Não tenho acompanhado intensamente esta temporada da Premier League, porém não deixo de assistir aos grandes confrontos. O derby que tivemos hoje em Manchester é um destes jogos imperdíveis, que colocara frente-a-frente o líder contra o terceiro colocado na competição, separados por poucos quilômetros de distancia e uma das maiores rivalidades do futebol mundial.
O antes apenas interessante clássico, aumentou exponencialmente a sua importância com o enriquecimento do Manchester City, provido através da injeção de petrodólares do xeique Mansour bin Zayed al Nhyan, que não poupou recursos para trazer os melhores jogadores ao que até então era denominado o primo pobre de Manchester.
Talvez pela importância do confronto, ambas as equipes entraram com uma postura bastante conservadora, com apenas um atacante de cada lado e um meio recheado de jogadores. Pelo lado do United, a escalação
era esperada, visto que Ferguson utiliza este esquema desde a saída de Cristiano Ronaldo para o Real Madrid. Já o City de Mancini, jogando na casa do inimigo, preferiu uma formatação recheada de meias, deixando Tevez sozinho no ataque.
Como era de se esperar, o confronto foi trombado e com poucas oportunidades de gols na primeira etapa. O City começou um pouco melhor, e desperdiçou a que seria a sua maior chance da primeira etapa logo aos 3 minutos, quando Tevez tabelou com David Silva, e este livre de marcação, desviou de Van der Sar e do gol também. O United foi melhorar só a partir da metade da etapa inicial, quando passou a trocar passes e a encurralar o City, porém sem criar grandes chances. Neste estado, gol só poderia surgir a partir de uma jogada inexperada, como fora aos 40 minutos, quando Van der Sar deu um bicão pra frente, Rooney escorou de cabeça e Giggs lançou Nani, que dominou em velocidade e chutou na saída de Hart.
Em desvantagem no placar, tudo se encaminharia para um segundo tempo com o City mais agressivo. Isso aconteceu em parte no inicio da segunda etapa, visto que os Sky Blues vieram mais agressivos, porém o esquema 4-1-4-1 de Mancini não ajudava ofensivamente. Tal equivoco foi reparado somente aos 15 minutos, com a entrada de Dzeko no lugar de Milner. Cinco minutos depois, o atacante que acabara de entrar estaria empatando a partida, após receber na entrada da área, girar e ainda acertar no caminho o companheiro David Silva.
O esquema serviu para deixar Tevez mais solto e participativo na partida, criando várias chances e tornando uma virada histórica do City na casa do inimigo possível. Porém Ferguson também colocou Berbatov para assessorar Rooney no ataque, deixando o jogo aberto e com ataques de ambos os lados. E foi o shrek que iria colocar os “Red Devils” novamente na frente no placar, justamente quando o City era melhor e merecia a vitória. Tal fato deu-se aos 32, quando Nani cruzou e Rooney fez de bicicleta um golaço, que valeu o preço do ingresso.
O City bem que tentou buscar um empate que seria justo, porém os vermelhos seguraram a vitória e encaminham-se para mais um titulo inglês, com 57 pontos e abrindo vantagem sobre Arsenal, o próprio City e o Chelsea.
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