segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Até onde chegará o desrespeito?

A repórter global Monalisa Perrone foi interrompida da pior maneira quando iria prestar informações sobre o estado do ex-presidente Lula em frente ao Hospital Sírio-Libanês (SP) em uma entrada ao vivo no Jornal Hoje desta segunda-feira.


Providências terão que ser tomadas neste sentido, já que é a segunda vez consecutiva que um repórter da Globo é abordado por desordeiros. Monalisa entrou em estado de choque no momento, mas passa bem.



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Para quem não viu a outra interrupção, no último sábado no Jornal Nacional, o link é este abaixo. Nela, o repórter José Roberto Burnier age com naturalidade após gritos contra a Globo.



Estranho é que em ambas as manifestações foram em entradas ao vivo para relatar o estado de saúde de Lula.

domingo, 30 de outubro de 2011

Vingança e acirramento em cima e em baixo

O perde e ganha, característico do Brasileirão, torna-se ainda mais emocionante a reta final do Campeonato devido aos resultados inesperados, quando tanto equipes da parte debaixo quando os ponteiros precisam vencer seus jogos. Ainda há o fator rivalidade, responsável por tirar pontos de quem precisa.



A dor de um coração duplamente ferido fez de Grêmio x Flamengo o principal jogo da rodada, pelo encontro entre Ronaldinho Gaúcho e o Estádio Olímpico depois de mais de 10 anos, que foi capaz de transformar um jogo inicialmente desinteressante em uma decisão. E esta atmosfera artificialmente criada foi prejudicial ao Flamengo, que acabou levando uma virada histórica de 4x2 e se complicou na briga pelo G5, terminando a rodada no quinto lugar e limite da Zona da Libertadores. Já o Grêmio que está em uma situação intermediária pôde se sentir vingado.

Já o tão almejado G5 ganhou um novo concorrente direto nesta rodada: Figueirense. A equipe catarinense já soma uma sequencia de 11 jogos invicto sendo quatro vitórias consecutivas nas últimas rodadas. O time já chegou aos 50 pontos, mesma pontuação do São Paulo, ostentando o oitavo lugar por ter três gols a menos de saldo que o time paulista, que não saiu do 0x0 contra o Vasco, em um confronto de times da ponta da tabela. Os outros concorrentes à vaga da Libertadores Fluminense e Internacional venceram fora de casa o Ceará e o Atlético-GO respectivamente, deixando cinco equipes em um intervalo de três pontos, e que vale duas vagas para o torneio continental.

Botafogo e Corinthians estão em situação mais cômoda em relação ao G5, o que lhes dão, juntamente com o Vasco, a possibilidade de focar na disputa pelo titulo. O Vasco tem a vantagem de já ter a vaga na Libertadores, conquistada via Copa do Brasil, porém viu o Corinthians ultrapassá-lo depois dos resultados da rodada, na qual a equipe paulista venceu o Avaí, enquanto os cruzmaltinos ficaram no empate. O Botafogo venceu no sábado o Cruzeiro por 1x0 no Engenhão. Os cariocas ainda têm dois clássicos, sendo que um é o confronto entre ambos pela 34ª Rodada, enquanto o Corinthians tem uma tabela mais favorável, o que lhe deixa em vantagem por um possível pentacampeonato.

Ainda há a briga contra a ameaça do rebaixamento. O Atlético-MG foi o único time da parte debaixo da tabela que venceu na rodada, que acabou lhe deixando em uma confortável 14ª colocação, à frente de Bahia e Cruzeiro. Os baianos já estão há 5 jogos sem vencer, o que o deixou na alça de mira do temido Z4, que ainda conta com o Cruzeiro na eminência de entrar.

Os mineiros venceram apenas uma partida nas últimas treze, e só não estão definitivamente na Zona do Rebaixamento em função do Ceará não vencer há seis jogos, sendo que os últimos quatro foram derrotas. Atlético-PR e Avaí não conseguem uma sequencia de bons resultados, e já estão com água no pescoço, enquanto falta apenas formalizar o rebaixamento do América-MG. Tecnicamente quatro times lutam pela última indesejada vaga, com grandes chances para Bahia ou Ceará caírem de divisão.


