segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

A despedida de um fenômeno

O dia 14/02/2011 ficará marcado pela despedida de um dos maiores jogadores da história do futebol.

Ronaldo pôs fim às especulações e anunciou em entrevista coletiva o fim de sua carreira. O fenômeno, aos seus 34 anos, deixa de ser o mortal jogador para tornar-se um mito, uma lenda, e que será venerado pelas próximas gerações e encherá de orgulho àqueles que puderam presenciar o auge de sua carreira e puder contar detalhes.

Ninguém gosta de despedidas, ainda mais quando se move com uma das maiores paixões do brasileiro: o futebol. Porém tudo é cíclico, a vida é cíclica, afinal nascemos, crescemos, envelhecemos e morremos. E com Ronaldo não foi diferente, uma hora inevitavelmente teria que encerrar a carreira.

As dores crônicas já não eram mais suportadas, e corpo não conseguia mais reproduzir com a mesma eficácia os movimentos idealizados pelo cérebro. Aliado a isso, os problemas decorrentes ao peso, devidamente explicados devido a uma doença chamada Hipotireoidismo, um distúrbio, que afeta o comportamento hormonal e traz vários prejuízos ao andamento do organismo, inclusive problemas relacionados ao peso. O problema teria sido descoberto ainda no Milan em 2007, com um tratamento impossível devido as substancias utilizadas serem proibidas para o futebol, mas Ronaldo preferiu manter-se em silencio, ocultando este problema que uma vez esclarecido, haveria uma maior tolerância em relação a seu futebol.

O fato é que Ronaldo deixará um legado de órfãos, que não têm um outro brasileiro que possa chamar de ídolo. Foram dois títulos nas quatro copas do mundo disputadas, maior artilheiro em copas, três títulos de melhor do mundo e uma chuteira de ouro. Um atleta que conseguiu driblar a rivalidade entre Real e Barcelona e Milan e Internazionale, jogando nos quatro clubes. Mesmo jogando no Corinthians, era admirado por todos os brasileiros.

Ronaldo está ao nível de outros gênios como Romário, Zidane e Garrincha, e um degrau abaixo de Maradona e Pelé. Não tivesse tido tantas lesões graves, Ronaldo teria ganhado mais títulos e teria tido uma carreira ainda mais espetacular que teve. Ronaldo encerra o ciclo dos gênios da década de 90 e 00. O futebol ainda reserva jogadores espetaculares como Messi e Cristiano Ronaldo, porém estes não tem a estrela e a qualidade de Ronaldo, um ídolo por onde passou e uma geração de fãs que criou.

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