sábado, 22 de outubro de 2011

Fim de 2011 no dia na qual o criticado virou crítico



Em Sete Lagoas, o Grêmio virtualmente despediu-se da temporada 2011 ao empatar com o Coelho Mineiro, depois de estar vencendo de virada por 2x1 e estar desde os 32 minutos da primeira etapa em vantagem numérica.

O encharcado gramado aliado à qualidade de lanterna da equipe mineira não traziam grandes expectativas quanto ao jogo, a menos que o Grêmio fizesse uma grande partida e conquistasse uma vitória tranquila. De início parecia que isto iria acontecer, pois logo com 1 minuto de jogo Escudero recebeu livre, driblou o goleiro Neneca, mas não teve a tranquilidade para finalizar no gol vazio, isolando a bola e desperdiçando a oportunidade de ter um tranquilo início de partida.

Tranquilidade que se transformou em drama e principio de vexame aos 11, quando Thiago Carleto cobrou baixo e forte uma falta próxima a área, e contou com a colaboração de Victor para abrir o marcador. O Coelho poderia ter feito o segundo com Rodriguinho aos 14, porém o lateral direito Marcos Rocha complicou o jogo para os mineiros, ao levar amarelo aos 27 e vermelho aos 32 em entradas bobas, que foram criticadas pelo próprio treinador.

O Grêmio, que já havia chegado com Douglas, entraria definitivamente no jogo aos 34, quando André Lima recebe de Marquinhos e de voleio empata. O mesmo faria seu bis aos 6 da segunda etapa, e em ambos os gols mostrou a sua insatisfação com um “Fala muito” na câmera de trás do gol, cujo alvo ainda não foi conhecido.

Com o placar favorável, vantagem numérica e maior qualidade técnica, além do técnico adversário abrir o time na busca desesperada pelo empate, a promessa era de um fim tranquilo para o Grêmio, com a possibilidade de engatar uma goleada nos contra-ataques. Porém o time estava apático, e acabou aceitando a pressão do Coelho, que começou a desperdiçar chances, até que conseguiu o empate aos 41 do segundo tempo, com o zagueiro Anderson, que já havia acertado o travessão anteriormente.

E é o fim de linha para a temporada 2011 do Grêmio, que até dezembro cumprirá tabela no Campeonato, já que há 8 pontos da Libertadores, dificilmente alcançará o G5, tendo que se contentar com a Copa Sul-Americana e com uma necessária renovação no grupo, carente em algumas posições e que fizeram a diferença (para baixo) neste Campeonato Brasileiro. Dentre a mudança de grupo, não descarto a saída de Roth, que hoje pode ter cavado a sua cova, depois das alterações inconsequentes quando o time estava vencendo, dando margem à reação adversária.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Porto Alegre sai derrotada após anúncios oficiais da FIFA

Nesta quinta-feira, em Zurique, foram divulgados detalhes sobre o Evento Copa do Mundo no Brasil, que contempla a Copa das Confederações em 2013 e, evidentemente, a Copa do Mundo em 2014.

Pode-se dizer que não houve nenhuma grande surpresa, a não ser que o Brasil poderá não jogar no Maracanã durante a Copa do Mundo, caso a Seleção não chegue à final. Centros políticos fortes como o Ceará e Brasília levaram a melhor e garantiram a Copa das Confederações, vários jogos na Copa e a passagem pela Seleção, enquanto Porto Alegre, terceiro centro futebolístico, se contentará apenas com cinco jogos, sendo quatro da primeira fase e basicamente composto por coadjuvantes, além de ficar fora da Copa das Confederações.

Além de Brasília, Salvador e Fortaleza, São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte completam os estados que terão um maior número de jogos, e por consequência centralizarão as disputas e atenções para a Copa, podendo ter 10 jogos em cada uma das sedes (exceto São Paulo), se somados os jogos da Copa das Confederações.

É inegável que houve uma falha na organização do Comitê Gaúcho da Copa politica e estrategicamente. Enquanto outros estados aparavam as arestas para garantir o maior número de jogos e investimentos possíveis, em Porto Alegre discutia-se a possibilidade de a Arena do Grêmio/OAS sediar jogos, mesmo que a FIFA houvesse determinado o Beira-Rio como estádio-sede, deixando o estádio Colorado em um segundo plano, sem nenhum tipo de cobrança para o Internacional e seu projeto de obras e investimento, algo que apenas tornou-se público neste ano, já com o ultimato do Comité Organizador Local (COL).



