sábado, 31 de março de 2012

Cada vez mais longe do título inglês


Pela 31ª Rodada da Premier League, o Manchester City tropeçou novamente na busca pelo tão sonhado titulo inglês ao ficar no 3x3 contra o Sunderland no Ettihad Stadium. E o pior é que o resultado ainda foi bom diante das circunstâncias do jogo, já que o time perdia por 3x1 até aos 84 minutos, quando contou com os oportunismos de Balotelli e Kolarov para reagir.

Para a importante partida contra o bom time montado por Martin O´Neill, o City de Mancini não teve o seu principal jogador, Kum Agüero, afastado por uma lesão que o próprio comandante Citzen classificou como “estúpida”, supostamente originada ao brincar com uma moto de seu filho de três anos.

Sem Agüero, o time do City mostrou o mais do mesmo em campo, com um maior volume de jogo e de posse de bola, porém carente de criação, em função da ausência de Nasri e de uma sequencia de atuações abaixo da média de David Silva. O meio espanhol foi muito bem marcado e até criou algumas jogadas,  cuja maioria originou em chances de gols criadas pelo ataque do City.

O time visitante mostrava uma forte marcação e saia rápido ao ataque, principalmente via Sessegnon, que foi o homem mais perigoso do Sunderland no jogo. O atacante serviu Larson para abrir o placar com um chute no canto esquerdo de Hart aos 30 do primeiro tempo. Balotelli até conseguiu o empate para o City aos 43, em um pênalti à brasileira sofrido por Dzeko, assinalado pelo árbitro Phil Dowd após dois lances confusos de Balotelli na grande área que o torcedor chiou, mas em que nenhum deles vi pênalti. 

Para coroar a primeira etapa, Sessegnon encontrou a cabeça de Bendtner já nos descontos, para levar o time visitante para o vestiário em vantagem.  Já no segundo tempo, Mancini buscou deixar o time mais ofensivo com a entrada de Adam Johnson no lugar de Micah Richards. Porém o problema Citzen era na esquerda defensiva, e foi por lá que Sessegnon lançou Bendtner em velocidade para cruzar para Larsson marcar o terceiro. 

Mancini apelou novamente para o seu ex-desafeto e agora amuleto Tevez, sacando mais uma vez David Silva, o que mostra todo um descontentamento com a má fase do meia. Depois colocou Pizarro no lugar de Miler, e o time foi pra cima do Sunderland, porém mostrando os intermináveis problemas de criação de jogadas. O time teve a sorte de encontrar dois gols pontuais, um aos 39 com Balotelli levanto vantagem individual e chutando no canto do goleiro, enquanto que no minuto seguinte, Kolarov também tentou arriscar, e contou com a má disposição do goleiro  Mignolet ao não tentar esboçar nenhuma das duas defesas, e ficando estático presenciando a bola balançar a rede.

Diante de um retrospecto negativo de 3x1 até os 39 do segundo tempo, o empate ficou de bom tamanho para o City, já que manteve a sua invencibilidade em casa. Porém, em termos de campeonato, o City facilitou a vida do rival United, visto que o time rival ainda entrará em campo diante do fraco Blackburn, podendo aumentar a diferença para 5 pontos, faltando apenas sete rodadas para o fim. 

Sem títulos e com um campeonato tido como ganho escapando das mãos dessa maneira, tudo indica que a casa de Mancini cairá ao fim da temporada. 

quarta-feira, 28 de março de 2012

Confronto aberto após empate sem gols


Em San Siro, o Milan tinha como principal objetivo não levar gols contra a máquina de jogar futebol chamado Barcelona.  Sem o principal zagueiro Thiago Silva, Alegri postou o time de forma mais compactada, esperando o Barcelona, para que em três ou quatro toques conseguisse montar um contra-ataque rápido e pegasse o time catalão desprevenido para criar chances.

Guardiola teve problemas para escalar o Barcelona, pois com as lesões de Abidal e Adriano, o time ficou sem lateral esquerdo para escalar, obrigando o treinador a improvisar, colocando Puyol na esquerda e Mascherano na zaga, enquanto o meio ficou mais contido com a entrada de Keita no auxilio a Busquets, empurrando Iniesta para jogar mais ofensivamente como um ponta, no esquema 4-3-3, que ainda tinha Messi e Sánchez no ataque. 

