França e Equador ficaram no 0x0 no Maracanã pelo Grupo E, resultado que garantiu o primeiro lugar da França e eliminou os sul-americanos, já que a Suíça venceu Honduras e terminou com 6 pontos, contra 4 dos equatorianos.
O jogo foi tecnicamente fraco, principalmente no primeiro tempo, onde houve muito contato físico e pouco futebol. A França não repetiu as boas atuações das duas primeiras rodadas, muito em função do treinador Deschamps poupar titulares, como Evra, Debuchy, Valbuena e Cabaye. A classificação já estava garantida em função do alto saldo de gols, o que possibilitou ao treinador francês privilegiar a recuperação física, mas que afetou o desempenho da Seleção. Até em função desta opção, que não considerei decepcionante a partida francesa.
No segundo tempo, o Equador perdeu Antônio Valência logo no início, em função de uma entrada dura no lateral esquerdo Digne, onde o árbitro Noumandiez Doue acabou expulsando-o, após uma aparente interferência externa, já que esperou todo o longo atendimento do defensor francês para tomar uma atitude, após consultar seus assistentes. Achei exagerada a expulsão, ainda mais em função de a partida reservar outros lances ríspidos que não foram punidos, como a cotovelada de Sakho no início da partida.
O Equador melhorou com dez jogadores, porém era tecnicamente inferior a França. O time não tinha qualidade para criar jogadas, dependendo praticamente das vantagens de Enner Valência. Já a França conseguiu encaixar vários contra-ataques no final do jogo, quando o time equatoriano não conseguia se recompor, mas esbarrou nas defesas do goleiro Dominguez, que foi a melhor figura da partida.
Foto: @fifaworldcup_pt |
O Equador tinha uma missão muito complicada, pois precisava inicialmente vencer a França, porém como a Suíça descontou o saldo negativo que tinha em relação aos sul-americanos, a necessidade ficou maior, fazer saldo, o que inviabilizou a classificação. O time não jogou bem nenhuma partida, e foi o mais fraco representante sul-americano, colocando dúvidas sobre a real capacidade desta geração, que dependeu da campanha em casa, na altitude de Quito para se classificar para a Copa. Dos 25 pontos que deram o quarto lugar, 22 foram conquistados em casa.
O segundo lugar do grupo ficou com a Suíça, que venceu por 3x0 Honduras, no hat-trick de Shaqiri, que se tornou o 50º atleta a marcar três gols em uma mesma partida na Copa do Mundo. O time suíço faz uma Copa mais ousada que a sua história recente, remetida a retrancas.
Em 2006, a Suíça foi eliminada da Copa nas oitavas-de-finais sem levar nenhum gol. Este ano, sofreu seis, mas marcou sete. O treinador Ottmar Hitzfeld montou um time ofensivo, com laterais de verdade e três meias (4-2-3-1), o que trouxe volume ofensivo, mas também problemas, como no confronto contra a França (2x5). O time suíço tem mais condições de oferecer dificuldades para a Argentina do que o Equador, e formou no Grupo E o único (até agora) com duas equipes europeias classificadas. Há a possibilidade de os Grupos G e H também conseguirem, porém a tendência é que seja o único.
Nenhum comentário:
Postar um comentário