negro, para atacar com perigo. Ronaldinho Gaúcho comandava as ações, chegando a entortar Mário Fernandes na entrada da área, sendo derrubado pelo beque em um pênalti não assinalado pelo arbitro, que acabou equilibrando o escore de reclamações.

Diante de mais erros que acertos de ambos os lados e até da arbitragem, o gol que definiria a vitória só poderia ser originado da falha de um personagem vital, um goleiro, mais precisamente o ídolo gremista Victor, que inventou de brincar justamente na frente de Ronaldinho Gaúcho, para ser desarmado pelo atual desafeto gremista e vê-lo marcar o segundo gol rubro-negro.

O Grêmio desandou, não bastando as alterações de Julinho Camargo, que resolveu se arriscar somente depois de ver o leite derramado e aos 31 da segunda etapa com as entradas de Mithyuê e Marquinhos nos lugares de Escudero e Adilson. Porém foi o Flamengo que perdeu de ampliar, primeiro com Botinelli, e depois em furada de Ronaldinho Gaúcho, que por centímetros não conseguiu empurrar a bola para o gol.

Mais uma derrota gremista, não mostrando poder de reação e contando com a falha do seu único jogador selecionável, que falhou e se curvou ao agora eterno desafeto do clube. Nada poderia ser pior para uma trágica noite no Engenhão. Porém uma das leis de Murphy crê que tudo que está ruim poderá piorar, o que poderia significar em uma entrada na Zona do Rebaixamento, dependendo de alguns resultados do domingo.

Informações e Palpites da 13ª Rodada

Os principais jogos da rodada são entre São Paulo x Vasco e Cruzeiro x Botafogo, duelos entre equipes que estão na parte de cima da tabela.



Os são-paulinos e vascaínos buscam regularidade nas atuações, apesar dos bons resultados. O São Paulo busca uma estabilização da equipe com Adilson Batista no comando, enquanto o Vasco busca manter a ascensão na tabela. A qualidade do grupo poderá ser decisiva, visto que ambos os times estão cheios de desfalques.

Já os mineiros e cariocas se enfrentam buscando chegar perto do G4, visto que a irregularidade de ambas os afastam dos quatro primeiros. O agora treinador do Cruzeiro Joel Santana irá rever seu ex-clube, que contará com a volta de Loco Abreu, Campeão da Copa América com o Uruguai.

Outro duelo interessante é o enfrentamento entre Ronaldinho Gaúcho com o seu ex-clube em Flamengo X Grêmio, com o rubro-negro carioca buscando aproveitar a condição de mandante para encostar-se ao Corinthians. Do outro lado está o Grêmio, em crise e próximo da zona do Rebaixamento. Uma derrota poderá colocar o tricolor gaúcho no Z4, o que deverá promover uma grande mudança no comando técnico e diretivo do clube gaúcho.

Os clubes buscam conter o distanciamento do trio de ferro paulista, que se estacionou no G4 e agora busca se distanciar dos demais. O Flamengo é o único intruso, mostrando potencial técnico para disputar a liderança, e motivado pela sensacional vitória de 5x4 diante do Santos. O primeiro time fora do eixo Rio/São Paulo é o Internacional, que assim como o Cruzeiro, busca vitória em casa para tentar encostar-se às primeiras colocações.

Grêmio (4-5-1): Victor; Saimon, Mário Fernandes, Rafael Marques e Lúcio; Gilberto Silva, Fábio Rochemback, Escudero e Marquinhos; Leandro e André Lima. Técnico: Julinho Camargo.

Inter (4-5-1): Muriel; Nei, Rodrigo Moledo, Índio e Kleber; Elton, Wilson Matias, Andrezinho, Tinga e D'Alessandro; Lucas Roggia (Jô). Técnico: Osmar Loss.