O Milan teve nos 20 primeiros minutos as suas duas principais chances do jogo, uma com Robinho, logo aos 2 minutos, quando o atacante pegou livre uma escorada de Ibrahimovic e isolou, enquanto que o centroavante sueco teve a sua chance aos 19, em uma enfiada sensacional de Seedorf, que lhe colocou na cara do gol mas sem conseguir desviar de Valdés em uma conclusão displicente.

O Barcelona aos poucos tomou conta do jogo, dominando a posse de bola e mostrando um maior volume ofensivo. O time catalão chegou a encurralar os anfitriões em ¼ do campo, conseguindo tocar a bola dentro da área milanista, e tendo em um tabelamento envolvendo Xavi com Messi a melhor chance da primeira etapa, quando o meia espanhol exigiu uma grande defesa do goleiro italiano. 

No segundo tempo, o Milan adiantou a marcação, aumentando a sua participação na posse de bola e truncando o jogo no meio-campo, o que fez cair o ritmo da partida, já que o Barcelona tinha dificuldades para evoluir a partir da sua intermediaria ofensiva.  Guardiola tirou Iniesta, que não fazia uma boa partida, para a entrada de Tello, e depois sacou Sánchez para entrada de Pedro.

 A entrada de ambos deixou o time menos flexível nas pontas, diminuindo o numero de chances. Mesmo assim, o time chegou a um total de 17 arremates, porém a mais perigosa do segundo tempo foi um chute cruzado de Messi, que obrigou Abbiati a fazer uma grande defesa.  O Milan também chegava mais ao ataque em comparação ao primeiro tempo, mas não criou nenhuma chance de jogo, e ainda perdeu Robinho lesionado no inicio da segunda etapa, e que foi outro que decepcionou no jogo.

No fim das contas, o jogo serviu para deixar o Milan vivo, pois o time italiano terá a vantagem do empate com gols no jogo da volta no Camp Nou. O Barcelona pareceu respeitar demais o adversário e não quis forçar uma vitória, ficando em branco depois de muito tempo, e sentindo a ausência de Adriano na esquerda, já que o time ficou capenga e dependente de Daniel Alves. Só estranhou-me a não escalação de Fábregas, que ficou no banco, ao longo da partida. Só uma lesão poderia explicar a sua não escalação.

Barcelona segue favorito porque tem melhor time, porém o Milan tem uma camisa sete vezes campeã da liga, o que deixa o duelo aberto.  

terça-feira, 27 de março de 2012

Chelsea larga em vantagem


No outro jogo do dia pelas quartas-de-final, o Benfica recebeu o Chelsea no Estádio da Luz para tentar construir uma vantagem para o jogo da volta no Stamford Bridge. Não só não conseguiu como saiu derrotado pelo placar mínimo, o que ainda lhe dá chances de tentar uma reação em Londres.

O jogo foi fraco do ponto de vista técnico, pois ambos os times priorizaram a marcação, promovendo um encaixe no meio-campo entre os esquemas 4-2-3-1 de ambos. Porém o Benfica tentou jogar um pouco mais, e arrematou sete vezes no primeiro tempo contra cinco do Chelsea, porém de lances perigosos no primeiro tempo, apenas um voleio de Cardozo por parte do Benfica ao lado do gol de Cech, e uma chegada de Fernando Torres pelo Chelsea, após boa jogada trabalhada no meio, mas errando o alvo. 

Na segunda etapa, o Benfica começou mais perigoso, com maior volume de jogo, porém foi o Chelsea que perdeu uma grande chance com Mata, que recebeu na área, chegou a driblar o goleiro Artur, mas acabou acertando a trave, pois já estava sem ângulo.  O time português continuava criando chances, porém o Chelsea faria o seu gol aos 29, em um contra-ataque puxado por Ramires, que serviu Torres na direita, e este cruzou para Kalou marcar. 

Em desvantagem, Jorge Jesus deixou o Benfica ainda mais ofensivo para tentar pelo menos o empate, e o time chegou a abafar o Chelsea nos minutos finais, chegando a um total de 23 arremates na partida, porém cedeu o contra-ataque para o adversário, que perdeu o gol com Mata, após uma arrancada de Sturridge. 

