quinta-feira, 30 de junho de 2011

Galo ao Chocolate

O Internacional finalmente desencantou no Brasileirão. Depois de vencer o Figueirense em casa por 4x1, foi até Sete Lagoas, e novamente colocou outra vitima de quatro, desta vez o Atlético-MG, que ficou inofensivo diante de tamanha eficácia ofensiva, que colocou o Inter como o melhor ataque do Brasileirão, com 16 gols.

Durante os 15 primeiros minutos, o Inter literalmente amassou o Galo, com Zé Roberto desiquilibrando tecnicamente, servindo Damião duas vezes, uma aos 3, quando o centroavante perdeu dentro da pequena área quando o goleiro Renan já estava batido, e no outro, aos 8, quando recebeu na entrada da área e não conseguiu desviar do goleiro, que acabou fechando bem o canto. Damião teria sua terceira chance aos 13, enquanto que D’Alessandro teria a quarta e última grande chance do Inter nestes 15 minutos iniciais, que poderiam ter decretado uma vitória parcial Colorada.

Passado o susto, o Galo conseguiu encaixar a marcação, contando também com o fim do gás dos jogadores do Inter, o que deixou o jogo equilibrado. O Atlético até chegou mais até o fim do primeiro tempo, porém era mais em lances de bola parada e em chutes fracos em cima do goleiro Muriel, que efetuou defesas com segurança. A melhor chance do Atlético foi aos 34 minutos em uma escapada de Patric pela direita, que cruzou para Guilherme na pequena área, que acabou perdendo o tempo da bola e não conseguiu a finalização.

No segundo tempo, o Atlético começou assustando com uma bola no travessão com Daniel Carvalho, porém os primeiros minutos foram novamente do Inter. Dessa vez, a equipe soube aproveitar as finalizações, construindo a vitória em dois minutos, quando Damião aproveitou um rebote do goleiro Renan em falta cobrada por D’Alessandro aos 9, e no minuto seguinte, Zé Roberto aparou de cabeça um cruzamento preciso de Kléber para marcar o segundo.

Falcão recuou o Inter, buscando explorar os contra-ataques. O Atlético-MG parecia um amontoado de jogadores, que tentava atacar, mas desordenadamente e deixando espaços atrás, por onde o Inter aproveitou, construindo a goleada. Aos 30, Oscar puxou um contra-ataque mortal, servindo D’Alessandro que apenas desviou do goleiro Renan. Já aos 34, foi a vez do garoto coroar a sua grande atuação, ao pegar o rebote da defesa atleticana após um chute de Damião, e chutando colocado para marcar o quarto gol do Inter.

O que era um jogo, se transformou em um recreativo, com o Internacional colocando o Altético Mineiro na roda, para a ira de sua torcida, que gritava “olé” a cada troca de passe Colorada, além de insultar o presidente que teve que deixar as dependências devido à pressão da torcida, que também xingava com palavras de baixo calão o treinador Dorival Jr., tido como principal responsável pela má fase do Galo.

Enfim, o Inter se encontrou no campeonato. O ataque voltou a funcionar, marcando oito gols nos últimos dois jogos, justamente quando Oscar foi empossado como titular. A equipe segue invicta fora de casa, bastando apenas criar uma regularidade em casa, para figurar entre os lideres da competição.

PNBL celebra a promíscua popularização da Banda Larga

Depois de muita guerra e queda de braços entre governo e as operadoras de telefonia, firmou-se um acordo para o Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), que visa popularizar o serviço aos brasileiros, na qual a operadora se compromete a fornecer a velocidade de 1Mb (Megabit) à população pelo valor de 35 reais, tanto em telefonia fixa, quanto móvel.



O governo sequer conseguiu emplacar ao acordo uma série de imposições no que diz respeito à qualidade, com as operadoras escapando da obrigatoriedade de garantir o mínimo de 40% da velocidade contratada, e em três anos, aumentá-la para 70%. As operadoras ficariam livres a fornecer o serviço, sem nenhum padrão de qualidade determinado, e podendo impor restrições, como o limite de download por exemplo.

Na prática, este acordo serviria como uma esmola ao proposito inicial da PNBL, que visava fortalecer a Telebrás, com esta tendo uma rede capaz de atender aos mais pobres, onde as empresas de telefonia não prestassem o serviço ou não tivessem condições de popularizá-lo.

A ideia inicial, concebida pelo então presidente Lula, era de criar uma rede estatal neutra de transporte de dados, de forma que não houvesse ligação tecnológica e de preços com as operadoras, comprando briga com estas.

Mudou o governo, e Dilma, mesmo pertencente à situação, mudou a ideia, preferindo uma aproximação e dialogo com as operadoras, lhes concedendo o direito de prover o serviço, de acordo com as modestas regras estipuladas pelo governo e que visam apenas um preço e velocidade definidos, porém sem nenhum parâmetro de avaliação de qualidade e de infra-estrutura.

