terça-feira, 1 de julho de 2014

Bélgica elimina Estados Unidos em jogo espetacular


Em um dos jogos mais espetaculares da história das Copas, a Bélgica eliminou os Estados Unidos por 2x1 na prorrogação, depois de um 0x0 no tempo normal. Porém não foi um 2x1 qualquer, já que os expectadores foram contemplados com 52 conclusões em 120 minutos, sendo que a grande maioria (38) foi da Bélgica, que fez justiça a sua classificação, e consagrou o goleiro Howard, que terminou a partida com incríveis 16 intervenções.

O primeiro tempo não teve tantas conclusões, porém foi dinâmico e já mostrou a superioridade da Bélgica, que logo no primeiro minuto já deu trabalho para Howard. O time belga se movimentava muito bem, com De Bruyne e Hazard bastante participativos, o que contribuía para a criação de jogadas. Já os Estados Unidos tiveram maior tempo de posse de bola ao longo de toda a primeira etapa, porém chegaram apenas duas vezes ao gol.

O time americano mostrava inferioridade física em função das longas viagens e de jogos no calor, e ainda perdeu um dos seus principais jogadores, o lateral direito Johnson com lesão muscular aos 31 minutos do primeiro tempo. Em função deste prejuízo físico, os Estados Unidos procuraram guardar suas energias para a marcação, o que dificultou o jogo belga no primeiro tempo.

Fotos: @fifaworldcup_pt
Na segunda etapa, o gás americano foi acabando, abrindo espaços para a Bélgica trabalhar a bola e criar chances. Foi um verdadeiro massacre, pois nos 45 minutos da segunda etapa, a Bélgica finalizou 21 vezes, sendo que o goleiro Howard foi responsável por pelo menos sete grandes defesas, além de uma bola na trave de Origi. As chances eram fruto da intensa movimentação ofensiva, formada por De Bruyne, Hazard e Origi, que abriam espaços e possibilitavam o arremate. Os Estados Unidos pouco atacaram, dependeram muito de Howard para levar o jogo para a prorrogação, porém tiveram uma chance de ouro para eliminar o adversário já aos 47 minutos com Wondolowski.

Na prorrogação, Wilmots apostou na entrada de Lukaku, que começou a Copa como titular, mas que perdeu espaço para Origi. O substituto teve participação decisiva, já que no primeiro minuto da prorrogação, levou vantagem em jogada pela direita e serviu De Bruyne para chutar cruzado e marcar 1x0. A Bélgica seguiu pressionando, e exigiu pelo menos mais três defesas importantes de Howard. O time viria a marcar o segundo aos 14, quando De Bruyne devolveu a gentileza para Lukaku concluir e marcar, coroando a sua boa entrada, que deverá reconduzi-lo a condição de titular.

O jogo parecia decidido, com os Estados Unidos totalmente batidos e sem forças físicas e psicológicas para reagir. Porém o time norte-americano tirou forças de onde não tinha para fazer um grande segundo tempo e intimidar a Bélgica, já que logo no primeiro minuto Green, que havia entrado ao decorrer da prorrogação, recebeu um lançamento magistral de Bradley para descontar, e recolocar o time no jogo. A equipe yankee teve mais duas grandes oportunidades para empatar e levar aos pênaltis, porém Wondolowski e Dempsey desperdiçaram, sendo que a conclusão do atacante foi oriunda de uma jogada ensaiada sensacional, que pegou a zaga belga desprevenida. 

No fim, a vitória da Bélgica estabeleceu justiça à partida, já que o time fez o seu melhor jogo na Copa e massacrou o adversário com o grande segundo tempo. A jogada de aproximação entre as peças ofensivas funcionou, o que torna promissor o jogo contra a Argentina, onde o time sul-americano terá o primeiro adversário forte nesta Copa. Eu esperava um bom futebol da Bélgica, já que sou fã de carteirinha da Premier League, onde jogam os principais destaques belgas, como  Hazard, Vermaelen, Kompany, Fellaini, Dembélé, Mirallas e Januzaj. 

Já os Estados Unidos voltam para casa com a sensação de dever cumprido, apesar das chances perdidas na segunda etapa que poderiam ter mudado a história da partida e o classificado. Porém o time yankee mostrou evolução sob o comando de Jürgen Klinsmann, e poderiam ir mais longe se não fosse o desgaste físico pelo acúmulo de viagens, já que a seleção foi uma das que mais viajou, e num cenário de futebol cada vez mais intenso, o fato de estar limitado fisicamente foi um agravante. O Soccer está em plena ascensão no país norte-americano, ganhando cada vez mais telespectadores e adeptos, o que poderá transformar o país em um dos grandes centros do esporte em um médio prazo.

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