quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Classificação Copeira em Manizales


Na Colômbia, o Inter usou da experiência e da garra Copeira para conseguir superar os três grandes obstáculos que o aguardava em Manizales: O preparo físico, a altitude e o Once Caldas.

O time de Dorival Jr. não fez uma grande partida em termos táticos, porém destaques individuais foram determinantes para que o time superasse um gol sofrido logo no primeiro minuto, para garantir com certa tranquilidade a classificação para a fase de grupos da competição sul-americana.

Com Dagoberto longe de suas melhores condições físicas devido a uma lesão, o treinador optou por Tinga, reforçando a marcação devido a suas características mais defensivas, porém postando o jogador na mesma posição de Dagoberto, que acabou mantendo o esquema 4-2-3-1. Tinga fez uma boa partida, ajudando os volantes Guiñazu e Bolatti na cobertura, além de cumprir funções ofensivas, chegando a marcar o segundo gol do Inter na partida, depois de um de seus avanços. 

Outros destaques colorados foram D’Alessandro e Oscar. O argentino mostrou o porquê de tanto esforço da direção e da torcida em mantê-lo no elenco, já que lançou brilhantemente Oscar para que o meia sofresse o pênalti, que o próprio gringo converteria para empatar o jogo aos 10 minutos, que acabou mudando a história da partida, visto que o time perdia até então o jogo, devido a uma chegada imprudente de Nei em Beltran com o cotovelo, e com o juiz interpretando pênalti, além de uma bola na trave dos colombianos aos 7, que poderia ter originado o segundo gol.

Além de sofrer o pênalti, Oscar teve boa participação na segunda etapa, ao mostrar folego para puxar contra-ataques, cuja maioria originou chances claras de gols não convertidas pelos atacantes. O número de chances claras desperdiçadas foi  muito alto, e que poderiam ter feito falta caso a partida não tivesse mais dois destaques pelo lado colorado: Guiñazu e Índio.

El Cholo comandou o meio-campo, tendo que cobrir constantes falhas de Bolatti, além de ter folego para chegar ao ataque e até arriscar um chute a gol, bem defendido pelo goleiro Martínez. Já Índio jogou pela defesa inteira, visto que o zagueiro cobria sucessivos erros de Nei e de Moledo. Foi no setor direito defensivo Colorado a origem das principais jogadas do Once Caldas. 

O time colombiano parecia desacreditado em uma classificação, tanto que o seu torcedor não compareceu em bom número.  O time chegou, em grande parte pelos flancos, exagerando na bola aérea, e nas raras vezes em que tentava uma jogada de aproximação e tabelamentos, conseguiu o gol que deu o empate de 2x2 aos 24 minutos de jogo.  Não teve mais sorte pelo afobamento de seus atacantes, apesar de a defesa Colorada e do goleiro Muriel darem muita sorte ao azar. 

Falei muito em nomes, mas foram eles, individualmente e tecnicamente, que determinaram a classificação colorada para a fase de Grupos. Dorival Jr. teve mais sorte que juízo, pois a entrada de Tinga, apesar de todo o seu esforço e colaboração, diminuiu o poderio ofensivo, além de o treinador retrancar bastante o time na segunda etapa com as entradas de Élton e Fabrício.  

Aos poucos o preparo físico começa a entrar em níveis satisfatórios e deixa de ser um agravante que serve como desculpa para más atuações. O Inter novamente não fez um grande jogo, levando a classificação mais pelo seu poder copeiro e pela experiência de jogadores com garra latina e que já tem taças no curriculun. Está na hora de o time mostrar uma atuação similar a do primeiro tempo contra o Once Caldas no Beira-Rio, que simplesmente massacrou o adversário.

Na próxima semana, o Inter estreia na fase de grupos contra o Juan Aurich do Peru. Antes terá o Gre-Nal pelo Gauchão. Será que Dorival escalará um time misto ou reserva no clássico?

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