Palpites da Rodada


RADAMESORTIZFC no CARTOLAFC - Rodada 13

Vettel retorna ao primeiro posto

Não pude ver o treino classificatório, mas pelo que pude conferir no live timming, somado às noticias dos treinos e do terceiro treino livre, ficou visível uma disputa entre Red Bull, McLaren e Ferrari no travado circuito de Hungaroring.

Hamilton mostrou que o melhor tempo da sexta-feira não era apenas um esconde-jogo, mostrando uma evolução da McLaren, coincidentemente depois da liberação do uso livre do difusor soprado, pois a condição ficou ratificada com o terceiro lugar de Button. Hamilton ficou apenas 1 décimo atrás de Vettel, que não se mostrou rápido nas primeiras sessões livres, obrigando a RBR a trabalhar a noite inteira para buscar o melhor acerto.

Outro destaque interessante do treino foi a quarta colocação de Massa, que largará pela primeira vez na frente de Alonso. Massa ganha o chamado apoio moral para tentar reagir no campeonato, pois é atualmente o que está mais atrás dentre os seis pilotos do primeiro escalação.

A prova promete uma disputa equilibrada entre as três equipes, com a RBR não devendo ter vida fácil, visto que a enorme vantagem de inicio de temporada se esvaiu conforme a evolução de suas concorrentes.

O trabalho nos pitstops mais uma vez será de grande valia, pois estou desconfiado com relação a possibilidade de ultrapassagens em Hungaroring. Talvez o DRS faça algum milagre, porém imagino trocas de posições somente em erros dos pilotos ou das equipes no pitlane.


sexta-feira, 29 de julho de 2011

Para Húngaro Ver

Neste fim de semana, a Formula 1 disputa a sua 11ª etapa, em Hungaroring para a 26ª edição do GP da Hungria.



Com 4.381 metros e 16 curvas, Hungaroring é uma pista conhecida pela baixa emoção, devido ao circuito ser um dos mais travados do atual circo, se equiparando aos circuitos não permanentes (de rua). Além de ser de baixa (velocidade), o circuito é estreito, possibilitando poucas ultrapassagens em suas 70 voltas.

Em 2010, a vitória ficou com Mark Webber, com Alonso em segundo e Vettel em terceiro. O GP ficou marcado pela arrojada ultrapassagem de Barrichello em Schumacher, onde o piloto da Mercedes tentou pressionar o brasileiro contra a mureta dos boxes, quase ocasionando um grave acidente. Em 2009, no treino oficial, o brasileiro Felipe Massa foi acertado na cabeça por uma polca vinda do carro de Rubens Barrichello, em um acidente que por pouco não tirou a sua vida.


Curtinhas da Categoria

Apoio tecnológico
A FIA anunciou oficialmente a utilização desde a temporada 2010 de um sistema que detecta e informa à direção de prova em tempo real vários tipos de incidente de pista. É um sistema complexo, que utiliza dados de áudio, vídeo, cronometragem e GPS, para monitorar a evolução de cada carro na pista, alertando a direção de prova e acionando a câmera mais próxima para facilitar a analise dos comissários.

Calendário de 2012 ainda em discussão
Depois de divulgar no inicio de junho o calendário provisório da categoria em 2012, Ecclestone, a pedido das equipes, teria alterado a data das provas dos Estados Unidos e Bahrein, jogando-as para as últimas etapas, enquanto o GP da Turquia, que já estava ameaçado de sair do calendário em virtude do pouco publico em suas etapas, foi retirado do calendário, desta forma havendo 20 etapas na próxima temporada.

Wolkswagen na F1?
Uma possível participação da Wolkswagen na categoria estaria sendo estudada para os próximos anos. Porém não seria para imediatamente, visto que o foco atual da montadora é aumentar a participação no automobilismo nas áreas de turismo, rali e endurance. O chefe da área esportiva Wolfgang Duerheimer projeta a entrada da Wolks na categoria para 2018, depois que as novas regras para motores estarão sendo utilizadas e estabilizadas.

