Em San Siro, o Milan tinha como principal objetivo não levar gols contra a máquina de jogar futebol chamado Barcelona. Sem o principal zagueiro Thiago Silva, Alegri postou o time de forma mais compactada, esperando o Barcelona, para que em três ou quatro toques conseguisse montar um contra-ataque rápido e pegasse o time catalão desprevenido para criar chances.
Guardiola teve problemas para escalar o Barcelona, pois com as lesões de Abidal e Adriano, o time ficou sem lateral esquerdo para escalar, obrigando o treinador a improvisar, colocando Puyol na esquerda e Mascherano na zaga, enquanto o meio ficou mais contido com a entrada de Keita no auxilio a Busquets, empurrando Iniesta para jogar mais ofensivamente como um ponta, no esquema 4-3-3, que ainda tinha Messi e Sánchez no ataque.
O Milan teve nos 20 primeiros minutos as suas duas principais chances do jogo, uma com Robinho, logo aos 2 minutos, quando o atacante pegou livre uma escorada de Ibrahimovic e isolou, enquanto que o centroavante sueco teve a sua chance aos 19, em uma enfiada sensacional de Seedorf, que lhe colocou na cara do gol mas sem conseguir desviar de Valdés em uma conclusão displicente.
O Barcelona aos poucos tomou conta do jogo, dominando a posse de bola e mostrando um maior volume ofensivo. O time catalão chegou a encurralar os anfitriões em ¼ do campo, conseguindo tocar a bola dentro da área milanista, e tendo em um tabelamento envolvendo Xavi com Messi a melhor chance da primeira etapa, quando o meia espanhol exigiu uma grande defesa do goleiro italiano.
No segundo tempo, o Milan adiantou a marcação, aumentando a sua participação na posse de bola e truncando o jogo no meio-campo, o que fez cair o ritmo da partida, já que o Barcelona tinha dificuldades para evoluir a partir da sua intermediaria ofensiva. Guardiola tirou Iniesta, que não fazia uma boa partida, para a entrada de Tello, e depois sacou Sánchez para entrada de Pedro.
A entrada de ambos deixou o time menos flexível nas pontas, diminuindo o numero de chances. Mesmo assim, o time chegou a um total de 17 arremates, porém a mais perigosa do segundo tempo foi um chute cruzado de Messi, que obrigou Abbiati a fazer uma grande defesa. O Milan também chegava mais ao ataque em comparação ao primeiro tempo, mas não criou nenhuma chance de jogo, e ainda perdeu Robinho lesionado no inicio da segunda etapa, e que foi outro que decepcionou no jogo.
No fim das contas, o jogo serviu para deixar o Milan vivo, pois o time italiano terá a vantagem do empate com gols no jogo da volta no Camp Nou. O Barcelona pareceu respeitar demais o adversário e não quis forçar uma vitória, ficando em branco depois de muito tempo, e sentindo a ausência de Adriano na esquerda, já que o time ficou capenga e dependente de Daniel Alves. Só estranhou-me a não escalação de Fábregas, que ficou no banco, ao longo da partida. Só uma lesão poderia explicar a sua não escalação.
Barcelona segue favorito porque tem melhor time, porém o Milan tem uma camisa sete vezes campeã da liga, o que deixa o duelo aberto.
Nenhum comentário:
Postar um comentário