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terça-feira, 3 de junho de 2014

Balanço e Projeção da Dupla Gre-nal no Brasileirão

Passados 24% do Campeonato Brasileiro, o que dá quase 1/4 da competição, a dupla Gre-Nal mostra que disputará a parte de cima da tabela, como havia previsto antes de a competição começar, porém não está no G4, o que de certa forma me decepcionou, pois imaginava pelo futebol do início do ano que estariam disputando a liderança.

No entanto, essa primeira amostra mostrou que falta grupo de jogadores à dupla Gre-Nal para disputar o título. Ambos possuem bons valores no time titular, e já mostraram em campo qualidade para fazerem boas campanhas, porém quando ambos sofrem com desfalques, o nível cai drasticamente, perdendo competitividade contra equipes mais bem equipadas, como Cruzeiro, Fluminense, Corinthians e até o São Paulo, apesar de toda a irregularidade que o tricolor paulista está mostrando este início de campeonato.

O Internacional foi o que mais sofreu com desfalques, o que de certa forma divide com a direção à responsabilidade de Abel Braga. Em muitos jogos, o treinador não tinha opções qualificadas no banco de reservas e até teve dificuldades para montar o time titular, o que mostra que faltam maiores opções qualificadas para o grupo. Contra o Coritiba, o time começou com apenas 4 titulares e terminou com 2, em virtude dos desfalques. Abel recuperou alguns jogadores que não estavam bem no ano passado, como Alex e Rafael Moura, porém grande parte dos reforços da direção era dispensável nos seus clubes de origem, e ajudou a comprometer a campanha do time. Para completar, alguns jovens mostram estar muito verdes, não agradando o torcedor e prejudicando as suas evoluções, tendo em vista que o clube sempre teve um histórico mais critico com suas revelações, apesar de alguns grandes destaques na década passada. 

AI Inter
A única restrição que faço em relação ao comportamento do time, é em torno de planejar resultados e entrar postado para conseguir este resultado. Em muitos jogos, direção, técnico e jogadores falavam abertamente sobre empatar fora de casa, o que acabou tirando a ambição para que o time vencesse alguns confrontos contra times visivelmente mais fracos. Quando os jogadores são orientados pelo planejamento, já entram mais relaxados, buscando preservar o empate ao invés de tentar buscar a vitória. Com isso, há muita catimba, troca de passes na intermediária e sem verticalização. Vale ressaltar que não vi esse comportamento contra o Fluminense, o que pode mostrar uma mudança de visão, apesar de o time não ter saído do empate no confronto. 


Já o Grêmio perdeu um número menor de jogadores, cuja maioria das posições havia reposição imediata. Somente a lateral esquerda o time sofre com um substituto de Wendell, enquanto que na zaga havia reposição para Rhodolfo, apesar de este ser o melhor zagueiro do time, enquanto que para a transição do meio para o ataque havia opções para o lugar de Luan. Problemático seria se o time perdesse o goleiro Grohe, melhor jogador do time, e que não possui reposição. Barcos é muito contestado pela falta de gols, porém somente nos últimos jogos que o time foi ter um reserva para a posição: Kleber Gladiador. 

AI Grêmio
A grande crítica para Enderson Moreira é que o time não conseguiu jogar bem me nenhum jogo até agora no Campeonato Brasileiro. Apesar da boa campanha, o time não convenceu ainda no Campeonato Brasileiro, e mostrou na primeira fase da Libertadores que pode jogar mais. O treinador também mostra falta de ambição no comportamento do time fora de casa, e também após as entrevistas pós-jogo, mostrando normalidade com os resultados e atuações ruins, que gerou até critica pública de representes da direção, o que sinaliza uma possibilidade de troca de comando no time, nestes 45 dias de parada para a Copa. 

Além do Inter, o Grêmio precisa de reforços para a continuidade do campeonato. A sazonalidade do futebol brasileiro fez com que o Cruzeiro voltasse a jogar bem, enquanto Corinthians e Fluminense alterassem seus departamentos esportivos, evoluindo e entrando na disputa pelo titulo. A dupla Gre-Nal estagnou o desenvolvimento de seus times, muito em função dos desfalques e da falta de reinvenção de Enderson (Grêmio) para resolver os problemas, o que fez com que ambos perdessem terreno no cenário nacional, já que os projetava como os times que tinham o melhor futebol do país na fase final dos Estaduais, já que as demais equipes sofriam enormes dificuldades.

Em uma comparação de tabela, o Grêmio ainda tem uma certa vantagem sobre o Inter, em virtude de ter jogado menos em casa, além de ter enfrentado adversários mais fortes. Já o Inter terá a volta de titulares, e contará com reforços que já foram contratados, o que aumentará a qualidade e projetará um futuro melhor na Competição, já que hoje ambos lutam pelo G4, e estão ficando em desvantagem para o São Paulo, além de Cruzeiro, Fluminense e Corinthians possuírem grupos mais consistentes.

domingo, 13 de abril de 2014

Inter é tetracampeão Gaúcho com sobras

Neste domingo no Estádio Centenário em Caxias, já que o Beira-Rio não foi liberado, o Internacional goleou o Grêmio por 4x1 e conquistou seu 43º titulo gaúcho, sendo o quarto consecutivo. Foi um título incontestável, já que o Internacional foi superior em ambos os jogos cuja soma dos jogos ficou em 6x2 para o Inter. 

Abel procurou manter o time do segundo tempo do primeiro Gre-Nal da decisão, que trouxe outra dinâmica ao time e reverteu a derrota parcial na primeira partida. Méritos do treinador, que teve tempo para aperfeiçoar a escalação na sua formação desejada, e colocou um time bem postado defensivamente e técnico para, capaz de entrar na área do adversário trocando passes. 

O Inter esperou o Grêmio no início do clássico, já que a equipe estava com vantagem confortável e o rival precisava tomara a iniciativa. O tricolor tentava pressionar, porém não conseguiu um lance sequer de perigo, e ainda facilitou a vida do Inter, com um erro defensivo de Werley, que permitiu que Rafael Moura protegesse a bola até encontrar D’Alessandro para concluir no canto de Grohe: 1x0. 

O gol destruiu o pouco de mobilização que o Grêmio tinha para tentar reverter o placar. O Inter passou a controlar o jogo e teve chance para ampliar ainda no primeiro tempo, porém foi na segunda etapa que o Colorado transformaria em goleada. 

Tudo começou com a alteração de Enderson Moreira no intervalo para dar maior ofensividade ao time, com a entrada de Maxi Rodriguez no lugar de Edinho. A modificação foi um total desastre, pois na prática não aumentou o poderio ofensivo do time, além de escancará-lo para que o Inter trabalhasse a bola e matasse a partida. Aos 4, Alex aproveitou uma finalização desviada de Alan Patrick e marcou o segundo. Aos 11, Alan Patrick marcou de pênalti, que fora sofrida por D’Alessandro e aos 13, Alex marcou seu segundo e o quarto do Inter após linda jogada coletiva envolvendo Alan Patrick e Rafael Moura na Esquerda. O Grêmio ainda descontou com gol contra de Ernando, depois de jogada de Dudu na direita, em um momento que o tricolor havia melhorado na partida em virtude do remédio de Enderson, que escalou Léo Gago no lugar de Alan Ruíz.

