Nesta quinta-feira, 1º de março, foi inaugurada pelo Google a nova política de privacidade da empresa, A iniciativa, que integra informações de seus múltiplos serviços, visa o maior conhecimento da experiência do usuário na grande rede, para que assim a Empresa possa fornecer serviços com maior precisão através da análise destas informações e gostos pessoais.
Uma das prerrogativas da empresa sempre foi a coleta de dados do usuário, para que assim pudesse fornecer buscas e publicidade com maior precisão. Como o Google tem diversos tipos de serviços e recursos (e-mail, blog, documentos, calendário, mapas, redes sociais, sistema de buscas, gerenciador de fotos, dentre outros), esta coleta inicialmente ficava restrita à política de privacidade de cada um destes recursos, o que permitia ao usuário variar o seu perfil conforme o tipo de serviço utilizado, mesmo que todos estes estejam vinculados a uma conta Google, que fora desenvolvida pela empresa para integrar todos os seus serviços com apenas um nome de usuário (login).
Com a nova política de privacidade, haverá um identificador único para todos os serviços, para que assim todas as informações contidas nos recursos de uma Conta Google possam ser utilizadas pela empresa a fim de traçar o perfil ideal de seu usuário. A companhia não garante a confidencialidade integral dos dados, visto que na hora de aceitar os termos de uso para usar os serviços, em um deles está a possibilidade de disponibilização das informações privadas para processamento de dados em companhias afiliadas ou parcerias.
Além de poder permitir o acesso de informações pessoais por terceiros, a nova política também poderá trazer constrangimentos com o nível de privacidade que um usuário deseja fornecer para um determinado grupo de usuários, visto que a privacidade dos dados não é linear, e depende do grau de afeição e do tipo de interação entre as pessoas.
A iniciativa vem rendendo inúmeras criticas em todo o mundo, principalmente nos Estados Unidos e Europa, pois não há qualquer regulamentação que obrigue o Google a resguardar os dados dos usuários, além deste já ter enfrentado inúmeros problemas com o vazamento de informações privadas de seus usuários.
Na prática, quem usa os serviços da companhia, está sujeito a um regime de Big Brother Google, na qual as câmeras (virtuais) na forma de cliques, registram qualquer ação em uma de suas ferramentas, inclusive as buscas do Google Search.
O blog recomenda prudência com o conteúdo postado não só nos serviços Google, como em qualquer recurso da Internet. Não há leis específicas que obriguem uma empresa a confidencializar qualquer dado, ficando este sujeito à política de privacidade da companhia que oferece o serviço, e que se resguarda do direito de alterá-la como e quando bem entender, sem necessariamente ter a anuência do usuário.
Também é necessário saber utilizar corretamente as ferramentas e suas opções de privacidade, visto que é possível buscar informações referentes a uma pessoa pelos sistemas de busca e/ou redes sociais, o que pode torná-la alvo fácil para bandidos ou mal-intencionados que usam essas informações como forma de vantagem.
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