Agora o time português terá que vencer por um gol de diferença desde que o placar seja a partir de 2x1 em Londres para passar de fase, o que é difícil, mas não impossível, visto que o time do Chelsea ainda não inspira tanta confiança. Porém não há como negar que o time inglês se encorpou com Di Matteo, e somado com a vantagem do primeiro confronto, é o favorito para passar de fase e fazer a semifinal contra o vencedor de Milan x Barcelona. 

Força brazuca vinda do banco


Em Nicósia, teve-se fim o sonho cipriota de continuar a escrever história do país nesta edição da UEFA Champions League. 

Pra falar a verdade, durou até mais do que os mais conscientes torcedores do time esperavam, pois o APOEL conseguiu segurar o Real Madrid por mais de 75 minutos, quando a dupla brasileira Kaká e Marcelo foi acionada e participou ativamente no processo de construção do escore.

Mourinho não teve duas peças-chave do seu meio-campo, o espanhol Xabi Alonso, suspenso, que deu lugar a Sahin, que fez uma boa partida e participou da construção de vários lances na primeira etapa, enquanto que Higuaín foi mantido na vaga do ainda lesionado argentino Di Maria, atuando mais aberto e deixando Benzema no comando do ataque. 

Para tentar parar o time merengue, o treinador Jovanovic escalou um esquema 4-4-2 em linha, com o time tentando uma pressão na saída de bola, porém limitando-se a congestionar a intermediária ofensiva do Real Madrid, dificultando assim os tabelamentos pelos flancos, por onde Cristiano Ronaldo e Özil tiveram muitas dificuldades, já que a parceria dos laterias Arbeola e Coentrão não era efetiva.

Na primeira etapa, o Real teve a rigor três grandes chances, onde a principal foi com Benzema aos 33, após cruzamento de Sahin, que estava livre na pequena área e com o goleiro grego Chiotis batido, mas acabou sofrendo com o espirito de Deivid e isolou. No mais, as principais jogadas do Real Madrid eram pela esquerda ofensiva, principalmente em lançamentos de Sahin que buscavam a infiltração dos meias, já que trabalhar a bola era complicado.

O time cipriota quase não viu a bola, pois o time madrileno terminou o primeiro tempo com uma média de 70% de posse de bola, porém sem grande efetividade. Os anfitriões ainda sentiram o desfalque do zagueiro Marcelo Oliveira logo aos 9 minutos, por lesão muscular, e raramente chegavam ao ataque, somente em lances isolados criados em vantagem individual de Aílton, que no segundo tempo foi o único atacante, pois o treinador retrancou ainda mais o time com a entrada de Hélder Sousa em um esquema 4-3-2-1.

O Real continuaria sem apresentar novidades até aos 17 do segundo tempo, quando Mourinho resolveu colocar os brasileiros Marcelo e Kaká, nos lugares de Coentrão e Higuaín. O time começou a levar vantagem nas jogadas pelas pontas, e passou a encurralar o APOEL. E foi em uma jogada iniciada por Marcelo, que o Real Madrid abriu o marcador aos 28, quando o lateral lançou Kaká na esquerda, que por sua vez cruzou na cabeça de Benzema. A pressão madrilena continuava, e aos 37 foi a vez de Marcelo receber em profundidade na esquerda um lançamento de Cristiano Ronaldo, e de forma desiquilibrada cruzou para trás, na altura da marca de pênalti, para Kaká apenas desviar do goleiro e marcar o segundo. 

E ainda houve tempo para o time espanhol marcar o terceiro aos 44, quando Özil cruzou de trivela para Benzema, novamente livre, desta vez não perder, e empurrar para as redes, liquidando qualquer chance de reação do time cipriota. Fim de jogo e de confronto, cujo jogo da volta em Madri será uma mera formalidade.  Que Mourinho aprenda a escalar os melhores desde o início do jogo. 

domingo, 25 de março de 2012

Teria Vuaden se entregado?