AI Inter
Mas já era tarde, a derrota e a perda do titulo já estava consumada. Restou o Inter administrar o restante da partida, e levantar a taça após o apito final do árbitro Márcio Chagas, que não fez uma má arbitragem, e procurou controlar o jogo disciplinarmente ao expulsar Pará e Williams que se envolveram em confusão. No lance, se tivesse expulsado apenas o jogador gremista, o arbitro não teria errado, pois não vi nada que o volante colorado pudesse ter feito para também ser expulso, a não ser o critério de tranquilizar o clássico com uma expulsão para cada lado.

O clássico mostrou que o Inter achou seu caminho e está crescendo, a ponto de ser uma das forças do Campeonato Brasileiro. Abel conseguiu dar segurança à defesa, que é mais dinâmica com Ernando ao lado de Paulão. No meio-campo, Alan Patrick ganhou a titularidade e participou da maioria dos lances de perigo do time, além de ser uma opção para o tabelamento com Aránguiz, Alex e D’Alessandro, algo que Jorge Henrique não conseguia fazer. Alex foi outro que cresceu nos últimos jogos, principalmente com a entrada de Alan Patrick, e foi um dos destaques dos dois jogos da final, marcando dois gols na decisão. Rafael Moura não marcou, mas participou das jogadas do primeiro e do quarto gols.

Após o jogo, a direção colorada sinalizou com a contratação de reforços. Pelo clima na coletiva do treinador Abel, pelo menos um já está acertado, o que é bom para qualificar o elenco, principalmente porque Aránguiz está com contrato por se encerrar, além do chileno ter que abandonar o grupo colorado para servir à seleção chilena na preparação para a Copa do Mundo.  Serão necessárias peças de reposição para que o time brigue pelo tão esperado tetracampeonato brasileiro.

Já pelo lado gremista, surgem indefinições e questionamentos quanto ao treinador Enderson Moreira, de bom trabalho neste início de temporada, mas que foi muito mal na disputa do Gauchão. O treinador montou um Grêmio promissor com peças jovens, que virou um dos destaques da Libertadores ao passar por cima de um grupo teoricamente difícil, com Nacional do Uruguai, Newell’s Old Boys da Argentina e Atlético Nacional da Colômbia. Não me atrevo a chamar de grupo da morte, em função de os times adversários não terem jogadores tão qualificados e que honrem com a história de suas camisas, porém é inegável dizer que o treinador fazia um trabalho irreparável até medir forças com o Internacional.

UOL
Tenho minhas restrições quanto aos times da Libertadores, em função do abismo financeiro existente entre os times latinos e os brasileiros (com exceção dos mexicanos), e que fazem com que os times brasileiros sejam obrigados a fazerem boas campanhas tamanho o investimento e mobilização para o torneio. Porém o Inter foi, até agora, a equipe mais forte que o Grêmio enfrentou na temporada, e em uma decisão, mostrou que o time tricolor ainda não está preparado para decidir, e nem o técnico Enderson Moreira, já que o comandante gremista errou nos dois clássicos, no primeiro por omissão, ao demorar para detectar os problemas do time, enquanto no segundo foi por ação equivocada, que abriu o time para sofrer uma goleada para o Internacional.

O treinador teve mérito de remediar o grande problema que causou antes de transformar o clássico em uma vitória histórica do Inter, que provavelmente lhe derrubaria do cargo, porém a má atuação do treinador nos clássicos ficará guardada para ser somada a uma eventual desclassificação da Libertadores, o que lhe derrubaria do cargo, por mais promissor que Enderson Moreira seja. Além da inexperiência do grupo e do treinador, ficou evidente a falta de opções do grupo gremista, que depende basicamente de Jean Deretti, Alan Ruíz e Maxi Rodríguez para mudar a história dos confrontos. Se Barcos se machucar ou ficar impedido de jogar, não teria reposição, enquanto que Werley e Pará estão tendo atuações em nível crítico, porém Bressan foi preterido e sumiu, enquanto não há um lateral direito capaz de desbancar Pará. 

Muitas questões e outras afirmações ocorreram com a final do Gauchão. Porém sigo dizendo que a dupla Gre-Nal entrará forte no Brasileiro, tendo como adversário o Santos e os times mineiros, principalmente o Cruzeiro, que voltou a mostrar um bom futebol.  E que venha o Brasileiro... 

domingo, 30 de março de 2014

Gre-Nal 400 com vitória do Inter e lição para os técnicos

O clássico Gre-Nal deste domingo foi muito mais do que apenas o 1º jogo da final do Campeonato Gaúcho. Além de ser o 400º clássico, foi a primeira vitória na Arena, que acabou ficando com o Internacional, já que os dois primeiros clássicos terminaram empatado.

O jogo teve dois tempos distintos, muito em função das opções de escalação e formação de Abel Braga para o clássico, e que confirmaram a minha opinião de irregularidade do time que poderá render muitos pontos perdidos se não for sanada. No post anterior, escrevi sobre o assunto, porém repito: No primeiro tempo, que foi basicamente a escalação utilizada por Abel Braga, o Inter teve problemas defensivos com as falhas individuais constantes do zagueiro Paulão, além de falta de cobertura na marcação, onde Williams tinha que marcar sozinho, e falta de velocidade ofensiva, o que dificultava a criação de jogadas, bem como ajudava no desarme adversário.

No primeiro tempo, o Grêmio teve uma pequena superioridade, muito em função do gol aos 14 minutos com Barcos, quando Pará acertou um cruzamento na cabeça do atacante, que teve méritos de se antecipar à zaga colorada e escolher o canto.  Antes do gol, o jogo era parelho, com chances para ambos os lados e uma vantagem na posse de bola para o lado tricolor. Após o tento, o time gremista explorou mais os problemas colorados, porém não fez uma grande partida a ponto de merecer um placar maior no primeiro tempo, já que as figuras de destaque do time Luan e Dudu não fizeram uma boa partida. O Inter terminou o primeiro tempo com maior posse de bola (62%), mas não era nada produtiva.

No intervalo para o segundo tempo, Abel alterou a escalação com as entradas de Alan Patrick e Ernando nos lugares de Jorge Henrique e Juan. A troca de zagueiros foi em função de lesão, porém Jorge Henrique já merecia há algumas partidas ser sacado, em virtude de pouco contribuir para o time. Na formação, o treinador colorado soltou Aránguiz para atacar, já que o chileno foi ao longo da primeira etapa um volante, que não conseguia ajudar Williams e que não tinha a possibilidade de contribuir ofensivamente, onde tem sido destaque e formando um esquema 4-1-4-1.

Crédito: UOL
Com as mudanças, o Inter cresceu na volta para a segunda etapa e logo chegou ao empate com Rafael Moura, depois de jogada de Alex para Aránguiz na direita, que cruzou na cabeça do He-Man. O Grêmio sentiu o gol e não conseguiu reagir, enquanto o Inter cresceu na partida e passou a chegar com facilidade na área gremista. O Inter passou a acumular conclusões e só teve dificuldades para ampliar o marcador em virtude de Marcelo Grohe, que fez intervenções importantes e foi um dos destaques da partida. 

