No mesmo dia em que o Time B jogava uma partida decisiva pelo Gauchão, o Time A treinava debaixo de sete chaves e uma dividida casual lesionaria D’Alessandro. Resultado do dia: Eliminação precoce do clube na Taça Piratini contra um adversário recém-promovido da segunda divisão gaúcha e lesão de seu principal jogador em um treinamento, colocando uma pá de cal no planejamento 2011.
Lesões são rotineiras e possíveis no mundo futebol, independente de partidas oficiais ou não. Podem acontecer no treino, na rua, ou em um acidente domestico casual. Porém o fato de ter subestimado o Cruzeirinho trará sérias dificuldades, visto que após o confronto contra o Jaguares, o Internacional ficará 15 dias sem jogos oficiais.
A direção agiu, extinguindo o Time B e se livrando de alguns jogadores, que somados chegavam a mais de 60 entre Times A e B. A partir de agora é tudo com a equipe principal treinada por Roth, sendo que este ganhou ainda mais pressão para decolar o time principal na Libertadores e na Taça Farroupilha. Em campo, a equipe ainda não se encaixou, sendo boa parte colocada na conta do treinador, em função de suas convicções de esquema, escalação e de posicionamento.
Para o duelo contra o lanterna do campeonato mexicano, Roth manterá o esquema com três volantes utilizado contra o Emelec. Um esquema com a sua cara, porém não correspondente a atual realidade do Internacional, devido aos valores presentes no grupo de jogadores e ao favoritismo Colorado em seu grupo na Libertadores. Sem D’Alessandro, a expectativa é que Cavenaghi ganhe uma vaga no ataque, formando dupla com Damião. Com isso, Zé Roberto desempenharia a função de D’Alessandro.
Particularmente acho que esta escalação ofensiva poderá acertar o Internacional, visto que uma boa atuação de Cavenaghi encaminharia a sua titularidade, forçando Roth a abolir futuramente o esquema de três volantes e escalando a equipe em um 4-4-2, com dois volantes, dois meias e dois atacantes. Porém esta formação de quarta deverá ter dificuldades, já que a equipe mexicana virá fechada, e necessitará de um empenho maior dos volantes colorados, para não deixar Zé Roberto preso na marcação e o colorado órfão de ligação. Zé Roberto não é um armador, e sim um meia-atacante. E dos volantes, não espero que nenhum consiga executar esta função de ligação.
Por outro lado, caso dê tudo errado e o Inter fracasse quarta diante do Jaguares, acredito em uma mudança no comando técnico para a continuidade da Libertadores e do Gauchão. O vice-presidente de futebol colorado Roberto Siegmann já deu mostras em seu twitter que a tolerância com a herança recebida da temporada passada já está no limite.
Estou surpreso até agora com o comando de Siegmann. Este está mais acessível ao torcedor e às críticas, que não estavam sendo assimiladas pela antiga gestão. É evidente que comete equívocos, porém mostra ser uma pessoa de atitude, não tolerando problemas crônicos encontrados na antiga gestão do futebol e que eram superados pela tática de vista grossa. Se tiver carta branca, é possível que faça uma revolução no vestiário.
Pode ser dito que o que ainda resta do planejamento inicial de 2011 do colorado será colocado em xeque no confronto contra o Jaguares. As mudanças já estão ocorrendo, resta saber a sua intensidade, se será em forma de reforma ou de revolução. É aguardar para ver.
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