terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Expressiva vitória com bom segundo tempo


Jogando em Leverkusen pelo jogo de ida válido oitavas-de-final da Liga dos Campeões, o Barcelona garantiu virtualmente a classificação ao bater o Bayer por 3x1, com dois gols de Alexis e um do gênio Messi. 

O jogo não foi de encher os olhos dos admiradores do futebol plástico praticado pelo time Catalão. Apesar de ter uma média de 72% de posse de bola, o time atacou pouco, principalmente na parte final da segunda etapa, quando acabou construindo o escore favorável. 

Sem Piqué e Xavi lesionados, Guardiola montou o time no 4-3-3, com Mascherano formando a dupla de zaga com Puyol, enquanto Dani Alves e Abidal comportavam-se como laterais. No meio-campo, Busquets fazia a primeira função, enquanto Fábregas e Iniesta compunham o setor. No ataque, Messi ganhou a companhia de Alexis pela direita e do lateral esquerdo Adriano, desta vez bem adiantado, ocupando a ponta esquerda.

Para o primeiro tempo, o treinador alemão Robin Dutt montou uma fortaleza defensiva, com um 4-1-4-1 que deixava 9 jogadores de linha atrás da linha da bola, ficando apenas Schürrle isolado no ataque. A tática funcionou parcialmente, pois o Barcelona dependia de suas individualidades, que bem marcadas, não conseguiam levar vantagem, enquanto que o toque de bola era improdutivo na região da intermediária ofensiva, chegando a incríveis 80% de posse de bola. 

Porém bastou um vacilo para que Messi pudesse mostrar toda a sua genialidade e tirar um coelho da cartola. O argentino lançou de trivela Alexis Sanchez, que se projetava em velocidade, e com um toque sutil desviou do goleiro Leno, abrindo o placar. Desmontava-se oficialmente a muralha alemã, visto que o time precisaria atacar, para não ficar em desvantagem logo de cara.

Dutt alterou o posicionamento de alguns jogadores, como do brasileiro Renato Augusto, que não foi nada produtivo pela direita na primeira etapa, e passou a curtir a função mais adiantada na referência do ataque. Por outro lado, o treinador adiantou a marcação e possibilitou o time atacar com um maior número de jogadores, e como prêmio ganhou o empate logo aos 6 minutos, quando o lateral direito Corluka aproveitou-se de um erro defensivo de Busquets, e cruzou para o lateral esquerdo Kadlec fechasse no meio, e marcasse de cabeça o gol.

Os alemães se empolgaram e foram para o ataque em busca da virada, porém esqueceram-se que um time rápido como o do Barcelona tem um contra-ataque mortal, e três minutos depois Sanchez marcava o seu segundo gol na partida ao receber de Fábregas em velocidade na entrada da área, deslocando o goleiro alemão e colocando novamente os catalães na frente.

O Bayer não estava morto, e se não fosse o goleiro Valdés em um chute perigoso de Renato Augusto aos 11 e uma cabeçada de Kiessling   aos 32, além da trave direita amiga em chute de Castro aos 18, poderia ter até virado o marcador.  Porém cedia espaços ao Barcelona, que ficou mais consistente defensivamente com as alterações de Guardiola na segunda etapa, que colocaram Abidal como um terceiro zagueiro e Pedro e Thiago Alcântara em campo. 

O Barcelona fez um jogo de Barcelona nos últimos minutos, e passou a apertar os alemães, vindo a conseguir o terceiro gol aos 43, em um tabelamento entre Messi e Dani Alves, onde o brasileiro devolveu cruzando para a pequena área, onde estava o argentino para desviar e marcar o seu gol no jogo e o seu 37º na temporada.

Com dois gols de vantagem e o segundo confronto no Camp Nou, a sensação é de um abraço para o Bayer, que deverá apenas formalizar a sua condição de eliminado. Já o Barcelona deverá dar total prioridade para a competição, visto que está há 10 pontos do Real Madrid na Liga Espanhola, e mesmo tendo ainda um confronto direto, não tem esperanças que o rival perca vários pontos contra times bem menos qualificados. 

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