Nas vitórias contra o Juan Aurich e o Caxias na última quinta-feira e domingo respectivamente, ficou definitivamente constatada uma alteração no modelo de jogo do time do Internacional, caracterizado pelo toque de bola incessante no campo de ataque, além de jogadas de aproximação e muita movimentação por parte do setor ofensivo, que acaba deixando o time menos dependente de individualidades, como o goleador Damião.
Este novo modelo de jogo “lembra” o que é praticado pelo Barcelona. Grafei o lembra para não se dizer erroneamente que o esquema colorado é uma cópia-espelho em relação ao time Catalão, o que soaria na prática como uma inverdade, visto que há diferença cultural e tática entre os dois países, que acaba inviabilizando uma cópia-total do que é muito bem exercido pelo melhor time do mundo há pelo menos três anos.
Porém algumas as características semelhantes, que mencionei no primeiro parágrafo, criam consequências parecidas com as que o time Catalão presenciou nas últimas temporadas, e que servirá como parâmetro para uma má fase de Leandro Damião, principal goleador do futebol brasileiro em 2011, e que até agora não se reencontrou na temporada 2012.
O centroavante teve uma lesão muscular em meio ao Campeonato Brasileiro do ano passado, que acabou lhe custando a sequencia de bons jogos que o levou para a Seleção Brasileira, e desde então, tem a sua importância reduzida no time Colorado. Até agora, a má fase de Damião é referida com o fato de estar fora de forma, e como é um finalizador, precisa de ritmo de jogo para entrar em sua velha forma. A sua qualidade técnica também já é colocada em dúvida, tanto que li e ouvi comentários de torcedores e até de jornalistas esportivos, que acham que o centroavante estava de “aniversário” durante 2011, e que a sua realidade é de um rendimento bem menor ao que foi praticado no ano anterior.
Em 2011, podia se afirmar que o time jogava em função de Damião, enquanto que em 2012, é notável um distanciamento do centroavante em relação às demais peças ofensivas, o que deixa uma sensação de que Damião está fora de sintonia, e por consequência, estaria sobrando no time colorado.
Eu apenas abraço a ideia da má fase por condição física e falta de ritmo de jogo por ser início de temporada, porém a visível mudança de estilo de jogo do Inter, que fora intensificada pela chegada de Dagoberto (e Dátolo), permite ao time um jogo coletivo mais forte, rápido e envolvente, com a qualidade técnica de cada jogador aparecendo juntamente com a criatividade e posicionamento de cada um, formando um conjunto consistente e que permite que o time possa realizar jornadas convincentes e encantadoras, como fora visto contra o Caxias.
Damião não tem a mesma destreza e habilidade que Dagoberto, Dátolo, Oscar e D’Alessandro. Por outro lado, o centroavante é goleador e marca gols, porém outro grande centroavante finalizador sofreu com este Barcelona de Messi. Trata-se de Zlatan Ibrahimović, que fora contratado pela bagatela de 60 milhões de euros (hoje R$ 136,3 mi) junto a Internazionale ao fim da temporada 2008/09, e que durou apenas uma temporada e meia no time catalão, saindo pela porta dos fundos como a pior contratação da história do time espanhol.
A qualidade técnica de Ibrahimović é inquestionável, porém o centroavante não se adequou ao estilo de jogo rápido praticado por Messi, Pedro e posteriormente por Villa, que acabaram formando este encaixe ofensivo que vemos hoje no time Catalão, tanto que Guardiola abdicou de contratar outro centroavante, investindo somente em Afellay e Sanchéz, jogadores rápidos e que se enquadram na característica atual do time catalão.
O que poderá acontecer com Damião é o centroavante perder a vaga no time titular para Dátolo, que assumiria a função de Dagoberto e este ficaria centralizado no comando de ataque. Porém a questão legal do limite de estrangeiros nas competições nacionais impediria esta experiência.
Outra solução seria Dorival Jr. aperfeiçoar e personalizar ainda mais o seu sistema, criando uma mecânica de jogo que acionasse de forma mais intensa Damião, para que este esteja sempre em condições de marcar gols, enquanto os meias Dagoberto, D’Alessandro e Oscar se movimentariam para criar os espaços de criação de jogadas que seriam posteriormente finalizadas por Damião.
Outra solução seria Dorival Jr. aperfeiçoar e personalizar ainda mais o seu sistema, criando uma mecânica de jogo que acionasse de forma mais intensa Damião, para que este esteja sempre em condições de marcar gols, enquanto os meias Dagoberto, D’Alessandro e Oscar se movimentariam para criar os espaços de criação de jogadas que seriam posteriormente finalizadas por Damião.
É um problemão e tanto para Dorival Jr. resolver nos próximos jogos....
EU GOSTO DE VER COMO AS PESSOAS GOSTAM DE FALAR BESTEIRAS.
ResponderExcluir