terça-feira, 5 de abril de 2011

Quartas de final da Champions League começa hoje

Começa nesta terça-feira a fase de quartas de finais da principal competição de clubes do futebol mundial. Neste dia, teremos o jogo de ida entre Internazionale e Shalke 04, além de Real Madrid e Tottenham. Já na quarta-feira, o clássico inglês entre Chelsea e Manchester United, além de Barcelona e Shakhtar Donetsk.

No último post da Champions League, quando foram definidos os confrontos, já havia lançado uma análise, e nestes dias, pouca coisa mudou para que a previsão que tive se alterasse e mantendo a minha convicção de classificação de Internazionale, Real Madrid, Chelsea e Barcelona.

Real Madrid e Tottenham se enfrentam hoje no Santiago Bernabéu, em Madrid. O confronto de hoje pode ser decisivo para o confronto, visto que se o Tottenham conseguir um bom resultado, poderá se classificar em casa, pois conta com uma equipe muito bem treinada por Harry Redknapp, que conseguiu dar um padrão de jogo ao time.

A equipe enfrentará um Real Madrid pressionado depois da derrota do fim de semana pelo Campeonato Espanhol, que praticamente inviabilizou o título espanhol. Não foram medidos esforços no clube madrileno para contratar os melhores jogadores, além de Mourinho, que considero o melhor técnico do mundo na atualidade. Um fracasso duplo não seria cogitado em Madrid, podendo alterar todo um planejamento de gestão. Para o confronto, a equipe terá de volta Kaká relacionado no banco de reservas e com Higuain recuperado de lesão, porém não contará com Benzema lesionado.

Já o Tottenham entra como franco-atirador, pois o que fizer de agora em diante está bom demais pelo histórico recente do clube. Redknapp conta com um dos melhores meios-campos do futebol europeu, não em qualidade individual, mas em eficiência tática. A grande preocupação da equipe londrina são as lesões, principalmente do setor defensivo. Não jogará a defesa titular com Gallas e Kaboul, além dos reservas Woodgate e King. Para complicar, o meia Steven Pienaar que entrou bem na equipe também não joga devido a uma lesão. No meio opções não faltam, porém a defesa obrigará Redknapp a improvisar.

Já no outro confronto do dia, a Internazionale começa no Giuseppe Meazza o confronto contra os alemães do Shalke 04 precisando sair da pressão ocasionada pela derrota no clássico italiano, que acabou deixando o Milan com uma mão na taça do Calcio. A equipe vem de uma classificação heroica contra outro alemão, o Bayern Munich, e é amplamente superior ao Shalke, no talvez mais desiquilibrado confronto desta fase. Porém a inconstância tática da equipe treinada por Leonardo é impressionante, e um mal resultado em casa no primeiro jogo poderá complicar uma classificação que já é tratada como virtual, devido à diferença técnica entre as equipes. Já o Shalke não tem o que perder, apenas terá a gloria de eliminar a Inter e chegar às semifinais da competição, algo inédito ao clube desde que foi instaurada a fase de mata-mata na temporada 1994/95 .

Irei acompanhar o confronto entre Real Madrid e Tottenham, que assim como o confronto entre Internazionale e Shalke 04, começam às 15h45min.

domingo, 3 de abril de 2011

Globalização inutiliza os estaduais para os grandes clubes

Hora e outra sempre vem à tona o tema a respeito da utilidade dos estaduais, pois ou um clube está com maus resultados ou ocorre alguma lesão importante em um jogo desimportante. Por exemplo, neste final de semana em Lajeado, o Internacional jogou em um estádio longe das mínimas condições de sediar um evento, além de enfrentar um gramado ruim e a não coibição da violência por parte da arbitragem.

Afinal os estaduais são realmente necessários?
Na minha visão sim, porém como apuração de divisões nacionais para as equipes que não estão nas divisões principais do nosso futebol. Para os grandes clubes, especialmente da primeira divisão, o torneio virou obrigação de ganhar, pois pior que ganhar um estadual é perdê-lo para um rival e instaurar crise no clube derrotado.

Na sua conjuntura atual, os estaduais sobrevivem em função dos grandes clubes, que tem a oportunidade de ir até o interior jogar contra equipes extremamente menores, sendo que algumas, só existem em função destes três a quatro meses em que são realizados os estaduais e depois fecham a porta.

Porém com a globalização e o crescimento exponencial de faturamento dos grandes clubes, o que acaba aumentando seu potencial técnico, não vejo fundamento em estes terem que disputar os estaduais com suas equipes principais, sempre correndo risco de perder jogadores para competições com maior relevância.

