Na Allianz Arena, Bayern München e Manchester City fizeram um decisivo duelo do equilibrado Grupo A, tido por muitos, e por mim, como o Grupo da morte desta edição da UEFA Champions League.
Em virtude desta importância, esperava-se um grande duelo que infelizmente não se concretizou, visto que não foi um grande jogo tecnicamente, pois o Bayern aproveitou a sua superioridade na primeira etapa para matar o confronto, vencendo com certa tranquilidade ao insosso City, que contara com uma má jornada de seu treinador, que abusou de errar ao longo do jogo.
O Manchester pareceria que iria impor a sua superioridade técnica no papel, por ter grandes jogadores como David Silva e Aguero, ao chegar duas vezes com perigo nos primeiros minutos, uma em chute de Dzeko defendido por Neuer, e outro em uma falta que considerei existente de Boateng em David Silva, que se fosse dada pelo arbitro Viktor Kassai poderia ter mudado a história do confronto.
No mais, o Bayern conseguiu equilibrar esta superioridade inicial do City, porém não conseguindo criar jogadas, o que acabou deixando o jogo truncado e sonolento. Quando passou a dominar o meio-campo, achando espaços na intermediária da equipe inglesa, o Bayern começou a arrematar com Ribery e Schweinsteiger, este que perdeu um gol quando estava livre cara-a-cara com o goleiro Hart.
De tanto insistir, o Bayern chegou ao primeiro gol aos 37, quando Ribery na esquerda chuta de pé trocado, para o goleiro Hart rebater nos pés de Muller, que não conseguiu desviar do goleiro, mas que viu a bola sobrar para Mario Gomez abrir o placar na terceira tentativa. Ainda no final da primeira etapa, o “Super Mário” pegaria outro rebote após cobrança de falta e que Hart havia defendido parcialmente um desvio de cabeça, mas que depois não conseguiu evitar o segundo gol alemão.
Com o placar amplamente favorável ao Bayern, esperava-se um Manchester City mais audacioso na segunda etapa, e o que se viu foi exatamente ao contrário, com o treinador Mancini sacando Dzeko, único atacante de fato, para a entrada do volante De Jong na tentativa de recuperar o meio. Falhou, trazendo ainda mais o Bayern para o seu campo de ataque, porém a equipe alemã pouco arrematou, dando pouco trabalho à Hart, que mesmo assim saiu com algumas boas defesas na segunda etapa.
Vitória tranquila do Bayern, que dominou a posse de bola e arrematou bem mais que o City (21 a 10). A equipe construiu a vitória ao dominar o meio-campo, tendo como destaque a movimentação de Ribery e Muller, além das chegadas de Schweinsteiger e do oportunismo de Mario Gomez. Lá atrás, o selecionável brasileiro Luiz Gustavo roubou muitas bolas, iniciando vários contra-ataques por parte dos alemães. A equipe lidera o Grupo A com 6 pontos em dois jogos.
Já pelo lado do City, o sinal amarelo pode estar se transformando em vermelho. A equipe tem apenas 1 ponto, conquistado no empate diante do Napoli em pleno City of Manchester. Como o time italiano venceu nesta rodada, já soma quatro pontos, exigindo uma vitória inglesa no San Paolo se este quiser ficar com a segunda vaga no grupo, já que a primeira deverá ficar com o Bayern.
A equipe aprontou os dois papelões do confronto, com o afoito Dzeko “subindo em cima” de Lahn ao tentar marca-lo de forma descoordenada, além da negativa de Tevez em entrar em campo, após uma tentativa frustrada de transferência no início da temporada e que acabou o deixando relegado no grupo Sky Blue.
Fiquei com a impressão que o bilionário Sheik Mansour bin Zayed Al Nahyan pensou em quase tudo, trazendo grandes jogadores como Aguero e David Silva, e outros bons e eficientes como Yaha Toure, Dzeko, Nasri e Chichy, porém se esqueceu de contratar um técnico experiente em competições internacionais, já que Mancini sempre naufragou na Champions League, bastando Mourinho assumir seu lugar na Internazionale para a equipe levar o caneco da temporada 2009/10.
Nenhum comentário:
Postar um comentário