quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Vitória apertada com clima nostálgico


Nesta quarta-feira, o Inter estreou na Pré-Libertadores diante dos colombianos no Once Caldas. Vitória por um razoável 1x0, em uma partida que foi do luxo ao lixo em 90 minutos, mas que serviu para destacar a fundamental importância de D’Alessandro, melhor em campo, e cuja mais do que provável saída deixou no ar um clima de nostalgia. 

Dorival Júnior manteve o esquema 4-2-3-1 utilizado contra o Novo Hamburgo na última semana, e que deverá ser a formação oficial do time nesta temporada, com o acréscimo dos argentinos D’Alessandro e Bolatti, que aumentou a qualidade e o poderio técnico do time. O primeiro, estava (segundo discurso público) tratando-se de uma lesão, enquanto o volante havia sido preterido no início da temporada, porém retomou a condição de titular.

Ambos tiveram grande contribuição na vitória, com o acréscimo do terceiro argentino Guiñazu. Mas foram dos pés de D’Alessandro as melhores jogadas do Inter na partida, com direito a assistência para o gol da vitória, marcado por Leandro Damião aos 11 minutos de jogo.  Poderia ter marcado mais, em um primeiro tempo quase perfeito e com muitas chances de gols, sempre passando pelos pés de D’Alessandro, que criou inúmeras jogadas e quase marcou aos 30, quando o goleiro Martínez buscou um tiro certeiro em seu ângulo esquerdo.

Na segunda etapa, quando o cansaço físico reduziu o poderio Colorado, D’Alessandro soube quebrar o jogo, segurando a bola e evitando que o time sofresse grandes ameaças do Once Caldas, que detinha o domínio da segunda etapa, porém preferia não correr riscos e relegava-se a manter a posse de bola pelo maior tempo possível.

O jogo reservou partidas discretas de Dagoberto e Oscar, que foram substituídos ao longo da segunda etapa, porém seus substitutos Marcos Aurélio e João Paulo não conseguiram manter a posse de bola no setor ofensivo. Marcos Aurélio teve uma atuação constrangedora, errando na maioria dos lances que fora acionado, chegando a levantar vaias por parte da torcida. Defensivamente o Inter não correu grandes riscos, embora o setor não tenha sido muito exigido.  

Para o jogo da volta em Manizales, o Inter pode empatar por qualquer placar, além de poder até perder por um gol de diferença, desde que o time marque gols. Fica uma pergunta no ar: Com ou sem D’Alessandro? A julgar pelas suas declarações no intervalo e, principalmente, ao fim do jogo, o argentino parece ter feito a sua despedida, trazendo um clima nostálgico nesta importante vitória de 1x0, onde o argentino “comeu a bola”, mas que deixou um clima de despedida, e cuja perda será irreparável para o time. 

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Lista de Inscritos do Inter para a Pré-Libertadores


Nesta segunda-feira, o Internacional divulgou a lista de inscritos para a disputa da Pré-Libertadores, cujo primeiro jogo será nesta quarta-feira contra o Once Caldas (COL) no Beira-Rio.

A lista não apresentou nenhuma surpresa em relação aos nomes que vinham sendo especulados. Dorival Jr. optou por deixar de fora o lateral direito Claudio Winck em detrimento de Zé Mário, deixando Nei sem ter um reserva de oficio, mas com a possibilidade de improvisar Sandro Silva na função.


Sandro Silva é um dos seis volantes inscritos, setor onde o treinador Dorival Jr. exagerou, podendo ter colocado Winck no lugar de um dos volantes, já que o seu esquema utiliza apenas dois titulares no setor.

Caso passe pelo Once Caldas, o clube terá o direito de trocar três nomes, onde deverão ser colocados possíveis reforços que o clube está em negociação, caso do meia Dátolo. 

domingo, 22 de janeiro de 2012

Dupla de Manchester vence jogos-chave

Neste domingo, a dupla de Manchester esteve envolvida nos dois principais jogos da 22ª Rodada, onde ambos venceram seus jogos e acabaram distanciando-se na briga pelo titulo, alijando definitivamente o Chelsea da disputa e deixando o Tottenham necessitar de um binóculo para poder visualizá-los.  