Já aos cerca de 52 minutos do segundo tempo, quando o jogo estava paralisado em meio a uma confusão originada por uma penalidade do zagueiro  Léo do Cruzeiro, que imprudentemente aumentou a área de ação de seu braço e por onde foi desviado uma tentativa de finalização de Moreno, um jogador do Cruzeiro que não me recordo o nome, teve uma fala captada pelo som ambiente, falando que o árbitro Leandro Pedro Vuaden teria se entregado

Imagino que a indignação do jogador do Cruzeiro, bem como todo o ambiente de time e torcida era para com a reação do arbitro, que depois de consultar o bandeirinha, marcou com uma fisionomia de satisfação o pênalti, que eu também marcaria, ocorrido aos 50 minutos do segundo tempo, dentro de um excessivo e incompreensível período de seis minutos de acréscimo, já que não ocorreram grandes paralisações na partida que justificasse tamanho tempo a ser recompensado. 

Tamanha era a ira do time do Cruzeiro, que foi necessária a presença da PM, que acabou absurdamente utilizando spray de pimenta em um jogador do Cruzeiro, que apesar de toda a insatisfação, não deu nenhum sinal que cometeria violência contra o árbitro. Tão logo o pênalti foi batido, e o arbitro encerrou o jogo, sem ao menos compensar os cerca de dois minutos que ainda faltavam para os seus seis minutos de acréscimo, o que acabou ficando injusto para o Cruzeiro, já que o acréscimo parecia infinito até que o Grêmio marcasse o gol da vitória.

Neste jogo especificamente, o Cruzeiro conseguiu fazer um jogo de igual para igual com o Grêmio. Sofreu um gol de falta no início da partida, em uma bela cobrança do gremista Fernando, porém poderia ter se recuperado na mesma moeda, se não fosse a trave, e depois Victor. O time não se abateu e conseguiu a reação no segundo tempo, mostrando um volume de jogo suficiente para lhe dar a vitória, quando o final de jogo chegou e o Grêmio tentou desesperadamente a busca pela vitória, quando ocorreram os fatos enumerados nos primeiros parágrafos deste texto. 

Muitos vão me chamar de parcial por ser Colorado, porém há tempos tenho presenciado injustiças tanto neste esporte quanto em outros, e não falo apenas de Grêmio, Corinthians ou Flamengo, já que a França se classificou para a última Copa do Mundo com uma mão de Henry, enquanto que até na Europa equipes menores têm jogadores expulsos ou acabam sofrendo com outros tipos de injustiças contra equipes maiores e endinheiradas, e hoje mesmo, na Formula 1, supõe-se que a Sauber, parceira da Ferrari, teria sido recomendada pela escuderia de Maranello a ordenar o mexicano Pérez que “pegasse leve” e guardasse o segundo lugar, abrindo espaço para a vitória de Alonso, quando a sua Sauber era mais rápida e a ultrapassagem era questão de momento. 

Enfim, o post tem mais cara de desabafo, pois a cada dia os esportes mais populares movimentam uma quantidade imensurável de recursos, mas também têm mostrado uma faceta obscura, que muitas vezes se mostra injusta e antidesportiva. O erro é inerente ao ser humano, porém uma série de erros a favor ou contra determinado lado torna-se uma conspiração, que só é explicável por algum interesse externo. Entra neste caso o termo dois pesos e duas medidas, que tem sido seguidamente comentado no segmento esportivo.

Você nunca se perguntou “Por que sempre os mesmos ganham, mesmo quando não merecem ganhar?” Eu me pergunto, e de forma seguida, porém nem todos tem esta ideia, visto que é conveniente a quem vê seu lado beneficiado aquietar-se e comemorar como se fosse uma vitória indiscutível em termos morais. Porém é fato que o esporte de alto rendimento e popular vem tornando-se menos importante do ponto de vista esportivo, para tornar-se fundamental do ponto de vista econômico.

Quanto mais popular é um lado, mais investimento recebe, para que seus investidores tenham ainda mais retorno. E não é apenas dentro de campo, gera mais audiência para que a televisão que transmita possa faturar a publicidade necessária para fazer do seu produto rentável. É uma cadeia, que segue os princípios do Capitalismo, o que faz com que haja a polarização em dois lados fortes para que se tenha uma competição, porém nada mais do que isso, visto que não há um interesse em repartir e tornar ainda mais incerto a possibilidade de retorno de investimento. Desta forma surgem os protagonistas, já que campeonatos giram em torno deles. 

