terça-feira, 19 de março de 2013

Grêmio X OAS - Blefe ou Realidade?


As notícias a respeito da relação Grêmio x OAS ganharam uma conotação de novela, pois muito se especula e pouco se esclarece ou se soluciona. Pela movimentação, é sábio que há divergência na parceria, principalmente em relação aos valores oriundos dos encargos previstos no contrato. 

Recentemente, o jornalista Hiltor Mombach publicou em seu blog uma cópia do contrato da parceria Grêmio x OAS além dos aditivos que o complementa. Apesar de não ter formação jurídica para interpretar com maestria os dizeres do contrato, li o material e o classifiquei como ousado e de alto risco, devido a grande margem de lucro ou prejuízo que poderá causar ao clube. Quanto a ser ruim ou bom depende do critério de cada um, pois um visionário poderá acha-lo excelente, enquanto que um conservador poderá rotulá-lo como péssimo.

O grande problema está nos efeitos financeiros que as cláusulas estariam trazendo ao Grêmio, principalmente na relação do sócio torcedor com a nova casa gremista. O programa, na qual o torcedor se fideliza ao clube do coração e pagando uma mensalidade tem acesso gratuito aos jogos ou desconto na compra dos ingressos, ajudou a impulsionar o faturamento da dupla Gre-nal, pioneira no projeto no país, e que agora se alastra aos grandes clubes brasileiros. Porém este projeto só funciona em estádios onde o clube tem total gerência, o que não é o caso da Arena gremista, onde foi montada uma Pessoa Jurídica para administrar o empreendimento, na qual o próprio Grêmio faz parte.

Para viabilizar a parceria, ficou definido no contrato que a totalidade da receita dos jogos fica a cargo desta PJ, denominada Superficiária ou Sociedade de Propósito Específico (SPE). Como os sócios são do Grêmio e a gestora do empreendimento nada ganharia com a entrada free destes associados, foi necessário um acordo para alocação de espaços, na qual gerou um grande encargo ao clube e que torna os especulados R$ 41 milhões anuais como ponto da discussão contratual, mas que deveria ter sido mais bem planejado no momento da elaboração do mesmo. 

Pelo contrato de parceria, o Grêmio arcaria com este custo, recebendo um valor fixo anual de R$ 9 milhões e depois receberia semestralmente 65% do Lucro Liquido Ajustado do empreendimento, que nada mais é que o resultado da soma das receitas subtraída pela soma dos encargos operacionais, amortização do financiamento, impostos e reservas inerentes à atividade empresarial.  Na prática, principalmente neste início de parceria, pouco retornaria ao clube, pois a receita do empreendimento está voltada principalmente às bilheterias, onde o valor dado pelo clube para alocar o seu sócio tem um peso significativo.

O grande “x” da questão é o que está efetivamente ocorrendo entre clube e parceria, pois muito é questionado publicamente e pouco é esclarecido. O Grêmio reclama do seu alto encargo obtido e fala em inviabilização financeira, porém ao mesmo tempo gasta fortunas com uma leva de jogadores “medalhões” que vieram a peso de ouro para a disputa da Libertadores e oneram demasiadamente a folha salarial do clube, cuja especulação já ultrapassa R$ 10 milhões mensais e que a colocaria como a mais cara do país. 

Imagino que se a questão financeira estivesse extremamente delicada, a atual diretoria encabeçada por Fábio Koff não estaria cometendo tamanha irresponsabilidade de contratar  uma significativa leva de caros jogadores, apesar de todo o aporte financeiro recebido através de negociações contratuais, adiantamentos de receitas e investidores. Ainda acredito na hipótese de Koff querer um maior poder de barganha na questão de valores. 

Porém se eu estiver errado, e houver ali adiante um colapso financeiro, a conta negativa não poderá ficar somente no nome da antiga diretoria encabeçada por Paulo Odone, pois a ousadia de Koff em trazer estes jogadores se transformaria em irresponsabilidade, e nem o maior presidente da história do clube estaria imune a críticas e responsabilidade pelos seus atos.

Não sei o que esta ocorrendo no tricolor, e acredito que a grande maioria também não saiba. Está na hora de ambos os lados colocarem as cartas na mesa publicamente, ou parar de acionar a imprensa para condicionar o outro lado e resolver o que tiver que ser resolvido de forma interna.

sexta-feira, 15 de março de 2013

Definidas as cadeiras do Beira-Rio


Nesta sexta-feira, o Internacional anunciou em seu site oficial a definição dos assentos que serão utilizados no novo Beira-Rio. Trata-se da marca do modelo Integra da fornecedora Nöra Bluecube, que presta serviços para grandes palcos esportivos mundiais, como: London Olympic Stadium, Soccer City em Johanesburgo, Estádio Olímpico de Kiev, Estádio de Wembley, Estádio Castelão, dentre outros.