No primeiro jogo do dia, o Manchester City recebeu o Tottenham no Ettihad Stadium. Um jogo importante, já que se confrontavam o líder com o terceiro colocado, separados por cinco pontos.

Devido à importância do confronto, ambos os times entraram com uma postura mais conservadora, congestionando as ações no meio-campo. No início, o esquema 4-1-4-1 proposto por Harry Redknapp para o Tottenham deixava o time consistente no meio-campo, criando enormes dificuldades para o City, que foi encontrar espaços somente na parte final do primeiro tempo, quando Agüero achou espaços entre a linha de quatro jogadores do meio e de Parker, conseguindo jogadas de aproximação com David Silva e Nasri.


O Manchester City, mesmo não sendo indiscutivelmente superior na primeira etapa, conseguiu criar as melhores jogadas de perigo, porém foi na segunda etapa que os Citizens conseguiram impor a sua superioridade, abrindo o placar aos 10 minutos, quando David Silva lançou Nasri, que se projetou em diagonal da esquerda para a entrada da área, chutando forte na saída de Friedel. 


O segundo veio logo depois, com Lescott empurrando no segundo pau uma cobrança de escanteio, que fora desviada por Dzeko no primeiro, representando o início de uma definição no placar, já que o Tottenham parecia ter sentido o gol. Porém o City sentiu os desfalques de Kompany e Kolo Touré, que abriram passagem para o jovem Savić, que vacilou na jogada do primeiro gol do Tottenham, ao não conseguir interceptar um lançamento de Kaboul para Defoe, que ficou livre e driblou Hart com tranquilidade para descontar, marcando o terceiro gol da partida em 5 minutos.

O City sentiu a indefinição defensiva e permitiu que o Tottenham empatasse a partida aos 19 do segundo tempo, em um lindo chute de Bale da entrada da área, após receber de Lennon e encobrir Hart com um chute de chapa. Aos 46, por pouco que Defoe não conseguiu uma incrível virada, depois de nova falha de Savić que permitiu uma jogada de Bale, que cruzou rasteiro para o centroavante, que se tivesse a envergadura de Adebayor, impedido de jogar por uma clausula contratual, teria marcado. Mas o castigo veio no lance seguinte, em um pênalti cometido por King em Balotelli, que havia entrado na segunda etapa no lugar de Dzeko, e que viria a fazer o gol da vitória na cobrança do penal. 


A vitória Citzien deixou o Manchester United sob pressão, já que a diferença ficaria em 6 pontos em caso de tropeço diante do Arsenal. Porém o jogo era no Emirates, e a já desfalcada defesa dos “Red Devils” de Ferdinand e Vidic ficaria sem Phil Jones logo aos 15 minutos de jogo, obrigando a entrada do lateral direito brasileiro Rafael, que se juntou a Smalling, Evans e Evra no sistema defensivo.


O Arsenal dominou a posse de bola nos primeiros minutos, criando algumas jogadas de perigo, enquanto o Manchester só foi entrar literalmente na partida depois que os wingers Nani e Valência, do 4-4-2 britânico usado por Fergusson, aparecessem mais para o jogo. O português passou a levar vantagem sobreo improvisado Djourou na esquerda, e foi neste setor que encontrou Giggs para cruzar na cabeça de Valência, que se projetou em diagonal área adentro para escorar e abrir o placar aos 45 minutos.


Wenger corrigiu no intervalo o problema da sua lateral direita, colocando o jovem Yennaris no lugar de Djourou. O time voltou melhor, assim como fora na primeira etapa, chegando a encurralar o Manchester. Por ironia, veio a conseguir o gol de empate em uma espécie de contra-ataque do contra-ataque, já que o Manchester saia rápido, Vermaelen desarmou Welbeck no campo defensivo, e iniciou uma linda e rápida jogada que passou pelos pés de Oxlade-Chamberlain, que deu uma assistência açucarada para Van Persie empatar.

