Neste domingo, o Internacional somou a sua segunda derrota consecutiva no Brasileirão, desta vez no Estádio do Vale, quando foi superado pela Portuguesa por 1x0, gol de Wanderson.
Para o jogo deste domingo, Dunga sacou Kléber e Otávio para promover as entradas de Caio e Fabrício, além de contar com a volta de D’Alessandoro. Na prática, as alterações não surtiram efeito, tendo em vista que a formação continuou a mesma, enquanto que outros jogadores que estão contribuindo pouco, como Alex e Damião, seguiram escalados na base do carteiraço. Para complicar, o time mostrou uma crise de nervos e teve Índio expulso por cotovelada no adversário logo no início da segunda etapa. Acabou levando o gol no final, quando já não merecia nem o empate, devido às fortes chegadas do time paulista.
Com a derrocada e o histórico recente de péssimos resultados, há um natural direcionamento das críticas ao treinador Dunga, incapaz de dar um padrão tático ao time e de minimizar as deficiências do grupo de jogadores ao não escalar jogadores que estejam em um melhor momento para compor o time titular. O treinador tem sim a sua parcela de responsabilidade, porém não é o único culpado, tendo em vista que o grupo de jogadores do Inter apresenta problemas crônicos em virtude de ter sido mal formulado. Entendo que não há mais clima para a sua permanência, pois o Dunga já manifestou de forma expressa o desejo de não permanecer para a próxima temporada, o que seria um argumento importante para cogitar ou não a sua saída.
A gestão do presidente Giovanni Luigi caracteriza-se por manter a ideia dos seus antecessores Fernando Carvalho e Vitório Piffero quanto a necessidade de venda de jogadores para compor o caixa, além de utilizar parte deste dinheiro para investir em contratações. A grande diferença é que Luigi faz investimentos de alto risco ao trazer jogadores com mais de 30 anos e que estão na fase descendente da carreira. Com exceção de Scocco, os grandes reforços dos últimos anos têm uma idade avançada e, consequentemente, são lentos. Como a folha de pagamento escala o time, os jogadores acabam sendo escalados mesmo sem apresentar condições para tal.
Nas últimas temporadas, o problema foi ofuscado em virtude dos alvos serem os treinadores. Nesta temporada, com o ídolo Dunga no comando, houve mais uma minimização em virtude de o Gauchão não ter o Grêmio como candidato ao preterir a competição pela Libertadores. No Brasileirão, contra equipes mais fortes, o Inter faz mais uma campanha pífia, assim como em anos anteriores.
Para a próxima temporada, o grupo necessitará de uma nova reformulação em virtude das errôneas escolhas feita pela direção na construção do elenco para 2013. Além disso, terá que considerar a idade, condição atual e custo x benefício na hora de apostar em medalhões, além de rever o gerenciamento das categorias de base, que estão formando poucos jogadores qualificados. São erros que geralmente passam despercebidos em virtude de haver no Brasil responsabilidade integral ao treinador.
Não sei mais o que esperar do time nesta temporada. O quinto lugar já é enganoso pela atuação e resultados do time, que já poderá ser superado na próxima rodada por Goiás, Santos, Atlético-MG, Vitória, Bahia, Corinthians e Coritiba. O próximo adversário é o líder Cruzeiro no Estádio do Vale, sem D’Alessandro, Índio e Juan suspensos.
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