domingo, 29 de junho de 2014

Costa Rica vence Grécia nos pênaltis e se classifica


Na Arena Pernambuco, a Costa Rica venceu nos pênaltis a Grécia e se classificou para as quartas-de-finais, onde pegará a Holanda no próximo sábado. O time não fez uma grande partida, conseguiu vantagem no placar no início do segundo tempo, porém teve um jogador expulso e permitiu a reação da Grécia no tempo normal, levando o jogo para a prorrogação e depois para os pênaltis, onde teve 100% de aproveitamento e contou com o brilho do goleiro Navas, que já havia se destacado ao longo do jogo. 

O primeiro tempo foi tecnicamente fraco, já que a Costa Rica tinha dificuldades para trabalhar a bola no campo de ataque, enquanto que a Grécia, que nunca teve um histórico de ser um primor ofensivo, conseguiu encaixar a sua tática de cozinhar o jogo, a espera da “bola boba”, oferecendo a posse de bola para o adversário, procurando retomá-la para arriscar um lançamento para Samaras ou trabalhar sem pressa a jogada.

Foram poucas chances, basicamente uma para cada lado, com Bolaños para a Costa Rica, enquanto que Salpingidis teve a melhor oportunidade do jogo, ao obrigar grande defesa de Navas. As vaias ao final da primeira etapa foram justas, já que o primeiro tempo não empolgou, sendo comparável ao do pior jogo da Copa entre Irã x Nigéria. 

No segundo tempo, a Costa Rica mostrou melhor movimentação do trio Bryan Ruiz, Bolaños e Campbell, que passaram a encontrar espaços e criar jogadas. Aos 6 minutos, saiu o gol costarriquenho, que contou com a participação do trio, com Campbell trabalhando a bola com Bolaños na esquerda e cruzou para Ruíz aparecer livre na meia lua para concluir para as redes de forma colocada, meio desajeitada.   

Fotos: @fifaworldcup_pt 
O treinador da Grécia, o português Fernando Santos, acabou abrindo o seu time para tentar a reação, com as entradas de Mitroglou e Gekas nos lugares de Salpingidis e Samaris. Por outro lado, a Costa Rica foi recuando, o que possibilitou a pressão grega, que resultou na expulsão do zagueiro Duarte aos 21, por chegar atrasado em Cholevas. O jogo acabou se tornando um ataque x defesa, com a Grécia abusando na jogada direta e bola aérea, já que não possuía criatividade para criar uma jogada consistente. O tempo foi passando e nada, até que aos 45 minutos o zagueiro Sokratis se juntou aos outros atacantes e pegou uma sobra do goleiro Navas para marcar o gol grego, que levaria o jogo para a prorrogação.

O cenário da Costa Rica era desolador, pois estava numericamente inferiorizada, enquanto que o adversário possuía uma formação mais ofensiva. Mas faltou pernas para a Grécia, que mostrou estar mais desgastada que a Costa Rica, que conseguiu se organizar e não correr riscos no primeiro tempo, enquanto que no segundo tempo, o desgaste de ter um a menos pesou, e os gregos até tentaram uma pressão nos últimos minutos, chegando a desperdiçar um contra-ataque de 5 atacantes contra dois defensores adversários, além de uma conclusão de Mitroglou no último minuto, que Navas conseguiu fechar o gol.

E o jogo foi para os pênaltis: Nas cobranças, a Costa Rica teve 100% de aproveitamento, venceu por 5x3, e conquistou a histórica vaga para as quartas-de-finais nos pés de Borges, Ruiz, Gonzalez, Campbell e Umaña. O goleiro Navas brilhou e acabou pegando a quarta cobrança da Grécia, de Gekas, enquanto Mitroglou, Lazaros e Cholevas assinalaram.

A classificação da Costa Rica é merecida mais pelo seu histórico de futebol ao longo da Copa do que pela partida de hoje, já que o time não foi bem na maior parte do tempo, devido a não encontrar soluções ofensivas no primeiro tempo e de jogar inferiorizado numericamente no segundo e na prorrogação, onde até teve um bom período no início, que foi superado em função das dificuldades físicas das peças ofensivas.

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