Outro fator que pôde ter peso significativo contra Porto Alegre foi o fato de o Beira-Rio ser propriedade privada do Internacional, tendo juntamente com a Arena da Baixada do Atlético-PR, dificuldades para viabilizar recursos, já que todos os outros estádios são públicos, o que facilitou tal esquematização financeira e estratégica. O governo parece não acender de nenhuma maneira financiamento que não seja por meio de construtoras, o que ainda poderá alijar os dois estádios da Copa, apesar de estarem atualmente demarcados como sedes.

Sem a Copa das Confederações e com poucos jogos da Copa do Mundo, onde pelo menos três dos cinco não terão tanto clamor popular, o legado que deverá ser deixado pela Copa no Estado ficará comprometido, visto que o Estado ficou de fora da rota da Copa, e muitas obras que seriam viabilizadas pela iniciativa privada poderão não ocorrer, visto que a possibilidade de investimento é muito menor do que era calculado de acordo com a grandeza do centro gaúcho no esporte.

Quem perde com isso são os gaúchos, que de certa forma financiarão o evento, sem ter um benefício à altura. Porto Alegre e o Estado deverão receber um menor número de turistas que o previsto, o que reduzirá o impacto financeiro que a Copa nos trará, deixando o Estado sem grandes atrativos durante a Copa e o pós-Copa, que é o período mais importante para o povo da região, pois é a partir da Copa que se usufruirá do legado deixado por esta.



A derrocada deixou Porto Alegre em um cenário alternativo para a Copa, tornando-a dispensável se o impasse entre Internacional e Andrade Gutierrez se prolongar, temor que parece ser bem possível, visto que não vejo possibilidade da construtora recuperar o investimento em um prazo de 20 anos, além da mesma não querer viabilizar financeiramente sozinha a obra, necessitando de um investidor.

O Estado parece estar conformado com a condição, tanto que timidamente reclama de questões políticas, como se um torcedor atribuísse à arbitragem pela derrocada de seu time em um campeonato. É choro de torcedor perdedor, que sabe que não fez a sua parte e que parece se conformar com os benefícios que a condição atual ainda lhe darão, apesar de reduzidos.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Liderança com solução vinda do banco



Em Marseille, Olympique e Arsenal fizeram um jogo de opostos, onde a atuação de ambos os times justificaram seus péssimos inícios de seus respectivos campeonatos nacionais, como também o resultado mostrou total desconformidade com a qualidade de futebol de ambos, que desejavam o empate, mas que nem nisto tiveram êxito.

Até o gol de Ramsey, já aos 47 minutos do segundo tempo, que também contou com a participação de Gervinho e Djourou, todos substitutos e que colocados por Wenger na segunda etapa, o jogo era um marasmo total, com ambos os times satisfeitos com o empate parcial e sem criar grandes chances.

Foram apenas sete chutes a gol em todo o jogo, sendo cinco pelo lado dos gunners, onde um destes celebrou a vitória do Arsenal, que assume a liderança com sete pontos, contra seis do adversário, além de ter a vantagem de garantir o primeiro lugar no Emirates, onde enfrentará o próprio Olympique daqui a 14 dias.

O Arsenal mostrou uma leve superioridade nos 15 minutos iniciais de cada tempo, com o time de Marseille conseguindo equilibrar e até mostrar-se superior em determinados momentos do jogo. Enquanto o Arsenal jogava uma partida sonolenta, detendo maior tempo de posse de bola, porém sem objetividade nenhuma para atacar e concluir, o Marseille conseguia criar jogadas, porém vacilava nas conclusões, tanto que arrematou cinco vezes para fora.

Já o Arsenal concluiu menos, porém teve as melhores chances do jogo, duas com Van Persie, onde na primeira obrigou o zagueiro Diawara tirar de cabeça em cima da linha, enquanto na outra errou o alvo após ganhar de presente uma bola do goleiro Mandanda. Walcott teve uma chance cara-a-cara com o goleiro francês, mas não conseguiu desviar o suficiente para marcar, enquanto o quarto lance perigoso seria exatamente o do gol, quando torcida, imprensa e telespectadores já estavam entediados, tamanha falta de objetividade, qualidade e vontade de ambos os times, que justificam a queda técnica após perda de jogadores importantes na última temporada.