O que ocorrerá será a promiscualidade da banda larga no Brasil, que terá uma velocidade baixa a um preço popular, sem nenhum padrão de qualidade e inchando o cadastro de clientes das operadoras, que hoje, sem a PNBL, não conseguem prover um serviço de qualidade, devendo desqualificar ainda mais o serviço quando for imposto o plano, pois sem regulamentações no que diz respeito à qualidade e tendo a imposição de fornecer o serviço a um preço baixo, não teria o interesse em investir em melhorias.

Fim de uma era

Falta apenas oficializar, mas Renato Gaúcho não é mais treinador do Grêmio.

O treinador não resistiu aos maus resultados e atuações de seu Grêmio, tendo no empate no Olímpico diante do lanterna Avaí o estopim para a sua saída, que tomou forma depois da declaração de Odone, prometendo decisões para a quinta-feira, onde marcaria uma reunião com os dirigentes, não garantindo a permanência do treinador.

Fora contratado a peso de ouro, buscando a retomada do bom relacionamento entre a direção e a torcida, que andava com um grande sentimento de desconfiança perante o clube por uma década sem grandes títulos, com alguns grandes fracassos. Renato, velho ídolo gremista, veio como um elo para retomar a identidade do clube, fidelizando novamente os torcedores para promover o crescimento do clube no futebol e na parte comercial.

Seus 11 meses de tricolor proporcionaram altos e baixos, com a equipe terminando a temporada 2010 com a melhor campanha do segundo turno, proporcionando a recuperação necessária para que a equipe se classificasse para a Libertadores deste ano.

No entanto, Renato Gaúcho perdeu jogadores, não tendo a reposição adequada. Paralelo a isso, lidou com problemas crônicos em sua equipe, não sanados pela falta de qualidade no elenco, e também por suas escolhas equivocadas em relação a jogadores e esquema, que acabou formando um desgaste com a torcida e diretoria, e cujo ápice fora durante a eliminação na Libertadores e perda do Campeonato Gaúcho frente ao rival Internacional.

Ainda viria a se indispor com algumas peças do elenco com suas declarações fortes, forçando a saída de jogadores como a de Borges, por falta de clima após, críticas publicas contra o jogador, que era então a melhor peça ofensiva da equipe.

Encerrou seu ciclo, não adiantando ao Grêmio prolonga-lo com a desculpa da estreia dos reforços, que na pratica apenas seria uma forma de abdicar uma possibilidade de reação imediata, pois é início de campeonato e as equipes ainda encontram-se agrupadas.

Agora resta à direção procurar a melhor alternativa para assumir o cargo, de forma que encaixe com o atual grupo e com os reforços que poderão vir. O Grêmio não tem um elenco ruim, sendo este irregular, apresentando posições muito carentes e que acabam contagiando o time num todo. As opções são escassas, assim como a qualidade de técnicos, porém basta ao clube buscar uma solução eficiente e que agrade ao torcedor.

Atualização

Quarta 8 ou 80; Desencantos e Decepções

A quarta-feira do Campeonato Brasileiro fora marcada por altos e baixos das equipes e dos atletas. Enquanto Ronaldinho Gaúcho, Cruzeiro mostraram suas superações e o Corinthians tomou a liderança, a rodada ainda reservou baixas, sobretudo aos técnicos Carpeggiani e Renato Portaluppi, que terminam a rodada ameaçados em seus cargos.

O grande vencedor da noite foi o Corinthians, que foi até Pituaçu enfrentar um esfacelado Bahia, que não contou com 11 jogadores. Porém, mesmo assim, não foi fácil o jogo, com o Bahia criando imensas dificuldades ao Corinthians, que fez o gol da vitória em um pênalti bobo cometido pelo goleiro Marcelo Lomba em Liedson, e que fora convertido por Chicão. Depois, o alvinegro paulista contou com o goleiro Júlio César, que fechou o gol, também contando com os erros de finalização do Bahia e ainda com a anulação de um gol de Fahel pelo árbitro Sandro Meira Ricci por impedimento. Vitória que deu a liderança ao Timão, com 16 pontos e um jogo a menos.

Menções honrosas também ao Cruzeiro e a Ronaldinho Gaúcho.

A Raposa foi até o São Januário enfrentar o Vasco e não tomou conhecimento dos cruzmaltinos, que há pouco foram campeões da Copa do Brasil. Entrou com a postura de venerar um empate fora de casa, levando uma esperada pressão do Vasco. Quando teve a chance, a Raposa abriu o placar com Leandro Guerreiro escorando um escanteio cobrado por Montillo. O argentino voltou a mostrar o grande futebol que lhe destacou em 2010 ao marcar o segundo em uma jogada individual, enquanto o terceiro ficou por conta de uma penalidade bem cobrada por Roger, quando o Vasco era só ataque e totalmente desordenado.