O jogo pedia mudanças no time do Grêmio, e Enderson mostrou conservadorismo ao tirar Dudu para a entrada de Alan Ruíz. É bem verdade que o meia não fazia boa partida, porém diante das circunstâncias era esperado que o treinador tirasse um dos volantes para ampliar o poderio ofensivo do time. Pouco depois da escolha de Enderson, o Grêmio acabou levando a virada mais uma vez através de Rafael Moura, que desta vez recebeu um cruzamento de Fabrício pela esquerda.  Enderson então colocou Maxi Rodríguez e Jean Deretti, porém o time já estava entregue animicamente e fisicamente, e pouco conseguiu produzir. 

O placar, que praticamente dá o tetracampeonato ao Inter, deixa lições para ambos os lados. Mostra que, apesar de bem montado, o time gremista ainda é verde, sentindo nos momentos decisivos, além de Enderson Moreira, que acabou abrindo mão de escolhas mais ousadas e mostrou pragmatismo na hora de buscar soluções para o time, mostrando ainda não estar ambientado com grandes decisões. Eu acho o time do Grêmio muito promissor e deverá fazer um bom Campeonato Brasileiro, porém antes do clássico já tinha minhas dúvidas em relação ao comportamento do time em decisões. Precisará ganhar maior maturidade, senão sofrerá bastante na fase final da Libertadores.

Já para o Internacional, queimei a minha língua com a escalação de Rafael Moura, já que achava temerária a sua escalação em detrimento a Wellington Paulista, que entrou bem e marcou gols na sua oportunidade. Porém o primeiro tempo escancarou os problemas do time Colorado, e Abel mostrou com a mudança na escalação e de atitude na segunda etapa que diagnosticou e tratou os problemas, que mostraram um promissor potencial ao time na segunda etapa, e que poderá se consolidar como um dos melhores times do Brasil se Abel tiver humildade em rever conceitos e definir a nova escalação.  

O segundo tempo do Internacional foi muito superior ao primeiro do Grêmio, o que dá justiça à vitória Colorada. Foi um grande Gre-Nal que mostrou que a dupla tem condições para fazer um bom Campeonato Brasileiro. 

domingo, 9 de fevereiro de 2014

Gre-Nal 399 termina empatado em 1x1

Finalmente hoje, 09 de fevereiro, Grêmio e Inter mostraram a que vieram para a temporada 2014 no primeiro grande jogo de cada um, logo em um clássico Gre-nal. Em termos gerais, a primeira impressão de cada time não é boa, tendo em vista que o clássico foi um jogo fraco, com poucas chances de gols e centrado no meio campo.

Na primeira etapa, o Grêmio tomou a iniciativa e chegou a criar uma blitz contra a defesa Colorada nos primeiros minutos de jogo. Com marcação adiantada, facilitando a retomada no campo de ataque e com intensidade de movimentação, o tricolor teve duas chances claras de gol, uma com Barcos e outra com Edinho. Muriel foi bem em ambos os lances. O Inter praticamente só se defendia, pois tinha dificuldades na saída de bola e a transição ofensiva era muito lenta.  

O panorama do jogo mudou após a parada técnica para reidratação dos jogadores. Abel Braga consertou o time e o Inter começou a preencher mais o campo ofensivo, valorizando a posse de bola e ficando mais próximo do gol. O time até não chegou a criar chances claras, salvo o gol de Fabrício, oriundo de um passe de Williams que teve um corta-luz desajeitado de Jorge Henrique e que sobrou para o lateral esquerdo livre de marcação nas costas de Pará para desviar de Grohe.

O Inter voltou melhor na segunda etapa, controlando o jogo nos primeiros minutos. Rafael Moura teve a chances de ampliar de cabeça, obrigando uma grande defesa de Marcelo Grohe. Com o Inter superior e o Grêmio em desvantagem no placar, Enderson sacou Luan e Ramiro para as entradas de Maxi Rodríguez e Jean Deretti. O Grêmio chegou mais ao ataque, porém só conseguiria empatar em um lance confuso envolvendo o zagueiro colorado Paulão, com a bola batendo em sua mão. O árbitro Leandro Vuaden assinalou a penalidade e Barcos empatou.  Empate justo, já que em cada tempo um foi melhor e no fim das contas nenhuma equipe fez jus a um destino melhor. 

Como destaques no clássico, o Grêmio teve o goleiro Marcelo Grohe, o zagueiro Rodolfo, o lateral esquerdo Wendel e o atacante Barcos, enquanto que o Inter teve o goleiro Muriel, o volante Aranguíz e o meia Jorge Henrique. 

O Grêmio teve o atacante Kleber como desfalque, e promoveu a entrada do jovem Luan, que até chegou a se destacar no início da partida, porém caiu de produção e foi substituído no segundo tempo. No meio, Riveros ganhou a vaga de Maxi por motivos técnicos e táticos, já que o uruguaio não vinha bem e o paraguaio poderia dar maior poder de marcação, deixando o time com praticamente três volantes. O time foi melhor no primeiro tempo, mostrando a intensidade na transição e marcação sob pressão que lhe deram o bom escore contra o Aimoré, porém acabou sucumbindo após o gol do Inter e não mostrou muita organização para reagir, sendo premiado com o pênalti.

Já o Inter começou mal, porém conseguiu se impor na partida, mostrando o característico toque de bola desejado por Abel. O time teve maior posse de bola na partida (53%) e trocou mais passes, tendo 93% de eficácia, o que é um número interessante. No entanto, foram apenas 13 arremates na partida, o que mostra que o time tem problemas ofensivos, já que Rafael Moura praticamente não tocou na bola e a transição ofensiva é lenta, já que D’Alessandro, Jorge Henrique e Alex não tem muita velocidade. O time melhorou, pois a presença dos laterais Gilberto e Fabrício e de Aranguíz se tornou mais frequente no campo ofensivo, oferecendo possibilidades no desenvolvimento do time. Ainda acho necessária a entrada de Otávio como titular, para melhorar esta transição, já que sem o apoio dos laterais, o Inter mostrou-se ofensivamente previsível e lento.  

Para finalizar o clássico, não achei pênalti no lance da primeira etapa envolvendo Fabrício e Pará, porém respaldado pelas novas recomendações da FIFA para a marcação de mão na bola (ver link com vídeo do ex-árbitro Sálvio Espindola explicando), considerei pênalti de Paulão, pois o zagueiro, embora não tendo a intensão de colocar a mão na bola, estava com o braço estendido e deliberou para que a trajetória da bola fosse alterada, o que é caracterizado como um lance não natural e que deve ser assinalada a infração, no caso a penalidade. De acordo com Sálvio, o fato de ter ou não ter intenção é irrelevante, já que é considerado se a movimentação dos braços é ou não necessária para que o atleta consiga disputar a bola, sem que aumente a projeção do seu corpo. 

Na próxima semana, o Grêmio iniciará sua campanha na Libertadores, enquanto o Inter ainda esperará pelo início da Copa do Brasil. O Grêmio terá a possibilidade de testar seu nível e evoluir contra adversários mais fortes, enquanto que o Inter terá que esperar as finais do Estadual em um eventual novo clássico ou até a fase quente da Copa do Brasil e início do Brasileirão para mostrar suas forças. 

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Dupla Grenal paga o preço pelos excêntricos e irresponsáveis gastos

Ao que tudo indica na movimentação do mercado gaúcho, tanto Internacional quanto Grêmio iniciarão 2014 com um grupo menos qualificado em relação ao do ano anterior. Ambos terminaram seus anos com altos déficits, que exigiram a saída de jogadores para tapar o buraco financeiro, seja com o dinheiro da venda de promissores atletas ou até menos deixando de pagar altos salários de seus medalhões.

