segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Soundblog: Top 15 de Fevereiro

Top 15 - Fevereiro

15º - Guru Josh Project - Celebration
14º - Rihanna - S&M
13º - Detonautas Roque Clube - Até Quando Esperar (MTV Acústico)
12º - Far East Movement - Rocketeer
11º - Flo Rida Feat. Akon - Who Dat Girl
10º - Black Eyed Peas - Love You Long Time
- Wiz Khalifa - Black & Yellow
- Pitbull Feat. T-Pain - Hey Baby (Drop It To The Floor)
- Britney Spears - Hold It Against Me
- Secondhand Serenade - Something More
- 30 Seconds To Mars Feat. Kanye West - Hurricane 2.0
- Reação em Cadeia - Entre Teus Dedos
- Enrique Iglesias Feat. Pitbull - Tonight
- Kanye West - All Of The Lights
- Bruno Mars - Gernade

Destaque: Edward Maya Feat. Vika Jigulina - Desert Rain



Depois do estrondoso sucesso com o hit Stereo Love, e uma passagem discreta com This Is My Life, Edward Maya aparece novamente com o seu terceiro single, intitulado Desert Rain. Fruto da parceria com a cantora russa Vika Jigulina,o som mantém as características vistas em Stereo Love, com uma mistura de eletro, dance e house e um vocal suave da cantora.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Grêmio apresenta deficiências e perde de virada para o Junior

Nesta quinta-feira, o Grêmio fez o seu segundo jogo na fase de grupos, o primeiro fora de casa, contra o Junior de Barranquilla. Renato Gaúcho manteve as peças e o esquema, porém este apresentou suas primeiras deficiências, que o levaram a perder de virada a partida, e que se não forem corrigidas, poderão tornar-se letais mais adiante.

Sem Lúcio, que ressentiu sua lesão e não passou no teste do vestiário, Renato Gaúcho promoveu a entrada de Adílson no meio-campo para compor o lado esquerdo do losango. Esta troca mostrar-se-ia deficiente após o crescimento do adversário no jogo, que se deu exatamente pelo lado esquerdo da defesa tricolor. Antes disso, com marcação sob pressão e troca de passes, o Grêmio começou com naturalidade o jogo, empurrando o Junior para o seu campo e conseguindo marcar com Borges aos 4 minutos, após ser lançado por Douglas, naquela que seria sua única grande chance na primeira etapa.

Após assustar-se e ceder terreno para o Grêmio no princípio da partida, o Barranquilla passou a ficar mais com a bola, e aos poucos começou a encontrar deficiências no meio-campo gremista, criando jogadas e empurrando o tricolor para o seu campo. Começou então a aparecer o futebol de Hernández, o cérebro do time, que tramava as jogadas e também apareceria para marcar o gol de empate aos 25 minutos, livre pela direita e contando com o desvio de Rochemback, que inviabilizou a defesa de Victor.

As principais jogadas do Barranquilla eram pelo lado esquerdo da defesa gremista, e que antes de sofrer o empate, já tinha levado uma bola na trave com Bacca. Já o meio-campo não oferecia o suporte defensivo adequado, com a bola queimando no pé de Adilson e com Carlos Alberto cometendo muitas faltas e forçando Renato Gaúcho substituí-lo por Bruno Collaço, pois já estava merecendo a expulsão. O Junior tentava, perdendo dois gols com Bacca, o primeiro exigindo um milagre de Victor, e o segundo livre em velocidade, com apenas o goleiro à sua frente e chutando precipitadamente para linha de fundo, longe do gol.

E entrada de Collaço já tinha melhorado o Grêmio ao fim da primeira etapa, porém foi na segunda etapa que estabilizou a equipe tricolor. Sua entrada desarmou a principal jogada ofensiva do Junior, pois Renato Gaúcho o posicionou no meio-campo logo a frente de Gilson, funcionando como uma sombra do lateral tricolor. O jogo passou a ficar concentrado no meio-campo, com ambas as equipes chegando pouco no ataque. Em uma das raras oportunidades ofensivas do Grêmio, Douglas lançou Borges, que fora derrubado na área, porém o árbitro Marco Rodríguez fez vistas grossas confirmando a tendência caseira da arbitragem sul-americana nesta edição da competição.

Porém no minuto correspondente entre os 27 aos 28 minutos da segunda etapa, o Grêmio selaria seu futuro na partida. Primeiro, o zagueiro Rodolfo quase marcou um golaço para ficar na história da competição, ao perceber o goleiro Rodríguez adiantado e arriscar de seu campo de defesa um chute em direção ao gol, com a bola quicando na linha da pequena área e por pouco não entrando. Nem o mais pessimista gremista poderia imaginar que na jogada posterior, que originaria um escanteio para o Junior, saísse o gol da virada dos colombianos. Cárdenas cobrou, Bacca conseguiu o desvio e Rodolfo vacilou por um segundo, deixando Viáfara livre para de carrinho marcar o gol colombiano.

Renato Gaúcho pôs o grêmio para o abafa com as entradas de Viçosa e Vinícius Pacheco, enquanto o treinador colombiano reforçou a marcação. O tricolor foi com tudo pra cima, e o Barranquilla conseguiu se defender como pode, segurando a vitória espetacular de virada. Mérito colombiano que soube explorar as falhas defensivas do tricolor, que estão se tornando rotineiras e trazendo cabelos brancos ao torcedor gremista. Sem Lúcio, o setor defensivo esquerdo do Grêmio fica inofensivo, tornando-se arma de ataque para o adversário.

Já o esquema losango de Renato Gaúcho mostrou-se ineficiente jogando fora de casa e sem a bola, pois com as peças iniciais não mostrou um grande poder de marcação, facilitando as investidas do adversário além de praticar muitas faltas. Renato Gaúcho terá que rever o esquema e/ou a escalação para jogos fora de casa, pois esta poderá trazer problemas ao tricolor mais adiante.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Democratização financeira do futebol brasileiro sob risco

Confesso que fiquei um bom tempo buscando uma palavra que representasse o momento conturbado em que vive o Clube dos 13 e suas consequências para com os clubes. Cheguei à conclusão que seria democratização, porém em forma de metáfora. Em relação aos direitos de transmissão, podemos dizer que o futebol brasileiro é democrático.

Isto que podemos chamar de democratização é oriundo do esforço feito pelo Clube dos 13 na figura de Fábio Koff, que quer ao máximo manter o equilíbrio de nosso futebol. Porém ao longo dos tempos, fatores como globalização e audiência forçaram a ter uma classificação por grupos, de forma que as equipes do eixo ganhassem mais dinheiro. Esta divisão quase invisível ainda era tolerada pelos “grandes”, apesar das objeções, até que um fator implodisse esta insatisfação.

Indo ao que interessa. Os times do eixo Rio/São Paulo, mimados pela imprensa por serem fontes de audiência, buscaram mobilizar-se para tentar tirar Fábio Koff do poder na figura de Kléber Leite, ex-presidente do Flamengo e que contava com a simpatia da CBF. Perderam novamente a batalha, mas não a guerra, visto que a negociação pelos direitos televisivos viria a reviver este embate.

Prevendo uma valorização jamais vista do futebol brasileiro devido à Copa do Mundo no Brasil em 2014, o Clube dos 13 quer aumentar consideravelmente a receita obtida pelos direitos de transmissão, dividindo-a aos clubes da forma mais uniforme possível. A Record estaria disposta a chegar à oferta pretendida pela entidade, de forma a obter os direitos do esporte mais visto e lucrativo do nosso país. A Rede Globo dá mostras que não pretende melhorar significativamente a proposta em relação ao que apresenta atualmente, porém oferece toda a visibilidade, know-how e pressão política nos bastidores para manter-se no domínio do futebol brasileiro.