Sinceramente não espero muita coisa de ambos os times na próxima fase, pois considero-as classificadas, devido à decepção que vem sendo o Borussia Dortmund, além da descrença com o Olympiacos. Este talvez seja o grupo tecnicamente mais fraco da liga, que por obrigação do regulamento irá classificar dois, para serem figurantes nas oitavas de finais.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Passeio “Real” sem esforços em Madrid



Pela terceira rodada do Grupo D da edição 2011/12 da UEFA Champions League, o Real Madrid não teve grandes dificuldades para golear os franceses do Lyon. Ao contrário de temporadas como 2005/06 e 2006/07, quando ambos caíram no mesmo grupo e os franceses não perderam para os Merengues, desta vez o Real Madrid não precisou nem jogar bem e de forma intensa para aplicar o placar de 4x0.

Mourinho optou pelo trio de meias que foi titular da temporada passada, composto por Di Maria, Cristiano Ronaldo e Özil, deixando Kaká no banco no rodizio normalmente feito na Europa, que ainda englobou a entrada de Benzema no lugar de Higuaín e seu caminhão de gols nos últimos jogos. Já o Lyon não tem a mesma qualidade de cinco temporadas, quando ainda detinha uma invejável hegemonia nacional, e parece ter entrado já derrotado no jogo, pois pouco fez além de se defender.

O inicio extremamente defensivo dos franceses fez com que o Real se desesperasse na parte inicial do jogo, pois queria defini-lo rapidamente. A equipe alugava meio-campo, trocando muitos passes na entrada da área francesa, porém não conseguia achar espaços para o arremate, o que a fazia levantar muitas bolas em direção à Benzema, ex-jogador do próprio Lyon e que teve êxito no embate entre os dois times no passado.

O atacante francês não vinha tendo sucesso nas primeiras jogadas, porém marcou o primeiro gol do jogo aos 19 minutos, quando Özil cobrou escanteio e Cristiano Ronaldo desviou no primeiro pau, encontrando Benzema livre para desviar para o gol. Era o que o Real precisava para ter um jogo tranquilo, já que o adversário apenas jogava no erro dos espanhóis, que de certa forma foram demasiados na primeira etapa, proporcionando algumas chegadas do adversário e uma conclusão para as redes de Gomis, porém em condição irregular e bem assinalada pelo árbitro.

Iniciou-se o segundo tempo, e logo aos dois minutos o Real Madrid definiu o jogo a seu favor, quando Marcelo lançou Benzema na ponta esquerda, e este cruzou para Khedira, que apareceu como homem-surpresa na posição do próprio Benzema para marcar o segundo. O Lyon se esfacelaria em campo, e logo levaria o terceiro com uma finalização cruzada de Özil, que teve um desvio de Cissokho e que enganou o goleiro Lloris, que desviou a bola contra o seu próprio gol.

O placar estava moldurado, com Mourinho mexendo no time com as entradas de Coentrão, Kaká e Higuaín nos lugares de Khedira, Özil e Benzema. O brasileiro bem que tentou marcar o seu, participando de várias jogadas e algumas conclusões, dentre elas um desvio em posição irregular para as redes, porém serviu Sérgio Ramos em uma cobrança de escanteio, onde o zagueiro ganhou no jogo aéreo de dois defensores franceses e no quique da bola chutou com força para fechar o placar em Madrid.

Um 4x0 sem sobressaltos e com imensa superioridade. O time de Mourinho chegou a ter 70% de posse de bola em alguns momentos do jogo, e acabou arrematando 18 vezes, mesmo sem apresentar a intensidade que o time teria condições, tamanha facilidade que foi o jogo, na qual o Lyon acabou se transformando em um Osasuna, Racing ou Sporting do Campeonato Espanhol.

São 9 pontos em 9 disputados, com 8 gols marcados e nenhum sofrido, o que demonstra a tranquilidade que o clube enfrenta neste grupo D, podendo garantir-se já na quarta rodada para as oitavas de finais se vencer novamente o Lyon, desta vez em território adversário.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Briga pelo título e G4(G5) se acentua na reta final

A falta de tempo me impediu de analisar rodada a rodada como pretendia no início do certame, porém o Brasileirão chega à reta final, com a grande maioria dos times ainda tendo oito jogos para disputar.



No inicio do campeonato ousei a chamá-lo de Paulista, devido ao domínio inicial do trio de ferro paulista, composto por Palmeiras, Corinthians e São Paulo, que revezavam os primeiros lugares. O Flamengo era o único intruso, e passou a ganhar a companhia dos outros três cariocas que vieram subir na tabela ao longo do campeonato, bem como o Palmeiras deixou esse pelotão de elite e o São Paulo se esforça para acompanhar o seu conterrâneo alviverde.