O campeonato segue no próximo final de semana, com muitos duelos envolvendo times que estão em situação distinta na tabela. Corinthians e Vasco jogarão fora de casa, enquanto o Botafogo jogará novamente em casa. Pelo G5, Flamengo e Internacional jogarão em casa, enquanto Fluminense, Figueirense e São Paulo serão visitantes.

Virada dos sonhos contra o maior desafeto



Sabia-se desde antes do apito inicial do árbitro Evandro Rogério Roman que o duelo entre Grêmio e Flamengo seria centrado em uma figura. Alguém capaz de transformar um não interessante jogo, em uma decisão, onde o prêmio seria um sentimento de vingança, capaz de levar 44.781 gremistas ao Olímpico, mesmo com o tricolor gaúcho estando em uma posição coadjuvante na tabela.

Devido a este sentimento de dupla traição, a atmosfera criada foi a de uma guerra entre Grêmio e Ronaldinho, com o jogador elevado à condição de Judas ao levar uma das maiores vaias dos 57 anos de história do mítico estádio. Toda a raiva e ódio se transformaram em apreensão com o apito inicial do árbitro, já que perder o embate e ainda correr o risco de ver o seu inimigo comemorando geraria um imensurável sentimento de decepção.

O time gremista acabou absorvendo por osmose todo sentimento negativo vindo das arquibancadas, mostrando demasiadamente nervoso no início da partida, o que lhe fez errar ofensivamente ao não ser capaz de criar e concluir, além da parte defensiva, que sofreu com falhas individuais que culminava em contra-ataques rápidos e gols perdidos de Deivid e Thomás. Ronaldinho Gaúcho também dava mostras que não sofria com o desprezo de quem o criou, ao elaborar jogadas plásticas e acertar a trave de Victor em uma cobrança de falta nos primeiros minutos de jogo.

O Grêmio, que só tinha chegado duas vezes com Douglas em conclusões defendidas por Felipe, errou também defensivamente, com o zagueiro Rafael Marques perdendo uma bola no meio, que gerou um contra-ataque puxado por Thiago Neves e que culminou no gol de Deivid aos 23. Aos 35, Thiago Neves ampliou em chute da entrada da área, contando com o desvio de Fernando e que enganou Victor. Os gols poderiam ter virado três ou quatro, se Victor não estivesse em uma jornada inspirada em uma espécie de massacre rubro-negro contra os incrédulos jogadores e quietos torcedores gremistas, que sentiam-se impotentes ao presenciar o seu desafeto comemorar com vontade os gols de seu time como se estes tivessem sido seus.

Porém um gol na primeira etapa poderia mudar tudo, e André Lima pôs fogo no jogo ao receber uma assistência de parede de Mário Fernandes, descontando o jogo aos 42. Melhor ainda seria no início da segunda etapa, quando o centroavante receberia de Douglas e em uma jogada individual do contestado atacante gremista, que serviu para mudar de lado o comando do jogo, tanto que Luxemburgo teve que sacar o promissor Thomás para reforçar a marcação com Muralha.

O Flamengo sentiu o baque, e viu o Grêmio começar a atacar incessantemente, com Escudero conseguindo perder um gol incrível ao receber livre após um erro de Léo Moura, driblar Felipe, porém perder o tempo da jogada e com o gol vazio chutar para fora. Roth acabou sacando o jogador para a entrada do outro argentino Miralles.

Em seu primeiro minuto, pode ver de perto Douglas fazer uma bela jogada individual que culminou na virada do time gaúcho aos 34, e ele mesmo viria a fazer o quarto gremista, no que seria o gol mais bonito da partida ao acertar um chute de fora da área no ângulo de Felipe, que incrédulo, assim como todo o time do Flamengo, inclusive Ronaldinho Gaúchos, assistiam atônitos e em posição privilegiada a reação tricolor que terminou em revanche contra o seu desafeto.

Pode-se dizer que com esta vitória, o Grêmio termina bem a temporada 2011, já que o nono lugar e a distante pontuação em relação aos ponteiros lhe impede sonhar com zona de Libertadores. Porém essa impotência fica relegada a um segundo plano, visto que uma das maiores aflições e decepções dessa última década pôde finalmente começar a ser cicatrizada depois de uma alegria comparável a um titulo.

