Tive um dia carregado com meus compromissos e só agora pude escrever sobre a queda de Fernandão. Nenhuma surpresa, pois a sua saída era iminente já há algum tempo, pois o então treinador já havia perdido o seu prazo de validade.
Pois nesta manha de terça-feira, o Internacional anunciou a saída do treinador. Despedida previsível há pelo menos dois meses, e que se mantinha devido à teimosia da direção, que não queria admitir mais um fracasso diante de um período eleitoral, mas que se tornou inevitável após uma polêmica entrevista pós-jogo contra o Corinthians, além de uma tentativa desesperada de evitar o pior no clássico Grenal, válido pela última rodada do Brasileirão.
Como treinador, Fernandão foi um fracasso, pois não conseguiu confirmar suas pretensões de posse, além de mostrar-se imaturo para o cargo e se indispor com as lideranças do grupo. Sua efetivação já começou errada, pois antes de ser treinador F9 era diretor de futebol e esteve no processo de demissão do então treinador Dorival Jr. Após, Fernandão teve indisposição com os principais jogadores do elenco, acusando-os de estar em uma “zona de conforto”. O estopim para a sua saída foi a entrevista do último domingo, quando confirmou que Bolívar não jogou porque não quis, e que somado a indisposição de alguns líderes do grupo pela sua permanência, instaurou-se um temor que o time pudesse fazer corpo mole no clássico Grenal como símbolo de protesto.
Sinceramente, fiquei indiferente com a decisão adotada pela direção do Internacional. Eu não curti a contração do Fernandão, pois fiquei com a impressão de um golpe diretivo, que somado com a ambição do ídolo em se tornar treinador, apareceu como uma oportunidade. Não o condeno por isso, recebeu a chance e tentou aproveitá-la.
Critico a outra parte, isto é, a direção Colorada, pois não deveria ter adotado esta linha de treinador sem experiência e de indiretamente fortalecer a liderança do grupo de jogadores. Em poucos jogos já era notável que não daria certo, porém Luigi e seus comandados mantiveram F9 no cargo, inviabilizando qualquer chance de ter um futuro melhor no campeonato e que torna sem sentido a mudança a dois jogos do fim da temporada.
O Internacional já está há pelo menos um mês de férias do Brasileirão, e mesmo assim não se discute contratações nem mudanças no corpo diretivo para 2013. Se o problema era a eleição, esta já aconteceu, agora falta o clube se mexer para não ter uma próxima temporada pior do que está sendo 2012.
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