A renovação de grupos do Internacional foi mais expressiva, com diversas saídas como Gabriel, Kleber, Airton, Ronaldo Alves, Leandro Damião e, provavelmente, Scocco e Forlán. Chegaram Dida, Gilberto, Paulão, Ernando, Alan, Aranguíz e Wellington Paulista, aumentando o nível de incertezas em relação ao potencial que estes jogadores poderão efetivamente contribuir ao clube. Como já havia escrito, considero apenas Dida, Ernando e Aranguíz como jogadores que já entram em condições de titularidade, sem serem considerados apostas.

Já no Grêmio o caso é mais emblemático, já que, até agora, praticamente só ocorreram saídas. Dida, Alex Telles, Elano e Vargas já deixaram o clube, enquanto vieram Alan Ruíz, Geromel e Edinho. Com um déficit de quase 90 milhões na última temporada, o tricolor gaúcho utiliza a criatividade para manter a competitividade do seu grupo de jogadores, trazendo jogadores alternativos e teoricamente mais baratos, além de se esforçar para manter o maior número possível de jogadores titulares da temporada passada para a disputa da Libertadores de 2014.

O problema de ambos os clubes é o mesmo: Dinheiro, ou melhor, a falta dele. E a razão é pelo fato de ambas as gestões serem amadoras, incapazes de racionalizar os gastos que são maiores a cada ano. 

Na década passada, a dupla descobriu a “roda” ao investir na fidelidade de seus fanáticos torcedores através do programa sócio torcedor. Junto com a paixão e o apoio, entraram milhões de reais nas contas da dupla, que não souberam utilizar corretamente estes recursos. Tanto Inter quanto Grêmio passaram a contratar vários jogadores caros, muitas vezes sem critérios, onerando suas folhas de pagamento e perdendo este diferencial de arrecadação em jogadores que, muitas vezes, acabaram treinando em separado por não servirem mais aos clubes.

Nos últimos anos, os demais grandes clubes notaram que este promissor programa era a saída para um acréscimo de arrecadação, e aos poucos chegam aos patamares de valores arrecadados pela dupla, enquanto que em receitas de televisionamento ou de patrocínios ganham no mínimo valor igual ao de Inter e Grêmio.

Apesar de a dupla estar enfrentando problemas com seus estádios que acabam respingando nas finanças, os problemas financeiros são explicados pela defasagem administrativa, cuja gestão é ainda tratada com amadorismo, o que fez com que os clubes contratassem jogadores por salários cada vez maiores, levando-os ao caos financeiro.

A defasagem também chega ao patrimônio da dupla, visto que, com exceção de seus belíssimos estádios, ambos possuem uma estrutura insuficiente. Inter e Grêmio não têm um centro de treinamentos condizente com a realidade do futebol brasileiro, enquanto que outros clubes como Atlético-PR, São Paulo, Cruzeiro e Atlético-MG possuem CTs destacados internacionalmente pela estrutura oferecida, e que acomodarão Seleções para a Copa do Mundo. Uma prova desta discrepância é o fato de nenhuma seleção sequer especular Porto Alegre como sede para seus treinamentos para a Copa.

Para complicar, a Base dos clubes enfrenta problemas que acabam respingando no Profissional. O Grêmio possui uma estrutura física insuficiente, alvo de criticas por parte da imprensa e dos próprios gremistas, que a consideram sucateada e que revela poucos jogadores à categoria profissional. Uma prova foi o pacotão feito com o Juventude no início de 2013, que trouxe jogadores como Alex Telles, Paulinho, Bressan, Ramiro, Deretti e Follmann.

Já o Internacional possui uma melhor categoria de base no quesito estrutura, porém a gestão não é a mais adequada. Há uma lacuna entre o Profissional e a Base chamada de Time B, que é atualmente denominada Sub23. O clube tem uma política de insistir em jogadores que já saíram da idade júnior para tentar aproveitá-los no grupo principal, fazendo com que jogadores com 21, 22 e até 23 anos fiquem à frente da fila em relação a promessas, o que dificulta a ascensão de promessas para o profissional. Isso acaba também onerando a folha de pagamento do clube, tendo em vista que a quase totalidade destes jogadores acaba não vingando, deixando o clube amarrado em contratos longos.

A dupla Grenal está sucumbindo em função de suas gestões ineficientes e de suas estruturas obsoletas. Sem dinheiro, ambos perderão qualidade neste primeiro momento e só voltarão a ser competitivos se valorizarem as suas categorias de base, além de racionalizarem suas contratações e controlar gastos.

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Dupla Gre-Nal precisa urgentemente rever suas gestões

Com a eliminação do Grêmio na Copa do Brasil diante do Atlético-PR nesta última quarta-feira, a dupla Gre-Nal fracassou em 2013, ficando sem nenhum titulo relevante para celebrar. No entanto, os clubes gaúchos jamais gastaram tanto e terminarão a temporada com um déficit gigantesco, que comprometerá as finanças dos clubes em um curto e médio prazo.
  
Com políticas de administração semelhantes, baseadas na contratação de medalhões que geram um alto custo mensal, além de supervalorizar jogadores comuns, Grêmio e Inter marcaram passo mais uma vez, pois não tiveram competência para montar times competitivos e vencer clubes com orçamentos mais modestos, que conseguiram se organizar com as suas limitações e terminarão o ano em melhor situação. 

Se o resultado de todo investimento feito é um titulo (Gauchão pelo Inter) e a possibilidade de uma vaga na Libertadores (pelo Grêmio, que começa a ficar complicada), é sinal que o modelo de gestão do futebol de 2013 fracassou.

Vão-se as oportunidades de conquistar títulos relevantes e ficam-se os déficits, já que tanto Grêmio quanto o Internacional, terão que administrar pendências milionárias para o(s) próximo(s) ano(s), e provavelmente perderão muita competitividade caso não consigam organizar-se com elencos mais modestos. Segundo informações divulgadas pela imprensa gaúcha, o Internacional deverá terminar o ano com déficit entre R$ 35 a 40 milhões, enquanto que o do Grêmio terminará entre R$ 90 a 100 milhões de reais.

É bem verdade que ambos estão lidando com problemas em seus estádios. O Grêmio tenta renegociar o seu contrato com a OAS, que promete reduzir este déficit, enquanto o Internacional não teve a sua casa em 2013 e acusa perda de receitas, porém já é fato que a dupla acabou gastando muito mais do que deveria no futebol, principalmente em contratações com valores irresponsáveis e que não deram o resultado esperado.

Agora ambas as direções lidam com dilemas, tendo em vista que a maior parte dos contratos dos medalhões são longos, necessitando uma negociação/acordo para que possam desonerar suas folhas de pagamento e promover renovação de seus planteis. O pior é que a dupla se notabilizou por pagar salários em valores acima dos praticados pela média dos outros clubes, o que dificulta ainda mais eventuais negociações sem que o clube aumente o seu passivo. 

Tanto o Internacional quanto o Grêmio terão que reduzir os gastos com futebol, não somente em virtude do déficit, mas sim em função do custo x benefício que o alto investimento trouxe, passando a investir mais nas categorias de base e na contratação de jovens jogadores.