No quintal da Zona da Libertadores



O Inter entrou no Serra Dourada consciente que uma vitória o deixaria na eminência de entrar no G5, devido ao confronto direto contra o Fluminense no Beira-Rio na rodada seguinte. Porém tinha que bater uma equipe que virou encardida após a contratação do treinador Hélio dos Anjos, que lhe tirou das proximidades da Zona do Rebaixamento e que ainda não havia perdido em casa desde que o treinador assumiu.

Sem Nei, Rodrigo Moledo e D’Alessandro, mas com a volta de Leandro Damião, Dorival Jr. preferiu utilizar Sandro Silva na lateral direita, Bolívar na zaga e Tinga no meio-campo, formando uma espécie de tripé de volantes com Guiñazu e Bolatti, porém com maior liberdade para atacar e se juntar aos meias Oscar e Andrezinho. Na prática era um 4-3-2-1 que sempre me deixa à mercê de ressalvas, pois tenho dificuldade em lidar e assimilar esquemas demasiadamente defensivos, e que procuram cadenciar a partida tornando-a lenta, além de isolar Damião no ataque.

A estratégia inicialmente parecia ter dado certo, já que aos seis minutos Tinga perderia grande chance, ao receber livre de cabeça na entrada da pequena área um cruzamento de Kléber, e errar o gol. Porém aos poucos os goianos conseguiam dominar o meio de campo, mostrando maior iniciativa na chegada ao ataque, porém sem conseguir acertar o último passe, necessário para deixar um atacante de cara para o gol.

Os goianos cercavam a área colorada, porém pouco concluíram. Em contrapartida, quando conseguia encaixar um contra-ataque o Inter chegava com perigo, com Andrezinho quase encobrindo Marcio em um errado cruzamento que foi em direção ao gol, e depois ao perder duas grandes chances com Damião e Oscar, com o goleiro goiano fazendo duas grandes defesas.

O jogo seguia com um panorama perigoso para o Inter, que se esquivava de correr grandes riscos, permitindo o domínio territorial aos goianos. O time Colorado tanto poderia ir ao ataque e marcar um gol em uma de suas chegadas rápidas, como a defesa poderia sucumbir ao cerco goiano. Prevaleceu a primeira opção, com o time gaúcho chegando ao gol que lhe deu a vitória aos 14 minutos, quando Kléber aproveitou uma saída errada do Atlético, e recebeu de Oscar uma bola em posição de arremate, contando com a falha do goleiro goiano que acabou engolindo um frango.

O Inter recuou, apesar das alterações de Dorival, permitindo ao Atlético-GO pressionar nos minutos finais, perdendo duas chances incríveis já nos descontos com Marcão, sendo que a segunda o atacante estava livre e tinha apenas Muriel à sua frente, porém isolou a conclusão.

Vitória colorada que o deixa na cola de Flamengo, Fluminense e São Paulo em busca de uma vaga no G5. Se vencer o tricolor carioca na próxima rodada no Beira-Rio, o Inter entra na Zona da Libertadores.

Hat-trick de Vettel em um insosso circuito de Nova Deli

A estreia do indiano Buddh International Circuit foi marcada pela rotina e morosidade. Rotina por Vettel, que largou na pole, venceu de ponta-a-ponta e ainda fez a volta mais rápida da corrida, o que lhe deu um hat-trick. Morosidade pela prova, onde praticamente nada aconteceu.

Desta vez, assisti a apenas a corrida, sem ver nenhum treino, inclusive o que definiu o grid de largada. Fui “premiado” com um circuito técnico, porém sem grandes pontos de ultrapassagem e deixando os carros em uma espécie de fila indiana.

A prova em si teve dois clímaxes, onde o maior foi realmente durante a largada, com Button levando a melhor sobre Alonso e Webber, se posicionando em segundo, enquanto Massa conseguiu ultrapassar Hamilton, assumindo o quinto lugar. No pelotão intermediário, houve um choque envolvendo vários pilotos, como Perez, Glock, Barrichello e Kobayashi, e em um segundo momento, Trulli em um segundo choque algumas curvas depois. Senna se aproveitou da confusão, ganhando quatro posições e indo para o 10º lugar.

O segundo clímax foi em mais uma de tantas disputas envolvendo Massa e Hamilton na temporada. Desta vez, o inglês da McLaren tentou ultrapassar o brasileiro da Ferrari no final da grande reta, chegando com mais ação e por dentro na entrada da curva 4, porém o brasileiro não recuou e muito menos espalhou, não evitando a batida que acabou maculando a corrida de ambos.