Utilizando a relação estreita com a CBF, a grande rede quer unir o útil ao agradável para manter-se na frente, valorizando os clubes mais importantes para a sua audiência e sem gastar muito mais que o previsto. O reconhecimento dos títulos de outras competições nacionais e de dois campeões em 1987 evidenciam tal fato, pois estranhamente um dia após ser reconhecido como hexacampeão brasileiro, o Flamengo desfiou-se do C13 para pleitear diretamente os direitos de transmissão de seus jogos, levando os outros grandes cariocas e o pioneiro Corinthians nesta batalha.

Desta forma, os clubes “grandes” fatalmente conseguirão valores maiores dos que vem recebendo, com o restante tendo que se contentar com o que sobrar ou com o que a outra rede vir a oferecer. Sem as “cerejas do bolo”, dificilmente a Record manteria uma alta proposta para o Campeonato Brasileiro. Se vê então um grande golpe político que derrubará a grande figura apaziguadora e equiparadora financeira dos clubes que fora Fábio Koff. Tal fato poderá representar em uma disparidade econômica, com praticamente todo o dinheiro da TV, principal fonte de renda, nas mãos de quatro ou cinco clubes, podendo gozá-los à vontade e gastar como vem gastando, com ar de grandeza extraterrestre e empáfia perante aos outros clubes.

Pelo que estou presenciando é um caminho sem volta para que isto aconteça, o que representaria no fim do futebol brasileiro como estamos acostumados. Haveria de forma artificial um processo que ocorreu naturalmente no futebol europeu com o efeito da globalização e da organização dos clubes, com dois ou três times por país exercendo um poderio de megapotência em seus países, abocanhando praticamente todos os títulos nacionais. Isso acabaria com a graça do futebol brasileiro, conhecido por ter 12 clubes em condições de títulos, que alternam bons e maus momentos.

Internacional goleia sem convencer

Na noite desta quarta-feira, o Internacional fez a sua estreia no Beira-Rio pela Libertadores. Quem viu só o placar, pode ter achado que o Internacional deu um show, se impondo do inicio ao fim e vencendo indiscutivelmente a partida. Até vejo merecimento na vitória, porém não foram em tais circunstancias descritas acima. A partida foi paradoxal, pois a equipe aproveitou praticamente todas as conclusões que teve em gols, goleando o adversário e fazendo saldo em seu grupo na competição, apesar de ter tido um baixo volume de jogo e o adversário ter um tempo maior de posse de bola e domínio da meia-cancha.

Desfalques e preferências fizeram Roth manter o esquema com três volantes utilizado na estreia contra o Emelec. Zé Roberto compôs o meio-campo, tendo-lhe atribuída a função de único articulador da equipe, cuja função é servir os dois atacantes Damião e Cavenaghi. Os problemas de articulação previstos na teoria foram postos na prática, em parte pelo esquema montado pela equipe mexicana, um 3-5-2, que na prática era um 5-3-2, traduzindo-se em um ferrolho defensivo.

Zé Roberto fez uma boa partida, e quando acionado, sempre buscava o enfrentamento diante dos defensores adversários e servindo aos atacantes, porém o problema era que a bola dificilmente chegava a seus pés. Isto obrigava os volantes a saírem mais, errando passes e servindo o contra-ataque adversário. O Jaguares tinha uma saída rápida ao ataque, porém não tinha nenhuma jogada ofensiva aguda, apenas ciscando na entrada da área e esporadicamente concluindo de media distancia.

Porém o dia era de Bolatti, que em duas idas ao ataque em jogadas de bola parada faria dois gols. O primeiro foi aos 19, quando recebeu um rebote oriundo de uma bola alçada na área, tendo a liberdade para chutar e contar com o desvio no caminho de um defensor mexicano. O segundo aos 43, após desvio de Índio e ajeitada de Cavenaghi, marcando de cabeça. Entre este período, nenhuma outra conclusão importante ao gol, e dificuldades para armar jogadas ofensivas.

O panorama seguiu no segundo tempo, com os mexicanos dominando a posse de bola e tendo liberdade no meio-campo para armar jogadas. O Jaguares não ousava passar da intermediária, talvez por não ter qualidade suficiente para isso, porém cercava e tenta alguns chutes de fora da área. Tal fato irritava o torcedor colorado, que começava a ensaiar os primeiros gritos de protestos contra o treinador Colorado. Gritos abafados aos 20 minutos, quando após mais uma jogada de bola parada cobrada por Zé Roberto, Cavenaghi pegou o rebote do goleiro colocando na trave e no complemento da jogada, Damião apareceu livre e fez o terceiro.

O técnico colorado fez modificações no ataque com as entradas de Oscar e Alecsandro nos lugares de Damião e Cavenaghi, ainda promovendo a entrada de Andrezinho. Em campo, O Inter continuava em marcha lenta administrando o placar, porém ainda houve tempo de Oscar em jogada individual fazer um belo gol, chutando da intermediaria no canto esquerdo do gol mexicano e fechando o placar.

Um placar de 4x0, goleada, porém muitas incertezas no Beira Rio. O único setor que jogou bem foi a defesa, que soube conter as jogadas ofensivas do Jaguares. Bolatti mostrou estrela de goleador ao marcar três gols nos dois primeiros jogos da equipe na competição. Porém Guiñazu parecia uma barata tonta nesta função mais liberada incubida por Roth. Bolatti não se mostrava a vontade com a função de segundo volante, perdendo algumas bolas no meio, enquanto o ataque com Damião e Cavenaghi não funcionou, boa parte por falta de munição e também por faltar um homem com características de velocidade e de jogada nos flancos.

O Inter foi competente e aproveitou as chances que teve. Foi praticamente 100% de acertos nas finalizações, fato incomum no futebol. Porém os problemas de sempre ficaram visíveis contra o adversário que é lanterna no campeonato de seu país. Espero que o Inter não use o placar para explicar uma reação de Roth e colocar debaixo do tapete os problemas técnicos e táticos que vem demonstrando em função das escolhas do treinador em relação a jogadores e ao esquema. Haverá um bom tempo de trabalho até o próximo jogo, contra o Jorge Wilstermann na Bolívia dia 16 de março.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Bayern Munich consegue revanche contra a Inter

Nove meses depois, Internazionale e Bayern Munich voltariam a se enfrentar pela Champions League. O confronto do dia 22 de maio de 2010 decidiu a edição passada do torneio, com os Nerazurris vencendo por 2x0 e levando o troféu e saindo da fila de 45 anos sem títulos da liga. Se pelo lado do Bayern pouco mudou em relação ao time, pelo lado da Internazionale houve uma profunda mudança após a saída de Mourinho, com seu sucessor Rafa Benitez não emplacando e cedendo lugar a Leonardo.

Para este confronto, além do sentimento de revanche, o Bayern pode contar com o francês Ribéry, que fez grande dupla com Robben na temporada passada e tanta falta fez aos bávaros na final. O treinador Louis van Gaal colocou um esquema similar ao utilizado na temporada passada, com Mario Gomez como o homem de referência, assessorado por Thomas Müller, e com Robben pela direita e Ribéry pela esquerda. Já Leonardo escalou uma Internazionale mais defensiva em pleno Giuseppe Meazza, com uma formação com três volantes, uma linha mais a frente com Sneijder e Stankovic, e tendo apenas Eto´o no ataque.

O Bayern começou com tudo o primeiro tempo, conseguindo impor o seu jogo rápido, com alta movimentação e troca de passes, acuando a Internazionale. Os italianos perderam uma grande chance com menos de um minuto de jogo com o zagueiro Ranocchia, porém viriam um domínio de posse de bola do Bayern e algumas chances desperdiçadas, tendo em Ribéry a melhor oportunidade aos 23 minutos, acertando uma cabeçada no travessão após cruzamento de Robben. A Internazionale viria a adiantar a marcação já ao fim da primeira etapa, conseguindo neutralizar as jogadas ofensivas dos alemães e até ameaçando o goleiro Kraft.