Dança das Cadeiras
A temporada passa da metade, e então surgem os rumores de trocas de pilotos para a próxima temporada. Algumas equipes nem esperaram o término de 2011 para alterar pilotos, como foram os casos da Team Lotus e da Hispania, que sacaram Trulli e Karthikeyan para as respectivas entradas de Chandhok e Ricciardo. Já nas grandes equipes não haverá grandes alterações, com a tendência de manutenção dos mesmos pilotos de 2011 para a próxima temporada. Apenas equipes médias e de trás do grid que deverão alterar pilotos, como a Force India, Toro Rosso, Lotus, Hispania e Virgin.

Treinos Livres

Não assisti aos treinos em virtude de compromissos particulares, mas abaixo estão os melhores tempos do dia. Hamilton liderou as duas sessões.



Cronograma (Horário de Brasília)

Sábado
06h: Terceiro Treino Livre
09h: Treino Oficial

Domingo
09: GP da Hungria de F1

O Importante não foi competir e sim aprender

Nesta última semana, o Internacional enfrentou Barcelona e Milan, duas das principais potencias futebolísticas europeias. A visibilidade oriunda de três títulos continentais, mais um titulo internacional possibilitou o convite para a Copa Audi, onde o Internacional pode-se considerar vencedor em disputar o torneio.

Exigir ou não vitória neste torneio depende do grau de cada torcedor, pois na minha visão o foco não deveria ser competir para ganhar a Copa Audi, e sim aprender, obter know-how da estrutura, organização e cotidiano dos principais clubes no mundo, para buscar implementar no Colorado.

Os dois empates em 2x2 contra Milan e Barcelona ficaram em segundo plano, não havendo grandes lamentações dos colorados e nem cornetas por parte dos gremistas em relação ao terceiro lugar, originando um sentimento de orgulho por ver o clube jogar contra os principais esquadrões da Europa, e sem sair derrotado no tempo regulamentar.

A valia de torneios como este é de conhecer de perto a organização com que os clubes Europeus se preparam para os eventos, jogos, ações de marketing e sua forma de jogar dentro de campo, como padrão de jogo e esquema tático. Não há como negar que na parte estrutural e organizacional, os clubes sul-americanos têm muito que aprender com os Europeus, com estes apenas se interessando pelos talentosos jogadores do continente, cuja maioria é formada por brasileiros ou argentinos.

O Brasil não tem mais o melhor jogador do mundo e nem o melhor futebol, precisando dissipar a cortina de fogo que existe com o velho continente. O país emerge economicamente, empurrando o futebol junto, e ainda tem a errônea visão que são apenas os jogadores que fazem o esporte, onde o foco de tudo está voltado aos clubes, e não às competições propriamente ditas.

O futebol evoluiu, transformando-se em um espetáculo, e para isso necessita-se de uma estrutura adequada, com palcos moldados para os novos “espectadores”, além de oferecer uma gama de opções os consolidem em um vinculo comercial com os clubes, trazendo um retorno financeiro para estes.

O modelo organizacional do futebol brasileiro é bastante obsoleto e antiquado, o que acaba refletindo na atual Seleção Brasileira que parece ter ficado no tempo, além de tornar as competições nacionais desinteressantes para o publico estrangeiro.

Para isso, é necessário mudar o foco que hoje está nos clubes para a competição num todo, profissionalizando o evento e todos os seus participantes, e driblando possíveis consequências que algumas peças deverão ter neste processo.

Com quatro competições intercontinentais nos últimos cinco anos, o Inter encaminha-se para ser o pioneiro em profissionalizar a gestão do clube. Porém para isso é necessário ter a vontade de pôr em pratica o conhecimento adquirido nestes eventos, nem que para isso sejam necessárias revoluções internas.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Épico 27/07/2011 da Vila Belmiro

O palco mitológico por onde Pelé protagonizou alguns de seus momentos como melhor jogador de futebol da história, serviu de plano de fundo para um dos melhores jogos da história do Campeonato Brasileiro. Algo intenso, épico, e que virará case de como o futebol deveria ser jogado em sua plenitude.



