Assistir ao derby mineiro por si só já é uma tarefa interessante. Porém o que foi visto nesta tarde foi um jogaço, digno de fazer parte dos registros históricos como um dos melhores confrontos entre Atlético e Cruzeiro da história. Foram sete gols, regados com doses de polêmica, discussão, expulsão e emoção.
Com o mando de jogo da Raposa, e com o critério de uma torcida só em virtude de um histórico recente de confusões envolvendo vitimas fatais, só torcedores do Cruzeiro puderam comparecer ao estádio de Sete Lagoas. Presenciaram um inicio de jogo com um Atlético mais interessado, porém jogando contra um Cruzeiro mais organizado, que marcava a saída de bola atleticana, apesar das dificuldades ofensivas perante a defesa atleticana.
O Atlético ficava mais com a bola, porém o Cruzeiro que teve as duas grandes primeiras chances, onde uma delas seria o primeiro gol da partida, assinalado por Welligton Paulista, desviando um chute cruzado de Montillo. O que seria um principio de domínio celeste, foi ofuscado logo a seguir por um pênalti duvidoso e supostamente cometido por Gil em Werley, que Diego Tardelli converteu com categoria para empatar a partida. O atacante ainda iria virar a partida três minutos depois a favor do Galo, precisando de duas tentativas no lance para de cabeça escorar para o gol.
O Cruzeiro foi pra cima, perdendo três chances claras de gols em chutes de Gilberto, Diego Renan e Henrique, porém com o goleiro Renan Ribeiro brilhando e ainda sendo salvo pela trave. O técnico Cuca voltou do intervalo com Roger e Edcarlos nos lugares de Gilberto e Léo. A Raposa seguiu pressionando e conseguiu o empate aos 4 minutos, com Henrique de cabeça. Porém no minuto seguinte, Diego Tardelli aproveitou uma desatenção da defesa cruzeirense para marcar o seu terceiro gol na partida e colocar o Galo novamente na frente.
O gol desarticulou o Cruzeiro, que ficou ainda mais vulnerável defensivamente com a entrada de Edcarlos. Neto Berola que havia acabado de entrar no lugar do veterano Magno Alves aproveitou um destes vacilos para marcar o quarto gol do Galo. Com dois gols de vantagem, o Atlético recuou e possibilitou uma pressão do Cruzeiro, que foi pra cima e ainda conseguiu descontar aos 40 minutos com Gil, aproveitando uma falha da defesa do Galo e colocando fogo no jogo. Dois minutos depois, Welligton Paulista teve a chance de empatar ao colocar a bola na trave de Renan Ribeiro. Ainda houve tempo de Diego Tardelli conseguir ser expulso já nos acréscimos ao cometer um antijogo típico de cartão amarelo.
O clássico foi interessante para medir a força das duas equipes. O Cruzeiro manteve do meio para a frente o seu poderio ofensivo, porém a defesa é o seu tendão de Aquiles e deverá complica-lo na Libertadores se não houverem os ajustes necessários. Já o Galo tem uma equipe mais equilibrada, porém com a defesa também apresentando deficiências, o que ajuda a explicar este placar de sete gols. Foi um jogo aberto e com muitos lances de perigos, que o deixou agradável de assistir.
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