Um grande evento no Rio de Janeiro marcou a convocação para a Seleção Brasileira. Após breves discursos, Felipão divulgou o nome dos 23 selecionáveis, precedendo a entrevista Coletiva, na qual o treinador explicou seus critérios para a convocação.
Uma lista equilibrada e sem surpresas, tendo em vista que até o zagueiro Henrique já foi previamente convocado pelo treinador, apesar de não figurar nas últimas listas. É no zagueiro a minha única crítica, pois imaginava que Dedé ou Miranda seriam convocados por estarem na frente, principalmente o zagueiro do Atlético de Madrid que vem de uma grande temporada.
Antes de sair a lista, eu tinha emitido uma com 18 convicções, quatro posições com dúvidas entre jogadores e uma dúvida entre um meio campista ou um atacante. Acertei em todas as convicções, que foram os goleiros Jefferson e Júlio César; os laterais Daniel Alves e Marcelo; os zagueiros Dante, David Luiz e Thiago Silva; os volantes Fernandinho, Luiz Gustavo, Paulinho e Ramires; os meias Oscar e Willian; e os atacantes Bernard, Fred, Hulk, Jô e Neymar.
As quatro posições em dúvida era o terceiro goleiro, entre Diego Alves, Diego Cavalieri e Victor; o quarto zagueiro, entre Miranda e Dedé; o lateral direito, entre Rafinha e Maicon; e o lateral esquerdo, entre Maxwell e Filipe Luís. Se eu fosse o técnico, escolheria Victor, Miranda, Maicon e Filipe Luís. O único nome que não esperava e que foi novidade foi o zagueiro Henrique. O treinador utilizou o fator confiança para convocá-lo, já que o zagueiro liderou o Palmeiras na época em que o Felipão treinava o time. Nas laterais, prevaleceu o critério da experiência, já que Rafinha e Filipe Luís não eram inquestionáveis, enquanto que no gol, Victor levou a melhor pelo seu grande 2013 pelo Galo, mantendo o ritmo em 2014.
O 23º convocado eu tinha uma dúvida entre um meia ou um atacante. Não tinha a convicção na certeza de Hernanes, mas o primeiro vídeo rodado na apresentação do evento mostrou lances do jogador, já resolvendo a questão. Robinho ou Kaká poderiam ocupar a vaga no fator experiência, porém, neste caso, prevaleceu o fato de Hernanes compor o grupo, além de ter uma característica de transição de bola que nenhum outro jogador tem no elenco.
Não vejo nenhum outro nome inquestionável que tenha ficado de fora da lista. Neste ano, foi difícil estabelecer a lista dos 23 melhores, em virtude do baixo nível técnico do futebol brasileiro. Veria apenas o nome de Philipe Coutinho do Liverpool como uma possibilidade de convocação pela grande temporada que teve com o clube inglês, porém a Seleção é um grupo, formado pelos jogadores de confiança do treinador, procurando mesclar com outros que estejam em bom momento, como Fernandinho e Willian do Chelsea, que acabaram ganhando a vaga ao longo da temporada (assim como Victor no gol).
Felipão terá cerca de 15 dias para preparar a Seleção, precisando otimizar o time e recuperar jogadores. Vários destaques da Copa das Confederações não viveram um bom momento na temporada 2013/14, o que é preocupante para que o Brasil consiga repetir as boas atuações da Copa das Confederações. Exemplos não faltam, como Paulinho e Bernard, que se transferiram para o exterior e não obtiveram sequência, além de Jô que não faz um bom 2014 e Fred, que sofreu lesões e jogou pouco. Até Neymar não está no mesmo ritmo de 2013, sofrendo com lesões, apesar de não ter feito uma temporada ruim no Barcelona. São muitas incertezas que precisam estar afinadas para a estreia contra a Croácia.
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