E a Zona da Libertadores ficou restrita aos times do eixo, tendo apenas alguns breves intrusos com o Atlético-MG, Internacional e Figueirense, que não se sustentaram por muito tempo entre os primeiros, ostentando posições intermediárias (Figueirense e Internacional) ou caindo para a parte de trás (Atlético-MG) da tabela.

Devido ao equilíbrio nivelado por baixo entre os times, ainda não há como distinguir equipes que lutarão apenas pela Libertadores daquelas que disputarão o titulo até o fim. A linha de corte fica no sétimo lugar com o Internacional, que está atualmente há sete pontos do líder e há três da zona da Libertadores. Quaisquer um dos dois objetivos são dificílimos para o time Colorado, que apostará nos confrontos diretos o seu destino no campeonato, pela qual ficou a maior parte do tempo na Colocação em que está atualmente.

Porém o mais provável é que uma equipe carioca ou o Corinthians fature o campeonato. Num contexto global, coloco Vasco e Botafogo como os maiores favoritos, seguidos de Corinthians e Flamengo. O Fluminense cresceu na hora “H” e é o favorito para abocanhar a quarta vaga para a Libertadores, enquanto São Paulo e Internacional correm atrás.

O São Paulo saiu nessa rodada pela primeira vez da Zona da Libertadores, fruto do equivoco na contratação do treinador Adilson Batista, que pegou na 11ª rodada uma equipe na vice-liderança com 70% de aproveitamento, e deixou-a na sexta colocação, com 53% de aproveitamento, com apenas sete vitórias nos 20 jogos em que comandou o tricolor, iniciado e terminado contra o Atlético-GO. A troca de comando técnico será o grande combustível para este final de campanha, já que o time tem valores individuais capazes de recuperar as colocações perdidas, assim como o Internacional.

Já na parte de baixo temos seis equipes lutado pelas duas vagas de sobrevivência para a Série A 2012. Vejo Santos e Bahia longe do perigo iminente, desconsolidando-o completamente com poucos pontos, ao contrário do Ceará, Cruzeiro, Atlético-MG e Atlético-PR que lutarão até o fim para escapar da degola. Avaí e América-MG só se salvam pela matemática, já que teriam que apresentar um aproveitamento maior que o líder com um futebol de Z4 para escapar, o que na pratica seria um milagre divino.

Os demais clubes, incluindo os que virão a fracassar na tentativa da Libertadores, deverão ficar com as oito vagas brasileiras para a Copa Sul-Americana, visto que apenas o 15º e o 16º ficariam fora da competição sul-americana, porém estariam satisfeitos por não serem rebaixados.

domingo, 16 de outubro de 2011

D’AleSalvador em: O errado que deu certo



Eram 23 minutos da segunda etapa, quando o jogo estava em 1x1 e com o Colorado buscando o que seria o gol da virada, quando Dorival Júnior resolveu tirar o insosso atacante Jô para a entrada de Ilsinho, reeditando o fracassado esquema 4-2-4-0, utilizado no fim do jogo contra o São Paulo, e teria tudo para dar errado novamente.

Nada contra o esquema, que bem organizado pode dar resultados, porém sou adepto a um esquema ortodoxo, onde atacantes jogam no ataque, enquanto meias armam, volantes marcam e defensores defendem. Com isso, jogar em casa sem atacantes de ofício contra um dos piores times do campeonato soa como um grande e grave erro.

Antes deste fato marcante na partida, o Avaí havia feito um grande primeiro tempo, conseguindo controlar o meio-campo e marcar as individualidades coloradas, além de atacar e sair marcando com Robinho, que recebeu uma grande assistência de meu conterrâneo Cleverson aos oito. O Inter não conseguia encontrar soluções ofensivas, tanto que concluiu pouco. As grandes chances foram com Andrezinho cobrando falta que Felipe buscou no ângulo direito, e com D’Alessandro em uma conclusão que raspou a trave esquerda.

Dorival foi obrigado a modificar o time no Intervalo, já que o esquema com Andrezinho, João Paulo e D’Alessandro não funcionava. Sacou o primeiro para a entrada de Oscar, realinhando a formação ofensiva, que começou a achar espaços e levar vantagem sobre a defensiva catarinense. Chegou ao empate também aos oito minutos com D’Alessandro cobrando falta, e seguia na pressão, porém com o atacante Jô destoando dos companheiros, e começando a receber insistentes vaias por parte da torcida.