Portanto está na hora da CBF nacionalizar o futebol brasileiro, excluído os grandes clubes dos estaduais, e criando um Campeonato Brasileiro com a duração da temporada, sempre com jogos aos fins de semana, para que no meio da semana, as equipes possam intercalar entre uma competição sul-americana com a Copa do Brasil. Desta forma, todos poderiam participar da Copa do Brasil simultaneamente a uma competição continental, sendo que Libertadores e Sudamericana ocorreriam simultaneamente, com clubes diferentes, assim como basicamente ocorre na Europa.

Tal ação poderia trazer uma reação de fechamento de alguns clubes e desemprego a jogadores, porém o futebol é um negócio, e não uma instituição de caridade, sendo que precisa ter seus limites, assim como as outras profissões também os possuem. Está na hora disso ser melhor debatido, pois uma vez os Campeonatos Metropolitanos também tiveram a sua relevância ao futebol brasileiro, sendo engolidos pelos estaduais.

Eu até cogitaria a volta dos Regionais, porém com poucas datas, funcionando mais como torneio pré-temporada, como preparação para Campeonato Brasileiro, Copa do Brasil e Libertadores ou Sudamericana. Vamos crescer Brasil!

Porto pinta de azul o Estádio da Luz

Em uma das maiores rivalidades do futebol mundial, ganhar um clássico português é sempre hesitante e vira motivo de festa, porém ser campeão nacional com seis rodadas de antecedência e com uma vitória no estádio do adversário é algo histórico, fato só não inédito pois já havia ocorrido na temporada 1939/40 no antigo campo benfiquista das Amoreiras pela última rodada do campeonato daquela época.

Tal rivalidade e a atmosfera criada para o confronto trouxeram um alto clima de insegurança, que desmotivou a torcida benfiquista a ir em grande número ao Estádio da Luz, principalmente devido ao fato de uma vitória simples do Porto dar-lhe o título. E o clima nada amistoso já pode ser notado logo no início da partida, quando a torcida passou a jogar objetos no gramado, em direção aos jogadores do dragão.

Para piorar, logo aos 8 minutos em uma saída errada de Coentrão, a bola sobraria para Guarín que próximo à linha de fundo e sem ângulo chutaria em direção ao gol, com o goleiro Roberto falhando e colocando a bola pra dentro, num resultado que servia para o titulo dos dragões. O árbitro Duarte Gomes bem que tentou dar um clima de reação para o Benfica ao marcar um pênalti forçado de Otamendi em Gaítan que Saviola viria a empatar a partida, porém a formatação recuada dos encarnados, e a volúpia ofensiva do Porto, o fariam voltar para frente logo depois, em um pênalti sofrido por Falcao Garcia e que Hulk desempataria.

Além dos gols, o primeiro tempo reservou um domínio técnico do Porto, e algum principio de confusão entre os dois times, propiciados pelo ambiente quente do clássico. Nem o intervalo foi suficiente para que o Benfica apresentasse uma melhora que o credenciasse a uma reação na partida. O time continuava apático, enquanto o Porto chegava quando queria e perdeu chances para definir de vez o placar. A expulsão de Otamendi aos 29, fez o Benfica com um a mais pressionar , porém Oscar Cardozo, que havia entrado na segunda etapa, fez questão de devolver a gentileza ao também ser expulso logo depois por uma entrada violenta em Belluschi.

Nos últimos minutos, o Benfica teve duas chances claras de gol em sequencia para tentar evitar o pior, uma com Sidnei obrigando Helton a fazer um milagre, e no rebote Gaitán acerta a trave. Rodríguez também teve a chance de fazer o terceiro gol do Porto nos acréscimos, porém o 2x1 era suficiente para conquistar seu 25 titulo português, diminuindo assustadoramente à hegemonia do Benfica no certame. Para que se tenha uma ideia, nas últimas 20 temporadas, o Porto levou 13 taças, contra apenas 4 do Benfica, que ainda segue o maior vencedor de Portugal com 32 troféus.

Como retrato da festa em território inimigo, bastou o árbitro encerrar a partida que as luzes do Estádio da Luz fossem apagadas, assim como o sistema de irrigação do estádio fora acionado, mas nada que atrapalhasse a festa dos dragões, que chegaram aos 71 pontos, com uma invejável campanha de 23 vitórias e 2 empates, e estando à cinco jogos de um título português invicto, algo inédito para o clube e que só o rival conquistou na temporada 1972/73, com 28 vitórias e dois empates, campanha que poderá ser igualada caso o Porto vença seus jogos restantes.

