Além do treinador, também foi anunciado o retorno de Newton Drummond, o Chumbinho, para o cargo de Diretor executivo, Luís César Souto de Moura e Marcelo Feijó de Medeiros para os cargos de vice-presidente de futebol, além de preservar a figura de Luciano Davi, que ficará com um cargo de CEO não remunerado e se afastará momentaneamente do futebol, por onde ficou desgastado com a má campanha do Internacional em 2012.
Curiosamente, a definição do futebol que era esperada com a recondução de Luigi no dia 08/11 e que mais tarde fora postergada para o final do Brasileirão em 02/12, só ocorreu de fato no dia 12 de dezembro, mais de um mês após a definição da sua permanência como comandante máximo do clube e há quatro dias das eleições para o Conselho Deliberativo, por onde a sua chapa está desgastada por ter lhe reeleito sem a vontade do torcedor, que queria a eleição no pátio e que provavelmente escolheria Luiz Antonio Lopes ou Sandro Farias para o cargo de presidente.
Tento não acreditar que tamanha demora não se ocasionou por este motivo político, porém é fato que muitos sócios que detém condição a voto estão revendo a sua visão negativa contra o presidente e estão propondo lhe dar um voto de confiança para o próximo biênio, o que na pratica poderá significar em vantagem ao seu grupo político. Cabe a cada um julgar o grupo político pelo todo e não somente por esta semana, pois é evidente que ao longo deste biênio o grupo diretivo apresentou virtudes e deficiências.
Porém o que mais me interessa e também ao nobre leitor é o futebol jogado no campo, e nele o primeiro discurso de Dunga foi sem delongas e animador, pois o treinador promete impor o seu estilo durão e proporcionar mudanças drásticas no vestiário, principalmente na atitude dos jogadores, além de prometer uma equipe competitiva e comprometida. O treinador também tratou de exaltar a sua identificação com o clube, que deverá tentará fazer valer no vestiário como diferencial.
Dunga ganhará a companhia de Paulo Paixão na preparação física, que estava no Grêmio e que volta para o clube onde foi campeão mundial em 2006. Paixão também tem espirito de liderança, confirmando que a direção se ressentiu desta característica no vestiário ao longo desta temporada, quando as lideranças do grupo sentiram-se donos do ambiente rejeitando treinadores.
O novo comandante necessitará do respaldo da diretoria para aplicar as sanções disciplinares, sob pena de ocorrer o mesmo processo de fritura que tiveram Tite, Dorival Jr., Fernandão, Falcão e Roth. Seria conveniente a reciclagem do grupo de jogadores, pois muitos já deram o que tinham que dar para o Internacional e precisam de um novo rumo e de uma nova vida. A lerdeza por iniciar este processo me espanta, pois muitos clubes já estão organizando-se para a próxima temporada, enquanto que o Inter, com muita dificuldade, recém conseguiu definir treinador e direção.
O tempo corre e o Inter continua atrás de seus concorrentes. Sem estádio e com muita inercia da diretoria, o próximo ano promete ser difícil para o clube.
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