O Bayern continuou melhor na segunda etapa, mantendo uma maior posse de bola, jogadas rápidas e desperdiçando chances de abrir o placar. A Internazionale chegava esporadicamente ao ataque, perdendo uma grande chance com Cambiasso. Quando o jogo encaminhava-se ao fim, e o Bayern mais contido e de certa forma satisfeito com o empate, a Internazionale tentou um abafa final em busca do gol, porém foi o Bayern que marcou, contando com uma falha do goleiro Nerazurri Júlio César, que espalmou mal um chute de Robben e que Mário Gomez livre aproveitou para marcar o gol da vitória.

Tratando-se de Internazionale e Bayern Munich, o 1x0 sofrido em casa não elimina precipitadamente os italianos. A Internazionale tem condições de reverter o placar na Allianz Arena. Porém isso só poderá acontecer caso Leonardo use uma postura mais ousada, próxima ao que ela mesma vinha apresentando na temporada passada. A equipe praticamente morreu ofensivamente com o 4-3-2-1, e defensivamente não esta tão confiável, tanto que peças como Júlio César vem cometendo falhas consecutivas e impedindo a Inter de chegar no Milan na liderança do italiano.

Já o Bayern Munich mostra a postura da temporada anterior, e que lembra a Alemanha na copa do mundo. Tem um grande time, com grandes opções no elenco. Tem tudo para passar para as quartas de finais.

Pela Champions League ...

Dois jogos movimentaram hoje o maior torneio de clubes do mundo. Na Dinamarca, o Chelsea venceu sem dificuldades o FC København por 2x0, em um bis de Anelka. Nada mais a declarar sobre este jogo, visto que eu não o vi.

Já no outro jogo que acompanhei enquanto a energia elétrica permitia, Lyon e Real Madrid empataram na França em 1x1, gols de Benzema pelo Real Madrid e Gomis pelo lado francês. Não tenho acompanhado o campeonato espanhol e não sei ao certo se o esquema merengue utilizado hoje por Mourinho é o que de fato vem jogando regularmente, mas o Real Madrid entrou em um 4-2-3-1, próximo ao que o treinador português utilizava na Inter. O Lyon também utilizava este esquema, e com 10 jogadores ocupando a meia cancha, o jogo ficou amarrado e restrito ao meio-campo.

Poucas oportunidades de gols, principalmente no primeiro tempo. Sem jogadas de aproximação, tanto Lyon quanto o Real Madrid chegavam a partir de lançamentos para a área e chutes de longa distância, com os goleiros trabalhando muito pouco. O melhor lance foi do Lyon, quando Gomis pegou um rebote na entrada da área e com o goleiro Casillas batido, chutou por cima do gol.

O Real Madrid foi reagir na segunda etapa, com duas bolas na trave após cobranças de falta. Na primeira, Cristiano Ronaldo cobrou uma falta da entrada da área na trave direita de Lloris, e um minuto depois, Di Maria cruzou na cabeça de Sergio Ramos, que acertou o travessão. Benzema precisou sair do banco para no seu primeiro lance marcar um golaço, construindo a jogada na ponta esquerda e depois recebendo dentro da área para se livrar da defesa e marcar.

Quando o jogo estava sob controle do Real Madrid, o Lyon conseguiu marcar o gol de empate, após uma bola alçada na área, que Cris ganhou de cabeça e a bola sobrou para Gomis se redimir do gol perdido na primeira etapa e marcar o empate. Não cheguei a uma conclusão a respeito de justiça ou não no placar, visto que ninguém mereceu vencer pelo que apresentaram, porém o Real Madrid tinha levado mais perigo. Porém é evidente a superioridade do Real Madrid para o jogo da volta, onde apenas um 0x0 já o satisfaz.

O único porém nesta história são as constantes eliminações nas fases de mata-mata. Já são seis temporadas de eliminações em oitavas ou quartas de finais na competição, sendo que a última eliminação foi exatamente contra o Lyon. Talvez isto possa atrapalhar os espanhóis, porém em campo não vejo como o Real Madrid ser eliminado a não ser com um desastre.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Lesão de D’Alessandro poderá acertar o time do Internacional

No mesmo dia em que o Time B jogava uma partida decisiva pelo Gauchão, o Time A treinava debaixo de sete chaves e uma dividida casual lesionaria D’Alessandro. Resultado do dia: Eliminação precoce do clube na Taça Piratini contra um adversário recém-promovido da segunda divisão gaúcha e lesão de seu principal jogador em um treinamento, colocando uma pá de cal no planejamento 2011.

Lesões são rotineiras e possíveis no mundo futebol, independente de partidas oficiais ou não. Podem acontecer no treino, na rua, ou em um acidente domestico casual. Porém o fato de ter subestimado o Cruzeirinho trará sérias dificuldades, visto que após o confronto contra o Jaguares, o Internacional ficará 15 dias sem jogos oficiais.

A direção agiu, extinguindo o Time B e se livrando de alguns jogadores, que somados chegavam a mais de 60 entre Times A e B. A partir de agora é tudo com a equipe principal treinada por Roth, sendo que este ganhou ainda mais pressão para decolar o time principal na Libertadores e na Taça Farroupilha. Em campo, a equipe ainda não se encaixou, sendo boa parte colocada na conta do treinador, em função de suas convicções de esquema, escalação e de posicionamento.

Para o duelo contra o lanterna do campeonato mexicano, Roth manterá o esquema com três volantes utilizado contra o Emelec. Um esquema com a sua cara, porém não correspondente a atual realidade do Internacional, devido aos valores presentes no grupo de jogadores e ao favoritismo Colorado em seu grupo na Libertadores. Sem D’Alessandro, a expectativa é que Cavenaghi ganhe uma vaga no ataque, formando dupla com Damião. Com isso, Zé Roberto desempenharia a função de D’Alessandro.

Particularmente acho que esta escalação ofensiva poderá acertar o Internacional, visto que uma boa atuação de Cavenaghi encaminharia a sua titularidade, forçando Roth a abolir futuramente o esquema de três volantes e escalando a equipe em um 4-4-2, com dois volantes, dois meias e dois atacantes. Porém esta formação de quarta deverá ter dificuldades, já que a equipe mexicana virá fechada, e necessitará de um empenho maior dos volantes colorados, para não deixar Zé Roberto preso na marcação e o colorado órfão de ligação. Zé Roberto não é um armador, e sim um meia-atacante. E dos volantes, não espero que nenhum consiga executar esta função de ligação.

Por outro lado, caso dê tudo errado e o Inter fracasse quarta diante do Jaguares, acredito em uma mudança no comando técnico para a continuidade da Libertadores e do Gauchão. O vice-presidente de futebol colorado Roberto Siegmann já deu mostras em seu twitter que a tolerância com a herança recebida da temporada passada já está no limite.

Estou surpreso até agora com o comando de Siegmann. Este está mais acessível ao torcedor e às críticas, que não estavam sendo assimiladas pela antiga gestão. É evidente que comete equívocos, porém mostra ser uma pessoa de atitude, não tolerando problemas crônicos encontrados na antiga gestão do futebol e que eram superados pela tática de vista grossa. Se tiver carta branca, é possível que faça uma revolução no vestiário.

Pode ser dito que o que ainda resta do planejamento inicial de 2011 do colorado será colocado em xeque no confronto contra o Jaguares. As mudanças já estão ocorrendo, resta saber a sua intensidade, se será em forma de reforma ou de revolução. É aguardar para ver.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Inter é um caso inverossímil de desrespeito para com o seu torcedor

Nem bem começou a temporada 2011 e um principio de crise já se instaurou no Beira Rio. Uma crise ainda branca, que poderá ser intensificada com um fracasso na próxima quarta-feira diante do Jaguares Chiapas do México, pela segunda rodada da Libertadores da América. Crise não responsabilizada somente pela eliminação precoce do Time B na Taça Piratini ou do empate do Time A na estreia da Libertadores.

