quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Crise acentua e Julinho Camargo foi a bola da vez

A cada rodada que se passa no Campeonato Brasileiro, o Grêmio parece imergir em uma crise que parece não ter fim. Depois de já trocar de treinador e parte da direção e do grupo de jogadores em meio ao certame, a bola da vez foi do então treinador Julinho Camargo, que perdeu o emprego.



Julinho foi contratado há um mês e três dias do rival Internacional, por onde desempenhava a função de auxiliar técnico do então comandante Falcão. Foi contratado como uma solução emergencial para tentar conter a rejeição do torcedor ao então presidente Paulo Odone, em função da demissão do ídolo e ex-treinador Renato Gaúcho, além de já ter trabalhado com a maioria do grupo atual, quando era treinador de base do clube em anos passados.

Julinho Camargo buscou ascender profissionalmente, ganhando um maior salário e tentar emplacar no restrito e milionário mercado de treinadores top do Brasil. Mostrou inexperiência natural de um profissional com pouca bagagem no currículo da função, buscando utilizar o esquema que ajudou Falcão a implementar no Internacional, porém este mostrando-se insuficiente para a realidade gremista, com a equipe não conseguindo evoluir taticamente e decaindo tecnicamente e numericamente tabela abaixo.

Ao demiti-lo, Odone acumula mais um fracasso em sua gestão, que já soma eliminações nas competições, perdas de jogadores importantes sem reposição, falta de reforços a outras posições carentes e demissão de Renato Gaúcho e parte da direção, em um jogo politico. O nome da vez é Celso Roth, maior quotado para substituir Julinho Camargo e se tornar o terceiro treinador do clube em pouco mais de 1/3 de competição. Junto virá Paulo Paixão como preparador físico, em mais uma passagem do profissional no clube, cuja ultima fora no inicio da última temporada.

O novo treinador terá a dura missão de driblar a má campanha do clube na competição, que já não vence há 4 jogos. A equipe soma apenas uma vitória nas últimas 10 rodadas e involuiu após a troca de comando técnico. A campanha é péssima, apenas superior a da ultima temporada no histórico do clube nos pontos corridos. Para piorar, a janela de transferências internacionais para aquisição de jogadores já encerrou, o que inviabiliza o clube em buscar jogadores de renome e de qualidade.



Como havia escrito no post da queda de Antônio Vicente Martins, o Grêmio possui uma equipe irregular em um grupo carente, mas que não o torna desqualificado ao ponto de ser seriamente ameaçado de rebaixamento. A equipe tem bola para ficar em posições intermediárias, ao meio da tabela.

Porém o vestiário anda atormentado pelas disputas de vaidades constantes entre os grupos políticos do clube, que acaba atrapalhando o desenvolvimento e prejudicando o Grêmio num todo. Paulo Pelaipe chegou para tentar colocar a ordem na casa, porém uma união dos mais heterogêneos grupos é necessária para evitar um caminho sem volta do clube, que poderia cair pela terceira vez à Série B.

Com ou sem Roth, que os deuses abençoe o novo treinador gremista, pois pela situação que se encontra, vai precisar.

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