A Portuguesa já está rebaixada.
Começo o texto com esta frase em virtude de tudo que li a respeito do caso envolvendo a Lusa e a suposta irregularidade na última rodada do Campeonato Brasileiro contra o Grêmio, quando o jogador Héverton, que estaria suspenso, atuou por dez minutos, o que de acordo com o regulamento acarreta a perda dos pontos da partida (1 = empate) mais três pontos de penalização, o que deixaria a Lusa atrás do Fluminense e, portanto, rebaixada para a Série B.
Começo o texto com esta frase em virtude de tudo que li a respeito do caso envolvendo a Lusa e a suposta irregularidade na última rodada do Campeonato Brasileiro contra o Grêmio, quando o jogador Héverton, que estaria suspenso, atuou por dez minutos, o que de acordo com o regulamento acarreta a perda dos pontos da partida (1 = empate) mais três pontos de penalização, o que deixaria a Lusa atrás do Fluminense e, portanto, rebaixada para a Série B.
O julgamento será apenas na segunda-feira, porém, até agora, membros do STJD e da própria CBF já condenaram a equipe paulista por meio de discursos à imprensa, o que deixa o evento de segunda-feira meramente declaratório. Por mais que a Lusa reúna provas para a sua inocência, elas serão insuficientes para salvá-la.
O ano de 2013 será mais um onde haverá o famoso asterisco na classificação final do campeonato. Este ano não será propriamente uma virada de mesa, porém só o fato de o resultado de campo ter um peso menor que os dúbios e incertos artigos do CBJD, fará o futebol nacional perder a mínima credibilidade conquistada nestes últimos anos, já que a escolha será meramente política.
O próprio procurador-geral do órgão, Paulo Schmitt, ao formar a sua opinião condenando a Portuguesa, já teve uma visão contrária em 2010, a favor do próprio Fluminense. Se naquele ano, ao referir-se ao caso do jogador Tartá, manter o resultado obtido em campo era manter a moralidade do campeonato, hoje manter o resultado significaria a “falência” do tribunal.
Em uma era de Tecnologia da Informação forte, chega a ser espantoso o fato do regulamento não exigir uma comunicação oficial do resultado de seus julgamentos, o que dá a anuência da pena de efeito imediato ao representante do clube no julgamento, que pelo fato de ser um ser humano, pode errar e prejudicar de forma fatal o seu clube num campeonato. Isso está sendo discutido a respeito do advogado Oswaldo Sestário e da suposta falha de comunicação com a Portuguesa quanto ao resultado do julgamento. Teria o advogado se equivocado? Qual interesse teria a Portuguesa em escalar um jogador irregular já que este era um mero reserva e o clube estava salvo do rebaixamento?
Diante de fatos incoerências, não descarto que o campeonato pare na justiça comum, o que provavelmente forçará uma nova “Copa João Havelange”, tendo em vista que Portuguesa, Fluminense, Vasco e até o Icasa, quinto colocado da Série B, postularão a sua vaga na primeira divisão.
É por esta eterna desorganização com regulamentos subjetivos, que o futebol brasileiro vai perdendo adeptos e batendo recordes de audiência negativa, afinal qual expectador em sã consciência abriria mão do seu tempo para assistir jogos, que no fim das contas não terão valor algum?
Também a isso se explica o pequeno impacto que o futebol brasileiro leva ao exterior, já que é possível importar a matéria-prima do espetáculo, no caso os jogadores. Na Europa, pouco importa quem ganhou o Campeonato Brasileiro, porém a violência das torcidas organizadas que não é coibida e a interferência extracampo é notícia, já que o país seriará a Copa do Mundo em poucos meses.
O STJD poderá não ir à falência, porém o mesmo não se pode dizer do Futebol Brasileiro.
O STJD poderá não ir à falência, porém o mesmo não se pode dizer do Futebol Brasileiro.
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