A insatisfação por Roth é somente a ponta de um iceberg, que para dimensiona-lo na totalidade precisa-se recorrer a analogias da política e suas histórias. O fato é que as constantes vaias deste início de temporada são destinadas a um determinado CEP e entregue via correios, pois ainda falta coragem de haver o embate pessoal, sob pena de o remetente ser reconhecido por quem cuspiu no prato que comeu. Tudo isso porque há no Beira Rio a vontade de criar um mundo altruísta, composto por convicções e verdades nem tão verdadeiras assim, que se sobressaem através da forma como é feita a relação do clube com a torcida.

Esta relação é um caso inverossímil, composto por uma direção com altas conquistas e decepções, porém agindo com empáfia e autoridade em um sistema monarquia absolutista; e uma torcida, cega de amor e eternamente agradecida pelo fim do período ofuscado de sua razão de viver. Em função deste sentimento, tudo perdoa e tudo compreende para que este sentimento feliz de amor eterno continue, por mais que já haja o sentimento de ódio de ser tão rejeitado e maltratado.

Este sentimento já foi percebido por membros da ala monárquica, cujo receio é perder o que há de mais precioso em uma relação para com seu povo: a confiança. Porém quem pensa em mudança de postura está em menor numero e totalmente alijado dos interesses da maioria, devendo calar-se sob pena de ser engolido e expulso. Do outro lado, ainda não há uma união consistente para um processo de democratização e destituição deste absolutismo. Há a acomodação com a filosofia do pão e circo globalizado.

Não sei por quanto tempo esta sistemática ainda irá durar, provavelmente até quando for suportada pela massa de manobra ou quando o estoque de pão e circo milionário acabar. Esta soberba também pode ser registrada nas atuações, na forma como o clube se comporta perante aos adversários e também em relação às convicções de contratações, de técnico e dos jogadores do time. Quando perde é porque simplesmente perdeu e faz parte, já quando ganha é a solidificação do trabalho feito pela direção e seus comandados.

Só sei que estou preocupado com o ponto em que isso poderá chegar. A fadiga dos metais é fatual, prolongada apenas pelo título de 2010 da Libertadores, vindo com a ajuda dos céus. Porém o período de vacas gordas continua, e não se tem noção exata do real peso delas e nem da idade da manada. Elas poderão morrer ou se subnutrir, nos deixando em mais um grande período ocioso. Por isso todo o cuidado é pouco e não se deve esperar todo o estoque de leite derramar para agir.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Grêmio faz o dever de casa em estreia

Jogando em casa contra um adversário de um país sem tradição no futebol sul-americano e sem o seu principal craque, a altitude, tudo indicaria um passeio gremista do início ao fim da partida. O que seria um jogo tranquilo desde o início, com o gol surgindo ao natural, ganhou contornos encardidos com a formatação que o Oriente Petrolero entrou em campo.

Um esquema com duas linhas de quatro, e com o ataque formado por dois atacantes que marcavam sob pressão, trazendo consigo as demais linhas do sistema e comprimindo o espaço de jogo. O Grêmio foi a campo com o seu tradicional esquema 4-4-2 em formato losango, com Rochemback fixado na cabeça da área, Lúcio pela esquerda e Carlos Alberto pela direita, tendo Douglas centralizado para compor o vértice deste losango assíncrono, visto que Carlos Alberto tinha maiores liberdades pela direita para compor a ligação com Douglas. No ataque dois finalizadores na figura de Borges e André Lima.

Com poucos espaços e composto por um sistema ofensivo cadenciador, porém lento, o Grêmio teve enormes dificuldades diante do Oriente Petrolero, abusando em bolas alçadas na área e chutes de fora da área. O adversário não só se defendia, como saia rápido com um bom número de jogadores em contra-ataques, levando perigo ao Grêmio. Quando conseguia vantagem sobre a defesa boliviana, o ataque do Grêmio se esbarrava no goleiro Suárez, e quando o goleiro não conseguiu defender o chute de Borges, o lance fora anulado por mão na bola do atacante gremista no inicio da jogada.

A defesa do Oriente Petrolero continha todos os lances de ataque gremista, só não esperava por um erro ridículo do árbitro Líber Prudente, que viu uma mão na bola do defensor Camaño, quando a TV frisou a bola batendo em seu rosto. Pênalti convertido com categoria por Douglas, já ao fim do primeiro tempo. Nem bem o jogo se reiniciava, e o Grêmio faria o segundo, com Gilson aproveitando-se de uma falha do goleiro Suárez, que deixou escapar um chute rasteiro de Borges e permitindo ao lateral gremista marcar o segundo gol.

Os gols destruíram o bom esquema proposto pelo Oriente Petrolero, porém que não era à prova de gols. O Oriente precisou se abrir, oferecendo espaços ao Grêmio, que passou a controlar totalmente a partida e criar chances de golear o fragilizado adversário. Foram muitas oportunidades, porém apenas mais uma se configuraria efetivamente em gol, com Douglas recebendo um passe açucarado de Lúcio e marcando o terceiro. Deu tempo ainda para Renato Portaluppi poupar Lúcio e Carlos Alberto, oferecendo chances à Maylson e Adilson.

Destaque para a estreia do zagueiro Rodolfo, configurando-se como um cherifão e trazendo segurança ao sistema defensivo tricolor. O sistema proposto por Renato Portaluppi também mostrou-se eficaz principalmente no meio-campo. Falta apenas uma peça veloz para o ataque, de forma que equilibre o setor. Foi uma vitória do time que impôs o seu melhor futebol, ganhando indiscutivelmente a partida. Porém o escore talvez não fosse tão dilatado e a partida tão fácil na segunda etapa caso o árbitro não tivesse marcado aquele pênalti.

Achei que a arbitragem estava de má fé contra os brasileiros. Porém cheguei a conclusão que ela é ruim e caseira, tendendo sempre ao time da casa. Dos cinco brasileiros, tivemos duas vitórias e três empates. Acredito que todos se classificarão para a próxima fase, porém o Grêmio é o favorito para ser o brasileiro mais bem colocado.

Inter é penalizado pelas convicções de Roth

Quisera o destino, e o Colorado estreara na Libertadores 2011 contra o Emelec, assim como fora na temporada anterior. A equipe equatoriana, que está presente em praticamente todas as recentes edições da Libertadores, não apresentou grandes inovações em relação às ultimas temporadas, permanecendo previsível e com uma qualidade técnica limitada.

Contra estas características, e projetando uma boa pontuação na primeira fase, tudo indicava um Inter mais ousado em relação a ele mesmo, de forma que um esquema padrão de dois atacantes fosse possível. A lesão de Tinga abriu caminho para esta possibilidade, imediatamente rechaçada por Roth, colocando Bolatti e três volantes por consequência, deixando um Inter excessivamente defensivo.

Mesmo com o esquema, o Inter foi superior ao Emelec na maior parte do tempo, tamanha a diferença técnica entre ambos. Porém este domínio transformou-se em chances de gols apenas na parte final da primeira etapa, depois que Zé Roberto juntou-se ao exilado Damião, que perderia duas chances de gol em cabeçadas após cruzamentos precisos de Kléber. Zé Roberto também perdeu uma chance clara de gol, ao receber livre de D’Alessandro um passe açucarado na entrada da área, isolando a bola por cima do gol.

Na segunda etapa o panorama da partida não mudou, com o Inter criando e desperdiçando chances. O Emelec, que na primeira etapa só arriscou alguns chutes de fora da área sem perigo, continuava tímido, tornando-se uma presa fácil ao Inter. Damião teve quatro grandes chances, fazendo o goleiro Klimowicz trabalhar e tornar-se um dos destaques da partida. Quando fora superado em uma grande jogada individual do centroavante colorado que encobriu o goleiro, Klimowicz contou com o seu companheiro Baguí, que evitou o que seria um golaço de Damião ao tirar em cima da linha.