De um lado, Neymar, o maior ídolo da geração contemporânea, enquanto que Ronaldinho Gaúcho continua sendo ídolo de uma geração mais antiga, buscando adentrar-se como um membro da contemporaneidade. Ambos os maestros e protagonistas das duas melhores equipes do campeonato, dotadas de bons coadjuvantes.

De inicio, pareceria que o grupo recentemente campeão da Libertadores desabrocharia no Brasileirão logo em sua primeira partida com o time completo, pois Elano serviria Borges para marcar o primeiro aos 4, enquanto que o goleador faria seu segundo gol na partida aos 15, após assistência de Neymar.

O Flamengo também chegaria, perdendo um gol imperdível com Deivid sozinho na pequena área, enquanto que Rafael havia feito mais duas grandes defesas. Porém aos 25 minutos, Neymar arrancaria da intermediária, tabelando com Borges, e passando por quem lhe aparecesse pelo caminho, além de encobrir o goleiro Felipe para marcar um 3x0, que naquela altura parecia definitivo, pois raramente os times de Muricy levam mais do que um gol.

Como disse, parecia, pois o meio formado pelos técnicos Arouca, Elano, Ibson e Ganso maximizava a criação e as jogadas ofensivas, porém deixava muito a desejar na marcação, com a equipe se ressentindo do guerreiro Danilo. Os gols perdidos pelo rubro-negro foram apenas um presságio do que estava por vir, e em quatro minutos, Ronaldinho e Thiago Neves aproveitaram-se de dois grotescos erros defensivos do peixe para transformar um definitivo 3x0 para um imprevisível 3x2 em apenas 31 minutos de jogo.

A farra de lances continuaria na primeira etapa, com o Flamengo marcando o que seria o seu gol de empate com Deivid, porém anulado pela sua condição milimetricamente adiantada.

O Santos poderia fazer o quarto, em um pênalti “mandrake” sofrido por Neymar, em um lance cai-cai do atacante e do arbitro, que acreditou em sua fábula. Só não fez, porque Elano bateu displicentemente na forma de cavadinha, tão cavada que o goleiro Felipe não teve a mínima dificuldade para efetuar a defesa e ainda ironizou na forma de embaixadinhas pós-defesa. A ação de Elano ainda causou uma reação, que foi o empate carioca com Deivid escorando uma cobrança de escanteio de Ronaldinho Gaúcho.

Muita coisa a se escrever em um primeiro tempo histórico, cujo segundo tempo transformaria o jogo em épico, com os dois times mantendo os seus rimos frenéticos de ataque.

Logo aos 5. Neymar receberia na entrada da área e com toda a habilidade faria o 4x3 para o peixe. Quatro que poderiam ter virado cinco se Neymar não tivesse perdido uma grande chance.

Já o Flamengo perderia duas grandes chances com Deivid e Thiago Neves antes de empatar aos 22 minutos, com Ronaldinho utilizando toda a sua habilidade e experiência para cobrar uma falta no canto esquerdo de Rafael passando por baixo da barreira, deixando o jogo totalmente frenético, lá e cá, cá e lá, e com ambas as equipes perto do gol, porém pecando no último toque.

Mas ainda havia tempo para que um dos protagonistas fizesse a diferença, desempatando seus escores pessoais e desiquilibrando a favor de sua equipe. E para a alegria dos cariocas, Ronaldinho Gaúcho foi o maestro da partida, recebendo aos 36 minutos um grande passe de Thiago Neves para desviar do goleiro Rafael e formar a histórica virada, que de 3x0 contra virou um 5x4 a favor.

Santos e Flamengo do dia 27/07/2011, válido pela 12ª rodada do Campeonato Brasileiro, entrará para o roll dos grandes jogos da história do Campeonato. Um conto de fadas, uma aula de futebol, que ficará para sempre na memoria de quem teve a oportunidade de assistir.