Em Nicósia, teve-se fim o sonho cipriota de continuar a escrever história do país nesta edição da UEFA Champions League.
Pra falar a verdade, durou até mais do que os mais conscientes torcedores do time esperavam, pois o APOEL conseguiu segurar o Real Madrid por mais de 75 minutos, quando a dupla brasileira Kaká e Marcelo foi acionada e participou ativamente no processo de construção do escore.
Mourinho não teve duas peças-chave do seu meio-campo, o espanhol Xabi Alonso, suspenso, que deu lugar a Sahin, que fez uma boa partida e participou da construção de vários lances na primeira etapa, enquanto que Higuaín foi mantido na vaga do ainda lesionado argentino Di Maria, atuando mais aberto e deixando Benzema no comando do ataque.
Para tentar parar o time merengue, o treinador Jovanovic escalou um esquema 4-4-2 em linha, com o time tentando uma pressão na saída de bola, porém limitando-se a congestionar a intermediária ofensiva do Real Madrid, dificultando assim os tabelamentos pelos flancos, por onde Cristiano Ronaldo e Özil tiveram muitas dificuldades, já que a parceria dos laterias Arbeola e Coentrão não era efetiva.
Na primeira etapa, o Real teve a rigor três grandes chances, onde a principal foi com Benzema aos 33, após cruzamento de Sahin, que estava livre na pequena área e com o goleiro grego Chiotis batido, mas acabou sofrendo com o espirito de Deivid e isolou. No mais, as principais jogadas do Real Madrid eram pela esquerda ofensiva, principalmente em lançamentos de Sahin que buscavam a infiltração dos meias, já que trabalhar a bola era complicado.
O time cipriota quase não viu a bola, pois o time madrileno terminou o primeiro tempo com uma média de 70% de posse de bola, porém sem grande efetividade. Os anfitriões ainda sentiram o desfalque do zagueiro Marcelo Oliveira logo aos 9 minutos, por lesão muscular, e raramente chegavam ao ataque, somente em lances isolados criados em vantagem individual de Aílton, que no segundo tempo foi o único atacante, pois o treinador retrancou ainda mais o time com a entrada de Hélder Sousa em um esquema 4-3-2-1.
O Real continuaria sem apresentar novidades até aos 17 do segundo tempo, quando Mourinho resolveu colocar os brasileiros Marcelo e Kaká, nos lugares de Coentrão e Higuaín. O time começou a levar vantagem nas jogadas pelas pontas, e passou a encurralar o APOEL. E foi em uma jogada iniciada por Marcelo, que o Real Madrid abriu o marcador aos 28, quando o lateral lançou Kaká na esquerda, que por sua vez cruzou na cabeça de Benzema. A pressão madrilena continuava, e aos 37 foi a vez de Marcelo receber em profundidade na esquerda um lançamento de Cristiano Ronaldo, e de forma desiquilibrada cruzou para trás, na altura da marca de pênalti, para Kaká apenas desviar do goleiro e marcar o segundo.
E ainda houve tempo para o time espanhol marcar o terceiro aos 44, quando Özil cruzou de trivela para Benzema, novamente livre, desta vez não perder, e empurrar para as redes, liquidando qualquer chance de reação do time cipriota. Fim de jogo e de confronto, cujo jogo da volta em Madri será uma mera formalidade. Que Mourinho aprenda a escalar os melhores desde o início do jogo.
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