Depois da derrota contra o Atlético-GO no Serra Dourada, também de virada e com três gols sofridos, o Inter levou 3x2 do time catarinense, terminando a sua jornada desastrosa frente os piores times do campeonato com duas derrotas e seis gols sofridos, com direito a pedido de demissão do treinador Fernandão e que fora rechaçado pela direção entre os jogos, e com alguns medalhões esquentando o banco, casos de Kléber e D'Alessandro.
No jogo desta noite, F9 escalou o time com três atacantes (Dagoberto, Cassiano e Damião) e apenas Fred na ligação, em um problema que fora contornado somente na segunda etapa com a entrada de D'Alessandro no lugar de Ygor. Na defesa, o promissor Jackson deu espaço para Juan, que entrou aparentemente no carteiraço, e não formou uma boa dupla com Moledo, tendo em vista que os gols do Figueirense foram em vacilos defensivos colorados, que possibilitaram que Aloísio (duas vezes) e Ronny marcassem com certa liberdade dentro da grande área.
Na frente, o time tinha dificuldades para articular, e só conseguiu “achar” o primeiro gol através da individualidade de Dagoberto, que roubou a bola do lateral direito, avançou driblando um zagueiro e deu um toquinho encobrindo o goleiro Wilson. Dagoberto também participou do segundo gol do Inter ao escorar de cabeça para Rafael Moura contar com a falha do goleiro catarinense e apenas desviar para as redes no que até então era uma vitória parcial do Inter por 2x1, mas que se transformaria em derrota após os gols do Figueirense aos 42 e 44 da segunda etapa. Mais uma vez time desorganizado, desarrumado, mostrando a inexperiência do treinador.
E de análise tática ficamos por aqui, já que não é apenas treinador o problema colorado. F9 tem a sua parcela de culpa, porém alguns jogadores estão muito aquém do esperado, e é notável a apatia e dissimulação de alguns jogadores, tidos como medalhões, que parecem entrar em campo apenas por mera formalidade, mostrando total desconformidade com o discurso do treinador, que os enquadrou em uma “zona de conforto”, caracterizando um conflito de interesses.
Sinceramente não sei mais o que esperar do time nesta reta final da competição. Não me surpreenderia se o time vier a perder os últimos jogos, até em função do clima incontornável que se encontra o treinador com o grupo. O vestiário entrou em rota de colisão, tanto que Fernandão com toda a sua experiência pediu para sair, mas a direção negou, o que soou como uma afronta a alguns jogadores, experientes em derrubar técnicos e que desta vez não tiveram seu pedido atendido.
Também temo as eleições e suas consequências, pois a atual situação mostrou despreparo com a condução do futebol, carro-chefe do clube, e tem total respaldo da maioria do Conselho Deliberativo para continuar comandando. Se a reforma do Beira-Rio está sendo tratada com o a maior competência, o futebol precisa ser reciclado, tanto em nomes, com uma renovação quase que completa do plantel, quanto em técnico, já que Fernandão mostrou não estar preparado para ser treinador de um clube profissional da grandeza do Inter. Paralelo a isso, é sabido que o time jogará a maior parte de 2013 longe do Beira-Rio.
Promessa de tempos difíceis...
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