segunda-feira, 19 de maio de 2014

Liderança com tempo de vida?

O Internacional terminou a quinta rodada na Liderança, com 11 pontos. Foram três jogos em casa, com 100% de aproveitamento, enquanto nos dois fora a equipe empatou, ambos com circunstâncias que deixaram o resultado amargo, já que contra o Botafogo, o Colorado vencia por 2x0, enquanto que contra o Criciúma jogou contra um adversário com um a menos desde a primeira etapa.

Após o quinto jogo, já é possível uma melhor analise do time, embora este ainda não tenha enfrentado um adversário forte no Brasileirão. O Internacional ainda não conseguiu repetir as boas atuações contra o Grêmio na final do Gauchão, no segundo tempo da primeira partida e ao longo da segunda partida contra o rival. Em todos os jogos, mesmo nos que jogou em casa, o Colorado apresentou problemas e em nenhum confronto apresentou uma vitória consistente. 

Com exceção do confronto contra o Atlético-PR, onde o time colorado conseguiu se recuperar e virar o jogo, contra Vitória, Sport e Botafogo o Inter caiu drasticamente na segunda etapa, dando a chance ao adversário se recuperar na partida. Felizmente para o lado vermelho, apenas o Botafogo conseguiu. Trata-se apenas de um relaxamento dos jogadores ou a queda também se passa por razões físicas? 

Fotos: AI Inter
Em campo, o Inter tem uma transição lenta e burocrática em virtude da característica dos seus meias, onde nem Alan Patrick, nem Alex e muito menos D’Alessandro tem na velocidade a sua virtude. Não é atoa que o clube é um dos que mais trocam passes no campeonato e que mantém a maior percentagem de posse de bola, embora isso não signifique necessariamente que o time seja perigoso e que jogue bem. 

Quando o adversário procura sair para o jogo, este problema não é tão visível e determinante, porém contra adversários que jogam recuados, o Inter tem apresentado muitas dificuldades. O time de Abel Braga fica dependente do avanço dos laterais ou de Aránguiz, para servir como opção aos meias e tabelamentos ou de infiltrações atrás da defesa adversária. Porém nem sempre isso acontece, deixando o time completamente previsível e dependente de um lance de individualidade que deixe um atleta em posição e espaço para o arremate, ou em lances de bola parada ou bola aérea na área do adversário.

Falta uma peça ofensiva de velocidade que possa criar uma alternativa nessas situações, ausente hoje no grupo em virtude de Otávio ainda não se confirmar como profissional, e que poderá ser o contratável Carlos Luque do Cólon. A contratação do jogador se arrasta em virtude da reta final do Campeonato Argentino e não são especulados outros nomes que tenham na velocidade a característica.

O Campeonato Brasileiro é caracterizado pelo equilíbrio entre os times, que gera muito perde e ganha e diminui o aproveitamento dos postulantes ao título. Porém isso não pode ser colorado em relação ao Inter, que enfrentou dois adversários batíveis fora de casa em razão da qualidade das equipes e das circunstâncias dos jogos, que foram amplamente favoráveis ao time, o que deixou uma sensação de dever não cumprido, pois o time poderia ter 13 ou até os 15 pontos neste início. 

A liderança do Internacional é circunstancial em virtude de ter jogado mais vezes em casa, e só se tornará real em caso de vitória contra o Coritiba no Paraná pela sexta rodada, onde todos os clubes terão o mesmo número de jogos em casa e fora. Em caso de outro resultado, Cruzeiro e Grêmio deverão ultrapassá-lo em virtude de suas campanhas fora de casa, onde ambos os times já contam com vitórias. Haverá ainda a dificuldade da segunda metade do primeiro turno, onde o Inter enfrentará equipes mais fortes, e provavelmente haverá o ressentimento dos pontos perdidos neste início de campanha, no caso de ocorrerem os resultados prováveis. 

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