O Grêmio foi coroado com a vitória no Gre-Nal 388, válido pelo primeiro turno do Brasileirão 2011. Méritos do treinador Celso Roth, que conseguiu armar ao longo da semana um time coeso, que conseguiu dominar o meio-campo, e se aproveitando das falhas defensivas do Inter para construir uma vitória que não vinha há 11 anos ao comandante gremista.
A vitória gremista foi construída ao longo da semana, com Celso Roth criando alternativas pra o seu 4-2-3-1, que teve Fernando como companheiro de Rochemback na última hora, visto que Gilberto Silva sentiu lesão e não conseguiu se recuperar.
Houve ainda o fator emocional, com o discurso de D’Alessandro de quem manda em Porto Alegre é o Colorado, que acabou ferindo o ego do rival, além do natural cansaço do time Colorado que abriu mão de uma melhor preparação para o clássico ao ter que decidir a Recopa contra o Independiente.
O jogo foi bem movimentado, ao contrário dos costumeiros confrontos truncados. Começou equilibrado, com ambos os times partindo ao ataque, até aos 26 minutos, quando Mario Fernandes achou Marquinhos entrando com liberdade no meio da área para abrir o placar.
O Grêmio então tomou o controle do jogo, e a marcação adiantada de meio-campo praticamente anulava as ações Coloradas, que tiveram Andrezinho e Dellatorre em más jornadas, além de ter Oscar e Leandro Damião bem marcados.
O Inter ainda acharia o empate com Índio, escorando um cruzamento de Oscar aos 26, no que seria a sua única conclusão em toda a primeira etapa. Mesmo assim, o Grêmio continuou melhor até o fim da partida, construindo a sua vitória em um dos três lances polêmicos da partida, que gerarão muita discussão ao longo da semana.
No primeiro, lançamento para a área do Inter e Muriel tromba com André Lima em um lance passível de falta no goleiro, que não fora assinalada pelo árbitro, e cuja continuação resultou em uma clara penalidade de Índio em Saimon também não dada pelo arbitro, que deixou o jogo seguir em tiro de meta.
No segundo, Mário Fernandes recebe em profundidade e cai ao trombar com Muriel. Lance típico de pênalti, e que certamente seria marcado caso o jogador gremista não tivesse flexionado as pernas na tentativa de agravar o lance, configurando-se em uma simulação que foi advertida pelo arbitro com o cartão amarelo. Como digo, foi um lance à brasileira, que gera reclamações de ambos os lados e que no país costuma configurar-se pênalti.
Já no terceiro, uma carga de Índio em escudeiro dentro da área, com o jogador procurando o contato com o jogador gremista para lhe deslocar da jogada, configurando-se na infração. Desta vez o arbitro assinalou, com Douglas cobrando alto no centro e marcando o gol da vitória.
O Grêmio jogou melhor e mereceu a vitória, contando com uma jornada pobre do setor ofensivo e de falhas defensivas da defesa colorada. O Inter ressentiu-se da falta de D’Alessandro e Guiñazu no meio-campo, e a perda do controle do setor foi determinante para o resultado, visto que foi ali que o Grêmio construiu a vitória, ao neutralizar o rival ofensivamente, e se aproveitar de falhas defensivas para vencer.
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