Para continuar o conjunto de ironias da partida, o treinador Wenger tirou Chamberlain logo após o gol, contrariando a torcida e os próprios companheiros, que pareciam não acreditar na desastrada troca do treinador francês. Para complicar ainda mais, o russo Arshavin que entrou em seu lugar não conseguiu manter o ritmo dado por Chamberlain, que até então era o melhor do Arsenal no jogo, e teve participação no gol da vitória do Manchester, ao ser fintado com enorme facilidade por Valência na direita, que concluiu para uma defesa parcial de Szczesny, e cujo rebote encontrou Welbeck, que escorou para a vitória dos “Red Devils”, que gerou uma sonora vaia da torcida gunner para Wenger tão logo o arbitro Mike Dean encerrou a partida.

A rodada deixou o City com 54 pontos, enquanto o United ficou com 51, em uma briga caseira que deverá ser resolvida na antepenúltima rodada, quando os times se enfrentarão. A vida do Tottenham em nível de titulo ficou complicada, e o time deverá focar no terceiro lugar, que dá uma vaga direta para a Champions League. O time de Harry Redknapp mostra a regularidade que Chelsea, Arsenal e Liverpool ainda não conseguiram impor, e vem, até então, merecendo com folga o terceiro lugar. Já a briga pela ultima vaga para a liga dos campeões promete ser acirrada, visto que o Chelsea não dá sinais que irá deslanchar, enquanto Arsenal e Liverpool tropeçam demais. O Newcastle está no bolo, porém não tem a mesma qualidade dos outros três times. 



sábado, 21 de janeiro de 2012

Recaída e estagnada na tabela


Pelo início da 22ª Rodada da Premier League, o Chelsea voltou a apresentar a inconstância de algumas rodadas e não saiu do zero contra o Norwich no estádio Carrow Road.

Não podendo contar com os marfinenses Drogba e Kalou, que estão a serviço de sua seleção na Copa Africada de Nações, Villas-Boas efetivou Fernando Torres no comando de ataque, além de ter as chegadas de Ramires e Lampard pelo centro, além de Sturridge e Mata pelos flancos, no esquema 4-1-4-1, que ainda tinha Raul Meirelles mais recuado, na primeira posição do meio-campo. 


Os Blues apresentaram desde o início do jogo problemas de armação ofensiva e tiveram poucas chances claras de gols, grande parte após a entrada de Malouda no lugar do lesionado Lampard ainda na primeira etapa, porém não deixaram de consagrar o goleiro canário Ruddy, que teve participação importante para segurar o escore. Quando não conseguiu defender, o goleiro inglês contou com a má fase de Fernando Torres, que recebeu livre um cruzamento rasteiro de Sturridge, porém com todo o espaço do mundo acabou chutando à direita do gol. 

O Norwich fez uma partida mais conservadora, apostando na organização tática e marcação para segurar o Chelsea, além de explorar os contra-ataques. Foram poucas oportunidades, a maioria originada e/ou executada pela dupla ofensiva Morison e Holt, que chegaram a sujar o uniforme de Cech no início da primeira etapa, mas que não trouxeram maiores preocupações ao goleiro Cech ao longo do jogo. 

Com o empate, o Chelsea continua na quarta colocação, ainda na zona de classificação para a Champions League, porém perde a chance de se aproximar do pelotão da frente, além de poder te a proximidade de Newcastle, Arsenal e Liverpool na briga pelo G4.

Movimento antiSOPA/PIPA vence a primeira batalha

Nas últimas 24h, enquanto no Brasil se falava sobre a volta da Luíza do Canada ou do possível estupro no reality show Big Brother Brasil, nos Estados Unidos a pauta era bem mais delicada, e poderia gerar graves consequências para os internautas brasileiros, bem como os de todo o mundo.