Já a maior esperança rubro-negra devido aos dígitos recebidos no contracheque voltou a se destacar, já começando a dar o retorno esperado. Ronaldinho Gaúcho comandou a vitória do Flamengo em um vira-vira-virou em Sete Lagoas, já que o rubro-negro saiu na frente, justamente em uma falta cobrada pelo craque R10 na entrada da área como se fosse com a mão. Porém o Flamengo vacilou, permitindo a virada do América em duas falhas defensivas em lances de bola parada, bem aproveitados por Anderson e Alessandro. Porém Luxemburgo modificou a equipe para a segunda etapa, conseguindo o empate com Deivid, e a virada novamente com Ronaldinho Gaúcho, quando o adversário já estava inferior numericamente. Segunda vitória consecutiva do Flamengo, que superou a fase de empates consecutivos, que gerou um principio de grande crise na Gávea.

Porém há o lado 8 da força, com os treinadores Renato Portaluppi e Carpeggiani correndo risco.

O São Paulo mostrou-se abalado depois da derrota achocolatada diante do rival Corinthians no último fim de semana. Pegou um embalado Botafogo, que de tão a vontade, se sentia jogando em casa e pressionando o rival paulista em pleno Morumbi. Quando o São Paulo parecia equilibrar a partida, levaria o primeiro gol do Botafogo, depois de Jean perder displicentemente uma bola no meio-campo, que terminou em mais uma grande falha de Rogério Ceni em chute de Elkeson já na parte final do primeiro tempo. No segundo, não houve nem tempo de reação, pois Luiz Eduardo cometeria um pênalti em Maicosuel, bem cobrado por Herrera. Sem opções, Carpeggiani colocou Rivaldo, que até melhorou o São Paulo, porém não a ponto de comandar uma reação e frear a queda da equipe na tabela, que já ameaça o treinador.

Outro com a corda no pescoço e que poderá cair nesta quinta-feira é Renato Gaúcho. O Grêmio mostrou os mesmos defeitos apresentados nas últimas atuações, e não conseguiu vencer o então lanterna Avaí no estádio Olímpico. Saiu perdendo por 2x0, buscou o empate, porém ficou a má impressão pela total ineficiência em campo. Já contando com os reforços, o treinador não deverá ter vida longa no Estádio Olímpico, visto que o treinador não consegue realinhar a equipe, buscando soluções para problemas crônicos apresentados desde o inicio da temporada, respingando nos resultados e no ânimo da torcida, que já cobra de forma veemente a direção. Sem saída, não seria uma surpresa uma demissão nos próximos dias, de modo que a crise ainda fique sob controle.

Já em um meio termo, contrastando com a ideia do post, enquadram-se Figueirense e Santos, que se enfrentaram em uma gelada noite em Florianópolis. Bastante desfalcado em função da Seleção Brasileira, além de estar ressacado pela conquista da Libertadores, o Santos teve problemas diante do organizado Figueirense, que foi melhor durante a maior parte do jogo, vencendo com naturalidade o adversário. Aloísio fez os dois gols dos catarinenses, enquanto Rychely fez o santista. O Figueirense subiu ao G4, com uma brilhante campanha inicial de 13 pontos e quatro vitórias.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Empate (des)zicador

Nesta quarta-feira, o Grêmio ficou no empate em 2x2 jogando no Estádio Olimpico diante do Avaí. Resultado para cair a casa em condições normais, porém que ficou de bom tamanho devido à atuação vexaminosa da equipe, que ainda teve condições de buscar a igualdade já nos acréscimos.

Em campo, a expectativa recaia sobre a volta de André Lima ao comando de ataque, além da opção Miralles, que começou no banco de reservas. Era um novo ataque, tido como o setor mais deficiente da equipe na temporada.

Porém a troca de peças em nada adiantou, pois não solucionou os problemas de sempre, que estão localizados no meio-campo, e que vieram a toda novamente contra o Avaí. A formação em losango com Rochemback, Magrão, Lúcio e Douglas mostrou-se, mais uma vez, burocrática e sem criatividade, não conseguindo municiar os atacantes André Lima e Leandro.

Para piorar, a defesa teve uma atuação constrangedora, com Mário Fernandes falhando o posicionamento em cobrança de escanteio aos quatro minutos, que deixou Welton Felipe escorar com liberdade para Grohe rebater, para Gustavo Bastos abrir o placar no rebote. Por pouco este gol contra não transformou-se em mais, com a defesa novamente furando e William e Romano tendo grandes chances para marcar. Só não marcaram graças ao goleiro Marcelo Grohe, que fez duas grandes defesas.