Hoje não se imagina o futebol espanhol sem Real Madrid e Barcelona, o brasileiro sem Corinthians e Flamengo, o gaúcho sem Grêmio e Inter e a Formula 1 sem a Ferrari. Por isso, que ano após ano, cada um destes citados é cada vez maior em seus territórios dominantes, para que possa movimentar toda esta estrutura capitalista do esporte.

A paixão por torcer por algum esporte está dando lugar à satisfação de ver o time ou a equipe campeã, não importando os motivos e o nível de merecimento que a fizeram chegar lá. E seria justamente o telespectador apaixonado pelo esporte que poderia mudar esta conjuntura, porém a paixão e importância de um lado é sempre maior que a de um todo.  

E deu Alonso, com garra, sorte, categoria e diplomacia


Em Sepang nada de McLaren nem RBR. A tradicional chuva do fim de tarde transformou a corrida em uma disputa entre Ferrari e Sauber, onde o ferrarista Alonso venceu Pérez da escuderia de Peter Sauber, mostrando toda a força e sorte de bicampeão para fazer renascer o Carro de 2012, que mais se parece uma carroça. 

Porém a vitória pode ter tido ingredientes políticos, já que o piloto espanhol sofreu pressão de Pérez na parte final da prova, e uma estranha mensagem de excesso de zelo por parte da equipe suíça para com o seu piloto, lhe mandado “pegar leve” quando era mais rápido, reascendeu a discussão sobre a Ferrari, que poderia ter ordenado a “parceira” em não deixar o seu piloto mexicano ultrapassar Alonso, e assim poder comemorar a vitória da redenção, algo não descartável se tratando de Ferrari e seu histórico recente.  

A corrida teve duas partes, já que a chuva típica de uma região tropical onde está localizada Sepang é diária e tem hora marcada, o que acabou paralisando a corrida por 50 minutos na oitava volta. 

Na primeira parte, a chuva começou momentos antes da largada, porém de uma forma moderada, que permitiu aos pilotos a utilização dos compostos intermediários. Nela, Hamilton manteve a ponta, com seu companheiro Button em segundo, enquanto que Grosjean e Schumacher ficaram para trás, permitindo que Webber e Vettel assumissem o terceiro e quarto postos. Outros pilotos que ganharam várias posições foram Alonso, Raikkonen, Kobayashi e Maldonado, que se envolveria em um acidente com Senna na primeira volta e perderia posições. Grosjean também sairia da pista e abandonaria pela segunda vez consecutiva.

A chuva se intensificou, obrigando que os pilotos entrassem no PIT para a colocação dos pneus de chuva intensa, com Pérez sendo o primeiro logo na segunda volta, o que lhe fez ganhar várias posições após a parada dos demais pilotos. Na sétima volta, assim que Hamilton fez a sua parada, continuando na ponta, o Safety-Car foi acionado em função do aumento substancial chuva, para logo após a corrida ser efetivamente interrompida em bandeira vermelha. Naquele momento, os dez primeiros eram: Hamilton, Button, Pérez, Webber, Alonso, Vettel, Vergne, Massa, Rosberg e Karthikeyan. Vergne e Karthikeyan não pararam nos boxes, deixando a Toro Rosso e HRT em boas posições. 

50 minutos depois....

As condições da pista melhoraram, e exatamente 50 minutos após a paralisação, o GP da Malásia pode ser retomado em regime de Safety-car, que duraria mais quatro voltas, para a então relargada. Nesse período, os pilotos conseguiram formar um trilho, que combinado com a parada da chuva, possibilitou a troca de pneus de chuva forte para intermediários. 

Logo após a parada, Button acabou se encontrando com a HRT de Karthikeyan, perdendo parte do bico e várias posições, enquanto que Hamilton enfrentou problemas com o tráfego no Pit e perdeu tempo, e Alonso, que ultrapassou Webber na relargada e depois Pérez, acabou assumindo a ponta, mantendo um ritmo constante de mais de 1seg mais rápido que Hamilton, e sendo acompanhado de perto apenas pelo mexicano da Sauber, que conseguiu manter uma diferença sempre abaixo da casa dos 10 segundos.