Hamilton teve que ir imediatamente ao boxe trocar de bico, caindo para o meio do grid e terminando em sétimo. Já Massa nem terminou a prova, pois reencontrou o desnível em uma zebra que avariou a sua suspensão dianteira esquerda, e o fez abandonar a prova. Antes deste fato, o brasileiro já havia sido penalizado com um drive-through, devido a sua imprudência ao não procurar evitar o choque com Hamilton. Sinceramente espero uma punição aos dois, que parecem crianças mimadas e que têm se encontrado com facilidade na pista, causando faíscas e a possibilidade de um acidente de maiores proporções.

No mais, a prova não reservou nenhuma grande emoção, além da possibilidade de ultrapassagens pela estratégia. A maioria dos times fizeram duas paradas, com a utilização de dois compostos macios e um duro. Vettel e Button conseguiram retardar a segunda parada, o que os deixaram 24,3 e 15,8s à frente de Alonso, que acabou praticamente junto com Webber, mas o suficiente para garantir a sua vaga no pódio. Não houve briga pela ponta, pois Vettel sempre manteve uma vantagem tranquila, jamais tendo a sua liderança ameaçada, enquanto Button parecia satisfeito com o segundo lugar, que o deixa ainda com mais vantagem na disputa pelo vice-campeonato.

A Mercedes acabou ocupando o espaço deixado pelas criancices de Massa e Hamilton, terminando em 5º e 6º com Schumacher e Rosberg. O veterano acabou ganhando a posição de seu compatriota e companheiro de Mercedes nas estratégias de pits. Somente os pilotos de RBR, McLaren, Ferrari e Mercedes terminaram na mesma volta, com Alguersuari liderando o pelotão intermediário, mostrando a grande corrida de sua Toro Rosso, que só não pontuou duplamente, pois seu companheiro Buemi teve problemas e abandonou. Sutil e Perez completaram a zona de pontuação

Já os brasileiros restantes foram meros coadjuvantes, com Senna terminando em 12º e Barrichello em 15º entre os 19 que terminaram a prova. O sobrinho do tricampeão Ayrton teve uma estratégia diferente, que o deixou entre os dez primeiros durante boa parte da prova, mas a opção por parar nas últimas voltas para colocar os pneus duros por obrigação do regulamento não mostrou-se eficiente, pois o brasileiro não conseguiu um rendimento suficiente em prova para lhe dar um pontinho sequer. Já o caso de Barrichello foi do tipo “fiz o que deu”, pois a Williams comprovadamente está mais ao alcance das três nanicas do que do meio do grid, formado pelas Force India, Toro Rosso, Sauber e Lotus Renault. Barrica terminou atrás de Kovalainen.

Em suma, o GP resume-se a uma foto: Rowan Atkinson, vulgo Mr. Bean em suas caras e bocas após o acidente entre Massa e Hamilton.


Enfim, espero que tenha sido uma primeira má impressão da Índia, pois o GP foi um dos mais chatos dos últimos tempos, só comparável ao Bahrein de 2010 e seguindo a linha do GP da Coreia do Sul, que no segundo ano já encontra-se ameaçado devido aos dois desinteressantes GPs no circuito de Yeongam.

Em 15 dias, teremos o GP de Abu Dhabi, que não promete ser bem mais interessante que a Índia e a Coreia. Ah esses circuitos asiáticos projetados por Tilke! Me fazem perder o tesão pela categoria. Pelo menos no dia 27/11 teremos a prova final em Interlagos, o que é uma promessa de grande corrida, mas com o desconto que não valerá nada para o campeonato.

sábado, 29 de outubro de 2011

Ataque e defesa funcionam na vitória dos "Reds"



Em virtude de incompatibilidade de horários, não pude assistir a uma sequência de partidas do Liverpool, o que compromete a minha análise sobre a evolução do time do Campeonato.

Depois de dois empates em casa contra Manchester United e Norwich City, os “Reds” voltaram a vencer, ao bater o West Bromwich Albion em Hawthorns por 2x0, gols de Adam e Carroll na primeira etapa. A vitória foi tranquila pelo fato do adversário pouco ameaçar o time de Liverpool ao longo do jogo, mostrando toda a fragilidade de seu fraco sistema ofensivo, enquanto o Liverpool, em contrapartida, mostrou-se seguro defensivamente, correndo poucos riscos.