O futebol brasileiro necessita de uma gestão de clubes mais responsável e que limite os gastos ao valor orçado no início da temporada. Além disso, é necessário um dinamismo para obter receitas ordinárias e isso só ocorrerá com a profissionalização da gestão dos clubes, visando minimizar os erros e maximizar os acertos, de forma que o clube possa disputar títulos sem comprometer-se financeiramente. Hoje, no Brasil, poucos clubes possuem gestões racionais e, apesar do incremento de receitas devido às renegociações de contrato com a TV, grande parte encerrará o ano com déficit. 

domingo, 2 de dezembro de 2012

Pouco futebol, muita confusão e sem festa de despedida


A grande expectativa do Gre-Nal 394 ficou só na promessa, pois a grande maioria das emoções da partida foram negativas, com confusões, expulsões e pouco futebol, resultando em um 0x0 que terminou de forma melancólica a última partida do Grêmio no Olímpico, com a perda do vice-campeonato brasileiro diante de dois jogadores a menos do rival ao longo de praticamente todo o segundo tempo.
  
A maior responsabilidade pelo placar zerado foi dos treinadores, que povoaram o meio-campo de seus times, resultando em poucas finalizações quando o jogo estava numericamente igual, o que o deixou insosso e sonolento. Sem Moreno e Kléber, Luxemburgo escalou Léo Gago e deixou apenas André Lima no ataque, enquanto que Osmar Loss preteriu Forlán e escalou Josimar, deslocando Guiñazu para a linha dos meio-campistas, por onde o jogador pouco produziu ofensivamente, mas que acabou como peça fundamental na manutenção do resultado.

A rigor, somente uma cabeçada de Damião que lhe custou um grande ferimento no supercílio ofereceu perigo na primeira etapa, enquanto que na segunda, com as expulsões de Muriel e do próprio centroavante, o time colorado acabou massacrado em chances de gols, porém teve a competência para manter o placar. Luxemburgo somente foi colocar o segundo atacante aos 18 minutos da segunda etapa, quando o time já possuía superioridade numérica de dois jogadores.  

Se alguém pode ser colocado como responsável pela perda do vice-campeonato, este deve ser Luxemburgo.  O treinador conseguiu o seu objetivo que era classificar o time para a Libertadores, porém nas demais competições o time chegou mas não faturou nenhum torneio, sucumbindo nas horas derradeiras. Pela pouca quantidade de técnicos qualificados, Luxa continuará em 2013 e quiçá em 2014, pois assinou um contrato por duas temporadas  e dependerá de resultados, isto é, títulos, para marcar uma era. 

Tanto Muriel quanto Damião foram corretamente expulsos, pois o goleiro evitou um lance de perigo gremista interceptando a bola com as mãos fora da área, enquanto que o centroavante deu uma cotovelada em Saimon, e se continuar para a próxima temporada, deverá pegar gancho. Na reclamação da expulsão de Muriel, Luxemburgo invadiu o campo para segurar os jogadores e também foi corretamente expulso pelo árbitro Heber Roberto Lopes. 

Nos descontos, quando o Grêmio era mais nervos do que pressão para marcar o gol, o treinador colorado Osmar Loss envolveu-se em confusão com Saimon, ocasionando em uma confusão generalizada por onde ambos foram expulsos, e a torcida perdeu a cabeça e começou a atirar rojões no campo, sendo que um acertou um dos membros da comissão técnica do Internacional, no que poderá ocasionar em sanções para o futuro estádio na próxima temporada.

Este 0x0 combinado com a vitória do Atlético Mineiro sobre o Cruzeiro por 3x2 resultou na perda do vice-campeonato do Brasileirão pelo Grêmio para o Galo, o que deixou o time sem ter o que comemorar na despedida do Olímpico, tendo em vista que além de empatar precisando da vitória, o time não teve a competência para marcar um gol contra dois jogadores a menos do Inter, e ficou sem a tradicional avalanche, que foi dada somente de forma simbólica, por grande parte dos torcedores da inferior do estádio, em uma nostálgica despedida do Olímpico.

No final das contas, quem comemorou no Gre-Nal foram os Colorados, pois o empate diante das circunstâncias formadas ao longo do campeonato e principalmente do jogo que fizeram com que o sentimento pelo 0x0 fosse de um título, pois o Inter aplicou um grande prejuízo no Grêmio, que terá que disputar uma fase preliminar da Libertadores, bagunçando todo o planejamento do rival e lhe deixando em condições de eliminação logo de início. 

Já para o Inter, que o esforço e o objetivo de atrapalhar os planos do Grêmio não sirvam para encobrir a péssima temporada que o time teve, onde ganhou o Gauchão, mas não conseguiu chegar a nenhuma competição, além de terminar pessimamente o Brasileirão, sem vencer os últimos cinco jogos e com a 16ª melhor campanha do returno. 

E a bola parou de rolar oficialmente no RS. O momento passa a ser de analisar a temporada e projetar a próxima. 

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Gre-Nal 391: Lições ao Inter e Esperanças ao Grêmio


O 391º clássico Gre-Nal não deu a lógica. Se não fosse um confronto da magnitude de um Gre-Nal e o termo zebra poderia ser atribuído. Poderia, mas não deveria, visto que um time com os jogadores que o Grêmio tem são tecnicamente qualificados, porém atuavam em um sistema totalmente desorganizado, que lhes faziam atuar abaixo de seus reais potenciais.

Há tempos um clássico não parecia ser tão desigual quanto foi o de hoje, na qual a soberania técnica do time Colorado e o seu retrospecto de resultados e atuações, o fazia um grande favorito, frente a um rival amedrontado pela má fase e desorganização do time, que fez Caio Júnior perder o emprego com 48 dias de trabalho, mas sem ter como empossar um novo treinador à tempo, necessitando utilizar-se de um técnico interino na figura do ex-jogador tricolor Roger.

Porém não foi, visto que Roger conseguiu fazer em quatro dias o que Caio Júnior não conseguiu realizar em 48. Escalou um time equilibrado, com um meio de campo mais condizente com as características dos jogadores, que formavam um losango, com Fernando no primeiro vértice, Souza na direita, Léo Gago na esquerda e Marco Antônio no vértice mais agudo. O treinador compactou e adiantou o time, marcando a saída de bola do Inter, que sem Guiñazu perdia grande parte de seu potencial de marcação. 

Pelo lado Colorado, talvez pela primeira vez, sentiu-se saudades de Nei, visto que Elton foi completamente envolvido na direita, enquanto que a dupla de volantes formada por Sandro Silva e Bolatti não funcionou, mostrando total desarmonia e arrancando suspiros de saudade do lesionado Guiñazu. Estas defecções eram aproveitadas pelo Grêmio, que faziam com que a zaga Colorada ficasse excessivamente vulnerável, desnudando fragilidades da defesa, e principalmente do goleiro Muriel, responsável pelo primeiro gol gremista de Léo Gago, em mais uma falha técnica de rebote para frente.

Ofensivamente, o Internacional mostrou-se desorganizado e incapaz de se desvencilhar da forte marcação do meio gremista, que em certos momentos usou-se da deslealdade para parar algumas jogadas. Em uma das únicas vantagens ofensivas, o time Colorado conseguiu marcar o que seria o gol de empate com Leandro Damião, além de perder duas grandes chances de empatar o jogo no final da partida, quando este estava 2x1 a favor do Grêmio. 

