domingo, 23 de outubro de 2011

Empate frustrante no Beira-Rio



Em um Beira-Rio lotado, o Inter fazia uma espécie de decisão contra o Corinthians. Decisão pelo orgulho ferido de 2005 e 2009, que acaba transformando qualquer duelo entre ambos em decisão, como também pela necessidade de vitória para se estabilizar no pelotão de elite do campeonato.

No início do jogo, parecia que era o Corinthians que jogava em casa, pois Tite conseguiu adiantar a marcação e a equipe dominava a posse de bola, porém não chutava a gol. A primeira chegada de perigo do jogo foi do Inter, em um tabelamento envolvendo Oscar, D’Alessandro e Andrezinho, que cruzou para Oscar se antecipar a zaga, mas furar na finalização.

O lance foi suficiente para que o Inter entrasse e equilibrasse a partida, conseguindo aos poucos dominá-la, o que iria ocorrer a partir da metade da primeira etapa. Então vieram as principais chances coloradas, com Jô tendo duas grandes oportunidades para marcar, sendo que uma chutou em cima do goleiro Júlio César, enquanto em outra, já sem confiança, tentou servir sem sucesso Andrezinho.

O meia também teve participação ativa no setor ofensivo com duas conclusões, além de participar de um lance capital do jogo, quando o lateral Alessandro chegou forte e foi a meu ver rigorosamente expulso pelo árbitro Evandro Roman, mas que não pode ser considerado um erro , já que o lance era passível de advertência, e que serviu apenas para confirmar a superioridade Colorada ao fim da primeira etapa.

Tite teve que recompor o time com a entrada de Weldinho em lugar de William, enquanto Dorival Jr. tirou Bolatti, que havia feito um bom primeiro tempo, para a entrada de João Paulo, atrasando Andrezinho para a linha de Guiñazu. A tática não deu muito certo, deixando o meia sem função no time, e o setor do meio-campo fragilizado, o que fez com que o Corinthians trabalhasse mais a bola. Dorival acabou trocando a esquemática do meio, adiantando Andrezinho e segurando os laterais, deixando o time em uma formação 4-1-4-1.

A tática deu certo, e as chegadas ao ataque foram mais consistentes, tanto que aos 21 minutos saiu o gol colorado, em um lance de laterais, já que Kléber cruzou na cabeça de Nei, que pegou desajeitado na bola, mas o suficiente para fazê-la rumar em direção às redes. O Inter teve o jogo na mão, com Dorival apostando em Ilsinho no lugar de Oscar, com o Inter tendo chances de ampliar o marcador, porém pecando nas finalizações.

Porém Tite foi para o tudo ou nada com Jorge Henrique e Edenílson, enquanto Tinga entrara no lugar de Andrezinho, mantendo a mesma formação. O Corinthians cresceu, ameaçando em uma espécie de abafa, enquanto o Inter além de não encaixar os contra-ataques, cometia muitas faltas próximas a sua área defensiva. Em uma delas, cometida por D’Alessandro, que acabou sendo expulso por já ter levado o amarelo na primeira etapa por reclamação, Alex cobrou no canto esquerdo de Muriel, que vacilou na montagem da barreira e ainda chegou atrasado no lance, configurando-se no empate heroico do Corinthians, que pode-se considerar vencedor, tamanha as dificuldades encontradas.

Empate frustrante para o Inter, que jogou todo um tempo dominando o jogo com um jogador a mais, enquanto o Corinthians mostrou o seu poder de reação, evitando a disparada do Vasco na liderança do Campeonato. No próximo domingo, a vida ficará competitiva para o Inter, já que não contará com Nei, Moledo e D’Alessandro. A vaga para a Libertadores estaria sob risco?

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