Nesta última semana, o Internacional enfrentou Barcelona e Milan, duas das principais potencias futebolísticas europeias. A visibilidade oriunda de três títulos continentais, mais um titulo internacional possibilitou o convite para a Copa Audi, onde o Internacional pode-se considerar vencedor em disputar o torneio.
Exigir ou não vitória neste torneio depende do grau de cada torcedor, pois na minha visão o foco não deveria ser competir para ganhar a Copa Audi, e sim aprender, obter know-how da estrutura, organização e cotidiano dos principais clubes no mundo, para buscar implementar no Colorado.
Os dois empates em 2x2 contra Milan e Barcelona ficaram em segundo plano, não havendo grandes lamentações dos colorados e nem cornetas por parte dos gremistas em relação ao terceiro lugar, originando um sentimento de orgulho por ver o clube jogar contra os principais esquadrões da Europa, e sem sair derrotado no tempo regulamentar.
A valia de torneios como este é de conhecer de perto a organização com que os clubes Europeus se preparam para os eventos, jogos, ações de marketing e sua forma de jogar dentro de campo, como padrão de jogo e esquema tático. Não há como negar que na parte estrutural e organizacional, os clubes sul-americanos têm muito que aprender com os Europeus, com estes apenas se interessando pelos talentosos jogadores do continente, cuja maioria é formada por brasileiros ou argentinos.
O Brasil não tem mais o melhor jogador do mundo e nem o melhor futebol, precisando dissipar a cortina de fogo que existe com o velho continente. O país emerge economicamente, empurrando o futebol junto, e ainda tem a errônea visão que são apenas os jogadores que fazem o esporte, onde o foco de tudo está voltado aos clubes, e não às competições propriamente ditas.
O futebol evoluiu, transformando-se em um espetáculo, e para isso necessita-se de uma estrutura adequada, com palcos moldados para os novos “espectadores”, além de oferecer uma gama de opções os consolidem em um vinculo comercial com os clubes, trazendo um retorno financeiro para estes.
O modelo organizacional do futebol brasileiro é bastante obsoleto e antiquado, o que acaba refletindo na atual Seleção Brasileira que parece ter ficado no tempo, além de tornar as competições nacionais desinteressantes para o publico estrangeiro.
Para isso, é necessário mudar o foco que hoje está nos clubes para a competição num todo, profissionalizando o evento e todos os seus participantes, e driblando possíveis consequências que algumas peças deverão ter neste processo.
Com quatro competições intercontinentais nos últimos cinco anos, o Inter encaminha-se para ser o pioneiro em profissionalizar a gestão do clube. Porém para isso é necessário ter a vontade de pôr em pratica o conhecimento adquirido nestes eventos, nem que para isso sejam necessárias revoluções internas.
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