O Inter continuava tentando, e foi abençoado aos 34 minutos, em escanteio cobrado por D’Alessandro na cabeça de Bolatti, que nem precisou se impulsar para abrir o placar em Guayaquil. O volante argentino logo seria sacado pelo zagueiro Rodrigo, em uma plena atitude Rothiana de segurar o resultado. Roth também tirou Zé Roberto para colocar Cavenaghi, enfraquecendo bastante o meio-campo com a perda de dois jogadores, transformando um 4-5-1 em um 5-3-2 e desiquilibrando todo o sistema colorado.

Tal atitude, fez com que o Emelec passasse a ganhar o setor, empurrando o Inter para o seu campo. Foi aí que começaram as faltas desnecessárias e bolas alçadas para a área. O destino quis e no último lance da partida em uma destas bolas alçadas na área, a bola encontrou a cabeça de Gimenez, livre de marcação, para empatar a partida. Falha da defesa e principalmente do goleiro Lauro, que fazia uma partida boa e segura, mas não saiu para abafar a jogada, configurando-se em uma punição divina à covardia de Roth.

Placar injusto por tudo que as duas equipes criaram, porém servirá como reflexão para esse excesso de defensivismo que o Internacional pratica. Tivesse um esquema mais equilibrado, e o colorado sairia com uma goleada de Guayaquil. Está mais do que na hora de Roth trabalhar um esquema de jogo mais equilibrado, com dois volantes, dois meias e dois atacantes. Neste momento, o maior adversário do Inter é ele mesmo, na figura de seu treinador.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Arsenal faz história com virada sobre o Barcelona

Os torcedores do Arsenal,que foram ao Emirates Stadium, não tinham em mente apenas uma vantagem no confronto das oitavas de finais. Era algo a mais, uma vontade de fazer valer a revanche do confronto decisivo de 2006, perdido de virada contra um forte Barcelona sedento de títulos internacionais.

Desde então ocorreu um confronto decisivo na temporada anterior, com o Barcelona deitando e rolando no Camp Nou e se classificando para as semifinais da competição. Esta impotência em vencer o Barcelona tornou-se uma obsessão pelo lado dos gunners, e hoje o destino os colocaram frente-a-frente, porém contra um Barcelona superpotente encabeçado por Lionel Messi.

Em campo, equipes desfalcadas, mas sempre com a essência ditada pelos treinadores Wenger e Guardiola, priorizando o futebol rápido e com alta movimentação e troca de passes. Enquanto o técnico catalão pode colocar a sua formação máxima ofensiva e improvisando Abiol na defesa ao lado de Piqué, Wenger contou com a volta de Nasri e o colocou para movimentar-se com Van Persie, Walcott e o grande craque da equipe, o espanhol Cesc Fábregas, criado na base do Barcelona.

O jogo evoluiu de maneira esperada, com muita velocidade e situações. O Arsenal começou pressionando, porém o Barcelona equilibrou o jogo, e aproveitando-se dos espaços oferecidos pelo Arsenal, conseguiu desempenhar o futebol que apresenta e que encanta os admiradores do esporte. Um dos cuidados defensivos do Arsenal foi o adiantamento da marcação, comprimindo o espaço entre os setores e investindo em uma linha de impedimento.

A tática de Wenger estava contendo as jogadas ofensivas do Barcelona, porém pelo seu alto nível de periculosidade poderia vazar em algum momento, ocorrendo aos 14 minutos, quando Messi abriu espaço na defesa inglesa e lançou David Villa, que apenas teve o trabalho de desviar do jovem goleiro Szczesny. A partida então ficou ao alcance do Barcelona, que perdeu a chance de liquidar a partida e o confronto com Messi, recebendo livre na entrada da área e com um toque sutil desviando do goleiro e do gol.

O Arsenal foi reagir somente na segunda etapa, promovendo uma correria e pressionando o Barcelona. Esta tática movimentou a partida, abrindo também espaços aos contra-ataques catalães, que viriam perder outra oportunidade com Messi. O Arsenal cansa, passa a ser dominado pelo Barcelona, e Guardiola estranhamente tira Villa para colocar Keita, aumentando o poder de marcação. Wenger respondeu com as entradas de Bendtner e Arshavin, abrindo ainda mais o Arsenal e indo para o tudo ou nada.

A tática era tudo que o Barcelona queria, porém a equipe catalã parecia satisfeita com a vitória parcial e não forçou em busca de um escore maior, enquanto o Arsenal, batido e conformado com a derrota, iria achar um gol quase impossível com Van Persie, recebendo umlançamento preciso de Clichy e na linha de fundo, sem ângulo, conseguiu chutar cruzado no contrapé de Valdés.

O gol transformou o Arsenal, que empurrado pelos gritos de guerra de sua torcida partiu pra cima do Barcelona, conseguindo a virada que parecia impossível cinco minutos depois, com Nasri escapando pela direita e cruzando para Arshavin chutar no canto direito de Valdés. Virada histórica, primeira vitória do Arsenal frente ao Barcelona, e aquele sentimento de revanche por 2006.

Pode-se dizer que o resultado veio do banco, com Wenger pressentindo a situação desvaforavel, trocou peças de lugar e promoveu alterações cirúrgicas, que surpreenderam o Barcelona. Pelo lado catalão, Guardiola foi um pouco covarde ao desfazer o esquema que estava pressionando o Arsenal e que a qualquer momento poderia aumentar a vantagem no escore. Porém o Barcelona continua mais do que favorito para o confronto da volta, no Camp Nou. Uma vitória de 1x0 dá Barcelona.

Impressões de um primeiro dia da Libertadores

Ontem a fase de grupos da Libertadores efetivamente começou, com estreias de favoritos como Vélez e Santos. Outros times que sempre incomodam como Nacional (URU), Libertad (PAR) e os mexicanos também estrearam e não houve nenhuma surpresa, exceto a decepção com o time do Santos.

No jogo mais esperado por nós brasileiros, o Santos foi até a Venezuela e não saiu do 0x0 frente ao Deportivo Táchira. Em uma fase de grupos com 6 jogos, empatar em casa não é ruim, porém para ter vantagens na próxima fase é indispensável vencer os jogos fora contra os adversários teoricamente mais fracos, e nisso o Santos vacilou.

Adilson Baptista montou uma formação excessivamente defensiva, utilizando apenas Neymar como referência, com um meio recheado de volantes além de ter três zagueiros em campo. Este não foi o único problema encontrado, pois os principais jogadores estavam abaixo da média, porém um esquema mais equilibrado e próximo do que vinha jogando no paulistão, poderia permitir ao peixe trazer da Venezuela os três pontos da vitória. Estes pontos farão falta mais adiante na busca por vantagens na segunda fase.

Já o Vélez, que considero outro favorito ao torneio, teve uma vida tranquila contra outro venezuelano, desta vez o Caracas. Contra uma equipe modesta, que ainda foi prejudicada pela expulsão de um de seus jogadores de forma discutida logo aos 10 minutos, o Vélez conseguiu driblar a grande retranca venezuelana para golear por 3x0, gols de Moralez e Ramírez em chutes de fora da área, e Martinez cobrando pênalti. Dificilmente o Caracas ofereceria alguma resistência com os 11 jogadores, porém poderia ter saído com uma derrota com placar menor.

Nos outros jogos, o América do México venceu o Nacional do Uruguai por 2x0, confirmando sua superioridade como mandante. Já o outro mexicano San Luiz, perdeu para o Libertad por 2x1 no Grupo 1. E pelo grupo do Cruzeiro, o colombiano Tolima venceu o Guaraní do Paraguai por 1x0.

Hoje teremos a estreia de Internacional e Cruzeiro, este enfrentando o Estudiantes (outro favorito) em um duelo revival da final da Libertadores 2009 vencida pelos argentinos.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Tottenham dobra o Milan em San Siro

No confronto mais importante do dia na UEFA Champions League, o Tottenham viajou até Milão para enfrentar o Milan. Sem seu principal jogador, o ponteiro esquerdo Gareth Bale, Harry Redknapp não inventou e escalou o recém-contratado Steven Piennar em seu lugar.