O titulo serviu para confirmar uma nova figura no futebol português: o Técnico André Villas-Boas. Com 33 anos, tem apenas a sua segunda temporada como técnico, quebrando paradigmas e conquistando um título. Trabalhou junto com Mourinho no Chelsea e na Internazionale, podendo ser considerado um discípulo do treinador que atualmente está no Real Madrid. Villas-Boas teve em mãos um elenco renovado e com ótimo potencial, conseguindo extraí-lo, e agora colhe os resultados. A equipe ainda esta em condições de conquistar a Liga Europa.

Parabéns à nação portista!!

sábado, 2 de abril de 2011

Mourinho vê invencibilidade e campeonato ruir

O confronto deste sábado diante do Sporting Gijón foi danoso para as pretensões do Real Madrid. A derrota serviu para deixa-lo há 8 pontos do Barcelona, que derrotou o Villareal fora de casa, além de terminar com uma longínqua invencibilidade de 150 jogos de Mourinho em ligas nacionais, que começou em 2002 quando ainda treinava o Porto.

O time entrou em campo desfalcado de Marcelo, Xabi Alonso, Cristiano Ronaldo e Benzema. Mesmo com reposição a altura para os padrões do Campeonato Espanhol, o Real Madrid fez uma partida sonolenta, com Ozil e Di Maria com pouca inspiração frente a uma equipe que vinha para se defender e pouco atacava. Num destas raras escadas, já aos 33 da segunda etapa, o Sporting iria fazer o gol que selaria a vitória, em uma jogada trabalhada iniciada e terminada com Las Cuevas, que chutou no canto esquerdo de Casillas.

Mourinho então deve ter se preocupado com a sua invencibilidade e colocou o Real Madrid para pressionar nestes minutos restantes. Foram 15 minutos de pressão absurda, com o goleiro Pablo se consagrando, além da defesa do Gijón afastar na medida do possível e ter uma espécie de barreira de vidro no gol, devido à enormidade de chances desperdiçadas pelos merengues, e nada que impedisse a incrível e vexatória derrota.

Para piorar, o Barcelona venceria o Villareal em El Madrigal, com gol do zagueiro Piqué e subindo aos 81 pontos, contra 73 dos merengues. São 8 pontos no desnivelado Campeonato Espanhol, onde cada tropeço é comemorado pelo adversário devido à grande diferença de Real Madrid e Barcelona sobre as demais equipes. A situação esvazia as expectativas para o clássico do dia 16/04 no Santiago Bernabéu, válido pela 32ª Rodada. Pode ser dito que o Barça já está com uma mão na taça, o que seria o tricampeonato e o 21º titulo catalão.

Milan goleia a Inter e põe a mão na taça

O derbi milanês deste sábado, além de toda a mística que envolve dois dos três maiores da Itália, valia muito pois quem vencesse tenderia a levar o scudetto desta temporada do Calcio. De um lado o Milan, que liderou basicamente todo o campeonato, porém caiu de rendimento e permitiu uma reação da Internazionale, esta que começara mal, trocou de técnico e reagiu em busca de seu sexto titulo consecutivo.

Antes que o torcedor rossonero pudesse gritar contra o treinador Nerazzurri Leonardo, um antigo ídolo, que por força do destino mudou de cores e de lado, o Milan tratava de dar emoção ao confronto, logo na primeira jogada de ataque, com a bola sobrando para Alexandre Pato abrir o placar. O gol logo no início tratou de selar o destino da partida, pois caiu como um golpe duro na Internazionale e fez do Milan o vencedor da partida com apenas 43 segundos jogados.

Como retratos dos outros 89 minutos e 17 segundos, além é claro do tempo pós-regulamentar, vimos um Milan avassalador, que soube controlar completamente a partida, seja pressionando em alguns momentos e buscando um escore maior, ou cadenciando o jogo para manter a bola aos pés de seus jogadores. Chances claras de gol, teríamos apenas mais duas, sendo uma de cada lado. Pelo Milan uma bola no travessão de Van Bommel em chute da intermediária aos 36, com resposta da Inter logo depois em cabeçada de Pandev, que o goleiro milanês Abbiati operou um verdadeiro milagre estando dentro do gol, porém com suas mãos no mínimo em cima da linha, não se caracterizando em um gol não dado aos nerazurris.

Nem a parada do intervalo animou a Inter, que parecia batida e pouco chegava ao ataque. A equipe já não levava tanto banho no quesito posse de bola, porém não conseguia concatenar jogadas de ataque devido a apatia de seus principais valores como Eto´o e Sneijder, além de não contar com os avanços de Maicon, este mais um dos que não estiveram em boa jornada e também mais preocupados com os furos defensivos ocasionados pela falta de Lúcio. Em um destes furos, oriundos de um contra-ataque milanês, Chivu teve que forçar sua expulsão quando Pato estava da iminência de marcar o segundo gol nerazzurri.