O Grêmio mostrou um feijão com arroz, capaz de se transformar futuramente em uma feijoada. Não mostrou nada de Luxemburgo, e um pouco de Roger, que procurou não inventar e escalou os melhores jogadores que tinha a disposição. Estudou o Internacional e contou com a animação do grupo, além da tradicional empolgação e garra em enfrentar o rival, ainda mais em estado de desvantagem. Não virou um super-time do dia para a noite, porém mostrou ter potencial para se apresentar de forma bem mais qualificada ao que vinha jogando até então. Necessitará de trabalho do novo treinador Luxemburgo.

O gremista Souza foi o melhor jogador do Gre-nal,  enquanto Kléber Gladiador teve importante atuação por ter marcado o gol da vitória já na segunda etapa, quando se ressentia de um problema muscular. O Grêmio teve seus méritos, porém há de se ter cautela em reavalia-lo, pois foi apenas uma vitória, diante de um rival que sentiu o peso que o  favoritismo traz nos saltos.

Mais uma vez comprova-se que as palavras Internacional e favoritismo não se conjugam. O time sentiu a falta de Nei e Guiñazu, porém entrou mole, sem vibração e consciente que uma vitória viria ao natural, contra um adversário já batido pela opinião pública e sem precisar de nenhum esforço extra. Se enganou, mostrou seus problemas, foi reprovado e tem uma lição de casa para aprender até o jogo do próximo dia 07/03 contra o Santos, pela Libertadores.

Nem tudo são flores para o Grêmio, nem espinhos para o Inter. Basta cada um buscar entender o que representa esse resultado, para que ambos não tenham ingratas surpresas futuramente.

domingo, 4 de dezembro de 2011

Vaga com “forcinha” de rival ex-colorado



Em meio a um manancial de oito clássicos regionais, o Gre-nal 389 ficou devendo no quesito técnico, porém trouxe muita emoção durante os seus 90 minutos, com a parte vermelha do Estado sagrando-se vencedora, e ganhando de lambuja uma vaga para a próxima edição da Libertadores.

E o clássico foi pegado do início ao fim, com um jogo lá e cá, porém apenas de intermediária à intermediária, com os times concluindo pouco, porém as raras chances foram em sua maior parte perigosas.

A primeira chegada do jogo foi colorada, porém protagonizada pelo gremista André Lima, que desviou uma falta cobrada por D’Alessandro contra seu próprio patrimônio, exigindo uma defesa monumental de Victor. O Inter tinha a iniciativa do jogo, porém não chegava mais devido ao nervosismo de alguns jogadores, como Leandro Damião, além de o time estar totalmente desorganizado em campo, atacando na base do abafa, sem criar nenhuma jogada de forma eficaz.

O Grêmio conseguiu controlar o jogo, e passou a trocar passes no meio-campo, dificultando ainda mais as ações do Inter. As chances gremistas foram poucas, apenas duas conclusões de Marquinhos, enquanto o Inter ainda assustaria em conclusões de D’Alessandro, que era foi a melhor figura individual da primeira etapa.

O segundo tempo chegou, com o jogo no mesmo panorama, apenas com o Inter conseguindo retomar a leve superioridade do início de primeira etapa. Porém era o Grêmio que criara as melhores chances, com Douglas chegando a acertar a trave. O jogo seguia no chove-não-molha até os 15 minutos, quando Rochemback displicentemente derrubou Oscar dentro da área, cometendo um indiscutível pênalti bem marcado por Vuaden, que D’Alessandro cobrou no canto esquerdo de Victor para marcar o único gol do jogo.

O Inter conseguiu exercer o controle tranquilo do jogo em seus pouco mais de 30 minutos restantes, quase marcando com Damião e Gilberto, este perdendo uma chance incrível quando estava livre e tinha Damião também livre do seu lado pronto para marcar, porém preferiu concluir displicentemente nas mãos de Victor.

No mais, Roth tentou colocar o Grêmio para cima com Leandro, MIralles e Lúcio, enquanto Dorival foi mais conservador com as entradas de Zé Roberto, Andrezinho e Fabrício, mantendo até o fim o esquema 4-4-2, com o time dentro de campo procurando manter a posse de bola, até o apito final do arbitro Leandro Vuaden.

Vitória merecida do Inter, que jogou melhor a partida, e conseguiu em uma jogada individual o pênalti que lhe deu a vitória. D’Alessandro, mais uma vez, foi o nome do jogo, marcando o gol que deu a vaga para a Libertadores. Já o Grêmio pecou na omissão de seu time, que pouco buscou o ataque, além da displicência de Rochemback, que cometeu um pênalti bobo. Justo ele, revelado pelo Internacional, ajudou o Internacional a ir para a sua terceira Libertadores seguida.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

O #partiu de Roth e a indiferença gremista para o Gre-nal

Em entrevista coletiva na tarde desta terça-feira, Celso Roth anunciou a não permanência no comando técnico gremista para a temporada 2012. O então treinador anunciou a permanência até o fim do contrato (31/12), que na prática terminará no próximo domingo, após o clássico Gre-nal.

O ciclo do treinador no Grêmio se encerrará com 25 jogos, cujo retrospecto dos 24 até então jogados marca 10 vitórias, 4 empates e 10 derrotas, o que dá um aproveitamento de 47,2%. A sua saída representa em um “Feliz Ano Novo” ao tricolor gaúcho, que poderá oficialmente projetar a temporada 2012.

Decisão inteligente, jogada de mestre, que agrada à torcida e ao próprio Grêmio, pois ambos não estavam satisfeitos com o trabalho do treinador, além de ter a honra de sair pela porta da frente, antevendo-se à irreversível decisão do clube em escorraçá-lo ao final da temporada, para planejar o 2012 com um novo comando técnico, que provavelmente será Caio Júnior.

Porém, diante de todo este cenário, um ingrediente não foi bem analisado, o clássico Gre-nal do próximo domingo, onde o Internacional precisa vencer o clássico e contar com tropeços do Flamengo ou do Coritiba para garantir uma vaga para a Libertadores.

Roth, e o Grêmio por tabela, mostram indiferença em relação ao clássico, cuja vitória poderia resgatar a confiança da torcida para com o time e um réveillon em lua de mel. Mas a saída já confirmada do treinador, que mostrou desmotivação para com o clássico, aliado às constantes tratativas de negociações de jogadores por parte da direção, deixarão o vestiário desmobilizado e a torcida resignada ao ver apenas um time focado no jogo, o que poderá significar em uma vitória tranquila ao Internacional, quiçá por goleada.

Não houve pior hora para ser dada uma entrevista com esta decisão. Caso tivesse anunciado o seu afastamento imediato do plantel, o anuncio teria sido de maior valia, pois permitiria que o aspirante a treinador Roger Machado pudesse treinar o grupo ao longo da semana, buscando motivá-lo com a importância do clássico, que é importante até em disputa de par ou impar.

No momento há uma euforia da torcida com a não permanência do treinador, porém toda esta alegria poderá se transformar em melancolia, dependendo da atitude, atuação e resultado do Grêmio no clássico Gre-nal.