Desfalque também era uma palavra muito bem conjugada pelo lado rossonero. Contabilizando lesões e falta de condição legal de jogo, o Milan somou 9 desfalques, tendo em van Bommel, Cassano, Pirlo e Boateng como maiores ausências, sendo que estes dois últimos ainda tem chance de representar a equipe na competição assim que curar suas lesões. Tais ausências fizeram com que o treinador Massimiliano Allegri inventasse, colocando o brasileiro Thiago Silva como volante e preterindo Pato para por Robinho e Ibrahimovic como dupla de ataque.

Em campo, parecia que o Tottenham conseguiu transformar o San Siro em White Hart Lane. Bem postado, com maior posse de bola e adiantando a marcação, os Spurs conseguiram anular o Milan, que mal passava do meio campo. Porém o Tottenham pouco chegou ao ataque, se resumindo apenas em uma finalização de Van der Vaart o seu perigo ofensivo na primeira etapa. Já o Milan apenas ofereceu algum perigo nas escapadas esporádicas de Ibrahimovic.

Allegri promoveu a entrada de Pato, deixando o Milan mais ofensivo e perigoso. A equipe só não abriu o placar, graças a duas excepcionais defesas do goleiro brasileiro Gomes em conclusões de Yepes. Porém o ímpeto milanês foi interrompido pelo arbitro francês Stéphane Lannoy, que deixou a partida descambar para a violência, deixando o futebol para o plano de fundo. No lance mais grave, que esquentou o clima, Flamini entrou covardemente em Corluka, tirando-o do jogo e recebendo apenas o cartão amarelo. A partir deste lance, entradas mais fortes foram normais, com o árbitro fazendo vistas grossas.

O Tottenham passou a se contentar com o empate para o jogo da volta na Inglaterra, recuando e buscando encaixar os contra-ataques, enquanto o Milan buscava ir com tudo para uma possível vitória. A tática de Harry Redknapp mostrou-se eficiente aos 35 minutos, quando Lennon surgiu com liberdade ainda em seu campo de defesa, avançando, passando pela defesa milanesa e tocando para Crouch apenas escorar para a rede.

O Milan ainda tentou uma pressão nos acréscimos, até marcando de voleio com Ibrahimovic, porém devidamente anulado em virtude de uma falta que o sueco cometeu ao se posicionar para receber a jogada. Com a vitória, o Tottenham entra em grande vantagem para o jogo da volta, podendo até empatar para garantir a classificação para as quartas de finais.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Champions League retorna com grandes confrontos

O maior torneio de clubes do mundo está de volta, agora com a fase eliminatória. Assim como na temporada anterior, a UEFA designou oito datas para os confrontos de oitavas de final, dividindo em duas partidas por data, possibilitando assistir a quatro confrontos distintos de ida e volta ao vivo.

Opções não faltam, pois teremos duelos que já decidiram a competição como Inter x Bayern (2010) e Arsenal x Barcelona (2006), fora confrontos emblemáticos como Lyon x Real Madrid, onde os franceses eliminaram os merengues na temporada passada e prosseguiram com a sina madrilena de seis eliminações consecutivas na fase de oitavas de final.

É inegável o favoritismo de Barcelona e Real Madrid para abocanhar o torneio, porém o Chelsea com os novos reforços tem potencial para encara-los de igual para igual. A atual campeã Internazionale encorpou-se após a admissão de Leonardo como novo treinador, ganhando a competitividade que Benitez não conseguiu manter da era Mourinho. Já o Manchester United tem a mostrar o futebol que o coloca como atual líder da Premier League.

Como favoritos para esta fase, coloco Roma, Milan, Valencia, Internazionale, Real Madrid, Barcelona, Manchester United e Chelsea. Não me surpreenderia se Shaktar Donestsk , Tottenham e Shalke 04 ocupassem os lugares de Roma, Milan e Valência, pois considero estes os embates mais equilibrados e apostei mais no histórico e no peso da camisa do que no futebol propriamente dito, já que as outras equipes foram primeiras colocadas em seus respectivos grupos.


A ESPN vai transmitir em seus canais todos os jogos, porém quem depende da TV Aberta, a Esporte Interativo mostrará um confronto das terças-feiras, enquanto a Band mostrará outro das quartas-feiras. Os jogos esta semana serão às 17h45min, porém a partir da semana que vem com o fim do horário de verão serão às 16h45min.

A despedida de um fenômeno

O dia 14/02/2011 ficará marcado pela despedida de um dos maiores jogadores da história do futebol.

Ronaldo pôs fim às especulações e anunciou em entrevista coletiva o fim de sua carreira. O fenômeno, aos seus 34 anos, deixa de ser o mortal jogador para tornar-se um mito, uma lenda, e que será venerado pelas próximas gerações e encherá de orgulho àqueles que puderam presenciar o auge de sua carreira e puder contar detalhes.

Ninguém gosta de despedidas, ainda mais quando se move com uma das maiores paixões do brasileiro: o futebol. Porém tudo é cíclico, a vida é cíclica, afinal nascemos, crescemos, envelhecemos e morremos. E com Ronaldo não foi diferente, uma hora inevitavelmente teria que encerrar a carreira.

As dores crônicas já não eram mais suportadas, e corpo não conseguia mais reproduzir com a mesma eficácia os movimentos idealizados pelo cérebro. Aliado a isso, os problemas decorrentes ao peso, devidamente explicados devido a uma doença chamada Hipotireoidismo, um distúrbio, que afeta o comportamento hormonal e traz vários prejuízos ao andamento do organismo, inclusive problemas relacionados ao peso. O problema teria sido descoberto ainda no Milan em 2007, com um tratamento impossível devido as substancias utilizadas serem proibidas para o futebol, mas Ronaldo preferiu manter-se em silencio, ocultando este problema que uma vez esclarecido, haveria uma maior tolerância em relação a seu futebol.

O fato é que Ronaldo deixará um legado de órfãos, que não têm um outro brasileiro que possa chamar de ídolo. Foram dois títulos nas quatro copas do mundo disputadas, maior artilheiro em copas, três títulos de melhor do mundo e uma chuteira de ouro. Um atleta que conseguiu driblar a rivalidade entre Real e Barcelona e Milan e Internazionale, jogando nos quatro clubes. Mesmo jogando no Corinthians, era admirado por todos os brasileiros.

Ronaldo está ao nível de outros gênios como Romário, Zidane e Garrincha, e um degrau abaixo de Maradona e Pelé. Não tivesse tido tantas lesões graves, Ronaldo teria ganhado mais títulos e teria tido uma carreira ainda mais espetacular que teve. Ronaldo encerra o ciclo dos gênios da década de 90 e 00. O futebol ainda reserva jogadores espetaculares como Messi e Cristiano Ronaldo, porém estes não tem a estrela e a qualidade de Ronaldo, um ídolo por onde passou e uma geração de fãs que criou.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Inter mostra suas deficiências na vitória contra o Pelotas

A partida deste domingo, diante do Pelotas, serviu como um simulado para a estreia da Libertadores da América na próxima quarta-feira diante do Emelec em Guayaquil. Em função disso, o colorado entrou com força máxima e apresentando o time considerado ideal para a estreia na sua principal competição do semestre.

Celso Roth preteriu Bolatti em função da quota máxima de três estrangeiros, composta por Guiñazu, D’Alessandro e Cavenaghi, sendo que este último começou no banco. Em campo, o tradicional esquema 4-5-1 com desempenho pífio durante todo o segundo semestre de 2010, incluindo o fracasso no mundial, além de não começar bem 2011. Roth colocou Mathias e Guiñazu como volantes, e mais a frente Tinga pelo meio, D’Alessandro pela direita e Zé Roberto pela esquerda.