Na frente, o Grêmio pouco assustou, dependendo das bolas paradas oriundas de escanteios ou faltas cometidas próximas à área pelos afoitos marcadores do Avaí. Conseguiu colocar duas bolas na rede, ambas em cruzamentos de Rochemback, sendo o primeiro um gol mal anulado de André Lima pelo árbitro Cláudio Mercante. Já o segundo, marcado por Leandro, houve o impedimento do centroavante gremista na origem da jogada.

Renato Gaúcho teve tempo no intervalo para realinhar o posicionamento da equipe, além de promover a entrada de Escudero no lugar de Lúcio, que literalmente não entrou em campo. Tudo parecia conspirar a favor do Grêmio com a expulsão de Batista, que atingiu Rochemback com o braço pelo alto, levando um correto cartão vermelho por agressão.

Porém logo depois, o Avaí viria a marcar o seu segundo gol, desta vez com Robinho aproveitando uma furada de Rochemback em meio à área, após uma cobrança de escanteio, para finalizar no canto de Grohe. Imediatamente Renato Portaluppi colocou Miralles, que juntamente com Escudero, deram uma nova movimentação ao tricolor.

O Avaí não deixava de atacar, explorando os espaços cedidos pelo Grêmio nos contra-ataques. Por pouco não marcou em chutes de Bruno Silva. O Grêmio começava a perder gols pela precipitação nas finalizações e pelas grandes defesas do goleiro Aleks, mas acabou ganhando uma compensação do árbitro, que marcou um pênalti em Escudero, quando o atacante gremista simplesmente se atirou depois de passar por Daniel, em um lance válido de cartão amarelo por simulação. Douglas precisou cobrar duas vezes para empatar.

Porém logo depois, o próprio Douglas tratou de esfriar o jogo sendo expulso por reincidência de reclamação. Mas o Grêmio seguiu tentando o empate, chegando a colocar uma bola na trave com Rochemback. Foi conseguir somente aos 49 minutos do segundo tempo com Rafael Marques, após um bate-rebate dentro da área do Avaí, finalizando o placar de 2x2.

A recuperação não apaga a decepcionante atuação desta noite no Olímpico. O Grêmio mostrou-se deficiente, e suas deficiências o deixaram uma equipe batível até pelo lanterna do campeonato. Só não foi, de fato, por uma ironia do destino, que acabou zicando a equipe catarinense, que foi altamente prejudicada pela arbitragem, que no fim das contas acabou compensando o Grêmio.

Informações e Palpites da Sétima Rodada

Nesta quarta, começa a sétima rodada do Brasileiro, a primeira em meio de semana. Nem todas as equipes disputaram as seis partidas até então, em um campeonato liderado pelas equipes do eixo Rio/São Paulo, donas de sete das oito primeiras colocações.



O principal jogo da rodada é nesta noite, com o abalado São Paulo enfrentando o motivado Botafogo no Morumbi. Enquanto o São Paulo vem de um chocolate de 5x0 no clássico paulista diante do Corinthians, o Botafogo vem motivado com sete pontos nos últimos três jogos. Se o tricolor paulista volta a contar com Juan e Rodrigo Souto, acabou perdendo Welligton e Carlinhos Paraíba suspensos, além de Daboberto que foi liberado para acompanhar o nascimento de seu filho. Desfalques também são vistos no Botafogo, que não contará com Marcelo Mattos, além de Jefferson, Arévalo e Loco Abreu que já estão há alguns dias à disposição de suas seleções nacionais para a disputa da Copa América. Um mau resultado, poderá decretar uma grande crise na equipe do Morumbi.

Outros jogos interessantes da rodada serão também protagonizados por paulistas. O Corinthians vai até Pituaçu enfrentar o desfalcado Bahia. Ao todo, contando suspensões, lesões e questões contratuais, Renê Simões não poderá contar com 11 jogadores diante do combalido Corinthians, motivado pela goleada no clássico paulista. A equipe de Tite poderá se sagrar a nova líder do Brasileirão caso vença e conte com um tropeço do São Paulo, mesmo tendo um jogo a menos que o concorrente. Já o terceiro colocado Palmeiras recebe o Atlético Goianiense no Canindé, em busca de colar em São Paulo e Corinthians na briga pela liderança. Felipão não contará apenas com Valdivia, a serviço da seleção Chilena. A equipe busca apagar a má impressão que ficou depois da derrota diante do Ceará, enquanto um empate para o Atlético-GO não será ruim, já que a equipe está no meio da tabela.