A vitória começou a ser conquistada logo aos 9 minutos, em um lance que pode ser definido como um “pênalti mandrake” supostamente cometido por Jerome em Suarez, onde o confuso árbitro teria relevado a assinalação de pênalti de seu assistente, onde Adam cobraria para colocar o Liverpool na frente. Mais tarde, um zagueiro do WBA colocaria a mão na bola em uma jogada envolvendo Carroll e que não fora assinalada pelo árbitro, o que, de certa forma, acabou compensando seu grande erro inicial.

O WBA, que inicialmente sofreu o primeiro gol, começou a reagir na partida tentando atacar o Liverpool, mas não mais do que conseguiu cercar o adversário em seu campo ofensivo, já que não conseguia passar pelo sistema defensivo do adversário, e para piorar, ainda sofreria um contra-ataque mortal no fim do primeiro tempo, em uma roubada de bola de Lucas que passou para Suarez criar a jogada na direita, achando Carroll para definir o placar.

No mais, a partida ainda reservou algumas chegadas do Liverpool que poderiam decretar um placar mais elástico, enquanto o WBA não conseguiu fazer mais do que vinha fazendo para o desespero do treinador Roy Hodgson, que teve uma breve e conturbada passagem pelo adversário na temporada passada.

O Liverpool se aproxima do G4, que dá uma vaga à próxima edição da Champions League. Porém conta o crescimento do Arsenal e a concorrência do Tottenham para esta quarta vaga, o que significará uma grande disputa de pontos entre os três concorrentes.

Sem chance para o azar e para os lobos



Neste sábado, pela décima rodada da Premier League, o Manchester City ignorou a proximidade do dia das bruxas, e bateu os “lobos” do Wolverhampton por 3x1, com gols só na segunda etapa.

Antes de o jogo começar, o City já sabia da vitória de seu rival United, que o colocou imediatamente há dois pontos dos “sky blues”, que poderia retomar a vantagem de cinco pontos por jogar em casa contra um dos times mais fracos da liga, e que certamente lutarão até o fim para não serem rebaixados.

Nenhuma surpresa na escalação de Mancini, com este preferindo Džeko à Balotelli, e Nasri por Johnson no farto elenco que o treinador italiano tem no “blue moon”. Os tabelamentos entre David Silva e Agüero apareceram na primeira etapa, sendo responsáveis por várias jogadas de ataques, mas que nenhuma originou gol, devido à boa jornada do goleiro Hennessey, pegando chutes do atacante argentino e de Džeko.

Porém o tão elogiado goleiro galês viria a falhar no início da segunda etapa, ao se complicar sozinho na saída de bola, chutando prensado em Agüero e a bola sobrando para o bósnio Džeko tocar com categoria para o gol vazio. Logo depois, o argentino acharia Silva, que finalizaria para uma defesa parcial do goleiro, e que Kolarov pegaria o rebote para marcar 2x0 que parecia irreversível.

Porém o próprio City quase complicou a sua tranquila vitória, quando Kompany cometer pênalti em Doyle aos 29, sendo expulso, e permitindo que Hunt descontasse e colocasse o adversário a pressionar os “sky blues” mo City of Manchester. Porém Balotelli, que havia entrado na segunda etapa, conseguiu uma ótima jogada individual já no final da partida, servindo Yaya que achou Johnson para chutar forte e definir o placar de 3x1, que mostra a superioridade do City na tabela, com nove vitórias e um empate nos dez primeiros jogos, além dos 36 gols já marcados na liga.

domingo, 23 de outubro de 2011

Empate frustrante no Beira-Rio



Em um Beira-Rio lotado, o Inter fazia uma espécie de decisão contra o Corinthians. Decisão pelo orgulho ferido de 2005 e 2009, que acaba transformando qualquer duelo entre ambos em decisão, como também pela necessidade de vitória para se estabilizar no pelotão de elite do campeonato.

