No próximo sábado, o Internacional disputará a sua última partida no Campeonato Brasileiro antes da parada do certame para a disputa da Copa das Confederações. A ingrata tarefa contra o líder do campeonato será o primeiro grande teste do time de Dunga na temporada, tendo em vista que o Inter ainda não enfrentou clubes considerados grandes nesta temporada (o Grêmio estava com time reserva).
O início de campeonato do Colorado é desalentador, tendo em vista que o time conseguiu apenas 5 pontos em 12, contra Vitória, Criciúma, Bahia e Portuguesa, que são alguns dos clubes que menos faturam e devido ao baixo potencial de investimento provavelmente disputarão para escapar do rebaixamento ou serão rebaixados.
Em nenhum dos jogos, o Internacional mostrou segurança necessária ao torcedor para que este possa sonhar longe, pelo menos com uma vaga na Libertadores. O fraco grupo está fazendo a diferença de forma negativa contra times teoricamente inferiores ao do Internacional, enquanto que a tabela reservará mais adiante uma série de confrontos contra os grandes clubes, e cujo racional planejamento aponta perda de pontos.
Nesta semana chegou Jorge Henrique, porém o atleta não vinha atuando regulamente nesta temporada devido aos seus problemas extracampo, que acabaram lhe prejudicando frente ao treinador Tite. Não se sabe o quanto o jogador poderá acrescentar ao time de Dunga. Quanto ao treinador, ainda não vejo motivos de contestação, tendo em vista que Dunga tem feito o possível e não há soluções técnicas/táticas diferentes da que esteja utilizando para tentar melhorar o futebol do time.
Outros reforços são necessários ao grupo colorado, porém a direção não mostra celeridade nas contratações, até porque o futebol brasileiro evoluiu nestes últimos anos quanto a formação de grupo de jogadores e o staff colorado ainda não se atualizou. Com o “milagre econômico” no futebol local, fruto de uma negociação individual de quota de TV e a publicidade decorrente da proximidade da Copa, os principais clubes aproveitaram e contrataram jogadores, montando a ideia de grupo forte, que até então era um desejo dos jornalistas e torcedores, mas que não era posto em prática pelos clubes.
O Internacional, ao contrário, foi se desfazendo de seu grupo ao longo dos anos, e com a ineficiência da sua categoria de base somada com a contratação de apostas que não deram resultado, deixou o time titular mediano, enquanto que o grupo ficou totalmente deficiente. Apesar de ter o segundo maior faturamento entre os clubes (2012), o Internacional tem um grupo digno do grupo que recebe migalhas da TV, apenas para justificar a transmissão (Bahia, Vitória, Goiás, Portuguesa, Atlético-PR, dentre outros...).
Aos poucos, o futebol brasileiro parece caminhar a uma profissionalização, e quem não seguir esta tendência se dará muito mal. A direção colorada terá cerca de 1 mês para reforçar o plantel e colocar o clube em ordem nesta temporada, senão o time colorado poderá assustar o seu torcedor, correndo o risco de lutar contra o rebaixamento. Quem leu os meus últimos posts, viu que eu não corroborava com a ideia de luta contra o rebaixamento, porém a atitude e a qualidade em campo contra equipes que certamente lutarão para cair deixam o sinal vermelho aceso.
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