Ainda há o duelo inter-regional entre Vasco e Cruzeiro, onde ambas as equipes desejam continuar vencendo para adquirir uma boa sequencia, assim como Atlético-PR, Atlético-MG, América-MG e Grêmio querem recuperar-se, enfrentando respectivamente Fluminense, Internacional, Avaí e Flamengo. E por ultimo, ainda há os duelos entre Coritiba e Ceará, com ambas as equipes buscando recuperação, e Figueirense e Santos, onde a equipe catarinense busca manter a boa fase enquanto o Santos pretende subir na tabela, já que finalmente debuta no campeonato.

Em relação a transferências, a rodada também servirá para ver a escalação dos jogadores, já que são possíveis as transferências entre clubes de jogadores que foram relacionados apenas seis vezes, e uma sétima escalação impossibilitaria o jogador de atuar em outra equipe de Série A.

Palpites da Rodada

RADAMESORTIZFC no CartolaFC - Rodada7

A partir desta rodada, começo a compartilhar aqui no Blog o meu time no CartolaFC. Começamos com a equipe da Rodada 7


terça-feira, 28 de junho de 2011

Seleção Numerada

Eis a numeração oficial da Seleção Brasileira para a Copa América



Observações:
  • Nenhuma grande surpresa no time titular
  • Pato iniciará como titular no ataque ao lado de Neymar e Robinho
  • Ganso confirmado como o organizador e "camisa 10"
  • Ramires começa como titular, mas acredito em Elano ganhando a vaga
  • Esquema tende a ser o 4-3-3, com Neymar pela esquerda e Robinho pela direita

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Cry Me a River

Neste domingo, enquanto estava atento ao Campeonato Brasileiro, o River Plate decidia a sua vida no Argentino, na Promoción, em um confronto contra o Belgrano, que acabaria decretando seu primeiro descenso da história diante de sua fanática torcida.

Se no Brasil, uma sucessão de pequenos grandes equívocos podem levar um clube ao descenso, na Argentina a relação é ainda pior, pois a cada fim de temporada o descenso é calculado sobre uma média pontos/jogos das três últimas temporadas, ou o tempo em que as equipes que recém se promoveram encontram-se na primeira divisão. Pior ainda é o fato de haver uma segunda chance para a 18º pior equipe em média, que disputaria a Promoción contra a 3ª equipe da Primeira Nacional B, com o segundo jogo em casa e vantagem de resultados iguais.

Dentro de tal cenário, o rótulo de incompetência soaria como um elogio para uma equipe grande cair, porém neste caso específico, o River Plate pagou um preço caro pelas más campanhas nas temporadas anteriores, quando dissolveu seu time em negócios obscuros, vendendo jogadores a preço de banana e marcando em campo poucos pontos.

Nesta temporada, o presidente Daniel Passarella trouxe alguns reforços interessantes como os atacantes Caruso e Pavone, além do zagueiro Maidana e do goleiro Carrizo. A campanha não era ruim, com a equipe ocupando a vice-liderança por algumas rodadas mirando o então líder Vélez Sársfield, porém quando surgiu a possibilidade de descenso, a equipe caiu drasticamente de produção, levando-a ao rebaixamento.

Em nível de comparação, das 19 rodadas do Clausura, na 12ª o River estava na segunda posição, há dois pontos do líder Vélez. Porém surgiu a ameaça, e a equipe sentiu, com jogadores vacilando em momentos vitais, o que fez a equipe somar apenas 4 pontos nos 7 jogos restantes, terminando em 9º o clausula e em 18º no sistema de pontos do rebaixamento, ainda tendo a chance de defender a sua vaga na Promoción, por onde levou 2x0 do Belgrano na primeira partida e empatou em 1x1 neste domingo no Monumental.

Mas nem a Promoción salvou. O River está rebaixado pela primeira vez em seus 110 anos de história. As autoridades ligadas à segurança ventilavam essa possibilidade, limitando em 45mil ingressos destinados à venda. Porém o estádio superlotou, com um publico próximo à 60mil, que transformaram um clima de angustia e sofrimento em uma guerra mesmo antes do apito final, depredando o estádio e arrancando qualquer pedaço que pudesse ser transformado em arma para atirar em direção aos jogadores, que atônitos, ficaram um tempo retidos no centro do gramado com alta proteção policial.

Se a segurança funcionou com os jogadores, falhou nos camarotes, por onde irados torcedores tentavam invadir espaços ocupados por personalidades históricas do clube e que contribuíram para esta derrocada. Nas imagens transmitidas pela TV, alguns chegaram a acertar uma senhora com um pedaço de pau, quando esta tentava defender um alvo dos ataques. De dentro do campo, a segurança atirava agua gelada em um ambiente de 10 graus, para esfriar a cabeça dos torcedores que queriam a todo custo invadir o gramado para chegar até os jogadores.