No território norte-americano, aonde está concentrado o principal volume de tráfego de redes sociais e de compartilhamento de arquivos, tramitam dois projetos de lei que seriam votados no próximo dia 24 de Janeiro no Congresso Nacional, e cujo objetivo teórico seria de combater a pirataria na internet, porém na prática funcionaria como uma espécie de censura pró-gravadoras e estúdios, e que inviabilizaria a Internet como conhecemos atualmente, centrada em um volumoso tráfego de arquivos multimídia, onde se enquadram jogos, músicas, fotos e vídeos.

Para quem não está ligado, os projetos são denominados SOPA e PIPA. O Stop Online Piracy Art (Ato de Combate à Pirataria Online) visa responsabilizar qualquer serviço online na proteção dos direitos autorais, prevendo investigações e o bloqueio destes que estimulem direta ou indiretamente a pirataria, seja através de compartilhamento de arquivos até conteúdos compartilhados em redes sociais. Já o Protect IP Act (Ato para proteção da propriedade intelectual) é direcionado aos serviços internacionais que disseminem a pirataria e cujos resultados apareçam em sites de buscas ou redes sociais de relacionamentos. A lei obrigaria que os provedores de buscas filtrassem os domínios de sites irregulares e que estejam alocados fora da jurisdição americana, prevendo sanções punitivas aos sites de buscas e mídias sociais.


Se aprovadas, as leis teriam um alto poder punitivo, prevendo até cinco anos de cadeia, em caso de reincidência (dez infrações) durante um período de tempo (seis meses) aos responsáveis. Na prática as leis puniriam qualquer serviço ou operação que estimule direta ou indiretamente a pirataria, além de impedir o acesso ao conteúdo internacional de serviços deste fim, mesmo que seja apenas uma ação publicitária. Por mais que o site ou serviço pertencesse a outro país (Brasil, por exemplo), e este estiver hospedado em um host americano, sofreria as sanções impostas pelo governo.  Já os sites de buscas dificilmente conseguiriam resistir a uma enxurrada de processos e viriam a falir.

As leis, por si só, geraram muitos protestos, cujo maior até então foi no último dia 18 de janeiro, onde a Wikipedia versão americana ficou fora do ar por 24 horas. Outros serviços como o Google e Wordpress também aderiram à campanha, com o serviço de buscas criando uma petição contra a SOPA que chegou a 4,5 milhões de assinaturas.

Porém o ápice foi nesta ultima quinta-feira (19/01), quando o FBI fechou o Megaupload, responsável por 25% do tráfego de troca de arquivos via HTTP, em virtude de promover a pirataria. O serviço já vinha sendo vigiado há algum tempo, e o estopim foi um vídeo promocional feito por vários artistas americanos como Kanye West, will.i.am, P. Diddy, dentre outros,  e que acabou comprando briga com a Universal Music Group, que chegou a censurá-lo via Youtube durante o mês passado.


A atitude de encerrar o serviço neozelandês e de prender o dono Kim ''Dotcom'' Schmitz, soou como o início da grande guerra virtual, chamada por muitos como World War WEB, e cuja resposta deu-se quinze minutos após a desativação do serviço, quando o grupo hacktivista Anonymous resolveu agir, derrubando sites de gravadoras, do departamento de justiça americano e até do FBI.

Paralelo a isso, houve um volume impressionante de protestos nas redes sociais, e o medo de perder a popularidade, fez com que os senadores e políticos passassem a abandonar a causa, dando por vencida a primeira batalha, e adiando por tempo indeterminado a votação que seria no próximo dia 24. Até o presidente Barack Obama apareceu publicamente para vetar o projeto de lei, buscando reduzir o mal estar deixado pelos acontecimentos e pela proximidade de votação da lei.

Pode-se dizer que a primeira grande batalha foi vencida, porém a guerra ainda está longe de ter um fim, devendo apenas ter um intervalo para as próximas etapas. A parte interessada (gravadoras e estúdios) não irá desistir tão facilmente, e encontrarão formas de reformular  as leis para que estas sejam impostas gradualmente até se chegar ao objetivo-fim de combate à pirataria, por mais absurdas que sejam a SOPA e a PIPA.