Entrou Ilsinho, e o esquema sem atacante foi castigado com um pênalti cometido por Guiñazu em Rodriguinho, que Willian cobrou com raiva no alto no centro do gol para colocar os catarinenses na frente. Dorival então colocou Tinga no lugar de Bolatti, outro que estava mal na partida, e passou a ter cinco jogadores em condições de trabalhar a bola, porém nenhum com característica de atacante de referência.

Eis que D’Alessandro reaparece para fazer a diferença, comandando uma incrível recuperação que durou seis minutos, passando de um 1x2 desfavorável para um 4x2. O meia recebeu um grande passe de João Paulo para marcar o segundo aos 32 e serviu Kléber para marcar o terceiro aos 34. Só não participou do quarto gol marcado por Nei em cobrança de falta aos 38, que celebrou a vitória conquistada na raça e nas individualidades dos principais jogadores, onde o argentino foi o comandante.

Vitória de certo ponto inútil no que diz respeito a Libertadores, visto que os principais adversários à frente também venceram seus jogos. Porém que as dificuldades encontradas sirvam de lição ao treinador, pois o errado geralmente tende a dar errado, e esta jornada foi apenas uma exceção à regra.

Regresso à normalidade no GP da Coréia

Se na definição do grid para o GP de Yeongam, Vettel viu a perda da hegemonia da RBR em largadas que praticamente construiu sozinho, na corrida não foi bem assim, com o alemão assumindo a liderança logo na primeira volta e sem dar chances aos adversários para conquistar a sua 10ª vitória na temporada.

Não foi uma grande corrida, até porque o circuito coreano é sem sal, em mais um dos tantos fracassos de Hermann Tilke, que mais erra do que acerta na elaboração dos traçados. A vitória se definiu logo na largada, com as disputas se restringindo mais ao pelotão intermediário e do duelo entre Hamilton e Webber pelo segundo lugar.

O inglês da Mclaren, que desta vez estava com maior nível de sanidade, terminou a corrida em segundo, posição que assumiu logo na primeira volta, enquanto o australiano da RBR chegou em terceiro, após conseguir uma ultrapassagem dupla sobre Massa e Button, e de proporcionar com Hamilton um duelo pelo segundo lugar a partir do terço final da corrida, chegando a ultrapassá-lo algumas vezes, mas com o inglês conseguindo a recuperação logo depois.

As Ferraris até fizeram um início de prova promissor, com Massa em quarto e Alonso em quinto, porém os pneus de degradaram rapidamente, fazendo com que a equipe começasse a se arrastar na pista, girando bem mais lento que os pilotos da frente, e vindo a perder várias posições após a equivocada estratégia de permanecer mais tempo na pista para parar junto aos demais, enquanto os outros carros estavam com os compostos mais inteiros e levaram vantagem. Massa ainda seria prejudicado em seu pitstop, mas ficaria à frente de Alonso, por este demorar ainda mais tempo para parar, e caindo para trás do grid.

Lá, no pelotão intermediário, Alonso pode ver de perto e quase sentir a desastrada lambança de Petrov, que virou um caminhão sem freio no final da grande reta e acertou em cheio a traseira de Schumacher, só não acertando também o espanhol por este sair da pista e utilizar o acostamento, em um incidente que obrigou a entrada do único Safety-car da corrida por algumas voltas.

Com bandeira verde, as Ferraris se recuperaram, e protagonizaram um dos melhores momentos da corrida ao forçar o erro de Rosberg, que naquela altura estava na frente, porém com pneus desgastados, com ambos o ultrapassando, e ficando com as quinta e sexta colocações, que só seriam ordenadas após a segunda parada, onde Alonso conseguiu voltar na frente de Massa e assim ficar até o fim da corrida. Button fez uma prova discreta, terminando em quarto lugar.

A vitória de Vettel e o terceiro lugar de Webber deram o titulo dos construtores para a RBR com três provas de antecipação, com a equipe chegando aos 558 pontos contra 418 da McLaren. No Mundial de pilotos, o alemão já havia conquistado o seu titulo no Japão, chegando com esta vitória aos 349 pontos, enquanto a briga pelo vice-campeonato fica interessante com Button na vice-liderança com 222, contra 212 de Alonso, 209 de Webber e 196 de Hamilton.

Ainda haverão mais três provas, com a estreia do GP da Índia no Buddh International Circuit no dia 30 de outubro, enquanto nos dias 13 e 27 de novembro teremos os GPs de Abu Dhabi e do Brasil, este que encerrará o Mundial 2011.