Não satisfeitos, os torcedores depredavam tudo que vinham pela frente, como o museu do clube e outros patrimônios, transformando as ruas de Buenos Aires em uma praça de guerra. Ato de selvageria, onde mais de 70 pessoas se feriram neste inconcebível incidente. Os torcedores visitantes levaram mais de 3 horas para terem liberada as suas saídas do estádio.

Como saldo, o Monumental de Nuñez ficou parcialmente destruído, com a Argentina correndo contra o tempo para deixa-lo em condições de sediar a final da Copa América no dia 24 de julho.

Rodada com Chocolates e apagão

Os gols que foram escassos na quinta rodada, reduzindo drasticamente a média de gols, voltaram com tudo na sexta, deixando a média novamente em 3 gols por partida. Foram 27 gols em nove jogos, sendo que três destes foram responsáveis por 15 gols, ou 55%.

O principal jogo da rodada foi entre Corinthians X São Paulo, que fizeram uma das “decisões” do campeonato, e que geralmente é repercutida apenas nas rodadas finais, quando “faltam” pontos importantes para o objetivo final das equipes. Jogo equilibrado em um tempo, porém com o descritério da arbitragem descambou para um chocolate humilhante do Corinthians, que aplicou históricos 5x0 no São Paulo, com direito à hat-trick de Liedson e frango de Rogério Ceni. Placar que ainda deixa o São Paulo como líder na pontuação e o Corinthians como vice-líder, porém a equipe do Parque São Jorge é a líder em pontos perdidos, o que lhe daria a liderança caso vença o confronto que tem a menos. Enfim, tempos um campeonato!

Os demais responsáveis por tantos gols na rodada foram os confrontos entre Flamengo x Atlético-MG e Internacional x Figueirense. Tanto Flamengo quanto Internacional vinham pressionados pelos maus resultados e atuações, e precisavam de uma vitória convincente para “respirar” na tabela. E felizmente foi o que aconteceu com ambos, porém com histórias diferentes. O Flamengo viu o Galo marcar primeiro, porém contou com as cirúrgicas alterações de Luxemburgo e o crescimento de Ronaldinho Gaúcho e Thiago Neves, além do oportunismo de Deivid para virar o 1x0 contra para 4x1 a favor. Mesmo placar entre Internacional e Figueirense, onde o Colorado mostrou a sua superioridade desde o início da primeira etapa, por onde abriu 2x0. Na segunda, fez mais dois, enquanto o Figueirense descontou apenas ao fim do jogo. Luxemburgo e Falcão agradecem os placares.

Em um campeonato com muito perde e ganha, perder e ainda ficar entre os primeiros nas rodadas iniciais é um privilégio, já que as equipes ainda andam agrupadas. Foi o caso do Palmeiras, que foi até Fortaleza enfrentar o Ceará, e estava bem até levar o primeiro gol, curiosamente de Washington, que passou pelo clube há algumas temporadas. Depois o alviverde sucumbiu à pressão do “vovô”, que colocou uma bola no travessão com Boiadeiro e marcou o segundo com Thiago Humberto ao fim da primeira etapa. O Palmeiras melhorou, tentou pressionar, porém foi o Ceará que teve a melhor chance com um chute no travessão com Thiago Humberto. Vitória da reação do Ceará, que finalmente sobe na tabela e sai da zona do rebaixamento.

Bahia, Fluminense e Vasco fizeram a farra dos visitantes, ganhando respectivamente de Atlético-PR, Avaí e Atlético-Goianiense. A vitória de 2x0 dos baianos, com gols de Marcone e Lulinha, decretou a demissão de Adilson Batista do Furacão, que em 6 jogos somou 5 derrotas. Mesma situação em pontos do Avaí, que não se aproveitou nem da expulsão de Rafael Moura por agressão ainda na primeira etapa. Comandado por Conca, que voltou a jogar bem e marcar o gol da vitória, o Fluminense enfim pôde dar a primeira vitória de Abel Braga. O terceiro visitante indigesto foi o Vasco, que logo no primeiro minuto de jogo já deu o cartão de visitas com Éder Luis e o 1x0 no placar. Depois, os vascaínos souberam segurar a vitória graças a boa atuação de Fernando Prass, que interceptou conclusões dos goianos e ainda contou com a sorte de ter a trave a seu favor quando não conseguiu defender.

A rodada ainda reservou as vitórias de Cruzeiro e Botafogo sobre Coritiba e Grêmio. O Cruzeiro conquistou a sua primeira vitória no campeonato na estreia de Joel Santana no comando técnico, enquanto o Botafogo jogou mais durante a maior parte do tempo, marcando dois gols em um apagão do time do Grêmio, que acabou contagiando o Engenhão num todo, que ficou sem luz por 22 minutos. Ainda houve tempo do Grêmio reagir com um gol “sem querer” de Rafael Marques, porém insuficiente para evitar a derrota.