Como era de se esperar desta previsível formação, o Internacional apresentou fragilidades ofensivas e defensivas. Na primeira jogada aguda de ataque do Pelotas saiu o primeiro gol da partida, assinalado por Tiago Duarte, após receber um passe projetado de Makelele e contando com uma comum desatenção defensiva colorada. Não obstante, o sistema ofensivo colorado apresentava-se nulo e os únicos lances de perigo eram protagonizados através de jogadas individuais de D’Alessandro e de cruzamentos de Kléber. O lateral esquerdo colocou um cruzamento na cabeça de Damião para empatar a partida aos 24 minutos, em um dos raros lances ofensivos colorados da primeira etapa.

Depois de uma saída para o vestiário sob vaias por parte do torcedor, Roth mudou o time e o esquema no intervalo. Promoveu a estreia do argentino Cavenaghi no lugar de Tinga, que assim como Guiñazu, não fazia uma boa partida. Com 2 atacantes em um 4-4-2, o Inter voltou melhor, e passou a pressionar o Pelotas. Apareceram os espaços, possibilitando troca de passes, triangulações e finalizações. Como consequência, apareceram os gols, com Damião marcando mais dois, e completando seu “hat-trick”. O primeiro foi no oportunismo, após estar no lugar certo e arrematar um cruzamento rasteiro de D’Alessandro. Já o segundo, recebeu em profundidade de Índio, e teve toda a tranquilidade para driblar o goleiro e finalizar.

Porém a situação ainda não estava resolvida, visto que um minuto após o terceiro gol colorado, o Pelotas descontou, após mais um vacilo de posicionamento defensivo colorado, permitindo João Paulo receber livre um cruzamento e marcar o segundo gol pelotense. O Inter recuou, permitiu uma reação do Pelotas, que com todas as suas limitações ainda perderia uma grande chance de empatar a partida já aos descontos com Alan.

Vitória e classificação colorada, porém com muitos pontos de interrogação para a estreia da Libertadores. Roth finalmente se convenceu que o modelo de esquema 4-5-1 não serve? Onde está o futebol de Tinga e Guiñazu? Por que a defesa está tão mal posicionada? Aonde está a cobertura dos laterais?

São questões pertinentes e que devem ser respondidas e solucionadas o mais breve possível. O fato é que com o esquema atualmente utilizado, a defesa fica fragilizada, o ataque fica inoperante e o meio-campo não apresenta a evolução necessária para municiar estes dois setores. Uma mudança de esquema para o 4-4-2 resolveria esta inoperância ofensiva, porém o resto deve ser trabalhado a exaustão e Roth não tem se mostrado capaz de exercer tal atitude.

Para finalizar, gostei da estreia de Cavenaghi. O argentino apresentou boa movimentação no inicio da segunda etapa, mostrando ser capaz de exercer a titularidade ao natural. É técnico e aparenta ter uma boa conclusão. Participou de triangulações com os argentinos e mostrou ter um grande potencial de contribuição para este time colorado. Gostaria também de ter visto Bolatti, mas em função do limite da quota de estrangeiros, isso não foi possível nesta partida. Prevejo um 4-4-2 em Guayaquil, com Tinga sendo sacado para a entrada de um atacante.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Sete gols em Sete Lagoas

Assistir ao derby mineiro por si só já é uma tarefa interessante. Porém o que foi visto nesta tarde foi um jogaço, digno de fazer parte dos registros históricos como um dos melhores confrontos entre Atlético e Cruzeiro da história. Foram sete gols, regados com doses de polêmica, discussão, expulsão e emoção.

Com o mando de jogo da Raposa, e com o critério de uma torcida só em virtude de um histórico recente de confusões envolvendo vitimas fatais, só torcedores do Cruzeiro puderam comparecer ao estádio de Sete Lagoas. Presenciaram um inicio de jogo com um Atlético mais interessado, porém jogando contra um Cruzeiro mais organizado, que marcava a saída de bola atleticana, apesar das dificuldades ofensivas perante a defesa atleticana.

O Atlético ficava mais com a bola, porém o Cruzeiro que teve as duas grandes primeiras chances, onde uma delas seria o primeiro gol da partida, assinalado por Welligton Paulista, desviando um chute cruzado de Montillo. O que seria um principio de domínio celeste, foi ofuscado logo a seguir por um pênalti duvidoso e supostamente cometido por Gil em Werley, que Diego Tardelli converteu com categoria para empatar a partida. O atacante ainda iria virar a partida três minutos depois a favor do Galo, precisando de duas tentativas no lance para de cabeça escorar para o gol.

O Cruzeiro foi pra cima, perdendo três chances claras de gols em chutes de Gilberto, Diego Renan e Henrique, porém com o goleiro Renan Ribeiro brilhando e ainda sendo salvo pela trave. O técnico Cuca voltou do intervalo com Roger e Edcarlos nos lugares de Gilberto e Léo. A Raposa seguiu pressionando e conseguiu o empate aos 4 minutos, com Henrique de cabeça. Porém no minuto seguinte, Diego Tardelli aproveitou uma desatenção da defesa cruzeirense para marcar o seu terceiro gol na partida e colocar o Galo novamente na frente.

O gol desarticulou o Cruzeiro, que ficou ainda mais vulnerável defensivamente com a entrada de Edcarlos. Neto Berola que havia acabado de entrar no lugar do veterano Magno Alves aproveitou um destes vacilos para marcar o quarto gol do Galo. Com dois gols de vantagem, o Atlético recuou e possibilitou uma pressão do Cruzeiro, que foi pra cima e ainda conseguiu descontar aos 40 minutos com Gil, aproveitando uma falha da defesa do Galo e colocando fogo no jogo. Dois minutos depois, Welligton Paulista teve a chance de empatar ao colocar a bola na trave de Renan Ribeiro. Ainda houve tempo de Diego Tardelli conseguir ser expulso já nos acréscimos ao cometer um antijogo típico de cartão amarelo.

O clássico foi interessante para medir a força das duas equipes. O Cruzeiro manteve do meio para a frente o seu poderio ofensivo, porém a defesa é o seu tendão de Aquiles e deverá complica-lo na Libertadores se não houverem os ajustes necessários. Já o Galo tem uma equipe mais equilibrada, porém com a defesa também apresentando deficiências, o que ajuda a explicar este placar de sete gols. Foi um jogo aberto e com muitos lances de perigos, que o deixou agradável de assistir.

Manchester United vence o clássico dos milhões

Não tenho acompanhado intensamente esta temporada da Premier League, porém não deixo de assistir aos grandes confrontos. O derby que tivemos hoje em Manchester é um destes jogos imperdíveis, que colocara frente-a-frente o líder contra o terceiro colocado na competição, separados por poucos quilômetros de distancia e uma das maiores rivalidades do futebol mundial.

O antes apenas interessante clássico, aumentou exponencialmente a sua importância com o enriquecimento do Manchester City, provido através da injeção de petrodólares do xeique Mansour bin Zayed al Nhyan, que não poupou recursos para trazer os melhores jogadores ao que até então era denominado o primo pobre de Manchester.

Talvez pela importância do confronto, ambas as equipes entraram com uma postura bastante conservadora, com apenas um atacante de cada lado e um meio recheado de jogadores. Pelo lado do United, a escalação
era esperada, visto que Ferguson utiliza este esquema desde a saída de Cristiano Ronaldo para o Real Madrid. Já o City de Mancini, jogando na casa do inimigo, preferiu uma formatação recheada de meias, deixando Tevez sozinho no ataque.

Como era de se esperar, o confronto foi trombado e com poucas oportunidades de gols na primeira etapa. O City começou um pouco melhor, e desperdiçou a que seria a sua maior chance da primeira etapa logo aos 3 minutos, quando Tevez tabelou com David Silva, e este livre de marcação, desviou de Van der Sar e do gol também. O United foi melhorar só a partir da metade da etapa inicial, quando passou a trocar passes e a encurralar o City, porém sem criar grandes chances. Neste estado, gol só poderia surgir a partir de uma jogada inexperada, como fora aos 40 minutos, quando Van der Sar deu um bicão pra frente, Rooney escorou de cabeça e Giggs lançou Nani, que dominou em velocidade e chutou na saída de Hart.