Porém do outro lado estará o mais forte exercito pela qual o conglomerado interessado nem sonharia enfrentar, e que venderia caro uma derrota e/ou imposição. O Anonymous representa a maioria absoluta dos internautas que visam uma internet livre, sem censura e que possa haver o compartilhamento de informações e arquivos de forma livre.  A internet nasceu com o intuito de ser um território livre e sua origem tem que ser preservada, sob pena de o mundo regredir várias décadas em função de imposições de poderosos.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Nike inova no uniforme 2012/13 do Barcelona

Nesta sexta-feira, o periódico espanhol SPORT.es publicou o projeto de uniforme do Barcelona para a próxima temporada. 


De acordo com a publicação espanhola, o Barcelona já teria aprovado o novo design da Nike, que inovará, retirando as linhas definidas dos últimos uniformes, para intercalara-las em um preenchimento degradê, deixando o uniforme fluorescente.


O recurso também apareceria no uniforme alternativo, que utiliza um tom laranja mais forte na parte superior, e que vai enfraquecendo ao longo do uniforme. Já o uniforme de goleiro não sofreria grandes inovações, em relação ao que já é utilizado.


A novidade parece não ter agradado o torcedor catalão, que lota a caixa de comentários da notícia para criticar a “inovação” da Nike. Também não me agradou, visto que prefiro um design mais tradicional, preservando a identidade do clube, e deixando-o acessível até ao mais conservador torcedor do clube, pois o sucesso mercadológico está diretamente ligado ao gosto do consumidor. 


Será que esse design  será utilizado mundialmente pela companhia norte-americana? 

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Vitória no início da era pós-D’alessandro


O Inter estreou na temporada 2012 com vitória de 1x0 contra o Novo Hamburgo no Estádio do Vale. Vitória que valeu pelo resultado, visando dar moral ao time que busca o entrosamento necessário para a estreia na Pré-Libertadores diante dos colombianos do Once Caldas, além de iniciar positivamente uma nova era, que não terá mais o referencial do meia argentino D’Alessandro, em saída eminente para o mercado chinês.

O gol de Oscar aos 11 minutos de jogo, após uma falha grotesca do goleiro Eduardo Martini, deu a vitória pelo escore magro de 1x0. A jogada foi em um rápido contra-ataque puxado por João Paulo, que lançou Oscar e que ficou ao alcance de Martini, porém o ex-goleiro gremista ao afastar a bola chutou em cima do meia, que teve todo o espaço e tranquilidade para concluir ao gol vazio.

No mais, o Inter criou muito pouco ao longo dos 90 minutos. O time teve dificuldades para adentrar-se na área do Novo Hamburgo, mostrando ainda falta de entrosamento e um nível de preparo físico longe do ideal, nada anormal para um inicio de temporada, e que deverão ser aperfeiçoados ao longo dos dias de trabalho e com um número de jogos na bagagem.  No segundo tempo, o problema ficou ainda mais evidente, com o Noia mandando no jogo, mas sem o sucesso de conseguir o gol de empate.



Taticamente, Dorival Jr. escalou o time em seu famoso 4-2-3-1, com Josimar e Guiñazu formando a linha de volantes, enquanto Oscar, João Paulo e Dagoberto formavam uma linha mais ofensiva, enquanto Damião ficava mais à frente no comando do ataque. Na teoria, quando o time estivesse com a posse de bola e em vias de atacar, Oscar pela direita e Dagoberto pela esquerda deveriam avançar, formando um trio ofensivo com Damião, porém pela falta de treinamento e sequencia essa evolução não ocorreu de maneira satisfatória, deixando o goleador colorado isolado no comando do ataque.

