domingo, 15 de junho de 2014

Tecnologia Goal-line é utilizada na boa vitória da França


A França estreou no Beira-Rio em Porto Alegre com confortáveis 3x0 diante da Seleção de Honduras, teoricamente mais fraca do Grupo E. Os gols foram marcados por Benzema (2 vezes) e pelo goleiro Valladares contra, de acordo com a tecnologia Goal-line da FIFA que pela primeira vez funcionou para definir um gol. A partida também foi marcada pelo fato de os hinos nacionais não serem tocados antes do jogo, por algum problema que não foi oficialmente divulgado. 

Das grandes Seleções, a França foi a que mais reformulou o seu time, após o papelão da Copa da África, onde os jogadores tiveram problemas de relacionamento com o então treinador Raymond Domenech, que somado com a falta de renovação simbolizaram o fracasso do time na competição. Para 2014, dos 23 convocados na lista final, 17 são estreantes em Copas, incluindo nomes como Cabaye, Matuidi e a jovem sensação Pogba, que tinham como objetivo fazer o torcedor francês esquecer de Ribery, que não conseguiu se recuperar de uma lesão lombar e foi cortado.

Diante das incertezas, nada melhor que pegar o adversário mais fraco do grupo para ganhar confiança. E a França mostrou ótimo potencial para ir longe na competição, com uma vitória indiscutível frente aos hondurenhos. O time, agora treinado pelo ex-jogador campeão em 98  Didier Deschamps, mostrou ótimo volume de jogo do início ao fim, e conseguiu quebrar a retranca adversária para construir o escore por 3x0.

No primeiro tempo, o controlou o jogo, tendo 63% de posse de bola, e acertou duas bolas no travessão, uma com Matuidi aos 15 e outra com Griezmann aos 22. Mas o gol viria a sair ainda antes do intervalo, aos 42, em um pênalti cometido por Palacios em Pogba, que resultou na exagerada expulsão do hondurenho. Benzema abriu o placar. Até então, o jogo era tenso e disputado, chegando a ter uma confusão envolvendo Palacios e Pogba que resultou em cartão amarelo para os dois. 

Na segunda etapa, a França marcou o segundo logo aos 2 minutos, com grande contribuição da Goal-line technology, tecnologia da FIFA para detectar quando a bola ultrapassa a linha do gol, avisando ao árbitro. Pelas tomadas da TV, o gol não havia ficado claro, e provavelmente não seria marcado sem a tecnologia, tornando-se o primeiro gol da história das Copas a ser marcado via tecnologia. No lance, Benzema cabeceou na trave, e a bola voltou em direção ao goleiro Valladares, tocando no goleiro e cruzando a linha antes que o arqueiro pudesse se recuperar.

Foto: @fifaworldcup_pt
A França tinha superioridade técnica e numérica na partida, e dependia da sua vontade o placar final da partida. O time chegou algumas vezes ao ataque, dando trabalho para o goleiro  Valladares, e marcaria o terceiro novamente com Benzema, após uma jogada de cobrança de falta ensaiada, cobrada por Valbuena, que acabou não dando certo ao bater em um francês no meio do caminho, mas que sobrou para o goleador marcar o terceiro da França, que poderia ter sido o seu hat-trick, se o segundo gol fosse dado à sua autoria.

Gostei da França. O meio de campo francês formado por cinco bons jogadores: Cabaye, Valbuena, Griezmann, Matuidi, Pogba, apresentou problemas de movimentação na primeira etapa, porém encontrar soluções para driblar a retranca hondurenha e se destacou na partida. A preocupação fica com Cabaye, que sentiu uma lesão ao longo da segunda etapa e precisou ser substituído. A defesa, setor ainda questionável francês, não foi exigida, tendo em vista que Honduras praticamente não se aventurou ao ataque. 

No próximo jogo, contra a Suíça, que mostrou ofensividade contra o Equador, saberemos o real estado do sistema defensivo da França. 

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