No início do jogo, parecia que era o Corinthians que jogava em casa, pois Tite conseguiu adiantar a marcação e a equipe dominava a posse de bola, porém não chutava a gol. A primeira chegada de perigo do jogo foi do Inter, em um tabelamento envolvendo Oscar, D’Alessandro e Andrezinho, que cruzou para Oscar se antecipar a zaga, mas furar na finalização.

O lance foi suficiente para que o Inter entrasse e equilibrasse a partida, conseguindo aos poucos dominá-la, o que iria ocorrer a partir da metade da primeira etapa. Então vieram as principais chances coloradas, com Jô tendo duas grandes oportunidades para marcar, sendo que uma chutou em cima do goleiro Júlio César, enquanto em outra, já sem confiança, tentou servir sem sucesso Andrezinho.

O meia também teve participação ativa no setor ofensivo com duas conclusões, além de participar de um lance capital do jogo, quando o lateral Alessandro chegou forte e foi a meu ver rigorosamente expulso pelo árbitro Evandro Roman, mas que não pode ser considerado um erro , já que o lance era passível de advertência, e que serviu apenas para confirmar a superioridade Colorada ao fim da primeira etapa.

Tite teve que recompor o time com a entrada de Weldinho em lugar de William, enquanto Dorival Jr. tirou Bolatti, que havia feito um bom primeiro tempo, para a entrada de João Paulo, atrasando Andrezinho para a linha de Guiñazu. A tática não deu muito certo, deixando o meia sem função no time, e o setor do meio-campo fragilizado, o que fez com que o Corinthians trabalhasse mais a bola. Dorival acabou trocando a esquemática do meio, adiantando Andrezinho e segurando os laterais, deixando o time em uma formação 4-1-4-1.

A tática deu certo, e as chegadas ao ataque foram mais consistentes, tanto que aos 21 minutos saiu o gol colorado, em um lance de laterais, já que Kléber cruzou na cabeça de Nei, que pegou desajeitado na bola, mas o suficiente para fazê-la rumar em direção às redes. O Inter teve o jogo na mão, com Dorival apostando em Ilsinho no lugar de Oscar, com o Inter tendo chances de ampliar o marcador, porém pecando nas finalizações.

Porém Tite foi para o tudo ou nada com Jorge Henrique e Edenílson, enquanto Tinga entrara no lugar de Andrezinho, mantendo a mesma formação. O Corinthians cresceu, ameaçando em uma espécie de abafa, enquanto o Inter além de não encaixar os contra-ataques, cometia muitas faltas próximas a sua área defensiva. Em uma delas, cometida por D’Alessandro, que acabou sendo expulso por já ter levado o amarelo na primeira etapa por reclamação, Alex cobrou no canto esquerdo de Muriel, que vacilou na montagem da barreira e ainda chegou atrasado no lance, configurando-se no empate heroico do Corinthians, que pode-se considerar vencedor, tamanha as dificuldades encontradas.

Empate frustrante para o Inter, que jogou todo um tempo dominando o jogo com um jogador a mais, enquanto o Corinthians mostrou o seu poder de reação, evitando a disparada do Vasco na liderança do Campeonato. No próximo domingo, a vida ficará competitiva para o Inter, já que não contará com Nei, Moledo e D’Alessandro. A vaga para a Libertadores estaria sob risco?

Sem cabeça e com derrota em Loftus Road



No jogo que encerrou a 9ª Rodada da Premier League, o Chelsea perdeu a condição de se consolidar como vice-líder após perder a cabeça e o jogo para o rival local Queens Park Rangers por 1x0.
Pode-se dizer que foi uma péssima jornada do Chelsea, já que logo aos 8 minutos, o afobado zagueiro brasileiro David Luiz derrubaria o atacante adversário Helguson, que cobraria com categoria para abrir o placar. O goleiro Cech até tocou na bola, porém não o suficiente para evitar o gol.

O gol sofrido prematuramente e a apatia de alguns jogadores como Lampard e Sturridge, combinado com o descritério do arbitro Chris Foy fizeram o Chelsea perder o rumo na partida, o levando a cometer várias faltas e levar muitos cartões. Aos 32, Bosingwa foi a meu ver exageradamente expulso, por cometer falta em Wright-Phillips, que se projetava livremente pela esquerda. Foy utilizou o critério do último homem, porém não era uma situação eminente de gol, caso em que deveria ser aplicado amarelo, o arbitro acabou prejudicando o Chelsea.