Outro problema crônico e que fora apresentado contra o Noia foi a D’Alessandro dependência, porém o meia está em vias de se transferir para o futebol chinês, que acenou com uma proposta milionária para o jogador e também para o clube, já que o passe do meia argentino está vinculado a um investidor Colorado que deseja recuperar o investimento feito no jogador em 2008. Apesar do discurso político de Luigi, que fala em manutenção do jogador em quando a transferência não for efetivamente sacramentada, o vice-presidente de futebol Luís Anápio Gomes foi realista, praticamente confirmando o desfecho da negociação, que deverá ser formalizado na próxima sexta-feira.

Sem D’Alessandro, o Inter corre para o mercado e busca outro argentino, Dátolo, com grande passagem pelo Boca Juniores entre 2006 e 2008, mas que ainda não teve brilhantismo no futebol Europeu. O jogador não se firmou no Napoli e no Olympiakos, e atualmente ostenta a reserva do Espanyol, onde raramente é utilizado. Já são três temporadas sem ter uma sequencia de jogos, o que poderá ser perigoso ao Inter, além do jogador não ter as características de D’Alessandro, já que não é um armador, preferindo jogar nos flancos como um ponta. 

João Paulo não mostrou ter envergadura para substituir D’Alessandro, já que não tem a característica de armador.  Apesar de ter participado do lance do gol, o meia teve enormes dificuldades contra o Noia, e foi substituído por Gilberto na segunda etapa. Oscar deverá fazer a função mais centralizada que era de D’Alessandro, apesar de ter jogado atuado bem na ponta direita no jogo desta última quarta-feira. Os raros avanços dos laterais também prejudicaram a evolução ofensiva do time, já que a linha ofensiva tinha dificuldades para trabalhar a bola contra a marcação adversária.

As outras alterações de Dorival contra o Novo Hamburgo foram as entradas de Jõ e Bolatti nos lugares de Dagoberto e Josimar. Não consigo aceitar ver o argentino na reserva de Josimar, que fez apenas uma partida discreta, chegando atrasado a algumas jogadas, e que por pouco não deixou o time com um jogador a menos. Bolatti entrou bem e nos cerca de 15 minutos em que atuou, mostrou melhor volume de jogo do que os 75 apresentados por Josimar.  Jô também entrou bem no lugar do discreto Dagoberto, e por pouco não marcou um bonito gol, quando recebeu de Kléber na entrada da área, fintou o zagueiro e chutou no canto de Martini, que fez uma excepcional defesa.

As entradas de Gilberto e Jô mostram que Dorival quer o Inter com três atacantes quando está com a bola, porém dois destes devem recuar para formar uma linha de três meias quando o time não tem a posse de bola. Com Oscar e Dagoberto, a evolução para o ataque ficou comprometida pela insuficiência, enquanto que com Jô e Gilberto, o excesso acabou comprometendo o balanço do meio-campo, já que ambos tinham dificuldade para voltar. Com o tempo de trabalho, esse problema será resolvido.

No próximo domingo o Inter jogará com um time reserva contra o Avenida em seu segundo jogo pelo Gaúchão. Está certo o clube em poupar os jogadores para não haver desgaste excessivo e lesões, porém o time titular jogará contra o Once Caldas na próxima quarta-feira depois de apenas ter realizado apenas um jogo oficial. 

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Temporada 2012 começa com sensação de Déjà vu


O mês de Janeiro encaminha-se para a segunda quinzena, e traz consigo o início da Temporada 2012 do Futebol Brasileiro, apresentada inicialmente pelos famigerados estaduais, além da Libertadores da América e da Copa do Brasil para os clubes que não conseguiram se classificar para a principal competição sul-americana de clubes.

Dos cerca de dez anos na qual acompanho com maior proximidade o futebol brasileiro, é a primeira vez que vejo um início de temporada com poucas mudanças e novidades entre os grandes clubes, o que dá a impressão de que nos próximos dias vivenciaremos a continuidade da temporada 2011, após um breve período de recesso.

Ocorre no país uma espécie de planejamento não planejado.  Tal paradoxo é explicado pela baixa movimentação do mercado europeu, influenciada pela forte crise financeira no continente e que respingou nos milionários clubes europeus, deixando-os sem a liquidez convencional para investir em apostas, com alguns clubes usando a criatividade e investindo apenas em contratações cirúrgicas. Não há como negar que os jogadores que atuam no país são considerados como meras apostas para o mercado europeu, não valendo o risco de um investimento significativo. 
  