O modelo, rebatível e resistente, será utilizado na cor vermelha. Fonte: NoraBr
As obras de modernização do estádio colorado seguem intensas, com previsão de conclusão para dezembro. O gramado foi plantado no início deste mês, enquanto que as arquibancadas do anel inferior foram concluídas no mês passado, restando apenas o acabamento interno.

Fotos: AI Inter
 Agora a grande frente da obra está na revitalização da arquibancada superior e a colocação da cobertura, cujas primeiras peças já chegaram ao complexo.  

Vídeo com vista da nova área de circulação do estádio

segunda-feira, 11 de março de 2013

Dunga consegue mostrar a sua cara no Inter


O titulo da Taça Piratini, primeiro turno do Campeonato Gaúcho, com uma expressiva goleada por 5x0 em Ijuí contra o São Luiz mostrou que Dunga conseguiu organizar a equipe Colorada, criando um padrão de jogo e recuperando jogadores importantes que não vinham em boa fase.


Fotos: AI Inter
 Até agora, Dunga treinou sete vezes o time titular e obteve seis vitórias e um empate. Os resultados respaldam o seu trabalho, embora a qualidade dos times enfrentados (inclui-se o reserva do Grêmio) só serve de parâmetro relativo, tendo em vista que ainda não dá para se ter uma real noção do poder de fogo do Internacional para as competições maiores como Copa do Brasil e Campeonato Brasileiro.


O que posso afirmar é que Dunga conseguiu definir um time titular, solidificando o sistema defensivo e criando opções de aproximação ao ataque, através de tabelamentos envolvendo jogadores-surpresa que, em temporadas anteriores, não tinham uma presença massiva ao ataque. O esquema 4-4-2, o bom aproveitamento de Gabriel pela direita, a confirmação de Moledo como o grande zagueiro do time, o melhor futebol apresentado por D’Alessandro e Forlán e a volta dos gols de Damião são méritos do trabalho do treinador.


A qualidade do grupo colorado ainda não foi posta à prova, porém a necessidade de enxugar despesas fez o clube se livrar de alguns jogadores importantes para o grupo, enquanto que os reforços são meras apostas. O campeonato Brasileiro exige um grupo forte e esse é o grande desafio do Internacional para 2013, pois Dunga tem um time que pode disputar os campeonatos nacionais, porém a reposição ainda é uma incógnita. 


Reforços serão bem vindos para que o clube possa almejar algo maior nesta temporada. 

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Nova camisa do Real Madrid


Assim como o Barcelona, o Real Madrid já tem um provável uniforme para a temporada 2013/14. A informação é do blog todosobrecamisetas.com. 



Os detalhes em laranja apresentam-se como a grande novidade do novo uniforme do clube desenvolvido pela Adidas, tonalizando o tradicional branco e azul marinho. O blog não apresentou o uniforme alternativo. 

Pontos cegos na Arena do Grêmio


A Arena gremista é sensacional, tanto que escrevi um posto no blog a respeito do empreendimento, porém é de domínio publico que a nova casa do Grêmio ainda não está 100% pronta. 

Além de problemas com acabamento, pude constatar pelas fotos postadas nas redes sociais que o estádio apresenta pontos cegos, pois a FIFA exige 100% de visibilidade do campo de jogo para os espectadores, senão considera ponto cego. Aqui vão duas fotos retiradas da internet por torcedores presentes do estádio no Jogo contra a Pobreza, que ilustram o problema. 

Foto: Pedro Leite Alves
Foto: João Gabriel F. Salzano

Espera-se que Grêmio/OAS consigam resolver o problema para garantir comodidade ao torcedor.  

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Provável nova camisa do Barcelona

De acordo com o periódico espanhol Mundo Desportivo, estes serão os novos uniformes do Barcelona para a temporada 2013/14. 


A grande mudança em relação a esta temporada é a volta das tradicionais listas azul e grená no uniforme principal, com um trabalho na manga. Já a camisa alternativa foi concebida com as cores da Catalunha, comunidade autônoma da Espanha que tenta a independência do país ibérico.

