domingo, 16 de outubro de 2011

D’AleSalvador em: O errado que deu certo



Eram 23 minutos da segunda etapa, quando o jogo estava em 1x1 e com o Colorado buscando o que seria o gol da virada, quando Dorival Júnior resolveu tirar o insosso atacante Jô para a entrada de Ilsinho, reeditando o fracassado esquema 4-2-4-0, utilizado no fim do jogo contra o São Paulo, e teria tudo para dar errado novamente.

Nada contra o esquema, que bem organizado pode dar resultados, porém sou adepto a um esquema ortodoxo, onde atacantes jogam no ataque, enquanto meias armam, volantes marcam e defensores defendem. Com isso, jogar em casa sem atacantes de ofício contra um dos piores times do campeonato soa como um grande e grave erro.

Antes deste fato marcante na partida, o Avaí havia feito um grande primeiro tempo, conseguindo controlar o meio-campo e marcar as individualidades coloradas, além de atacar e sair marcando com Robinho, que recebeu uma grande assistência de meu conterrâneo Cleverson aos oito. O Inter não conseguia encontrar soluções ofensivas, tanto que concluiu pouco. As grandes chances foram com Andrezinho cobrando falta que Felipe buscou no ângulo direito, e com D’Alessandro em uma conclusão que raspou a trave esquerda.

Dorival foi obrigado a modificar o time no Intervalo, já que o esquema com Andrezinho, João Paulo e D’Alessandro não funcionava. Sacou o primeiro para a entrada de Oscar, realinhando a formação ofensiva, que começou a achar espaços e levar vantagem sobre a defensiva catarinense. Chegou ao empate também aos oito minutos com D’Alessandro cobrando falta, e seguia na pressão, porém com o atacante Jô destoando dos companheiros, e começando a receber insistentes vaias por parte da torcida.

Entrou Ilsinho, e o esquema sem atacante foi castigado com um pênalti cometido por Guiñazu em Rodriguinho, que Willian cobrou com raiva no alto no centro do gol para colocar os catarinenses na frente. Dorival então colocou Tinga no lugar de Bolatti, outro que estava mal na partida, e passou a ter cinco jogadores em condições de trabalhar a bola, porém nenhum com característica de atacante de referência.

Eis que D’Alessandro reaparece para fazer a diferença, comandando uma incrível recuperação que durou seis minutos, passando de um 1x2 desfavorável para um 4x2. O meia recebeu um grande passe de João Paulo para marcar o segundo aos 32 e serviu Kléber para marcar o terceiro aos 34. Só não participou do quarto gol marcado por Nei em cobrança de falta aos 38, que celebrou a vitória conquistada na raça e nas individualidades dos principais jogadores, onde o argentino foi o comandante.

Vitória de certo ponto inútil no que diz respeito a Libertadores, visto que os principais adversários à frente também venceram seus jogos. Porém que as dificuldades encontradas sirvam de lição ao treinador, pois o errado geralmente tende a dar errado, e esta jornada foi apenas uma exceção à regra.

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