No fim de 2011, o Grêmio toma uma atitude que o Internacional deveria ter feito ao fim de 2010, quando fracassou no Mundial Interclubes. Roth decepcionou e falhou em ambos os trabalhos, mas devido a uma atitude coerente e ágil da direção gremista, acabará não interferindo no planejamento do próximo ano do clube.

Só fica uma questão pendente: Até quando Roth ficará desempregado?

domingo, 28 de agosto de 2011

Grêmio neutraliza Inter e ganha vitória de presente



O Grêmio foi coroado com a vitória no Gre-Nal 388, válido pelo primeiro turno do Brasileirão 2011. Méritos do treinador Celso Roth, que conseguiu armar ao longo da semana um time coeso, que conseguiu dominar o meio-campo, e se aproveitando das falhas defensivas do Inter para construir uma vitória que não vinha há 11 anos ao comandante gremista.

A vitória gremista foi construída ao longo da semana, com Celso Roth criando alternativas pra o seu 4-2-3-1, que teve Fernando como companheiro de Rochemback na última hora, visto que Gilberto Silva sentiu lesão e não conseguiu se recuperar.

Houve ainda o fator emocional, com o discurso de D’Alessandro de quem manda em Porto Alegre é o Colorado, que acabou ferindo o ego do rival, além do natural cansaço do time Colorado que abriu mão de uma melhor preparação para o clássico ao ter que decidir a Recopa contra o Independiente.

O jogo foi bem movimentado, ao contrário dos costumeiros confrontos truncados. Começou equilibrado, com ambos os times partindo ao ataque, até aos 26 minutos, quando Mario Fernandes achou Marquinhos entrando com liberdade no meio da área para abrir o placar.

O Grêmio então tomou o controle do jogo, e a marcação adiantada de meio-campo praticamente anulava as ações Coloradas, que tiveram Andrezinho e Dellatorre em más jornadas, além de ter Oscar e Leandro Damião bem marcados.

O Inter ainda acharia o empate com Índio, escorando um cruzamento de Oscar aos 26, no que seria a sua única conclusão em toda a primeira etapa. Mesmo assim, o Grêmio continuou melhor até o fim da partida, construindo a sua vitória em um dos três lances polêmicos da partida, que gerarão muita discussão ao longo da semana.

No primeiro, lançamento para a área do Inter e Muriel tromba com André Lima em um lance passível de falta no goleiro, que não fora assinalada pelo árbitro, e cuja continuação resultou em uma clara penalidade de Índio em Saimon também não dada pelo arbitro, que deixou o jogo seguir em tiro de meta.

No segundo, Mário Fernandes recebe em profundidade e cai ao trombar com Muriel. Lance típico de pênalti, e que certamente seria marcado caso o jogador gremista não tivesse flexionado as pernas na tentativa de agravar o lance, configurando-se em uma simulação que foi advertida pelo arbitro com o cartão amarelo. Como digo, foi um lance à brasileira, que gera reclamações de ambos os lados e que no país costuma configurar-se pênalti.

Já no terceiro, uma carga de Índio em escudeiro dentro da área, com o jogador procurando o contato com o jogador gremista para lhe deslocar da jogada, configurando-se na infração. Desta vez o arbitro assinalou, com Douglas cobrando alto no centro e marcando o gol da vitória.

O Grêmio jogou melhor e mereceu a vitória, contando com uma jornada pobre do setor ofensivo e de falhas defensivas da defesa colorada. O Inter ressentiu-se da falta de D’Alessandro e Guiñazu no meio-campo, e a perda do controle do setor foi determinante para o resultado, visto que foi ali que o Grêmio construiu a vitória, ao neutralizar o rival ofensivamente, e se aproveitar de falhas defensivas para vencer.

terça-feira, 17 de maio de 2011

Balança quebra, desfazendo a mística da imortalidade

No último domingo, o Internacional acabou conquistando nos pênaltis o seu 40º titulo gaúcho em pleno Estádio Olímpico, após ter revertido uma desvantagem adquirida no jogo de ida, e que fora ampliada nos primeiros minutos de domínio no segundo jogo.

A capacidade de recuperação do Inter, somado com a vitória nos pênaltis, acabou ofuscando o sentimento de imortalidade do rival, onde a sua frustrada torcida, passou a cobrar de forma áspera da direção gremista resultados e títulos. A torcida gremista parece ter acordado de um cenário de imortalidade para a realidade, na qual o rival acabou quebrando a balança a seu favor.



Na década passada, o Grêmio viria a conquistar seu último titulo relevante em 2001, quando faturou a Copa do Brasil. De lá para cá, foram quatro conquistas de Campeonato Gaúcho, contra seis do Colorado, e um título da Série B, conquistado na improvável batalha dos aflitos, onde a equipe tinha apenas 7 jogadores em campo, e conseguiu vencer o completo Náutico por 1x0, gol de Anderson, hoje no Manchester United.

Para complicar, o Grêmio viu o rival conquistar duas Taças Libertadores, um Mundial de Clubes da FIFA, uma Copa Sul-Americana, além de outros torneios oficiais como a Recopa Sul-Americana e a Copa Suruga Bank. O grande trunfo acabou ficando nas conquistas do Gauchão 2006 e 2010 em final de Gre-Nal, além de contar com a predisposição da imprensa gaúcha em buscar igualar a situação dos dois times, buscando supervalorizar a conquista de vagas via Campeonato Brasileiro para a Copa Libertadores da América em 2003, 2007, 2009 e 2011, onde acabou tendo um desempenho decepcionante, mesmo sendo vice-campeão em 2007, levando na final sonoros 5x0 no agregado da equipe argentina do Boca Juniors.

A perda do Gauchão 2011 fez o Grêmio iniciar a segunda década do Século XXI atrás de seu rival, e com um ambiente que não propicia grandes melhoras e que não vislumbra títulos. O presidente Odone, que acabou perdendo Ronaldinho Gaúcho para o Flamengo e que não trouxe grandes reforços para esta temporada, começou a ser cobrado, necessitando dar uma resposta rápida para que a situação do clube não fique fora de controle perante o seu torcedor.

O Grêmio começa o Campeonato Brasileiro pressionado, desta vez internamente pela sua torcida, que antes o defendia incondicionalmente, mas que agora promete cobrar uma boa campanha para que suas decepções horrendas da década passada possam se dissipar aos poucos, saindo debaixo do tapete denominado imortalidade.

domingo, 15 de maio de 2011

Falcão corrige seus erros e é premiado com o titulo

Os dois confrontos da decisão do Gaúchão foram muito bem disputados pela dupla Gre-Nal, e isso pode ser visto pelo placar agregado, um 5x5, que confirma a igualdade entre as duas equipes, porém apenas uma poderia vencer.

Ambos os duelos foram marcados por erros individuais e coletivos, que contribuíram para os incomuns placares dos clássicos, cuja essência prevê duelos truncados e com placares mínimos.

O Internacional levou a melhor, vencendo nos pênaltis, e conquistando pela 40ª vez o seu certame e aumentando a sua supremacia regional.

No confronto derradeiro, Falcão teve a agilidade de consertar seus equívocos iniciais e os problemas que surgiram ao longo da partida. Apesar de começar mal, foi pontual nas substituições e variações táticas, que acabaram surpreendendo o Grêmio.

O primeiro foi alterar o esquema tático logo aos 28 minutos, quando sua equipe era inteiramente dominada pelo Grêmio, perdendo parcialmente o jogo e sem dar mostras de reação.

