Neste ano de 2012 decidi priorizar a minha vida profissional, o que acabou me afastando do convívio com o futebol e refletiu nos poucos posts que escrevi ao longo deste ano, já que tenho pouco tempo livre para acompanhar e escrever sobre o esporte, que é o principal carro-chefe do blog.
Ao contrário dos últimos quatro ou cinco anos, tenho acompanhado por cima esta edição do Brasileirão, o que me impede de fazer muitas análises específicas (como fazia até o ano passado), e me faz ter uma microanálise do certame. Escrever que neste campeonato há muito perde e ganha bem como times favorecidos pela arbitragem é como chover no molhado, tendo em vista que estas são características do nosso futebol.
Esta edição tem na baixa competitividade uma característica singular, explicada pela ausência de classificações para a Copa Sul-Americana (até o ano anterior tinha oito representantes oriundos do certame) e que deixa metade dos times sem ter nada a fazer a não ser esperar o fim do campeonato, enquanto que outros times já selaram seus destinos na competição, casos de Fluminense, Galo e Grêmio para o G4 e Atlético-GO e Figueirense para o rebaixamento.
Caracterizo o Brasileirão 2012 como um paciente em coma profundo, já desenganado pelos médicos, mas que cisma em contrariar o seu provável destino com sinais de pequenas melhoras. Vejamos: Até duas rodadas, a única fonte de esperança era a disputa entre Vasco e São Paulo pelo G4, onde o time paulista finalmente conseguia ultrapassar o adversário, enquanto que os quatro rebaixados e o titulo e demais classificados para a Libertadores pareciam estar definidos.
Eis que depois desta 32ª rodada, uma aparente consolidação do São Paulo no G4, do Fluminense no título e dos quatro rebaixados sofreu uma expectativa de revés, pois Palmeiras e Sport acordaram no Z4 e esboça uma reação; o Vasco poderá acordar e beliscar o G4, depois do tropeço são-paulino; e o Galo mineiro colocou fogo no campeonato ao bater o Fluminense no confronto direto e diminuir a distância para o líder. Estes times ainda ostentam uma razoável desvantagem para os objetivos ambicionados, o que deixa o campeonato pouco atraente, apesar de toda a vontade da emissora que detém os direitos de transmissão em vendê-lo como sensacional e muito disputado.
Espero que tenhamos alguma reviravolta nesta reta final, porém a estratégia da CBF em retirar do campeonato as vagas para a sul-americana em troca manter os longos estaduais não parece uma boa solução, tendo em vista que a média de publico e a audiência, motivada pelo desinteresse dos torcedores, tende a cair, criando um efeito drop-down negativo por onde todos saem perdendo, além de desvalorizar o principal produto do futebol brasileiro.
Por último, a edição 2012 de nosso campeonato nacional pede uma profissionalização dos árbitros, com uma preparação adequada tanto em termos físicos quanto técnicos, além de uma reorganização no sistema de justiça desportiva, com decisões de forma igualitária aos clubes, independente de seu centro e sem interferir-se em decisões conscientes tomadas pelos árbitros nas partidas.
O futebol brasileiro precisa de uma reciclagem geral, tanto dentro quanto fora do campo, para poder retomar a posição de destaque do cenário mundial.
O futebol brasileiro precisa de uma reciclagem geral, tanto dentro quanto fora do campo, para poder retomar a posição de destaque do cenário mundial.
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