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O jogo começou com surpresa na escalação de ambos os lados. Guardiola preteriu um lateral esquerdo de oficio, utilizando Yaya Toure no meio junto com Busquets, Keita e Xavi, e exigindo um maior comprometimento tático da equipe para não deixar o setor livre. Já Mourinho, resolveu colocar Chivu no meio, fazendo uma espécie de sombra de Zanetti no setor esquerdo defensivo, bem onde estava Messi.
O Barcelona começou atacando logo aos 2 minutos, com Pedro fazendo grande jogada na esquerda passando por Maicon, e chutou cruzado perto do gol, e mostrando que o Barcelona viria com força. Porém esse lance foi isolado, já que o esquema defensivo em forma de “árvore de natal” (que pretendo ilustrar no Analisador Tático) idealizado por Mourinho, trouxe dificuldades para o Barcelona, que aproximadamente 80% de posse de bola, trocava passes, porém pouco conseguia criar no setor ofensivo. A equipe só conseguiria chegar novamente com perigo aos 21, quando Dani Alves cruzou e Pedro apareceu no meio da zaga Nerazurri, e de primeira chutou ao lado do gol.
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Para a segunda etapa, Guardiola tirou o zagueiro Gabriel Milito e colocou Maxwell para compor o trio defensivo com Dani Alves e Piqué, com Toure recuando e fazendo vias de zagueiro. A equipe catalã foi toda para o ataque, porém girava o jogo e não conseguia criar chances. Tal inoperância ofensiva fez Guardiola fazer uma modificação dupla aos 17 minutos, com as entradas de Bojan e Jeffren nos lugares de Ibrahimovic e Busquets.
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O Barcelona continuava tentando, porém nada efetivo. Guardiola queimou sua última ficha, colocando Piqué, seu único zagueiro, como centroavante. O Barcelona ainda perdeu uma grande chance com Bojan, que recebeu um cruzamento de Messi na cabeça, desviando para o lado do gol, porém aos 38, Xavi deu um passe açucarado para Piqué, que recebeu livre e com categoria limpou Córdoba e Júlio César no mesmo lance, marcando o gol catalão.
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Vitória da marcação, superação e do anti-futebol de Mourinho. O treinador português da Inter foi predisposto para apenas se defender, fato que ficou ainda mais acentuado após a expulsão de Thiago Motta. Como feitos, anulou quase que completamente o jogo do Barcelona, que só conseguia tocar a bola, porém não conseguia praticamente nada de objetividade. A equipe catalã teve poucas chances de marcar gols em todo o jogo, fato que determinou sua derrocada. O treinador se credencia ao titulo de melhor técnico do mundo, sendo capaz de criar sistemas super ofensivos ou super defensivos para anular o adversário, e assim se sobressair. Mourinho é o grande craque da Internazionale, uma equipe aplicada taticamente e com soluções técnicas que possibilitaram seu avanço na competição e deixariam o título europeu em muito boas mãos. É capaz de fazer dois atacantes virarem meio-campistas defensivos, e colaborarem integralmente para o bom resultado de seu time.
Em relação ao Barcelona, é com pena que trato a sua eliminação da competição. Sou um admirador do futebol bonito, da técnica, dos dribles e do espetáculo. Porém sei que o futebol não se restringe a apenas isso, tendo a tática fundamentação importante na construção de um grande time. Cada técnico monta seu esquema conforme as peças que tem a disposição. E nesse jogo de xadrez, Mourinho levou a melhor sobre Guardiola, mesmo possuindo uma equipe inferior tecnicamente, porém muito aplicada taticamente. Meu receio é que vitórias como essa contribuam para o fim da técnica em detrimento da tática e de jogadores “robôs” de esquema. O Barcelona conseguiu desmitificar isso, assim como o Santos tem feito no Brasil, porém com esta derrocada, há a preocupação para que novamente na Copa do Mundo, uma seleção pratique o anti-futebol e se sobressaia em relação às outras.
Fiz minhas anotações das táticas utilizadas por ambos os times enquanto teve tática efetivamente. Vou tentar ainda hoje colocar o Analisador Tático em ação, porém não garando, já que há noite haverá a Libertadores, e concentrarei minhas atenções nos jogos.
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