Outro fator preponderante é o “milagre econômico” que o futebol nacional está vivendo, explicado pelo crescimento econômico do país no cenário internacional, aliado com o aumento das quotas da TV, que inflacionaram e supervalorizaram os salários e os direitos econômicos/federativos dos atletas, alijando-os da rota de transferências internacionais e locais, visto que no país não há um planejamento estratégico para transações significativas entre clubes locais, a não ser que haja a anuência de algum clube em liberar algum jogador, que geralmente não faz parte dos planos, seja por deficiência técnica como por desgaste com o grupo, treinador ou torcida.

Em uma visão geral, o clube que melhor contratou quantitativa e qualitativamente foi o Grêmio, ao buscar nomes como Marcelo Moreno (Shakhtar Donetsk), Kléber (Palmeiras) e Léo Gago (Coritiba), além de trocar o comando técnico com a chegada de Caio Júnior e buscar outras aquisições importantes para complementar o elenco, como Carlos Eduardo  e Giuliano. Outro que precisava de reforços e contratou bem foi o São Paulo, recorrendo ao mercado nacional e garantindo o lateral esquerdo Cortês (ex-Botafogo), o volante Fabrício (Cruzeiro), o zagueiro Paulo Miranda (Bahia) e os destaques do Figueirense Edson Silva (zagueiro) e Maicon (meio-campo). Para comandar o meio-campo do time de Leão veio o selecionável Jadson vindo do Shakhtar Donetsk. Ambos os tricolores pintam como favoritos para a Copa do Brasil, isso se seus treinadores consigam entrosar o time com os novos reforços ao longo dos estaduais e das fases preliminares da Copa do Brasil.

Para a Libertadores, Corinthians e Santos mantiveram seus principais jogadores. O Timão pôde dar-se ao luxo de escalar no amistoso deste domingo contra o Flamengo o mesmo time que foi pentacampeão Brasileiro na temporada passada, além de qualificar o elenco com as chegadas do atacante Elton (Vasco) e do meia Victor Júnior (Atlético-GO). Elton foi a grande defecção do elenco cruzmaltino, que até agora ganhou apenas Thiago Feltri (Atlético-GO), Rodolfo (Grêmio) e o desconhecido argentino Matías Abelairas (River Plate) como reforços. 

O Internacional perdeu apenas algumas opções questionáveis de grupo e ainda trouxe Marcos Aurélio e Dagoberto, enquanto o Flamengo perderá Thiago Neves para o Fluminense, além de conviver com a falta de dinheiro para reforços e do atraso salarial de cinco meses de Ronaldinho, que ameaça deixar o clube. Em contrapartida o Fluminense aparece ao lado do Santos como  o brasileiro mais forte para a  competição sul-americana, pois manteve os principais jogadores e ainda contratou o ex-cruzeirense Wagner para o meio-campo e Jean (São Paulo) para o meio ou lateral direita. Basta ao time de Abel Braga manter a regularidade que lhe deu a melhor campanha do segundo turno e o terceiro lugar no campeonato.

Para a temporada, alguns grandes clubes preocupam, como os mineiros Atlético-MG e Cruzeiro, que foram salvos do rebaixamento em 2011 pelo gongo, além do Palmeiras e Botafogo. Outros clubes de fora do eixo RJ/SP/MG/RS como Coritiba, Atlético-GO e  Figueirense sofreram com desmanches em seus elencos, e necessitam da criatividade de seus dirigentes para repetir as boas campanhas de 2011. 