Com o passar das voltas, a pista foi secando, e a Sauber de Pérez começou a girar mais rápido que a Ferrari de Alonso, deixando no visual a distancia que o ferrarista havia conquistado ao longo de 20 voltas. Naquele instante, alguns pilotos já se arriscavam nos pneus para pista seca, tendo um rendimento abissal comparado aos que estavam de intermediários, o que fez com que todos fossem para os Boxes. Alonso foi uma volta antes de Pérez, e com isso conseguiu cerca de 8 segundos de vantagem, que logo foram recuperados pelo mexicano, já que seguia virando mais rápido que a Ferrari.

Em oito voltas, Pérez chegou em Alonso, e quando estava na eminencia de ultrapassar o espanhol, recebeu um estranho aviso da equipe via rádio, que foi mostrado pela FIA: “Tenha cuidado, precisamos dessa posição”. Logo depois, o piloto cometeu um erro, e deixou a vantagem confortável para Alonso vencer, e fazer festa com a carroça da Ferrari, que o deixa líder momentâneo do campeonato. Pérez acabou em segundo, merecendo os parabéns por ter colocado a Sauber novamente no pódio, e mostrado que tinha um carro em condições de vencer. Hamilton completou o pódio com o terceiro lugar.

Além de Alonso e Pérez, a corrida trouxe Raikkonen e Bruno Senna como grandes destaques, já que terminaram em quinto e sexto lugares respectivamente. O brasileiro fez jus ao sobrenome de seu tio campeão com uma grande corrida, mostrando constância e rapidez, que lhe proporcionaram algumas ultrapassagens, e no fim acabou ganhando a posição de Vettel, que acabou se envolvendo em um incidente com o carro de mão HRT, que furou um de seus pneus traseiros e o tirou da zona de pontuação. 

Já Massa contrastou com seu compatriota e com o seu companheiro de equipe terminando em 15º, após um inicio de prova constante, mas do meio em diante com problemas nos pneus e com as tradicionais escapadinhas, que o fez cair lá para trás no grid. Em um determinado período da prova, o brasileiro e os carros da Mercedes giravam 2 a 3 segundos mais lentos que os oponentes, o que acabou complicando com a prova de Schumacher, que terminou em 10º, e de Rosberg, que terminou em 13º. 

Com ou sem política da boa vizinhança, a vitória de Alonso tem que ser bastante comemorada pela Ferrari e pelos fãs da escuderia de Maranello, já que o espanhol fez um verdadeiro milagre com a carroça vermelha, além de mostrar toda a sorte de bicampeão que o fez abrir caminho e lhe possibilitar a vitória. Já Pérez mostra que tem um grandioso futuro pela frente. O piloto, que é conhecido por conservar os seus pneus e fazer poucas paradas, mostrou que é arrojado e constante, merecendo uma vaga em uma equipe grande. 


A categoria dará uma parada de 15 dias e voltará em 15/04 com o GP da China. 

sábado, 24 de março de 2012

City tropeça novamente


O Manchester City foi até o Brittania Stadium pegar o Stoke City, onde é sempre difícil jogar, e não trouxe mais que um empate, graças a uma conclusão de Yaya Toure da intermediária. O time voltou a apresentar os mesmos problemas de criação e deixou o caminho limpo para o rival United aumentar a distância na liderança. 

O primeiro tempo foi ruim tecnicamente, marcado por um domínio nada produtivo de posse de bola por parte do Manchester City no campo de atauqe, enquanto o Stoke City conseguiu encaixar alguns contra-ataques no início do jogo, porém acabou encaixado na marcação sob pressão dos Citizens, assustando apenas em uma cobrança fechada de escanteio de Etherington, que poderia ter virado um gol olímpico se Zabaleta não tivesse tirado em cima da linha. 

O City, que só chegou na primeira etapa com uma finalização sem grande perigo de Balotelli, começou apertando com Dzeko logo no início da segunda, porém o Stoke voltou a conseguir encaixar contra-ataques e em um tabelamento envolvendo Crouch e Pennant, que recém havia entrado no lugar de Jerome, o grande atacante mostrou que tem habilidade ao receber o passe de seu companheiro, dominar com estilo e mandar de sem pulo da intermediária no ângulo direito de Hart, marcando um verdadeiro golaço.