Porém com o Milan melhor postado em campo e com superioridade numérica, não demoraria para sair o segundo gol Milan, marcado novamente por Pato, que aproveitou um chute torto de Abate para escorar de cabeça. Além de Pato, Seedorf na forma de seus 35 anos foi o outro grande destaque rossonero, criando as principais jogadas de ataques ao lançar em velocidade os atacantes. Só Robinho ficou três vezes em oportunidade de marcar, obrigando Júlio César a fazer grandes defesas. O goleiro brasileiro foi o único destaque da Inter, evitando um placar mais dilatado com pelo menos quatro defesas difíceis.

O placar só seria definido aos 44 da segunda etapa, quando Cassano, que havia entrado no lugar de Robinho, foi derrubado dentro da área, e ele mesmo cobrou o pênalti para marcar o terceiro gol rossonero. Ainda houve tempo de o atacante ser expulso ao dar um carrinho violento em Córdoba, levando o segundo cartão amarelo, já que pela excessiva comemoração de seu gol havia levado o primeiro.

Como a diferença entre os clubes era de dois pontos favoráveis ao Milan, o time rossonero abriu cinco de vantagem sobre o seu rival, faltando sete rodadas para o fim do Cálcio. Como tem vantagem no confronto direto, visto que venceu os dois clássicos da temporada, além do adversário estar disputando a Champions League, tudo se encaminha para um título rossonero, que não vem deste a temporada 2003/04, quando a equipe era comandada por Shevchenko e via a afirmação de Kaká.

Manchester com uma mão na taça da Premier League

Hoje foi o dia “D” do Manchester. A equipe entraria em campo antes de Arsenal e Chelsea, e na obrigação de vencer, para não ficar em desvantagem frente aos “gunners”, que dependiam apenas de si para ultrapassar os “diabos vermelhos”.

E de inicio, tudo se encaminhava para uma trágica jornada do Manchester, pois na primeira etapa nada dava certo para o Manchester, que além de não começar bem, viu o árbitro Lee Mason marcar dois pênaltis, um em mão na bola de Evra e outro com Vidic, derrubando Cole, ondeambos foram convertidos com categoria por Noble. Porém Fergusson mostrou o que lhe faz ser considerado um dos melhores técnicos da história ao substituir Evra e depois Park por Chicharito Hernandez e Berbatov, mudando a cara do Manchester e o resultado. Foram três gols de Rooney e ainda um do Chicharito, virando um 2x0 contra para um 4x2 a favor e indo para os 66 pontos num jogo que pode ser considerado o chave para um possível e provável titulo.

Realizada a tarefa de vencer seu jogo na superação, restou ao Manchester secar seus rivais mais próximos, especialmente o Arsenal, com quem brigava de igual para igual, apesar da pontuação a menos do adversário, porém com jogo a menos e ainda o confronto direto em casa. Primeiro viram um empate de 1x1 do Chelsea fora de casa contra o Stoke City, adversário ainda longe na tabela, porém com time para chegar e ainda assanhado pelos constantes tropeços de Manchester e Arsenal. Esse resultado deixou o Chelsea com 55 pontos e virtualmente fora da disputa do título, pois precisava de um fim de campeonato sem tropeços para sonhar com o título.

Porém ainda faltava o Arsenal, que iria enfrentar o Blackburn no Emirates. A equipe de Arsene Wenger tentou, tentou, mas não conseguiu sair do 0x0, apesar de ter finalizado mais de 20 vezes ao gol. Mais um tropeço dos “gunners”, que sempre tem a oportunidade de chegar lá, porém nunca chegam por deméritos próprios, seja com empates ou derrotas contra equipes da parte debaixo da tabela. Foi aos 59 pontos, ainda com um jogo a menos e com o confronto direto contra o Manchester no Emirates, porém ninguém imagina que tamanha irregularidade poderá leva-lo ao título da Premier League.

Hoje, pode-se dizer que o Manchester já está com uma mão na taça a sete rodadas do fim do campeonato. A equipe de Fergusson é a mais consistente da temporada e merece o seu décimo nono titulo da liga, que o deixaria como maior vencedor da história em campeonatos ingleses.

Vale a pena curtir

Não sou de postar links de programas aqui no blog, mas este vale a pena. Fazia tempos que não via algo criativo de 1º de Abril. Parabéns ao Thiago Leifert e à produção do Globo Esporte paulista.