Apesar da alta pontuação e classificação garantida à segunda fase com a maior pontuação, o que dá a vantagem de jogar em casa, o Internacional ainda não convence como um time que possa brigar por maiores ambições na temporada além do certame regional.
Nesta quarta-feira, no Estádio do Vale, o Colorado recebeu o São José e empatou em 1x1, mostrando muitos problemas que assustam para a disputa da Copa do Brasil e Brasileirão. O time apresentou a morosidade de sempre, cedendo espaços para o adversário e saindo justamente atrás no placar, tendo que correr atrás para não sair derrotado na partida.
Sem Aránguiz, Abel Braga apostou em Alan Patrick, que fez uma boa partida, porém sem a combatividade e dinamicidade do chileno, que se movimenta por todos os setores e consegue marcar e atacar com qualidade. Com isso, Williams ficou isolado na marcação, o que deixou a defesa vulnerável, já que o volante erra muitos passes e não tinha a parceria necessária para proteger a defesa. Alex e Jorge Henrique também não conseguiram dar esta dinâmica, e mostraram-se muito burocráticos e atrapalharam a transição do time.
Na primeira etapa, o Inter dominou a posse de bola, porém trocava passes no setor improdutivo, na intermediária longe do gol. O Zequinha foi mais perigoso, e em um lance de falha da zaga Colorada, que estava em linha, o centroavante Franciel se projetou e recebeu um lançamento na cara do gol, abrindo o placar. Para complicar, minutos antes do tento adversário, o Colorado perdeu D’Alessandro em virtude de uma lesão, e Abel Braga tentou corrigir o problema do meio-campo com a entrada de João Afonso.
A modificação melhorou o meio-campo, porém em nenhum momento da partida o time Colorado conseguiu se impor, uma característica que já havia constatado em outros jogos contra adversários inferiores, e que preocupa contra os grandes times da Série A do Brasileirão. O time parece não ter força física para levar a melhor sobre os adversários, o que dá mostras que a formação do meio-campo com jogadores mais experientes, lentos e com menor estatura, não terá futuro.
Na segunda etapa, Abel acabou colocando Wellington Paulista e Eduardo Sasha nos lugares de Gilberto e Jorge Henrique. Totalmente aberto e desorganizado, o time tentou fazer uma pressão na base do abafa, mas foi em um lance de pivô de Wellington Paulista para Rafael Moura que o Inter conseguiria empatar a partida, nos pés do He-Man. Depois, ambos os times tiveram chances para marcar, o que mostra a dificuldade do time Colorado em impor a sua melhor qualidade técnica.
O time titular do Inter continua jogando pouco e ganha folgas demasiadas. A primeira fase do Campeonato Gaúcho está chegando ao fim, e até agora o Inter não tem um time confiável para a temporada. Abel Braga insiste em jogadores mais experientes e que não têm a mesma combatividade, deixando o time lerdo e previsível.
O time colorado está involuindo, pois até as jogadas pelas laterais que eu tanto elogiei nas primeiras partidas tornaram-se escassas, o que mostra a dificuldade do time titular. Para piorar, sem Aránguiz e D’Alessandro o empate aconteceu na base da superação, o que mostra a fragilidade do Inter em 2014. O chileno é a grande novidade do time em comparação ao ano passado, e a sua ausência deixa o time do mesmo nível do final do ano passado, quando correu riscos de rebaixamento.
O Inter renovou seu plantel com reservas de outros times, ao invés de socorrer-se da base, onde os jogadores precisam trilhar um longo e árduo caminho até ganhar uma chance do time principal.
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