O gol desnorteou o time de Manchester, que precisou da intervenção do treinador Mancini ao colocar Tévez e Adam Johnson nos lugares de Barry e David Silva. No primeiro lance após a entrada do ex-desafeto do treinador, o City empataria com um chute de fora da área de Yaya Toure, que desviou levemente na defesa e que acabou sendo aceito pelo goleiro Begovic.

O treinador Citizen mostrou ainda mais coragem ao sacar Zabaleta para colocar Milner, para promover o que seria um abafa final. O time tinha problemas de criação, já que não tinha Agüero em campo, David Silva teve uma partida apática e foi sacado, enquanto Nasri era apenas discreto.  Mas o Stoke City também modificou a equipe, e as entradas de Palacios e Jones no ataque trouxeram uma nova movimentação ofensiva, que trouxe perigo ao Manchester City e que deixou o fim de jogo aberto.

Com o empate, o City ocupa provisoriamente a liderança, já que empata em pontos com o rival United e ganha no saldo de gols, porém o adversário na luta pelo titulo ainda entrará em campo pela rodada, na próxima segunda, em jogo contra o Fulham em Old Trafford.  O time não consegue convencer desde a queda técnica de David Silva, que foi o principal jogador do time ao longo do primeiro turno, mas que vem perdendo importância  no time, e contribuindo para a queda de rendimento do time Citizen.

Gunners vencem Leões com tranquilidade


Pela 30ª Rodada da Premier League, o Arsenal pegou o Aston Villa no Emirates e conquistou a sua sétima vitória consecutiva na liga inglesa, que somada com o empate entre Chelsea x Tottenham, praticamente encaminhou a classificação do time gunner no G4 para a próxima edição da Champions League, com grandes chances de terminar em terceiro lugar.

O jogo foi tranquilo para o Arsenal, que não teve dificuldades para bater o 15º colocado na tabela.  O time tomou a iniciativa e mostrou desde os primeiros minutos um gramde volume ofensivo, tramando principalmente jogadas iniciadas nos flancos por Gervinho e Walcott, que buscavam Van Persie ou a infiltração em diagonal de elementos surpresas. E foi desta maneira que saiu o primeiro gol do Arsenal aos 15, com jogada de Gervinho na esquerda que achou o lateral esquerdo Gibbs, que se projetava em diagonal na entrada da área, para chutar cruzado e abrir o placar.

Logo depois, aos 25, sairia o segundo, desta vez com um lançamento de Song para Walcott entrar em diagonal pela direita e em velocidade, para deslocar o goleiro Given. O goleiro irlandês evitou um placar maior na primeira etapa com algumas defesas importantes, e quando não conseguiu defender, contou com a cabeça salvadora do zagueiro Warnock, que salvou de cima da linha um rebote de Van Persie. 

No segundo tempo, o Arsenal diminuiu o ritmo, visando administrar a confortável vantagem. O Aston Villa chegou a arriscar algumas chegadas ao ataque, mas não conseguiu criar efetivamente nenhuma chance, enquanto que o Arsenal continuava perigoso em suas raras chegadas, e quase marcou com Arteta e Ramsey ao longo da segunda etapa. Já nos acréscimos, o time conseguiu uma falta próxima a área que Arteta bateu com categoria para fechar o marcador. 

Faltando oito jogos para o final do campeonato, o Arsenal conseguiu uma vantagem confortável em termos de G4, já que abre oito pontos do Chelsea, atual quinto Colocado. Na briga pela vaga direta para a fase de grupos o time já ultrapassou o rival Tottenham, abrindo uma confortável vantagem de três pontos. 

Hamilton é novamente pole


Na Malásia, a McLaren mostrou toda a sua força e cravou a primeira fila tal qual como na Austrália, com Hamilton garantindo a sua segunda pole position na temporada, enquanto Button largará em segundo. Não foi uma diferença dominadora, já que o Schumacher, o terceiro, ficou há 0,17s do tempo de Hamilton, mostrando que o modelo 2012 da Mercedes é rápido em treinos;

As RBR’s mais uma vez fizeram um treino discreto, e Webber largará novamente à frente de Vettel com o seu quarto lugar, enquanto que o alemão herdou a quinta posição de Raikkonen, que foi obrigado a trocar o seu câmbio e, por isso, perderá cinco posições no grid, largando em 10º. Ao contrário da Austrália, os carros de Newey andaram basicamente no mesmo tempo das McLarens e da Mercedes, porém ainda sem demonstrar potencial para retomar o domínio na categoria.

