sexta-feira, 15 de abril de 2011

Esquema que poderemos ver amanha no Inter

Depois de uma semana de trabalho, Falcão esboçou o seu Inter, que terá um esquema made in Europa. Na realidade não seria um esquema propriamente dito, e sim a conjunção de dois, sendo que haverá uma formação quando a equipe não estiver com a bola, e outra ofensiva para quando a equipe estiver com a bola. O esquema inicial é similar à primeira opção contida neste post, quando o treinador recém havia assumido. A variação lembra o segundo esquema do post, tornando o sistema de Falcão híbrido.

A primeira escalação de Falcão será composta por: Lauro; Nei, Bolívar, Rodrigo e Kléber; Andrezinho, Bolatti, Guiñazu e D’Alessandro; Sóbis e Damião. Inicialmente duas linhas de quatro, configurando-se em um 4-4-2 clássico inglês, com dois atacantes em linha ofensiva. Porém quando a equipe está com a bola, o esquema transformam-se em 4-3-3 com a variação, possibilitando a jogada pelos flancos.

Paulo Roberto Falcão sempre foi admirador do futebol europeu, buscando sempre manter o contato com os amigos que fez pelo futebol mundo a fora, dentre eles grandes treinadores do futebol atual. Prometeu tentar revolucionar o futebol que é visto no Brasil, e uma das suas primeiras inovações é utilizar um esquema hibrido, deixando a movimentação dos jogadores mais intensa e não tornando o time num todo nem as individualidades refém de um sistema.

4-4-2 (Sem a Bola e em Posição de Partida)



O Inter entrará em campo com este esquema, onde a primeira linha defensiva é composta por Nei, Bolívar, Rodrigo e Kléber. À frente, mais uma linha de quatro, com Andrezinho, Bolatti, Guiñazu e D’Alessandro. Andrezinho (pela direita) e D’Alessandro (pela esquerda) serão sombras dos laterais quando a equipe estiver sendo atacada, reforçando a marcação e a proteção pelos flancos, enquanto o ataque com Damião e Sóbis deverá fazer a primeira linha de marcação, recuando até o principio da intermediaria colorada para povoar o meio.

Este esquema é pouco utilizado no Brasil, porém é bastante na Europa, voltando a toda com o esquema que Fergusson colocou para os grandes jogos na UEFA Champions League. Teve sucesso, que o encaminha ao título da Premier League e está nas semifinais da Champions League, com a melhor defesa na competição continental, com apenas 3 gols sofridos em toda a campanha até então.

4-3-3 (Variação ofensiva com a Bola)



Segundo as informações do repórter da Rádio Gaúcha Eduardo Gabardo, quando o time estiver com a bola, D’Alessandro avança como um ponta pela esquerda, Sóbis abre pela direita e Damião mantem-se como o homem de referencia. Andrezinho deverá fazer o contraponto se dirigindo ao meio, para ficar em posição de arremate e de criação, facilitando a movimentação dos pontas para que hajam as jogadas de flanco, que beneficiarão Damião.

Atrás, Kléber e Nei terão que avançar alternadamente, porém dificilmente os dois de uma vez, a menos que a equipe precise se recuperar de um resultado desfavorável ou quando jogar em casa contra um adversário muito fraco. Um dos laterais deverá fazer linha com Guiñazu e Bolatti, linha servindo como homem surpresa nos avanços, enquanto o outro lateral continuará na linha defensiva. Lembra a formação do Barcelona de Guardiola, onde no ataque Villa abre pela esquerda, Pedro pela direita e Messi livre no meio para flutuar. É altamente ofensivo, tanto que o Barcelona tem o melhor ataque da liga espanhola e da Champions League. Nas alas, Dani Alves avança enquanto o lateral esquerdo fica mais, enquanto no meio Xavi e Iniesta se movimentam e aparecem como homem surpresa, além dos lançamentos precisos para os atacantes entrarem em velocidade nas costas dos zagueiros.

O post trabalha com suposições, imaginando um cenário que engloba as convicções do autor do blog somado com as informações que capturou com os reportes que vem acompanhando as partes abertas do treino, além das informações que colhem nos bastidores.

Em relação ao esquema, gostei dessa movimentação, que se for bem compreendida pelos jogadores que, diga-se de passagem, são inteligentes, criará alternativas e será difícil de ser combatida, pois o jogo acontecerá em vários setores e não em um só. É uma mistura de equilibrio defensivo dos grandes jogos do Manchester de Fergusson (4-4-2) com o ofensivismo intenso do Barcelona de Guardiola (4-3-3), com muito sucesso em tais condições.

Falcão começa muito bem na teoria, espera-se que consiga por o plano em prática.

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