Em desvantagem no placar, tudo se encaminharia para um segundo tempo com o City mais agressivo. Isso aconteceu em parte no inicio da segunda etapa, visto que os Sky Blues vieram mais agressivos, porém o esquema 4-1-4-1 de Mancini não ajudava ofensivamente. Tal equivoco foi reparado somente aos 15 minutos, com a entrada de Dzeko no lugar de Milner. Cinco minutos depois, o atacante que acabara de entrar estaria empatando a partida, após receber na entrada da área, girar e ainda acertar no caminho o companheiro David Silva.

O esquema serviu para deixar Tevez mais solto e participativo na partida, criando várias chances e tornando uma virada histórica do City na casa do inimigo possível. Porém Ferguson também colocou Berbatov para assessorar Rooney no ataque, deixando o jogo aberto e com ataques de ambos os lados. E foi o shrek que iria colocar os “Red Devils” novamente na frente no placar, justamente quando o City era melhor e merecia a vitória. Tal fato deu-se aos 32, quando Nani cruzou e Rooney fez de bicicleta um golaço, que valeu o preço do ingresso.

O City bem que tentou buscar um empate que seria justo, porém os vermelhos seguraram a vitória e encaminham-se para mais um titulo inglês, com 57 pontos e abrindo vantagem sobre Arsenal, o próprio City e o Chelsea.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Fim de Semana para conferir o Internacional que estreará na Libertadores

Depois de um Janeiro de recesso forçado devido ao término tardio da temporada 2010, o time principal do Internacional esta de volta para estrear na Libertadores na próxima quarta, diante do Emelec em Guayaquil. Porém o último teste será neste domingo, diante do Pelotas no Beira-Rio.

Verdade seja dita, a equipe principal já jogou duas vezes no Gauchão, com uma vitória e uma derrota de virada. Não teci nenhum comentário a respeito, pois não vi os jogos, e por isso sem me sentir no direito de criticar o que esta acontecendo em campo, em relação a atuações individuais dos jogadores ou inovações coletivas.

Pelo que foi noticiado, Roth preferiu manter nestes primeiros jogos o mesmo esquema que utilizara no fim de 2010 e que sucumbiu, sendo elencado como um dos principais problemas deste inicio de temporada. Tanto que o treinador pretende utilizar um esquema com dois atacantes contra o Pelotas, com Cavenaghi formando o ataque com Damião.

Particularmente não me agrada a formação com dois centroavantes no comando do ataque, a não ser em uma ocasião emergencial, como em uma desvantagem no marcador. Não acredito que este modelo entre em campo contra o Emelec e a meu ver não seria pertinente neste momento testá-lo em um jogo oficial. Com tempo escasso de preparação e com apenas três jogos oficiais na bagagem, o treinador deveria já ter começado a temporada com o esquema 4-4-2 em uma formação mais equilibrada, com um atacante de velocidade e outro de referencia.

Faltando apenas 5 dias para a estreia na Libertadores, nenhum torcedor sabe ainda com certeza o time titular do Internacional, talvez nem o treinador. Portanto a equipe estará em formação nesta primeira fase, podendo perder preciosos pontos. Os colorados tem de agradecer a sorte, que colocou a equipe em um dos grupos mais fracos da competição, o que oferece a oportunidade de enfrentar equipes menos qualificadas e encorpar o time.

Com os reforços, o Inter possui no papel um dos melhores times do continente, podendo ser enquadrado como favorito a abocanhar o torneio, porém em campo ainda segue uma incógnita, assim como a contribuição que Roth ainda poderá dar ao clube.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Os Erros Capitais do Inter em 2010 - Parte Final

Depois de um periodo de pausa em virtude do final de ano e questões profissionais, vou terminar um tópico que havia aberto sobre os erros capitais do Inter em 2010. Faltaram dois assuntos, que serão esmiuçados abaixo.

6- Insistência em jogadores que não estavam em boa fase

Durante os jogos Colorados na temporada, muito se discutiu a titularidade deste ou daquele jogador. De todos os jogadores que foram titulares ou ficaram temporariamente entre os 11, apenas Sandro, Guiñazu, D’Alessandro e Kléber poderiam se considerar efetivamente titulares. Nei, Bolívar e Índio passaram por um período de contestações, mas conseguiram se firmar como titulares. Já os outros jogadores, ou não conseguiram se firmar, alternando titularidade e reserva, ou tiveram a sua titularidade bancada no carteiraço.

Este é o caso de jogadores como Renan, Wilson Mathias e, principalmente Alecsandro, que foram “bancados” pelo treinador com respaldo da diretoria, irritando a torcida, e contribuindo para a derrocada colorada na temporada. É bem verdade que seus substitutos não se mostraram suficientemente mais eficazes, porém estes não tiveram uma das coisas primordiais no futebol que é a sequencia.

Neste ponto houve um erro do treinador e da diretoria. Do primeiro por não permitir sequencia a outros jogadores, enquanto a direção é responsável por supervalorizar o grupo e não fornecer titulares considerados absolutos.

7- Cenário Político e extracampo

O cenário colorado de 2010 não se restringiu apenas ao futebol, atividade fim do clube. Ocorreu um impasse politico, com guerra de interesses e dissolução da grande situação que o clube conseguiu adquirir através de parcerias politicas e o principal, que são os resultados dentro de campo. A fase de “vacas gordas” absorveu vários grupos políticos com ideais diferentes em prol da continuidade do projeto vencedor colorado.

Porém há uma hora em que essa heterogenia politica é colocada à prova, em virtude de sucessões políticas, e com o Inter não foi diferente. A situação acabou rachando em dois grandes grupos, com um encabeçado por Giovani Luigi, considerado o natural sucessor, e Pedro Alfatato, com função importante nos bastidores desta atual gestão. A vitória viria a ser de Luigi, porém até que as eleições efetivamente ocorressem, houve uma preocupação gigante com o futuro político e o presente futebolístico, que datava um Mundial FIFA, ficou relegado a um segundo plano.

Além da política, o Colorado enfrentou problemas com alguns atletas no extracampo. O maior caso foi de Índio, que ficou enfermo após uma suposta briga em uma obscura festa protagonizada por um atleta do Grêmio, que é até hoje mal explicada e que fora colocada para debaixo do tapete. Também houveram reclamações publicas de descontentamento em função do esquema e titularidade de alguns jogadores, o que acabou gerando um clima de intranquilidade, principalmente durante a gestão de Fossati.

Um clube com um vestiário homogêneo dificilmente perde a motivação nas competições. Este termo refere-se a treinador, diretoria e atletas terem o mesmo pensamento em relação ao futebol. Porém isso não se vê no Internacional já há alguns anos. Hora e outra aparece algum jogador mostrando publicamente o seu descontentamento em relação a alguma coisa, principalmente em relação à reserva. É evidente que isso é normal em um vestiário, porém é resolvido dentro do mesmo, com a torcida e imprensa não sabendo de tal fato. Talvez isso possa ser explicado pelo grande número de atletas com característica de liderança, mas é de certo modo preocupante em termos de andamento de vestiário.

Conclusão

Esta série de posts teve apenas o objetivo de aprofundar algumas questões que ficaram relegadas durante a temporada e que de certa forma contribuíram para a derrocada colorada no Mundial. Não foi exatamente um motivo que culminou no fracasso, porém vários fatores, sendo alguns em maior importância e outros em menor.

Muitas coisas dirigidas de forma ineficiente ou errada, e elenca-las foi o proposito do post para que isto sirva de aprendizado e não prejudique o Inter nas próximas temporadas.

Agora é focar no Inter de 2011, com posts a respeito da preparação colorada.