Um incomum 5x0 revitalizou a disputa pelo campeonato, pois o São Paulo começava a disparar na liderança. Um escore tão dilatado em um clássico trará marcas no jovem elenco são-paulino, que poderá se perder em meio a tantos desfalques. O Corinthians mostrou que tem condições de disputar de igual para igual com o tricolor paulista, enquanto outras equipes aproveitam os tropeços dos ponteiros para melhorar a pontuação e entrar na disputa.

O Equilíbrio voltou!

Chocolate amargo

Se o São Paulo vinha embalado por fazer história com 15 pontos nos cinco primeiros jogos, o Corinthians tinha a missão de deter o seu principal rival, mas não contava com uma jornada muito acima da média, tão acima, que o clube acabou aplicando a maior goleada sobre o seu rival em toda a história.

Cheio de problemas, Carpeggiani contou com uma equipe basicamente mista, com jogadores que nem chegam a figurar no banco de reservas tendo que ser escalados devido à escassez de matéria prima. Já o Corinthians conseguiu colocar a campo o que tinha de melhor, e indo pra cima desde o principio da partida. Com 1 minuto, Rogério Ceni já espalmava um chute de Paulinho.

Era um primeiro tempo corrido, com pressão corintiana e contra-ataque são-paulino, já que a equipe tricolor jogava recuada para explorar a principal característica que era a velocidade com Marlos e Dagoberto, que chegavam com mais perigo que o próprio Corinthians.

Porém um fato mudaria a partida aos 40 minutos. Carlinhos Paraíba cometeu uma falta para amarelo em Paulinho, e como já tinha, acabou expulso pelo arbitro Braghetto. Lance interpretativo e que poderia ter sido contemporizado pelo arbitro, que preferiu a expulsão. Porém o motivo de tanta discórdia foi a aplicação de critérios diferenciados para Corinthians e São Paulo, onde faltas passiveis de advertência para amarelo não eram dadas ao Corinthians, porém eram aplicadas ao São Paulo, o que acabou criando um ponto de desiquilíbrio no jogo.

A expulsão de Paraíba foi apenas a ponta do iceberg do que estaria por vir. Logo a 1 minuto do segundo tempo, o Corinthians conseguiria abrir o placar com Danilo em bonita jogada individual. O que era apenas uma pressão virou um massacre, com Rogério Ceni evitando um gol certo de Jorge Henrique aos 7, porém não o de Liedson aos 8, aproveitando um rebote do goleiro.

Estava aberto o caminho de uma goleada, que ainda reservaria mais dois gols de Liedson, completando seu hat-trick. Houve ainda tempo hábil para Jorge Henrique coroar a sua atuação com um chute rasteiro, que fez Rogério Ceni engolir um incomum frango, que talvez fosse um dos maiores da sua carreira. No mais, nenhuma alteração de Carpeggiani conseguia sequer conter o ímpeto ofensivo do Corinthians, que animada com o “olé” de seu torcedor, começou a brincar.

Como saldo, um incomum 5x0, um chocolate amargo para o lado tricolor, que de histórico, viu agora seu rival fazer história em uma goleada arrasa quarteirão. Não me surpreenderia com uma grande descaída do São Paulo de agora em diante, com toda a pressão sob direção, técnico e grupo de jogadores retorne, como era até a estreia da equipe no Brasileirão.

domingo, 26 de junho de 2011

Grêmio perde em dia de apagão

Também neste domingo, o Grêmio enfrentou o Botafogo no Engenhão pela sexta rodada do Brasileirão. Desde o inicio já se imaginava uma partida difícil, mais pela escalação proposta por Renato Gaúcho, com apenas Lins no ataque, e um sistema de jogo 3-6-1. Porém foram os apagões inoportunos que determinaram o placar de 2x1 para os cariocas.

O esquema gremista transformou o jogo em ataque x defesa durante os primeiros 22 minutos, quando o Botafogo alugou meio-campo e criava jogadas, porém pecava no último toque e nas finalizações. Em todo este tempo, foi apenas uma finalização perigosa com Marcelo Mattos, que obrigou grande defesa de seu xará Grohe.

Então que uma lesão melhoraria o time do Grêmio, com a saída de Marquinhos para a entrada de Roberson, fazendo companhia para Lins no ataque e liberando Douglas para armar as jogadas. O Grêmio cresceu, e por pouco não abriu o placar com Fernando recebendo livre e não conseguindo desviar de Renan aos 30, e com William Magrão perdendo outra grande chance no minuto seguinte. As chegadas botafoguenses ficaram mais restritas, e só um chute perto de Herrera assustou na primeira etapa.