Aos 41 Drogba deixaria o Chelsea com 9, ao entrar violentamente no tornozelo de Taarabt, obrigando Villas-Boas alterar toda a esquemática do time com as saídas de Sturridge e Mata para as entradas de Ivanovic e Anelka. A entrada do atacante francês trouxe uma nova dinâmica ao Chelsea, que começou a atacar na segunda etapa, juntamente com as chegadas frequentes do zagueiro David Luiz.

Porém o QPR conseguiu neutralizar o Chelsea ao jogar pelos flancos, conseguindo algumas jogadas para ampliar, porém o 1x0 com dois homens a mais já estava de bom tamanho, e a equipe a manteve até o fim.

Muita alegria aos torcedores do QPR, enquanto o Chelsea reclamava muito do árbitro Chris Foy, que parecia estar de má vontade para com os “blues”. Ao todo foram 9 cartões amarelos no jogo, sendo sete para o Chelsea, que também teve dois vermelhos. Houve um descritério de Foy, que deixou de assinalar infrações importantes para o Chelsea, enquanto punia sem dó os jogadores do clube londrino.

Final de rodada, com o City disparando na frente ao abrir cinco pontos para o United, segundo colocado. Chelsea e Newcastle vêm logo atrás, com o time do norte da Inglaterra sendo junto com o City os únicos times ainda invictos do Campeonato. O time azul de Manchester ainda detém o ataque mais positivo e o maior saldo de gols, o que o coloca como o grande favorito para levar a Premier League.

Placa anotada Fergusson?



O duelo de Manchester, por si só, não seria um simples clássico, devido a toda magnitude oferecida pela nova condição de milionário do City, que passou a rivalizar em igualdade de condições com o United, e finalmente alcançando a condição de favorito pelo investimento feito para esta temporada.

Porém faltava um teste derradeiro, que seria o confronto entre ambos, com os “sky blues” necessitando de uma convincente vitória para evoluir de uma condição de promessa, para uma grande realidade. E essa evolução ocorreu neste domingo, muito maior do que o próprio torcedor imaginava, além de ser tão dolorosa para os “Red devils” como deve ter sido em 1926, quando o City havia aplicado os mesmos 6x1 no rival histórico.

Time por time e grupo por grupo, não há como negar a superioridade técnica do City, enquanto o United se apegava mais às questões do peso da camisa, entrosamento e as jornadas quase sempre superiores de seu treinador Alex Fergusson. E o time conseguiu se sair bem nos primeiros minutos, dominando a posse de bola e jogando no campo do City, dando a impressão que venceria mais um clássico, assim como venceu o Arsenal e o Chelsea.

Porém o United cercava, mas não arrematava, muito pelo excelente esquema defensivo montado por Mancini, que viu a sua ligação ofensiva funcionar com os tabelamentos entre David Silva e Milner, mudando o panorama do jogo a favor dos visitantes. Na primeira jogada, Silva achou Milner, que cruzou para trás onde estava o iluminado Balotelli, que pegou de chapa no canto de De Gea para abrir o placar.

O atacante levantou a camiseta para mostrar a frase “Why Always Me?”, ou um “por que sempre eu?”, já que o atacante com fama de bad boy foi contratado a dedo por Mancini, técnico que o revelou no time profissional dos tempos de Internazionale, e que ganhou espaço com a saída de Tevez, marcando gols importantes e colocando Džeko no banco.

O atacante forçaria a expulsão do fraco Evans logo no inicio da segunda etapa, além de fazer o segundo gol logo depois, desta vez de forma mais tranquila, apenas encostando para as redes uma jogada que foi novamente iniciada por Silva, e que achou Milner para dar uma nova assistência.

O United era um arremedo de time, que Fergusson tentou improvisar a defecção de um zagueiro sem alterar o time, colocando Smalling na zaga, Fletcher na lateral e Rooney como companheiro de Anderson na frente da zaga. Mas era o City que dominava o jogo, e em uma linda troca de passes de pé em pé envolvendo o calcanhar de Balotelli, Milner e Richards, que achou Agüero para fazer o terceiro.

Fletcher até apaziguou os ânimos do sofrido torcedor “red devil” ao acertar um lindo chute da entrada da área no ângulo de Hart para descontar, fazendo com que o United fosse pra cima para pressionar e tentar fazer história ao buscar o empate após estar perdendo por 3x0.