A Ferrari mostrou avanços em relação à Austrália, já que Massa com um novo chassi ficou no meio do bolo intermediário e largará em 12º, enquanto que Alonso manteve-se mais rápido que o brasileiro, classificando-se para o Q1 com vantagem de três décimos, e vai largar em 8º, pois não teve carro para uma melhor sorte.

Já Force India e Toro Rosso alternaram as últimas posições do pelotão intermediário. Pelo lado dos touros vermelhos, algo normal, visto que a equipe é subsidiária da Red Bull, enquanto que o time de Vijay Mallya mostra que o modelo VJM05 não foi tão bem nascido quanto o modelo do ano passado, que deixou o time em sexto lugar nos construtores com certa tranquilidade.

A Williams mostrou que tinha carro para chegar ao Q3, porém Maldonado errou no Q2, saindo fora da pista e comprometendo a sua participação no treino, enquanto que Senna acompanha de longe seu companheiro, apesar da diferença de ambos ter ficado na casa dos dois décimos.  Finalmente pode-se dizer que, apesar dos limites orçamentários, a Williams tem um carro competitivo que lhe proporcionará uma boa quantidade de pontos neste mundial, caso Frank tenha um combustível financeiro para evoluí-lo ao longo da temporada. 

Já lá atrás, a novidade foi a HRT, que conseguiu tempos suficientes para largar amanha, e provavelmente atrapalhar algum ou alguns pilotos, visto que o carro é dois segundos mais lento que a Marussia, segunda pior equipe do grid.  

Para a corrida, espera-se que a chuva apareça, pois a Malásia está na linha equatorial, e assim como a região amazônica, tem uma chuva diária que pode gerar transformar-se em temporal como o que foi visto em 2009, quando a corrida teve que ser finalizada pela metade. O consumo de pneus preocupará, visto que são esperados três pitstops para cada piloto, o que complicará times como a Mercedes e o estilo de pilotagem agressivo de Hamilton.

sexta-feira, 23 de março de 2012

Formula 1 chega à Malásia para a segunda etapa


O circuito malaio de Sepang tem 5.543 metros espalhados por 15 curvas, e cederá pela 14ª vez o GP da Malásia de F1. A prova terá 56 voltas. 


O vencedor de 2011 foi Sebastian Vettel da Red Bull, que também venceu em 2010. O Maior vencedor é o seu compatriota Schumacher com três tentos (2000, 2001 e 2004), enquanto que o recorde do circuito pertence a Montoya com o seu Williams 2004.  

É um circuito técnico, que conta com duas grandes retas em um formato de “V”, permitindo que os pilotos usem o KERS e o DRS, apesar de que este recurso da asa estará disponível apenas para a grande reta ao longo do GP. 



Para o fim de semana, a expectativa recai sobre a confirmação do desempenho inicial de alguns times, que surpreenderam positivamente como a Williams e a McLaren, e outras que decepcionaram como a Ferrari e Force Índia, e ainda a HTR, que não entra no quesito mico, já que não conseguiu sequer largar na estreia por não ter tido tempo suficiente.  

A McLaren mostrou uma razoável superioridade, que se for mantida na Malásia, poderá elevá-la a condição de equipe do ano. A Red Bull de Vettel mostrou um desempenho constante na Austrália, porém ainda incapaz de disputar a liderança com Button. As duas equipes deverão polarizar a disputa em 2012, já que a Mercedes teve problemas com desgaste de pneus e mostrou a velha queda de rendimento durante a prova, enquanto que a Lotus sofrerá com a inexperiência recente de seus pilotos, já que ambos estavam longe da categoria há pelo menos duas temporadas.

A Ferrari ainda é um ponto de interrogação, pois parece uma carroça moldada em um chassi de F1. Alonso fez milagre na Austrália, porém nem assim escapou de ser pressionado pela Williams de Maldonado no fim da corrida, enquanto que na tomada de tempo, o time não saiu das posições intermediárias. Já os segundos pilotos de ambas as equipes citadas neste paragrafo terão que se redimir do papelão australiano, quando se enroscaram na disputa pelo 14º lugar, enquanto seus companheiros disputavam o 5º.