No geral, a temporada 2012 será marcada pela continuidade, tanto do elenco quanto dos treinadores. Aos poucos os clubes caem na real que o país está mal servido de bons treinadores, pensando milhares de vezes antes de terminar com um trabalho, gastar milhões em rescisões para continuar da mesma forma com outro nome. Poucos treinadores tem um curriculun vencedor e dificilmente são liberados pelos seus atuais clubes. Na questão grupo, os dirigentes começam a se dar conta que um elenco numeroso não necessariamente o torna qualificado. Os clubes começam a enxugar seus elencos, buscando otimizá-los para aumentar a qualidade sem comprometer a folha de pagamento. É o primeiro passo para tenta a europeização, ainda que esta esteja do outro lado do oceano em distância. 

E lá vamos nós para mais um ano de futebol brasileiro...

sábado, 14 de janeiro de 2012

Voltando a postar com a Premier League

Depois de alguns dias sem postar, em virtude do fim de ano e pausa dos principais eventos esportivos, volto a escrever no blog, e o primeiro assunto de 2012 é referente à Premier League.

Neste Sábado, teve início a 21ª Rodada do certame inglês, com a realização de sete jogos no mesmo horário, o que acabará dificultando a análise dos times, visto que tive que optar por um jogo, no caso o do Manchester United que recebeu o Bolton.



Os “diabos vermelhos” enfrentaram o Bolton em Old Trafford, e contaram com a retomada em grande estilo do ex-aposentado Paul Scholes, que abriu a vitória por 3x0 sobre os Trotters. Jogador da confiança de Fergusson, o meia aceitou o desafio de abandonar a aposentadoria iniciada ao fim da última temporada (Maio 2011) para ajudar o único clube que defendeu em sua carreira e que passa por problemas no setor em virtude de constantes lesões e de falta de opções que caibam no orçamento do time para esta janela de Janeiro, visto que a crise econômica assola fortemente a Europa, inclusive respingando no terceiro maior clube em arrecadação do mundo. 

Scholes fez uma partida discreta, marcando presença principalmente na primeira etapa, iniciando algumas jogadas e marcando o gol já aos acréscimos da primeira etapa depois de uma assistência de Rooney, este que havia perdido um pênalti minutos antes e que fora bem defendido pelo goleiro Bogdán. O jovem goleiro húngaro foi responsável pelo placar de 3x0, visto que poderia ter sido maior, tamanho domínio do Manchester no jogo. 

Na segunda etapa, com as alterações de Fergusson que colocou Giggs e Park nos lugares de Scholes e Nani, o Manchester construiu o escore um gol de Welbeck, que recebeu a segunda assistência de Rooney na partida e na hora da conclusão acabou se lesionando e o impedindo de comemorar o seu gol.  Carrick completou a vitória em um chute colocado de fora da área, após receber um bom passe de Giggs. 

A vitória deixou o Manchester United igualado em pontos com o rival City, porém perdendo no saldo de gols e com um jogo a menos que os Citizens, que entrarão em campo pela 21ª Rodada apenas na segunda, quando enfrentam o Wigan. A dupla de Manchester segue favorita ao titulo, porém ganhou a companhia do Tottenham, que apesar de ter tropeçado em casa contra o Wolves, continua dois pontos atrás.

Já a briga pelo quarto lugar segue acirrada, com o Chelsea ganhando uma confortável vantagem depois da vitória de 1x0 diante do Sunderland, mas com a ressalva que o Arsenal joga neste domingo e poderá ficar 1 ponto atrás dos Blues em caso de vitória diante do Swansea. O Liverpool tropeçou em casa contra o Stoke City e ficou para trás na tabela. 

Apesar de não ter postado, acompanhei por cima a semana do Boxing Day, marcada pelos tropeços dos times que ocupam os primeiros lugares. Nenhum time passou intacto, e acabou perdendo pontos importantes para deixa-lo em vantagem para o restante do campeonato, o que acaba comprovando o equilíbrio do campeonato, apesar de elencos ricos como os de Manchester City e Chelsea.  Este equilíbrio ainda deverá trazer reviravoltas ao campeonato que tinha tudo para ser do Manchester City, porém os Citizens não conseguem abrir vantagem, permitindo que o United e Tottenham se aproximem, apesar das suas limitações de elenco.