Organizado e com dinheiro: Ninguém segurará o Corinthians

Para a grande maioria dos clubes brasileiros, chegar ao Mundial de Clubes é sinônimo de fim de ciclo de manutenção de time e elenco, em virtude do endividamento com a construção/manutenção de times fortes. Porém o Corinthians mostrará algo novo, buscando acrescentar ao invés de se desfazer de seus jogadores, o que poderá significar um início de um grande império no futebol brasileiro.

O Timão tem a segunda ou até a maior torcida do país empatado com o Flamengo (segundo dados do Datafolha), e por ser o clube mais popular de São Paulo, centro econômico do país, tem a capacidade de atrair vultosos investimentos em publicidade, o que lhe dá os melhores contratos do país, como o da renovação com a Nike por R$ 300 milhões por 10 anos de contrato. Soma-se a isso o privilégio dado pela Rede Globo nas transmissões da equipe pelo país afora, que lhe rendeu (juntamente com o Flamengo) um contrato de direitos de transmissão diferenciado, cujo valor chega perto de três vezes mais que clubes fora do eixo recebem, como Cruzeiro, Atlético-MG, Grêmio e Internacional. 

Quando o clube precisou, teve uma mão amiga do ex-presidente Lula, que ajudou a costurar acordos de patrocínio como o da Caixa Econômica Federal, além de aproveitar da indisposição com o estádio Morumbi para a Copa de 2014 e idealizar o Itaquerão, estádio que abrigará a abertura da Copa e que depois será todo da equipe paulista, que poderá realizar as mesmas ações de clubes que tem estádio próprio. 

Para completar, o clube organiza-se internamente, e já utiliza cases de sucesso como o programa sócio torcedor, que gera uma grande receita e é responsável por Internacional e Grêmio ainda tornarem-se competitivos no cenário nacional. O clube já passou a barreira dos 100mil sócios e rivaliza com o Colorado o primeiro lugar em termos quantitativos de torcedores fidelizados, que pagam um determinado valor por mês para terem benefícios junto ao clube.

Dinheiro não é problema para o Corinthians, tanto que o clube já contratou o meia Renato Augusto para a próxima temporada e fez uma proposta de mais de R$ 40 milhões para ter Alexandre Pato.  O faturamento deverá passar com tranquilidade a barreira dos R$ 300 milhões em 2013, e que deverá se acentuar quando o time puder jogar na casa nova e faturar por um espaço que tende a gerar ainda mais receita. 

O blog mostrava-se preocupado desde o início do ano passado com o desnivelamento do futebol nacional, quando os clubes, encabeçados pelos mandatários de Corinthians e Flamengo, saíram do clube dos treze e passaram a negociar individualmente os contratos de TV com a Rede Globo. Flamengo e Corinthians queriam e conseguiram um contrato diferenciado, que culminou no processo de “espanhonalização” do futebol Brasileiro, onde no país ibérico, Real Madrid e Barcelona recebem a metade de toda a quantia da televisão e são imbatíveis no país, além de terem os elencos mais fortes da Europa. 

No Brasil, só não teremos uma reedição de Real Madrid e Barcelona em função do Flamengo mostrar-se cada vez mais desorganizado, abrigando-se em um poço sem fundo que nem os recursos oriundos da Globo e agora da Adidas conseguem reerguê-lo. Até isso ocorrer, o Corinthians tende a ser o imperador do futebol brasileiro, pois talvez só os demais paulistas e cariocas consigam montar times de exceção, como este Fluminense patrocinado pela Unimed, com capacidade de bater de frente com o Timão, que deverá ser a base da Seleção Brasileira.  Imaginava um prazo maior, talvez de cinco anos para que isso pudesse ser sentido, porém o fator Copa e Mundial está intensificando o processo.

Teremos nos próximos anos um clube muito superior aos demais, como o Real Madrid está para a Espanha. O Barcelona somente chegou a este status ao cultivar a sua categoria de base, além de trazer reforços pontuais como foram Ronaldinho Gaúcho e Deco em 2003 e 2004 respectivamente, que montaram uma base que possibilitou o reerguimento do clube catalão. Hoje, mesmo com uma disputa entre os dois clubes, que levaram os últimos 8 campeonatos espanhóis, há uma ferrenha discussão a respeito da falta de competitividade no certame.

No Brasil, talvez se discuta isso nos próximos cinco ou sete anos, com um possível desinteresse do brasileiro pelos campeonatos nacionais, que faria os índices de audiência cair e por consequência obrigaria uma reação por parte dos dirigentes e autoridades responsáveis. 

Até lá, muito ouviremos: “Salve o Corinthians, O campeão dos campeões...”.