Hoje se encerra a quarta rodada da fase de grupos da Libertadores. Como os estaduais não são parâmetros neste início de temporada, somente o avanço da competição sul-americana serve para avaliar os times brasileiros e projetar forças para a fase de mata-mata, que é onde efetivamente a competição inicia.
Desde o início da competição, não esperava muita coisa do Atlético-PR. Sem um grande poder de investimento, o Furacão praticamente perdeu a base do ano anterior, além da saída do treinador Vagner Mancini. O time está em um grupo relativamente fraco, pois The Strongest e Universitário nunca meteram medo e basicamente vivem da altitude. Mesmo assim, o time paranaense tem dificuldades e decidirá hoje e na próxima semana a classificação nos jogos em casa. O time deverá se classificar mais em virtude da falta de representatividade do grupo (salvo, é claro, a presença do Vélez).
Os demais clubes, por comporem o G12 dos grandes clubes brasileiros, eu já tinha uma maior projeção, em virtude da capacidade de seus investimentos. Tinha Cruzeiro e Atlético-MG como favoritos ao título, enquanto que Botafogo, Flamengo e Grêmio corriam por fora, até em virtude das grandes mudanças que este trio passou para 2014.
O que acontece até esta quarta rodada é que os times mineiros não engrenaram ainda neste ano, e apresentam dificuldades em seus respectivos grupos. O Galo até lidera o Grupo 4 com Nacional(PAR), Santa Fe(COL) e Zamora (VEN), porém não empolga contra adversários de pouca representatividade. Agora treinado por Paulo Autuori, o Galo perdeu a versatilidade apresentada na Libertadores 2013 e em parte do Brasileirão, tornando-se um time previsível, a ponto de empatar em casa contra o Nacional do Paraguai. O mesmo diagnóstico de falta de versatilidade eu tenho para o Cruzeiro, que encontra ainda maiores dificuldades no Grupo 5 e hoje estaria eliminado em um grupo com Universidad de Chile, Defensor (URU) e Real Garcilaso (PER). O time perdeu a dinamicidade que o levou com facilidade ao titulo brasileiro, e se não vencer o Defensor hoje, estará seriamente ameaçado em ser eliminado na 1ª fase.
O Botafogo lidera o seu grupo (G2), porém ainda não fez partida de encher os olhos do seu torcedor. O time carioca deverá se classificar com tranquilidade e perdeu o seu único jogo até então em situações atípicas (2 expulsões), porém ainda não me convence que possa chegar com força na luta pelo titulo, já que possui um time tecnicamente limitado e não tem um histórico no campeonato que me permita acreditar em titulo, a menos que o time evolua e ganhe maior consistência.
Crédito: Terra |
Por fim, me restou falar do Grêmio. Depois de um desmanche de um time medalhão comandado por Luxemburgo, e que ainda teve um último suspiro no Campeonato Brasileiro, o Grêmio mudou sensivelmente para 2014 ao apostar em Enderson Moreira e na contratação de jovens jogadores, que prometeram (e cumpriram até então) dar dinâmica ao time. Com uma folha de pagamento menos pesada, o time tricolor conseguiu impor-se no Grupo 6, tido como mais difícil por ter times tradicionais como Newell’s Old Boys (ARG), Nacional (URU) e Atlético Nacional (COL), e provavelmente garantirá classificação como primeiro no grupo.
Crédito: Terra |
A Libertadores tem ficado em mãos brasileiras desde 2010, e neste momento o Grêmio aparece como o time mais consistente, o que ainda não é conclusivo quanto ao favoritismo, tendo em vista que no mata-mata as coisas mudam e a juventude do time gremista poderá contar contra. Porém o fato de estar em um melhor momento em relação aos adversários e pertencer ao país favorito é um bom prenúncio para o lado azul do Rio Grande do Sul.
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