domingo, 23 de outubro de 2011

Placa anotada Fergusson?



O duelo de Manchester, por si só, não seria um simples clássico, devido a toda magnitude oferecida pela nova condição de milionário do City, que passou a rivalizar em igualdade de condições com o United, e finalmente alcançando a condição de favorito pelo investimento feito para esta temporada.

Porém faltava um teste derradeiro, que seria o confronto entre ambos, com os “sky blues” necessitando de uma convincente vitória para evoluir de uma condição de promessa, para uma grande realidade. E essa evolução ocorreu neste domingo, muito maior do que o próprio torcedor imaginava, além de ser tão dolorosa para os “Red devils” como deve ter sido em 1926, quando o City havia aplicado os mesmos 6x1 no rival histórico.

Time por time e grupo por grupo, não há como negar a superioridade técnica do City, enquanto o United se apegava mais às questões do peso da camisa, entrosamento e as jornadas quase sempre superiores de seu treinador Alex Fergusson. E o time conseguiu se sair bem nos primeiros minutos, dominando a posse de bola e jogando no campo do City, dando a impressão que venceria mais um clássico, assim como venceu o Arsenal e o Chelsea.

Porém o United cercava, mas não arrematava, muito pelo excelente esquema defensivo montado por Mancini, que viu a sua ligação ofensiva funcionar com os tabelamentos entre David Silva e Milner, mudando o panorama do jogo a favor dos visitantes. Na primeira jogada, Silva achou Milner, que cruzou para trás onde estava o iluminado Balotelli, que pegou de chapa no canto de De Gea para abrir o placar.

O atacante levantou a camiseta para mostrar a frase “Why Always Me?”, ou um “por que sempre eu?”, já que o atacante com fama de bad boy foi contratado a dedo por Mancini, técnico que o revelou no time profissional dos tempos de Internazionale, e que ganhou espaço com a saída de Tevez, marcando gols importantes e colocando Džeko no banco.

O atacante forçaria a expulsão do fraco Evans logo no inicio da segunda etapa, além de fazer o segundo gol logo depois, desta vez de forma mais tranquila, apenas encostando para as redes uma jogada que foi novamente iniciada por Silva, e que achou Milner para dar uma nova assistência.

O United era um arremedo de time, que Fergusson tentou improvisar a defecção de um zagueiro sem alterar o time, colocando Smalling na zaga, Fletcher na lateral e Rooney como companheiro de Anderson na frente da zaga. Mas era o City que dominava o jogo, e em uma linda troca de passes de pé em pé envolvendo o calcanhar de Balotelli, Milner e Richards, que achou Agüero para fazer o terceiro.

Fletcher até apaziguou os ânimos do sofrido torcedor “red devil” ao acertar um lindo chute da entrada da área no ângulo de Hart para descontar, fazendo com que o United fosse pra cima para pressionar e tentar fazer história ao buscar o empate após estar perdendo por 3x0.

Porém quem fez história mesmo foi o City, que engatou contra-ataques mortais nos últimos quatro minutos, com David Silva marcando o seu, coroando a sua grande jornada, enquanto Džeko, que havia entrado aos 24 da segunda etapa no lugar do Balotelli, também marcou dois gols, sendo responsável pelo quarto e sexto gols do time, enquanto o quinto foi de Silva, complementando a histórica jornada dos Sky blues em pleno Old Trafford, com direito a cantorias para Mancini e contra o United, já que não consideram o time como de Manchester, por ser situado em Trafford.

O jogo de hoje apresentou o cartão de visitas do Manchester City não apenas para a Inglaterra como para a Europa. No papel, o time esta abaixo apenas de Barcelona e Real Madrid, porém o time inglês ainda tem o descrédito de não ter peso na camisa, fruto da condição de coadjuvante destes últimos anos, na qual dificilmente figurava em competições europeias. Porém hoje mostrou que é o grande favorito para conquistar a Premier League.

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