quinta-feira, 30 de junho de 2011

PNBL celebra a promíscua popularização da Banda Larga

Depois de muita guerra e queda de braços entre governo e as operadoras de telefonia, firmou-se um acordo para o Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), que visa popularizar o serviço aos brasileiros, na qual a operadora se compromete a fornecer a velocidade de 1Mb (Megabit) à população pelo valor de 35 reais, tanto em telefonia fixa, quanto móvel.



O governo sequer conseguiu emplacar ao acordo uma série de imposições no que diz respeito à qualidade, com as operadoras escapando da obrigatoriedade de garantir o mínimo de 40% da velocidade contratada, e em três anos, aumentá-la para 70%. As operadoras ficariam livres a fornecer o serviço, sem nenhum padrão de qualidade determinado, e podendo impor restrições, como o limite de download por exemplo.

Na prática, este acordo serviria como uma esmola ao proposito inicial da PNBL, que visava fortalecer a Telebrás, com esta tendo uma rede capaz de atender aos mais pobres, onde as empresas de telefonia não prestassem o serviço ou não tivessem condições de popularizá-lo.

A ideia inicial, concebida pelo então presidente Lula, era de criar uma rede estatal neutra de transporte de dados, de forma que não houvesse ligação tecnológica e de preços com as operadoras, comprando briga com estas.

Mudou o governo, e Dilma, mesmo pertencente à situação, mudou a ideia, preferindo uma aproximação e dialogo com as operadoras, lhes concedendo o direito de prover o serviço, de acordo com as modestas regras estipuladas pelo governo e que visam apenas um preço e velocidade definidos, porém sem nenhum parâmetro de avaliação de qualidade e de infra-estrutura.

O que ocorrerá será a promiscualidade da banda larga no Brasil, que terá uma velocidade baixa a um preço popular, sem nenhum padrão de qualidade e inchando o cadastro de clientes das operadoras, que hoje, sem a PNBL, não conseguem prover um serviço de qualidade, devendo desqualificar ainda mais o serviço quando for imposto o plano, pois sem regulamentações no que diz respeito à qualidade e tendo a imposição de fornecer o serviço a um preço baixo, não teria o interesse em investir em melhorias.

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