Um dia depois do lançamento do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), que terá inicialmente 1Mbps de velocidade à mensalidade de 35 reais, surgem novas informações sobre o acordo entre governo e operadoras, na qual estas saíram como as grandes vencedoras.
De bom para os consumidores, apenas o compromisso de aumentar gradativamente a taxa de conexão para 5Mbps até 2014, de modo que o serviço chegue à grande maioria da população, que ainda utiliza conexões dial-up (linha discada).
Porém o acordo prevê reajustes anuais nesta mensalidade inicial de R$ 35.00, além de tornar facultativo para as operadoras inferir um limite de download mensal, o que ficará de bom tamanho fornecedoras do serviço pressionarem o governo em busca de subsídios em questões de infraestrutura, e ganhando de brinde milhões de usuários em seus cadastros de clientes.
Na prática, o governo deverá prover a infraestrutura em relação aos cabos de fibra óptica para os locais onde as operadoras não teriam o interesse em atuar, enquanto estas comercializariam o serviço a um “preço popular”, que se não houver um rígido controle, não ficará mais tão popular daqui a alguns anos. Ainda há a questão da qualidade, que fora excluída do plano, sem ficar nenhum resquício quanto à sua mensuração, como um padrão mínimo, o que deixará os consumidores de “mãos-atadas” quando o serviço for de péssima qualidade.
Como profissional da área de TI, acho válido o esforço em busca de melhorias para o país, porém encaro esta iniciativa atual de acordo como um ato de desespero do governo para salvar o seu Plano popular de banda larga nacional, pois quem mais ganhará com isto serão as operadoras, que aumentarão exponencialmente o seu faturamento à custa do governo e do povo.
Da forma como está sendo fomentada, o Plano não deverá se distanciar em valores do que é cobrado hoje, porém com a qualidade, que hoje já não é boa, devendo decair ainda mais.
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