Porém quem fez história mesmo foi o City, que engatou contra-ataques mortais nos últimos quatro minutos, com David Silva marcando o seu, coroando a sua grande jornada, enquanto Džeko, que havia entrado aos 24 da segunda etapa no lugar do Balotelli, também marcou dois gols, sendo responsável pelo quarto e sexto gols do time, enquanto o quinto foi de Silva, complementando a histórica jornada dos Sky blues em pleno Old Trafford, com direito a cantorias para Mancini e contra o United, já que não consideram o time como de Manchester, por ser situado em Trafford.

O jogo de hoje apresentou o cartão de visitas do Manchester City não apenas para a Inglaterra como para a Europa. No papel, o time esta abaixo apenas de Barcelona e Real Madrid, porém o time inglês ainda tem o descrédito de não ter peso na camisa, fruto da condição de coadjuvante destes últimos anos, na qual dificilmente figurava em competições europeias. Porém hoje mostrou que é o grande favorito para conquistar a Premier League.

Massacre de 37 minutos que valeu a liderança

Há algumas temporadas o Campeonato Espanhol é interessante somente pela briga polarizada entre Real Madrid e Barcelona, que fazem um duelo particular com suas superpotências para abocanhar o maior número possível de títulos.

Nesta forma, a nesta La Liga só tem grandes novidades quando há a troca de liderança, isto é, quando Real Madrid ultrapassa o Barcelona e vice-versa, e tal fato marcou a oitava rodada, com a vitória de 4x0 do Real Madrid em Málaga, enquanto o Barcelona ficou no 0x0 contra o Sevilla no Camp Nou.

Como não assino a Sky, acabo tendo apenas um jogo alternado de cada time por rodada, e felizmente nesta tive o Real Madrid, que simplesmente passeou frente ao Málaga na primeira etapa, aplicando 4x0 com direito a hat-trick de Cristiano Ronaldo, além de saber administrar a pressão adversária na segunda etapa, garantindo os três pontos.

O confronto em Málaga era esperado, devido ao novo patamar adquirido pelo time local a partir desta temporada, em que foi vendido para o Sheik Abdulla bin Nasser, que o transformou de falido à uma potencia local, capaz de disputar com Atlético de Madrid, Villareal, Sevilla e Valência uma vaga para a Champions League da próxima temporada. Vieram bons jogadores como Joaquín, Toulalan, Cazorla e Nistelrooy, além do promissor argentino Buananotte, contratado do River Plate.

Porém a qualidade da equipe só foi percebida na segunda etapa, quando o placar já estava amplamente favorável ao Real Madrid com os 4x0 aplicados no primeiro tempo, com o time já enfrentando um relaxado adversário, e vindo a acertar duas vezes o travessão de Casillas, além de perder outras tantas chances na frente-a-frente do goleiro merengue.

Mas o que efetivamente valeu foi a primeira etapa, por onde saíram os gols que construíram a vitória merengue. Primeiro com Higuaín aos 10 minutos, recebendo uma grande assistência de Di Maria, que também assistiria Cristiano Ronaldo aos 23, no gol mais simples do atacante, que pôde mostrar toda a sua técnica no seus segundo e terceiros gols, onde no segundo desconcerta a zaga adversária driblando para esquerda e direita até encontrar espaços para concluir, enquanto no terceiro acertou uma bela chaleira de calcanhar para liquidar com estilo a sua grande jornada.

Goleada que deixou os merengues com o ataque mais positivo do Campeonato, com 28 gols, contra 26 do Barcelona. Cristiano Ronaldo empatou com Messi na artilharia com 10 gols, enquanto Higuaín tem 9. Só os dois têm aproximadamente 68% dos gols do time, enquanto os demais ficam divididos entre Benzema, Kaká, Varane, Callejón, Marcelo e Xabi Alonso.

Vejo os merengues mais consistentes nesta segunda temporada de Mourinho, que conseguiu fomentar o seu padrão tático com o amadurecimento de jogadores como Di Maria e Özil, além da recuperação do brasileiro Kaká, que acabou virando uma opção para o meio, na qual Mourinho consegue revezar e ter cerca de 15 a 16 titulares, algo como Guardiola tem no Barcelona. A disputa para esse ano promete!