O panorama de melhora do Grêmio também pôde ser visto no inicio da segunda etapa, quando a equipe conseguia conter os avanços do Botafogo, além de perder chances com Lins e Willian Magrão, este livre de marcação, bastando apenas desviar do goleiro assim como fora o lance com Fernando na primeira etapa.

Caio Júnior colocou Cidinho, que em sua primeira jogada iria mudar o panorama da partida, ao cavar a expulsão de Fernando, que acabou desestabilizando o Grêmio e o deixando inferior numericamente. Três minutos depois, após cobrança de escanteio rebatida pela defesa gremista, Elkeson chutaria errado a gol, porém no meio do caminho Marcelo Mattos se encorajou a colocar a cabeça na bola para abrir o placar no Engenhão.

O Grêmio entrava em um apagão, que iria literalmente contagiar o estádio num todo, já que minutos depois ficou sem luz, paralisando o jogo por 22 minutos. Uma vez restabelecido, o Grêmio ainda não se recuperara do apagão, levando logo depois o segundo gol, desta vez com Elkeson completando uma grande jogada individual de Caio.

E quando o Botafogo estava mais próximo de fazer o terceiro gol, inclusive colocando bola na trave com Herrera, foi a vez do Grêmio finalmente acordar na partida, achando um gol com Rafael Marques, que teve a sorte de estar no lugar e momento certos para desviar involuntariamente uma rebatida do goleiro Renan em seus pés, descontando a partida. O Grêmio ainda teve a chance de conseguir um improvável empate novamente com Rafael Marques, que cabeceou por cima do gol na última chance tricolor.

Mais uma derrota, com os mesmos problemas de sempre que geram veementes contestações ao treinador Renato Gaúcho. Como explicar o esquema 3-6-1 com apenas Lins como atacante. Porque tanta insistência no jogador que jamais deu resposta positiva? Creio que a gota d’agua poderá chegar a um insucesso diante do lanterna Avaí no Olímpico. Se o Grêmio não vencer, cai toda a casa.

Inter vence e convence

Jogando em casa, e pressionado por um jejum de vitórias que já perdurava dois meses em jogos no Beira-Rio, o Inter sabia que apenas uma vitória lhe daria um gás para lidar com a pressão externa. Melhor ainda seria se essa vitória viesse junto com uma boa atuação, e felizmente foi o que ocorreu nesta noite de domingo.

Falcão não inventou, e promoveu o retorno de Oscar ao time titular. O esquema fora o mesmo utilizado nas partidas anteriores, um 4-4-1-1 para se defender, e quando a equipe estava de posse da bola e buscando o ataque, Zé Roberto avançava assim como Oscar e D’Alessandro, constituindo um 4-2-2-2.

Até o primeiro gol do Inter aos 17 minutos da primeira etapa, o jogo era monótono, com o Colorado chegando apenas uma vez com um chute de Oscar por cima do gol. Veio então o gol de Bolivar, escorando de cabeça um escanteio bem cobrado por D’Alessandro, para que toda a tranquilidade aparecesse no Beira-Rio, e o Inter conseguisse se sobressair na partida, dominando o adversário.

Três minutos após o primeiro gol, veio o segundo, mais uma vez com assistência de D’Alessandro, que lançou primorosamente para Oscar, que dominou no peito e sem pulo chutou. O goleiro Wilson chegou a tocar na bola, porém não evitou o 2x0. Damião ainda perderia um gol em cabeçada aos 28 minutos, porém naquela altura o Inter já tratava de administrar o jogo, porém sempre mostrando a superioridade perante o Figueirense.

Tal panorama não mudou para a segunda etapa, quando o Figueirense buscou atacar o Inter e tentar uma reação, porém deixou espaços atrás, e em um contra-ataque Damião receberia de Zé Roberto na entrada da área e chutaria no canto esquerdo para marcar o terceiro.

O jogo estava tão fácil e dominado, que Falcão tirou os protagonistas do terceiro gol para promover as entradas de Gilberto e Ricardo Goulart. E foram eles, com uma assistência do primeiro e conclusão do segundo que arquitetaram o quarto gol colorado, contra a então melhor defesa do campeonato. Ainda houve tempo para Wellington Nem bater no canto de Muriel para marcar o gol de honra do adversário já aos descontos.

4x1 e uma vitória com autoridade e superioridade. É assim que pode ser destacado o confronto de hoje no Beira-Rio, onde o Internacional finalmente deu as suas cartas na competição. O adversário não está entre os melhores tecnicamente falando, porém era organizado e sofreu uma derrota incomum se for vista a sua reputação no campeonato, onde o São Paulo, conseguiu vencer por 1x0 no Morumbi com gol nos acréscimos.