A entrada de Zé Roberto resolveu os problemas ofensivos, onde Damião era apenas uma ilha localizada entre a defesa gremista. Tamanha era a nulidade ofensiva colorada antes da alteração, que na primeira jogada do suplente, Damião foi servido e empatou a partida. O meia-atacante foi um grande trunfo de Falcão na partida, mostrando-se predestinado, pois foi responsável pela criação de várias jogadas, dentre elas a assistência para o primeiro gol, sofrer o pênalti que originou o terceiro gol, além de converter o pênalti final, que deu o titulo ao Colorado.

O treinador corrigiria os seus problemas defensivos na volta para a segunda etapa, quando apertou a marcação em Douglas e Lúcio, terminando com a criação gremista, que tinha facilidade na primeira etapa para criar e armar jogadas. Falcão também contou com a sua teimosia em manter Andrezinho, mesmo sem condições de jogo. Foi dele o gol da virada já nos acréscimos da primeira etapa.

Porém alguns problemas visíveis continuam como a linha de impedimento falha, responsável por três gols gremistas nestes dois jogos. Este é talvez o grande equivoco do treinador até então, pois acaba trazendo insegurança a todo o sistema defensivo, inclusive ao goleiro Renan, que neste jogo teve uma grande falha, compensada com os pênaltis defendidos.

No próximo sábado, começa o Brasileirão para o Inter, no confronto contra o Santos na Vila. Falcão ganhará um gás de tranquilidade para tentar encaixar seu trabalho. Porém é sábio que a equipe colorada precisa de reforços, sendo um zagueiro, um lateral direito e um ou dois atacantes.

Titulo gaúcho é Colorado em confronto dos sete erros

Em um dos Gre-Nais mais movimentados da história recente do confronto, o Internacional venceu o jogo por 3x2 e a decisão de pênaltis por 5x4 para se sagrar Campeão Gaúcho pela 40ª vez. Vitória histórica, de virada, na casa do adversário, em uma noite marcada por grandes erros de ambos os lados, onde o Inter soube melhor contorna-los para se sagrar campeão.

1º Erro: Esquema 4-3-2-1 de Falcão

Logo no inicio, ocorreria o primeiro grande erro do dia, com Falcão utilizando uma esquematização nova, com Kléber jogando na linha de volantes e tendo Juan como lateral esquerdo, formando um esquema tree 4-3-2-1, com Andrezinho e D’Alessandro formando a linha de meias, enquanto Damião seria o ilhado homem de referencia.

2º Erro: Linha burra de impedimento

O esquema já se mostrava fracassado desde o inicio, pois era o Grêmio que mandava no jogo, enquanto o Inter mal passava do meio-campo. Eis que o golpe crucial seria assinalado no segundo erro da partida, com a famosa linha burra de impedimento Colorada, que voltaria a aparecer quando Douglas lançou Lúcio, que se projetou na intermediária em meio à defesa, e livre, só teve o trabalho de desviar de Renan para abrir o placar.

3º Erro: Grêmio desperdiça chances

O jogo estava à mercê do Grêmio, que fazia o que queria com o Inter. Chances de ampliar surgiram, com o Grêmio empilhando chances perdidas em atacado, podendo liquidar o campeonato naquele instante, porém contou com a má pontaria de seus atacantes, além de concluir pouco, tamanha era a sua superioridade.

Eis que aos 28 minutos, Falcão se dá conta do seu primeiro grande erro, e troca Juan por Zé Roberto. O atacante, titular com Roth e que fora relegado à ociosidade com Falcão, mostrou-se predestinado desde o início, e em sua primeira jogada pela esquerda serviria Damião para se antecipar a defesa gremista, e com uma rápida girada empatar a partida.

O Inter então entrara na partida, deixando o jogo equilibrado, com ambas as equipes atacando e perdendo chances. A marcação colorada não encontrava Douglas, que gerava as principais jogadas ofensivas do Grêmio, enquanto Lúcio era o ponto de desafogo pela esquerda, auxiliado o camisa 10 gremista na criação das jogadas e também com a sua movimentação. Já o Inter cresceu no jogo, pois Zé Roberto acabou criando uma jogada forte pela esquerda, ajudado pela aproximação de D’Alessandro e colocando Damião no jogo.

Eis que ao fim da primeira etapa Andrezinho de machuca, volta a campo, porém visivelmente sem ter a mínima condição de jogo. Sua continuidade na primeira etapa poderia ser considerada um grande erro, não fosse o gol que marcara já aos 46 minutos, em um rebote na meia-lua oriundo de um escanteio mal afastado pela defesa gremista, configurando-se na virada do Inter com o 2x1, que ainda não servia.

4º Erro: Falcão volta com Andrezinho no segundo tempo

Tamanha insistência de Falcão no meia, o fez voltar sem a mínima condição para a segunda etapa, sendo logo substituído aos 4 minutos por Oscar, em uma convicção errônea de Falcão, que já deveria tê-lo substituído no intervalo, deixando a equipe com 10 jogadores inteiros por muito tempo, enquanto o jogador estava em campo descontado.

5º Erro: Falha primária na marcação gremista e pênalti

Ainda faltava um gol para o Inter, e um grande erro defensivo gremista originaria um pênalti de Victor em Zé Roberto e que D’Alessandro com categoria marcaria o 3x1 para o Inter. O quinto grande erro do jogo estava na marcação gremista, que vacilou em um arremesso lateral próximo a área, que Kléber lançou para o predestinado Zé Roberto, que estava livre, em função de seu marcador, Gilson, estar se ressentindo de uma lesão fora de campo.

6º Erro: Renan entrega gol com falha

Agora era o Grêmio que teria que correr atrás do resultado, pois naquela altura só o empate lhe daria o titulo no tempo normal, e um 3x2 levaria a decisão para os pênaltis. Porém o Inter que era melhor em campo, jogando com naturalidade e controlando a partida, até que Renan proporcionaria o sexto grande erro da partida, pois soltaria uma bola que estava em suas mãos após um cruzamento estilo chuveirinho do Grêmio, e a bola sobrou para Borges, que recém havia acabado de entrar, apenas ter o trabalho de colocar para as redes.

O jogo ficou aberto em seus últimos minutos, com Zé Roberto em um chute da intermediaria exigindo uma defesa plástica de Victor, enquanto pelo lado gremista Douglas serviu Lins, que livre, acabou concluindo para fora.

7º Erro: Pênaltis perdidos

Fim de jogo e decisão nos pênaltis, onde quem errasse menos levaria a taça. E quem errou mais foi o Grêmio, que desperdiçou três das sete cobranças, todas defendidas por Renan em chutes de William Magrão, Lúcio e Adilson. O Inter desperdiçou duas com Damião e Kléber, com o goleiro Victor defendendo ambas, e a bola do jogo ficou à feição do predestinado Zé Roberto, que coroaria a sua atuação de luxo com o gol que daria o titulo ao Inter, e a vitória por 5x4 nos pênaltis.

Título Colorado, que parecia improvável, mas mostrou a imprevisibilidade do futebol, que não é uma ciência exata, e é esta falta de lógica que trás emoção no esporte. O Inter sagra-se campeão gaúcho pela 40ª vez, na casa do adversário e transformando o Olímpico em seu salão de festas.